16 de out. de 2015
Lobo-Guará em estado crítico é salvo por caminhoneiro
8 de ago. de 2015
Kelsey a cachorra abandonada que ganhou a chance de viver
Durante vários anos, a cachorra Kelsey lutou dia e noite à procura de comida, de abrigo, e de carinho. Magra e ferida com sua pele toda coberta de sarna, ela vagava em sofrimento constante.
Mas um dia, alguém decidiu ajudá-la e dai em diante a vida de Kelsey mudaria para sempre.
Olhando as fotos, vemos o longo caminho percorrido por Kelsey, e é isso que nos dá uma maior compreensão, do porque cada animal abandonado pela rua precisa ser resgatado, acolhido e tratado, para que tenha a chance de encontrar uma casa, um lar responsável, que com um pouco de amor e paciência, vai emanar luz e alegria a quem se dispuser a amar e adotar.
A imagem abaixo é do lugar onde Kelsey foi encontrada, andando cambaleando sobre a ponte.
Ela estava magra, coberta de feridas e praticamente havia perdido quase todo seu pêlo, que a protegia do frio e do sol.
Dá para ver nos olhos dela que tinha perdido toda a esperança, entrando no carro sem oferecer nenhuma resistência.
Aqui está ela está no hospital veterinário, num ambiente totalmente novo.
Finalmente, Kelsey teve forças para comer e beber.
Os veterinários ficaram chocados quando a viram.
Mas decidiram fazer tudo o que estava ao seu alcance para a deixar recuperada a 100%
Não demorou muito tempo para que ela se sentisse bem melhor
Fez novos amigos.
Começou a relaxar e deixou de precisar de ficar alerta o tempo todo.
O pêlo cresceu novamente.
Agora ela dorme calmamente e parece ter esquecido todos os seus infortúnios.
E hoje em dia está totalmente recuperada e vive num lar amoroso.
Ela agora está completamente curada por ter encontrado carinho e amor.
Gostaste da história, então compartilhe com os seus amigos! Inspire outras pessoas a ajudar um animal carente, ou ajudar pessoas, protetores e ONG’s que resgatam e tratam desses seres inocentes.
Se inspirou quer ajudar um animal a viver melhor, sem importar a espécie, pois então com apenas R$ 10,00 você ajuda o Santuário Rancho dos Gnomos, que abriga cães, gatos, tigres, leões, araras, bugios a aumentar o tamanho dos recintos dos animais, com a mudança para um novo local.
Associação Santuário Ecológico Rancho dos Gnomos
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3 de ago. de 2015
Touro chifra presidente clube de touradas
Um touro teve o privilégio de escornear o presidente da associação francesa de touradas em um ataque que deixou o homem ‘gritando em agonia’.
O touro pulou para fora da arena, e fincou o chifre em seus testículos, e foi perfurando até chegar ao estômago de Dominique Perron, o entusiasta presidente da barbaridade, e que regularmente promove touradas no Festival de Bayonne, no sudoeste da França.
'O Sr.Perron estava claramente com muita dor, pois estava gritando e gritando, e estava muito assustado. " disse um dos visitantes do festival.
A tourada é um ato de extrema covardia e sadismo.
O touro quando entra na arena já está estressado. Foi "preparado", e "amansado". Em seus olhos é colocado vaselina para diminuir sua visão, e em suas narinas é colocado algodão até à garganta para igualmente dificultar a sua respiração.
Então, quando os "covardes" toureiros entram na arena, o animal já está em sofrimento, e mesmo nos casos quando o touro consegue derrubar o toureiro, chifrando, os touros são mortos, como foi o caso do touro de Bayonne, que foi morto logo depois.
#NãoDesejamosMalaQuaseNinguém
Foi o que aconteceu com esse touro que conseguiu enfiar seu chifre pela garganta e que acabou saindo pela garganta do toureiro que foi levantado no ar.
O touro foi distraído para depois soltar o toureiro.
O touro foi morto, e o toureiro depois de sobreviver a cirurgia reconstrutiva, voltou as arenas para matar e quem sabe morrer.
A cidade de Bayonne tem estado no centro das touradas na França desde que a barbárie foi trazida pela fronteira da Espanha.
A Primeira corrida de touros de Bayonne teve lugar na praça central em 1701, e foi realizada em honra do rei Filipe V de Espanha.
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29 de jul. de 2015
Quasi Modo a adorável cão com corcunda ganha concurso
A fêmea de 10 anos de nome Quasi Modo, que tem defeitos na coluna de nascença e parece com o corcunda, venceu o concurso cujo prêmio foi de US$ 1,5 mil (cerca de R$ 4,7 mil reais).
