Fotos atuais mostram situação dos canis dos animais usados em pesquisas pela UNESP.
A denúncia e as fotos postadas no facebook pela Alessandra, vem acompanhada do seguinte relato.
REVOLTA!!! Hj fui passear de moto no campus da Unesp e me deparei com uma cena de terror. Como mostra nas fotos abaixo cães que são usados p testes estavam em baias repletas de coco e xixi sem uma gota de agua e sem comida. Esses pobres animais estavam latindo desesperados, famintos e com muita sede e para piorar a situação o lugar que eles estavam era como se fosse uma sauna com o sol escaldante sobre alguns. Tentei colocar agua p eles mas não consegui entao procurei a portaria e perguntei quem cuidava daqueles animais que estavam agonizando de fome e sede e o guarda da portaria disse que era os alunos e o professor cujo nome esta no relatorio que tirei foto. Esse lugar ja foi denunciado por maus tratos como provado no relatorio mas a polícia militar foi ate o local e constatou que estava td ok. Como assim????? O que vi hj não é só maus tratos e tb crueldade e descaso. Peço ajuda de todos p divulgar essas imagens e que esse lugar seje fechado e esses pobres animais sejam libertados desse inferno. Choro so de imaginar como eles vão passar a noite naquele lugar cheio de coco e xixi sem nenhum lugarzinho limpo e seco p deitar passando fome sede e frio. Peço a Deus que olhe por esses pobres anjinhos.
Das fotos tiradas sobre o Certiicado e o Relatório da Autoridade Policial Militar, que está meio ilegível, transcrevo abaixo o que consegui ler.
Também com uma simples busca no google, aparecem diversas teses feitas na UNESP, com a utilização de animais como cobaias, sendo que nessa tese em especial consta que os animais foram fornecidos pelo CCZ – Centro de Controle de Zoonoses de Lençõis Paulistas/SP.
Juntando as teses, o certificado, e o relatório, sobram perguntas, tais como:
=> Onde estão atualmente os 16 beagles citados no relatório de 07/10/2013?
=> Porque o relatório não menciona nenhum outro animal além dos beagles, como os cães sem raça definida que hoje se encontram nos canis?
=> Dizem que os animais são doados ao término das pesquisas…MAS…pelo visto conforme o próprio relatório eles são doados PARA QUE SEJAM COBAIAS EM OUTRAS PESQUISAS?
Transcrição do Relatório da Autoridade Policial Militar
Nesta data, durante o policiamento ostensivo ambiental em atendimento ao Decreto no. 23250 de 27/09/2013, oriunda do sistema SIGAM, que versa sobre a pratica de maus tratos a (ilegível) Guarnição policial diligenciou até o Campos da UNESP em Jaboticabal/SP, mais precisamente no Setor de Patologia, local denunciado, para a realização de vistoria e adoção de providências correlatas.
No local, em vistoria, próximo aos prédios do setor, foi constatada a existência de um canil, contendo 16 (dezesseis) cães da raça Beagle, todos de médio porte, na cor malhada, separados em baias individuais e coletivas, com alimentação e água a vontade, apresentando satisfatórias condições de (ilegivel) orgânica.
Assim, foi realizado contato com o Sr. Dr. Gervasio Henrique (ilegível), qualificado anverso CRMV no. 1023-4, responsável pelo setor, o qual informou que os cães são oriundos, de uma doação da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro para a realização de pesquisas cientificas apresentando cópia do Certificado aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais para “Avaliação (ilegivel) proteína ribossomal p0 e da aquaporina de Rhipicephalus (B) microplus como potências antígenos vacinais contra carrapato Rhipicephalus sanguineus (Acari Ixodidae) em cães”, alegou ainda, que após as pesquisas os cães serão doados.
Em pesquisa pelo site da UNESP foi verificado que existe o Estatuto da Comissão da Ética no Uso de Animais-CEUA para o Campus da UNESP de Jaboticabal, de modo a considerar que a atividade encontra-se respaldada pela Lei 11.977/2005.
Assim conclui-se que não houve a constatação da prática de maus tratos, sendo o qualificado quanto a legislação em vigor, estando o policiamento militar ambiental disponível para atendimento e ou sanar qualquer dúvida quando necessário. 07/10/2013.