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30 de out. de 2013

Instituto Royal prévia que a morte dos animais geraria duas toneladas e meia de carcaças por ano

"A empresa terceirizada que faz o serviço incinerou, só em 2012, 1,1 mil quilos de carcaças. Não sei quanto pesa um beagle, mas imagine quantos animais mortos representam essas carcaças", disse o Deputado Ricardo Trípoli, que é o  relator da comissão externa, e foi também o autor do pedido para a realização da audiência pública. Ele afirmou que tem recebido diversos documentos relacionados à entidade, alguns, inclusive, sem identificação de quem enviou.

Ontem foi realizada a audiência pública pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da criada pela Câmara dos Deputados para investigar o caso do Instituto Royal.

Instituto Royal prévia que a morte dos animais

Em um deles, segundo Ricardo Trípoli, é uma solicitação feita pelo instituto à Secretaria Estadual do Meio Ambiente para incinerar aproximadamente duas toneladas e meia de carcaças de animais por ano.

— Ou seja, eles estavam levando os animais a óbito. Tem um documento que comprova que eles estavam testando agrotóxico e, depois de 90 dias, eles matavam o animal para depois fazer o estudo para saber qual foi o impacto do agrotóxico na vida desse animal.

Ricardo Trípoli declarou que os animais estavam sofrendo no Instituto Royal. O deputado também defendeu a ação dos ativistas que retiraram os 178 beagles da entidade. Na opinião do parlamentar, eles são pacifistas por natureza.

Trípoli acredita que atos de vandalismo no instituto não foram realizados pelos ativistas e sim por "um grupo que não tinha nada a ver" com os defensores dos animais.

Em um plenário cheio de ativistas que defendem a causa animal, o advogado do Instituto Royal, Alexandre Serafim, negou as denúncias de maus-tratos aos cães usados nas pesquisas científicas realizadas pela entidade.

Vaiado diversas vezes, o advogado do Instituto Royal afirmou que todas as pesquisas com animais feitas pela entidade têm base legal.

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O parecer técnico produzido pelo biólogo Sérgio Greif a partir da vistoria na unidade de São Roque do Instituto Royal, a pedido do Ministério Público, destacou que, desde cedo, os beagles usados durante as experimentações científicas são condicionados “a permitirem a introdução de objetos em suas bocas em troca de recompensas”.

Na avaliação dele, estar de acordo com o órgão, que é vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, “não assegura qualidade de procedimentos ou um tratamento mais ético dos animais pela instituição”. No parecer, o biólogo argumentou:

“O órgão foi alegadamente criado para regulamentar a experimentação animal no Brasil, o que se por um lado impede que animais sejam utilizados em quaisquer condições, por outro impede que se denuncie o uso quando este atende aos padrões estipulados em suas Resoluções Normativas”.

Disse ainda que estar em conformidade com “protocolos e procedimentos experimentais fixados por organismos internacionais não assegura tratamento ético ou moral dos animais, porque as normas postas atendem aos propósitos das instituições que realizam a experimentação e não aos melhores interesses dos animais ou mesmo de outros seres humanos”.

Sérgio  Greif enfatizou que a vistoria não poderia fornecer ao Ministério Público “os elementos de que este necessita para fazer prevalecer o que é ético, moral e justo em relação aos direitos animais, porque a vistoria foi realizada com o propósito de verificar a consonância da instituição com a lei, e a lei embora válida é injusta, porque favorece a experimentação animal com prejuízo para os animais”.

Fonte: R7, Terra,  R7

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