Embora o concurso tivesse elegido o cão mais feio do mundo, a primeira impressão é que esse título que pode parecer cruel e depreciativo. No entanto os organizadores do concurso dizem que não é essa a intenção.
“Não nos interessa a linhagem”, garante a diretora do evento, Karen Spencer. A tónica está mesmo na beleza interior e na personalidade que o animal demonstra. E o objetivo é “aplaudir a imperfeição e criar consciência sobre a adoção”, que nada pode ter a ver com o aspeto exterior.
O evento é realizado para "celebrar o espírito e as imperfeições que fazem estes cães adoráveis e adotáveis ". Os organizadores esperam que a publicidade em torno dos cães não-tão-perfeitos, e que podem ser tão amorosos e leais como os de aparência comum, vai encorajar que mais pessoas venham a adotá-los.
E foi Quasi Modo, a fêmea mix de pit-bull e pastor holandês que "simbolizou a excelência na feiura, e que impressionou os juízes com sua simpatia”. Nascida com um defeito da coluna vertebral que a deixou um pouco corcunda, e que lhe traz muitas complicações de saúde, a cachorra de 10 anos de idade foi abandonada em um abrigo de animais. Felizmente, um veterinário de Loxahatchee/Florida, apaixonou-se pelo animal que mais parecia uma hiena com um olhar incomum, .e que já foi comparada com um demônio da Tasmânia - depois de ter visto que muitas vezes pessoas adultas se afastavam dela por medo de sua aparência, e que decidiu por adotá-la, quando encontrou o animal doente.
Embora tenha algumas dificuldades, gosta de “brincar, correr e viver a vida ao máximo”, pode ler-se na biografia enviada pelo tutor. “Tornei-me um embaixador para ensinar às pessoas o valor da aceitação e tolerância perante aquilo que é diferente”, prossegue.
Além do prêmio de primeiro lugar, Quasi Modo e seus tutores agora aparecem como destaque em vários programas da TV Americana.
O concurso também tem uma outra categoria o ‘Prémio Espírito’, que sublinha o caráter e a personalidade, e a vencedora foi a chihuahua Precious, com oito anos, que tem um problema nos sacos lacrimais – e que agora vai usar o dinheiro do premio para uma consulta com um veterinário especializado tratar do seu problema de saúde.
O concurso deste ano, foi realizado no dia 26 de Junho e atraiu ao todo vinte e sete cães. Em terceiro lugar ganhou o cão Scamp, que foi resgatado minutos antes que ele pudesse ser sacrificado em um abrigo no sul da Califórnia , ele agora um cão terapeuta que passa seus dias visitando os idosos, que leem e contam histórias para o cão.
Fontes: sonoma-marinfair.org, abcnews.go.com, cbsnews.com, dailymail.co.uk
Cãozinho sem uma pata é adotado por menina que teve pés amputados
Lt.Dan o filhote de pastor alemão branco, nasceu sem umas das patas dianteiras. O defeito congênito é muito comum entre criadores de cães, porque eles cruzam cachorros que são aparentados para perpetuar as características das raças.
Normalmente os criadores tem por hábito sacrificar os cães que nascem com defeitos genéticos, mas milagrosamente nesse caso, a criadora Karen Riddle, queria que esse filhote deficiente tivesse um destino diferente.
Ela, então, começou a procurar por uma pessoa com deficiência ou um veterano ferido, ou algum programa de terapias com cães.
E foi assim que o filhote de cão conheceu a menina Sapphyre, dentro do hospital onde ela é paciente desde seus 3 meses de idade.
A menina que também nasceu com um defeito genético em suas mãos e pés, passou por uma cirurgia e teve seus pés amputados para que ela pudesse se movimentar através das próteses.
"Sapphyre imediatamente percebeu que faltava uma pata no cãozinho. Ela disse:" Ele tem um pé como o meu!" disse a mãe dela, Ashley Johnson aos repórteres e completou: Sapphyre imediatamente se apaixonou no amor pelo Lt.Dan, quando eles se encontraram”
At Shriners with sapphyre and her new puppy lt dan. Both missing feet pic.twitter.com/pZltRg3Jja
— liv osby (@livgnews) 20 abril 2015
"Um monte de crianças não veem que outras crianças ou que os animais têm os problemas que eles têm", comentou seu pai, Matthew Johnson.
"Isso foi uma coisa realmente muito boa para o cãozinho e uma coisa muito boa para Sapphyre."
