Nano, o gato de dois anos foi atingido na cabeça por uma flecha de 30 centímetros.
Os tutores do animal, Maria Ribeiro da Silva e Marcelo Brito, encontraram o gato Nano em cima do muro de sua casa já com a flecha atravessada na cabeça, por volta das 8h. Imediatamente eles procuraram um veterinário do município, mas foram informados que a clínica não tinha recursos suficientes para atender o animal, devido à gravidade do caso. Por indicação da clínica, a família decidiu buscar ajuda em um hospital veterinário particular de Jaú, distante 54 quilômetros de Brotas.
Apesar da gravidade do ferimento, Nano foi consciente em todo o trajeto. De acordo com seus tutores, ele urinou diversas vezes no percurso, o que, de acordo com os veterinários, aconteceu por conta da dor.
O processo cirúrgico foi extremamente complicada para retirada do objeto, que durou cerca de uma hora, mas o gato resistiu ao procedimento e logo na sequência foi liberado para ir para casa.
Maria diz ainda, que apesar de ter procurado a polícia para investigar o caso, prefere não saber quem é o autor da crueldade. “Não me controlaria”. Ela explica que o marido, Marcelo Ferreira Brito, é caminhoneiro e sempre que viaja faz questão de “falar” com Nano e com o cachorro de estimação da família por telefone. “E eles reconhecem a voz dele. Foi um Dia das Mães muito triste pra mim, pra esquecer. Mas ficamos felizes dele ter sobrevivido, foi um milagre de Deus. Não tem outra explicação”, completou.
Ao chegar ao hospital veterinário, Nano deixou a veterinária que estava de plantão surpresa. “Ele não demonstrava sofrimento ou dor, não estava prostrado. Tinha apenas dificuldade para respirar. Quando colocamos ele na mesa ele andou normalmente com a flecha atravessada na cabeça. Foi impressionante”, contou a veterinária Vanessa Vieira de Freitas.
“Ele chegou de pé, em alerta e com dificuldade respiratória. Nós sedamos o gato e fizemos um raio-X para ver onde a flecha havia perfurado. Em seguida, serramos a ponta da lança e quando a retiramos, o animal apresentou hemorragia. Com ajuda de medicamentos conseguimos estancar a hemorragia e deixamos ele em observação. A flecha não atingiu nenhum ponto que podia causar ferimentos graves ou até levá-lo à morte. Ela passou a milimitros do cérebro”, explicou Vanessa.
Para a veterinária, ‘Nano’ teve muita sorte por sair ileso. “Ele teve bastante sorte porque tinha tanto lugar para pegar e não atingiu nada. Poderia ter morrido de hemorragia".
A Polícia Civil de Brotas, interior de São Paulo, onde aconteceu o caso, apura possíveis maus-tratos ao animal.O animal se recupera bem e, até o momento, nenhum suspeito.
Foto: Divulgação/Hospital Veterinário de Jaú