Médicos de animais existem desde os tempos antigos. A prática
da veterinária foi estabelecida desde 2.000 a.C. na Babilônia e no Egito.
Porém, segundo alguns registros encontrados, remonta a 4000 a.C.
O Código de Hammurabi, o mais completo e perfeito conjunto
de leis sobreviventes, que se encontra hoje no Museu do Louvre francês,
desenvolvido durante o reinado de Hammurabi (que viveu entre 1792 e 1750 a.C.)
na primeira dinastia da Babilônia, já continha normas sobre atribuições e
remuneração dos "médicos de animais".
Na Europa, a história da veterinária parece estar sempre
ligada àqueles que tratavam os cavalos ou o gado. Os gregos antigos tinham uma
classe de médicos, chamada de "doutores de cavalos" e a tradução em
latim para a especialidade era veterinarius.
Os primeiros registros sobre a prática da medicina animal na
Grécia são do século VI a.C., quando as pessoas que exerciam essa função -
chamados de hippiatros (hipiatras, os especialistas da medicina veterinária que
tratam dos cavalos) - tinham um cargo público. As escolas de veterinária
surgiram na Europa no meio do século XVIII, em países como Áustria, Alemanha,
Dinamarca, Espanha, França, Inglaterra, Itália, Polônia, Rússia e Suécia.
O marco do estabelecimento da medicina veterinária moderna e
organizada segundo critérios científicos é atribuído ao hipólogo francês Claude
Bougerlat, na França de Luís XV, com a criação da Escola de Medicina
Veterinária de Lyon, em 1761. A segunda a ser criada no mundo foi a Escola de
Alfort, em Paris.
O Imperador Pedro II esteve, no ano de 1875, visitando a
escola parisiense de Medicina Veterinária de Alfort e com a boa impressão que
teve, decidiu criar condições para o aparecimento de instituição semelhante no
Brasil, porém as duas primeiras escolas do gênero só apareceram no governo
republicano: a escola de Veterinária do Exército, em 1914, e a escola Superior
de Agricultura e Medicina Veterinária, em 1913, ambas no Rio de Janeiro.
O capitão-médico João Moniz Barreto de Aragão, patrono da
medicina veterinária militar brasileira, foi o fundador da Escola de
Veterinária do Exército em 1917, no Rio, mas a profissão não tinha
regulamentação até o Decreto de Getúlio Vargas, de 9 de setembro de 1932, que
vigorou por mais de trinta anos.
Para o exercício profissional passou a ser exigido o
registro do diploma, a partir de 1940, na Superintendência do Ensino Agrícola e
Veterinário do Ministério da Agricultura, órgão fiscalizador da profissão.
A partir de 1968, com a lei de criação dos Conselhos Federal
e Regionais de Medicina Veterinária, foi transferida aos conselhos a função de
fiscalizar o exercício dessa profissão e é também onde se faz o registro
profissional.
A formação em medicina veterinária dura, em média, cinco
anos, com os dois primeiros anos tratando das disciplinas básicas anatomia,
microbiologia, genética, matemática, estatística, além de nutrição e produção
animal. Depois é a vez de estudar as doenças, as técnicas clínicas e cirúrgicas
e então optar pela especialização.
As especializações são clínica e cirurgia de animais
domésticos e silvestres, e de rebanhos; trabalhar nas indústrias de produtos
para animais, acompanhando a produção de alimentos, rações, vitaminas, vacinas
e medicamentos; trabalhar em manejo e conservação de espécies, observando os
animais silvestres para estudar a sua reprodução e conservação,
implantando projetos em reservas naturais; fazer controle de saúde ou fiscalizar os estabelecimentos que possuem animais.
A essas pessoas especiais que escolheram cuidar, salvar e
muitas vezes chorar por um focinho, eu desejo que o amor que você dedica aos
animais lhe seja retribuído por toda a sua vida com saúde, paz e luz.
#MuralAnimal #PensamentoAnimal