Seja original - Adote um Animal Especial – #PensamentoAnimal
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26 de jul. de 2015
Filhotes de cães são resgatados de poça de piche na Espanha
A história de três filhotes de cães que foram jogados em uma poça de alcatrão têm sido amplamente divulgada pelas redes sociais e a indignação pelo maltrato se espalhou por todo o mundo.
Os animais foram resgatados no dia 18/07, por um morador que passava pelo local e ouviu o latido desesperado dos animais. Ele pediu a outro transeunte que o segurasse, porque existia a possibilidade de que ele também caísse na vala oleosa. O local é cercado apenas com cordas, e os vizinhos afirmam que é um lugar "perigoso".
Os filhotes foram levados a uma clínica veterinária, onde receberam banhos com óleo e detergente durante várias horas, e mesmo assim ainda exibiam os vestígios do betume ou alcatrão, que é a designação genérica atribuída ao líquido viscoso, espesso e pegajoso que é obtido a partir da destilação de certos materiais orgânicos, especialmente carvão e petróleo.
Os três filhotes com menos de cinco meses de idade, são uma mistura da raça Galgo e Spaniel. Duas raças muito utilizadas por caçadores para capturar presas como lebres, coelhos e perdizes nos campos de Cartagena.
Apesar das tentativas para salvá-los, um dos filhotes morreu e os outros dois ainda têm alguns vestígios da substância química dentro de seus corpos.
No vídeo abaixo, fotos dos cães antes e depois da retirada do alcatrão de seus corpos.
Os dois filhotes que sobreviveram, um macho e uma fêmea, foram submetidos a vários testes clínicos, e os veterinários informaram que todos os resultados estão sob os parâmetros apropriados. Hoje eles são novamente repetindo exames, tanto nos rins e no fígado, porque os cães têm estado até mesmo expulsando o óleo viscoso através do nariz e defecando esta substância tóxica.
A Presidente da Federação de Proteção Animal - A Portalico, Amparo Marín, que agora está cuidando dos cães disse que; "Vamos comunicar ao proprietário do terreno pela insegurança na área e pelos danos ambientais.". A entidade sem fins lucrativos abriga atualmente cerca de cinquenta cães e já tem adotantes interessados em adotar os dois cães que receberam o nome de Chapa e Pote.
A Guarda Civil está investigando se alguém jogou os cães intencionalmente na lagoa de alcatrão em Múrcia, Cartagena/Espanha, onde os três filhotes foram resgatados.
Homem corre pelo fogo para salvar cachorro de incêndio
Mark Woodbury perdeu quase tudo para um incêndio devastador que destruiu sua casa - mas graças à seu incrível ato de heroísmo, a coisa mais importante em sua vida foi salva.
Enquanto ele estava fora, um fogo tinha começado a invadir sua casa em Rutherford, Austrália, e dentro estava seu cão, Ditch. Mas em vez de ficar paralisado de medo quando viu as chamas crescendo, Woodbury entrou em ação .
"A primeira coisa que pensei foi em Ditch. “De maneira alguma eu iria deixar meu cão queimar até a morte.Meu cão é tudo para mim."
Arriscando sua própria vida, Woodbury correu para dentro da casa tomada pelo fogo, para salvar o cachorro de 4 anos de idade, que ele havia adotado anos atrás. Por causa do calor e da fumaça ofuscante, ele demorou, mas conseguiu encontrar o cão quando tropeçou no animal já desfalecido, e envolveu Ditch em seus braços, para tira-lo de dentro da casa em chamas.
Woodbury imediatamente começou a realizar uma massagem cardíaca em seu cão, para mantê-lo vivo até que os paramédicos chegaram com o oxigênio para reanimá-lo.
Ditch foi levado às pressas para um hospital veterinário, onde agora ele está em uma condição estável - um resultado notável que só foi possível pela dedicação de seu tutor para salvar sua vida. E mesmo que muito tenha sido destruído no incêndio, nada disso parece importar para Woodbury, já que ele foi capaz de recuperar o que mais lhe importava.
"Eu perdi toda a minha cozinha, todos os meus aparelhos, minha roupa, meus móveis, mas o meu cão", diz ele. "Isso é o mais importante."
9 de mai. de 2015
Depois de visitar mais de 100 abrigos onde está o cão Bixby
O cachorro de 5 anos de idade, e que já viajou mais de 12 mil quilômetros em uma história que vai te surpreender.
A história do cão Bixby, começou quando ele, há dois anos atrás foi adotado em um abrigo de animais, por Michael Minnick.
Um humano com casa, emprego, excesso de peso, fumante inveterado e de certa forma entediado com a vida que levava.
Até que um dia Mike (Michael Minnick), ganhou um ingresso para participar do festival de contracultura Burning Man. Foi ai que ele resolveu vender a casa, largar o emprego, e ir numa caminhada rumo ao desconhecido, resolveu cair na estrada, vendo paisagens, fazendo novos amigos, e procurando um novo rumo na vida.
O começo foi de automóvel, mas depois que o veículo quebrou e o dinheiro acabou, Mike precisou improvisar um veículo próprio onde o cachorro pudesse acompanha-lo pelas estradas.
Foi então que ele abandonou o cigarro, e comprou uma bicicleta de carga, com um bagageiro onde o cão Bixby pudesse ir confortavelmente com sua caminha de dormir, seguir pelo desconhecido.
Até que um dia eles foram entrevistados por uma reportagem local, e se tornaram muito conhecidos e passaram a ser celebridades locais.
A comoção das pessoas em torno de Bixby ser um cão que foi adotado em um abrigo de animais, deu um novo rumo na estrada que deveriam seguir.
Mike então passou a trilhar os caminhos rumo aos abrigos de animais, e assim fazer com que a imprensa que o acompanhava desse destaque aos animais que aguardavam por adoção.
Dessa forma o cão Bixby já percorreu mais de 12 mil quilômetros, visitando mais de 100 abrigos de animais públicos , nos quais passa a mensagem para que as pessoas não comprem animais – porque existem milhares de adoráveis animais à espera de adoção.
Mike sempre diz em suas entrevistas que o companheirismo de Bixby, mudou a sua vida, e o fez uma pessoa melhor, e que ele quer retribuir a ele, e a todos os outros animais da melhor maneira possível.
-“Há muitos mais Bixby’s à procura de amor em abrigos por todo o país”, disse Mike.
Para ajudar a financiar a viagem de Bixby e Mike até os abrigos, bem como acompanhar o dia-a-dia da dupla, visite o site Wheresbixby.
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21 de abr. de 2015
Cãozinho despejado pela família depois que seu pai humano faleceu - recebe um presente
Quem escolhe dividir a vida com um animalzinho de estimação, dificilmente pode imaginar que o restante de sua família humana, não vá cuidar do bichinho, se a nossa hora ‘de partir’ desse mundo chegar.
Infelizmente para os animais de estimação, isso acontece muitas e muitas vezes, e de um modo tão traumático, que alguns animais demoram muito tempo, para ter um motivo para voltarem a se alegrar.
Criados desde filhotes, com muitos mimos, carinhos e brinquedos. Muitas vezes dormindo com seus papais e mamães humanos. E muitas e muitas vezes esperando por eles na porta, com pulinhos de alegria – e sem que consigam entender o como e o porque – ficam sem os pais e sem as mães humanas.
Passam á ficar horas a espera de um humano que nunca mais vai chegar, e depois sem que percebam não estão mais no lugar onde foram criados, e onde ainda havia o cheiro de sua família.
São despejados – largados nas ruas, ou em estradas desertas. Sem saber o que fazer, nem para onde ir.
Sem seus potes de água e de ração, e só uma certeza em seu coração, encontrar um humano que lhes estenda a mão, que lhes faça um carinho e que lhes mostre um caminho.
Foram nessas circunstâncias que o cãozinho “Mad” foi abandonado aos 2 anos de idade. Após o falecimento de seu pai humano – ‘a família dele’ – simplesmente o colocou na rua, juntamente com seus irmãos. Mas nem o frio, nem a chuva, e nem o barulho dos carros, faria com que eles saíssem da frente da casa - que um dia foi deles.
Mas Mad e seus irmãos estavam predestinados a ganhar um presente. Ao contrário da grande maioria dos animais que, abandonados, acabam por se reproduzir, e depois acabam sendo atropelados ou maltratados, os cães no ano de 2009 foram presenteados com um abrigo onde estariam a salvo da fome, e das intempéries dos humanos e do clima.
Eles foram morar no Abrigo Piccolina. Desnutridos e cobertos de sarna, foram tratados e recuperados e fotografados para serem colocados para adoção.
Foi então que Mad se destacou dos irmãos, quando demonstrou morrer de medo da câmera fotográfica, sem saber que com uma boa foto, ele teria mais chances para que um novo pai-humano o encontrasse.
No Abrigo Piccolina, ele conheceu muitos outros cães, dos recém-chegados aos que partiam quando eram adotados, e os cãezinhos especiais e os tímidos como ele, que acabavam sempre à espera de um lar.
Mesmo com o passar dos anos, Mad continuou a ter medo de ser fotografado – até que recebeu uma carta de um humano muito especial.
Mad havia sido apadrinhado!
Sem os padrinhos e as madrinhas, as entidades e associações que abrigam, alimentam e tratam de animais carentes, não tem como se manter. A legislação brasileira não dá nenhum subsídio ou ajuda financeira as ONG’s de Animais como o Abrigo Piccolina.
O padrinho de Mad enviou uma cartinha onde escreveu.
Para o Nosso Querido MAD,
Ainda não nos conhecemos, mas em breve iremos lhe conhecer.
Esses são alguns presentinhos para você, e em breve mandaremos mais.
Queremos te ver muito feliz com os presentes e principalmente espero que sinta todo o carinho e amor que temos por você.
Com MUITO AMOR do seu padrinho Fabricio e família
Depois que a carta foi lida para o MAD, e os presentes lhe foram entregues, a câmera fotográfica foi posicionada para registrar aquele momento mágico em que MAD pode do seu jeito agradecer ao seu padrinho.
E se você já sentiu ou sente amor por um animalzinho de estimação, pense por um momento que eles tem amor maior do o seu. Converse com seus familiares e amigos, sobre as alegrias e as vantagens de conviver com um animal de estimação. E se não puder adotar um animal, apadrinhe ou amadrinhe – colabore. Os animais precisam de você!.
Para apadrinhar um animal do Abrigo Piccolina escreva para : abrigopiccolina@uol.com.br
Quem não deseja assumir o compromisso de apadrinhar ou amadrinhar, pode optar por depósitos eventuais, doações via Pag-Seguro ou ainda doar produtos de limpeza, medicamentos, shampoos, casinhas para cães, ração úmida (latinhas).
O Abrigo Piccolina fundado em 2003, é localizado em Avaré-SP, e é mantido com o apadrinhamento dos cães abrigados.
Você pode escolher um ou mais afilhados ou colaborar com todos, apadrinhando coletivamente!
Fornecendo os seguintes dados:
nome, endereço completo com bairro, cidade, estado e CEP;
fone e email para contato;
com quanto pretende colaborar mensalmente;
qual o cãozinho ou cadelinha escolhido (um ou mais)
(lembre-se que COLABORAR COM O COLETIVO também é muito importante)
VALOR DA COLABORAÇÃO = A manutenção de um cão custa atualmente R$ 90,00/mês, em média – e esse valor pode ser maior quando o animalzinho necessita de tratamentos extra, exames, medicamentos.
O valor mínimo do apadrinhamento é de R$ 50,00 por mês, para nos ajudar a custear um animalzinho. As colaborações são feitas através de boletos enviados pelos correios.
MAS ATENÇÃO = pedimos, encarecidamente, que toda pessoa interessada em apadrinhar um animal, colaborando mensalmente através dos boletos, analise se quer mesmo cadastrar-se, pois infelizmente algumas pessoas inscrevem-se por impulso, cadastram-se, escolhem afilhados e depois quando enviamos os boletos simplesmente ignoram. E, infelizmente, essa desconsideração gera despesas sem retorno para a entidade, que usa todos os seus recursos humanos e materiais em prol de animais vitimados pelo abandono e pela crueldade.
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16 de jan. de 2014
Dian Fossey a Mãe dos Gorilas
"Entre todos os pesquisadores que trabalharam no continente africano, eu me considero uma das mais afortunadas por causa do privilégio de ter podido estudar o gorila da montanha", escreveu Dian Fossey no prefácio de seu livro. "Espero profundamente que eu tenha feito justiça às memórias e observações acumuladas ao longo dos meus anos de pesquisa do que eu considero ser o maior dos grandes primatas".
“Todos os seres têm o mesmo direito e necessitam ser tratados com o mesmo respeito que os seres humanos"
Hoje, cerca de 30 anos após escrever essas palavras, não há dúvida de que o seu trabalho tenha feito toda a diferença para a sobrevivência e preservação de famílias de gorilas da montanha em Ruanda.
A luta de Dian Fossey foi vivida no cinema pela premiada atriz norte-americana Sigourney Weaver. O drama, dirigido por Michael Apted, remonta os anos em que se dedicou à preservação dos gorilas da montanha, ameaçados de extinção pela caça indiscriminada. No filme biográfico, Fossey usa todos os meios possíveis para protegê-los, mas a causa se tornou uma obsessão que nem mesmo Bob Campbell, fotógrafo com quem se envolveu, consegue fazê-la desistir.
Sua fundação, Dian Fossey Gorilla Fund International, continua trabalhando para manter a vida selvagem do local segura. O grupo agradeceu a homenagem ao Google e divulgou a homenagem na sua página no Facebook. "Em homenagem ao que teria sido o aniversário de 82 anos de Dian Fossey, em 16 de Janeiro de 2014, o Google criou um novo Doodle", celebraram os zoólogos.
Nascida em San Francisco – Califórnia em mil novecentos e trinta e dois, terminou seus dias nas Montanhas de Virunga-Ruanda no ano de mil novecentos e oitenta e cinco um dia após o natal e junto de seus amados amigos gorilas fora sepultada aos cinquenta e cinco anos.
Zoologista com especialização em primatas estudou por oito anos consecutivos grupo de gorilas que habitavam as florestas das montanhas de Ruanda, suas ações preservacionistas comparam-se às de Jane Goodall[3] que desenvolveu similares pesquisas com chimpanzés.
Inicialmente trabalhou com terapia ocupacional com crianças portadoras de síndrome de down, interessou-se pela África, especificamente por estudos com gorilas que habitavam as montanhas de Ruanda entrando em contato com as pesquisas do dr. Louis Leakey[4] e sua esposa, e ao entrar em contato com o pesquisador devido à sua perspicácia e insistência ele a convidou para desenvolver a pesquisa que a tornou futuramente em especialista nos referidos primatas. O referido casal fora responsável inicialmente fundos e reservas de sustentação financeira das pesquisas por ela realizadas.
Através de ações de salvaguarda dos gorilas, Dian funda o Centro de Pesquisa Karisoke que conseguiu ainda mais apoio e auxilio quando houve a divulgação de suas pesquisas em publicações e fotografias na National Geographic, em entrevista à fotógrafo free lance Bob Campbell[5], que a retratou em sua relação saudável, mas muitas vezes beirando à irracionalidade com grupos de gorilas. Sua inter-relação natural e respeitosa para com os animais, a floresta e o ser humano, fora retratada de forma a abrir os olhares da comunidade científica para que considerasse sua pesquisa de campo como algo a ser considerado.
Fossey suportou heroicamente às negativas investidas de grupos que desejavam lucrar com a venda das mãos e cabeças de seus amigos gorilas, muitas vezes tendo que tomar atitudes que a tornara “persona non grata” de políticos, polícia, tribos aborígines hostis, traficantes ecológicos, políticos que desejavam lucrar com a implantação de pólos turísticos na África, sem o devido respeito à floresta e seus habitantes naturais; ara eles era forte rival e verdadeira guardiã daquilo que queriam usurpar.
Um ação que a tornara ainda mais combativa na preservação dos gorilas da África foi sua total repulsa aos sistemas zoológicos implantados por países estrangeiros que traficavam animais e não davam nesse processo todo nenhuma demonstração de bons tratos para com os animais, que eram chacinados em sua caça, com sua prisão, no transporte e na falta de adaptação e comodidade nos zoológicos que eram submetidos; o que diminuía a taxa de sobrevivência animal. Dian fora responsável pelo novo repensar da comunidade internacional que convertera o aumento do espaços naturais destinados aos animais em uma legislação um pouco mais justa e digna,mas Dian sabia que havia muito ainda por fazer.
A primatologista foi brutalmente assassinada em seu quarto enquanto dormia, muitos acreditam que ela fora morta devido à sua intervenção contrária à exploração turística e financeira dos gorilas; bem como pelas suas ações de denúncia do envolvimento das autoridades de Ruanda nesse processo. Após sua morte toda sua equipe fora feita prisioneira e a posteriori solta, exceto seu assistente de confiança e guia Rwelekna fora encontrado morto em sua cela, supostamente fora relatado pela polícia que ele cometera suicídio.
Muitas das organizações se opuseram à Fossey, incluindo o escritório de Turismo de Ruanda, atravessadores escravagistas, pois tinham em sua meta a continuidade de utilização do tráfico enquanto fonte de renda e lucro.
As semanas que antecederam a morte de Dian, houve a recusa da renovação de seu visto de permanência na África para que continuasse suas ações e pesquisas. Graças à boa parceria de Fossey que aliou-se à um secretário geral governamental que era simpatizante de suas ações e contrário ao que ocorria em Ruanda, conseguira secretamente seu visto de permanência. Tal situação fora determinante para sua morte precoce e criminosa, pois assim sendo daria continuidade às suas ações.
A pesquisadora fora enterrada no local por ela destinado para o sepultamento dos gorilas que foram assassinados (retiravam-lhe apenas as mãos e a cabeça e os corpos eram deixado na mata). Ficara ao lado daqueles que aprendeu a amar e defendeu com sua própria vida, pois acreditava que “todos os seres tem o mesmo direito e que necessitam ser tratados com o mesmo respeito que os seres humanos (…)”[6]
Uma de suas amigas pessoais, Shirley McGreal, continua a trabalhar na proteção dos primatas dando continuidade ao trabalho de Fossey na Liga internacional da proteção do primata(IPPL). Nota: Uma das poucas organizações dos animais selvagens que de acordo com Fossey promovem moral, ética e eficazmente “o conservação ativo”.
Após a morte de Fossey, o Centro de Pesquisa Karisoke fora saqueado e o que restou do local fora dirigido por pesquisadores que estiveram com ela. Hoje existe somente os restos remanescem de sua cabine que foi convertida em um museu para turistas. Durante a guerra civil os parques de Virunga foram invadidos por refugiados e áreas de preservações foram destruídas de forma ilegal.
A FILOSOFIA E DIAN FOSSEY
DIAN E A VIOLÊNCIA
A guerra e a caça desenfreadas na África é responsável por milhares de mortes e entre eles a dos gorilas pesquisados por Dian Fossey, que foram dizimados de forma brutal e beirando à crueldade a ponto de estar na lista de animais em extinção, segundo o Fundo Internacional Dian Fossey para os Grilas- DFGFI (sigla em inglês) nos últimos dez anos: “(…) Encontramos duas importantes populações dos gorilas de Grauer que estavam gravemente subestimadas, negligenciadas ou cuja existência se desconhecia, disse Patrick Mehlman, vice-presidente do DFGFI para a África”
Dian estabeleceu uma batalha declarada contra uma legião de inimigos formados por caçadores, agricultores que devastavam habitat dos gorilas, políticos corruptos e corruptores, entidades internacionais exploradoras da situação político social da África, traficantes mercenários de animais, entre outros que se aliaram e desestruturaram sua luta em defesa dos primatas e a vitimaram violentamente, na tentativa de calar sua voz.
Até onde pode a pesquisadora usou de todos os subterfúgios que estiveram ao seu alcance e tornou-se dessa forma um perigo constante e poderoso aos que eram contrários às suas ações. Hoje sabemos que esse processo destrutivo continua no Congo e os autores dessas imposturas fazem até uso do nome de Dian e arrecadam suntuosas verbas para manter organizações que não tem interesse em manter vivos os gorilas e sua montanha, mas somente angariar valores para seu uso particular.
Dessa forma caracteriza-se outra forma de violência para com a pesquisadora, eis mais uma forma de violência para com a pesquisadora, mas as ações são travestidas enquanto boas ações. Mas jamais assumirão tais imposturas. Segundo Jean Marie Muller[7], “O homem violento se defende sempre com ataque. É sempre o outro que começou. No conflito entre israelenses e palestinos, cada lado usa a violência para se defender da violência do outro. Os dois justificam seus assassinatos pelos seus mortos. É verdade que é preciso se defender. A questão é encontrar as estratégias não violentas eficazes para isso. No nível pessoal, as artes marciais são métodos não violentos de autodefesa(…).É necessária uma mediação internacional. Seria preciso que centenas, milhares de voluntários internacionais formados na resistência não violenta de conflitos se dirijam para lá e usem os métodos de mediação no interior sociedade civil”.[8]
Nesse processo a violência deixou de ser conceitual para assumir questões físico criminosas, não somente no plano humano, mas relativo também à uma sociedade abastecida pela ignorância a fim de não se estabelecer critérios de escolhas e opiniões próprias, pensar por si e para si, violência para com o meio ambiente, que sofre pela ganância e desinteresse em sua defesa e manutenção, violência para com os animais que elencam-se na lista de animais em fase de extinção, violência para com a comunidade científico acadêmica que fora desrespeitada e impedida de dar prosseguimento às suas pesquisas, violência para com seres humanos que defendiam valores diferenciados daqueles que dominavam a África.
DIAN E O PODER
Dian também se deparou com a questão do poder, quando retrata em seu diário de campo os enfrentamentos com diversos segmentos da sociedade africana em geral: a ignorância dos nativos africanos, as autoridades local que fechavam seus olhos ao que ocorri em troca de propina, dos políticos em vigência que visavam mais lucro próprio do que o bem estar do cidadão e salvaguarda
Fossey também demonstrou poder quando usou da mídia a fim de despertar a sensibilidade à nível internacional das nações que poderiam intervir no que ocorria com os gorilas, quando viesse a tona a co-participação de cidadãos de seus países, e subsequentemente o envolvimento do país seria notória a necessidade de uma intervenção para cessar tal intervenção negativa. Gerou dessa forma uma inter relação de poderes.
A pesquisadora faz uso dos costumes do povo do lugar para que possa se estabelecer enquanto poder local, através de um estigma de bruxa fazendo se valer do temor dos aborígenes ao seu cabelo longo e avermelhado, que não era comum naquele lugar, pois a grande maioria eram de tez de etnia negra e sua alvura causava estranhamento e por isso a considerava uma feiticeira. Mas verifica-se que a utilização desse artifício utilizado por Fossey direcionava à sua intencionalidade de salvaguarda do habitat e dos grupos de gorilas que estavam em extinção.
Questão: Qual é o padrão conceitual de moralidade nestes dois lados opostos; por um lado Dian Fossey e sua equipe que estabelece critérios de salvaguarda do meio ambiente e dos animais que pesquisara. Do outro lado o interesse no comercio desregrado de utilização do meio ambiente e comercialização dos animais.
Estabelece dessa forma, uma relação com a filosofia e esse impasse acima descrito, tal nuance nos remete à questões pertinentes à conceitos de definição da Ética, ou então da Ciência da Moral que é parte da filosofia que trata de costumes, deveres do homem, ou o discernimento das variáveis do significado do que são os bons costumes, e como variam de acordo com os valores impingidos na sociedade que os aplica. s bons costumes e valores éticos, até que ponto Dian isentou-se de seus dogmas e superstições pessoais a fim de que pudesse realizar suas pesquisas e ações de salvaguarda tão aparentemente notável pelos seus atos?
Se poder significa ter através da força, independente da forma utilizada para tal, podemos provocar a intercambialidade e unificação aparente desses valores, mesmo que aparentemente seja impossível devido ao seu lado oposto. Há ações de poderes intrínsecos em ambas as partes e nelas, mesmo que em lados opostos ocorre enquanto substancia, ora enquanto forma. Tanto Fossey, quando seus opositores, poderão ser ato, ou de potencia; dessa forma poder e ética há de se tornarem parceiros e independente do direcionamento dado socialmente ou por determinado grupo social.
Filosoficamente desperto o questionar de o que vem a ser ética quando ela é utilizada parasse estabelecer poderes?
Verifica-se que Ética e Poder, são dois conceitos que abarcam conceitos complexos de significados, e juntos tais conceitos poderão representar elementos que distinguirão indivíduos e todo contexto sócio econômico que são inseridos,normalmente estão dissociadas em seus valores e significados, mas o que leva a essa dissociação. Segundo Focault[9], “(…) o que quero dizer quando falo de relações de poder é que estamos, uns em relação aos outros, em uma situação estratégica. Por sermos homossexuais, por exemplo, estamos em luta com o governo e o governo em luta conosco. Quando temos negócios com o governo a luta, é claro, não é simétrica, a situação de poder não é a mesma, mas participamos ao mesmo tempo dessa luta. Basta que qualquer um de nós se eleve sobre o outro, e o prolongamento dessa situação pode determinar a conduta a seguir, influenciar a conduta ou a não-conduta de outro.
Não somos presos, então. Acontece que estamos sempre de acordo com a situação. O que quero dizer é que temos a possibilidade de mudar a situação, que esta possibilidade existe sempre. Não podemos nos colocar fora da situação, em nenhum lugar estamos livres de toda relação de poder. Eu não quis dizer que somos sempre presos, pelo contrário, que somos sempre livres. Enfim, em poucas palavras, há sempre a possibilidade de mudar as coisas.”
DIAN E A (BIO)ÉTICA
Os respectivos valores preservados pela pesquisadora, tornaram-na também em uma especialista atuante em questões pertinentes à bioética, tão em voga na atualidade, onde especificamente por suas atividades e intervenções sócio culturais que modificaram concepções, legislações e inseriram no contexto o cidadão a nível mundial na ciência dos fatos de ações destrutivas do meio ambiente e de um grupo de símios que estavam a beira da extinção, pois ousou abandonar a sedução casuística e sentimentalize de uma teoria romanesca e ou munida de concepções equivocadas em relação à comunidade de gorilas existente na África, tão bem “mal” difundida em filmes e na multi mídia em geral, colocando-os como feras destrutivas e os seres humanos como seres vitimados e desprovidos de proteção.
O filme A Montanha dos Gorilas, traz à tona as inverdades e imposturas cometidas e difundidas por aqueles que usurparam o direito à vida de seres que mantinham-se em harmonia com o meio ambinte que viviam, porque simplesmente eram parte integrante do mesmo.
Neste caso os invasores e destruidores foram desvelados à comunidade científica e ao cidadão leigo que tiveram acesso ao documentários, fotos e denúncias dessa primatologista que graças ao seu incansável processo de resistência perseverou e chamou atenção como a National Geographic e a BBC de Londres. Como todas as conquistas da humanidade, a trajetória de defesa da ética na pesquisa, e sempre está relacionada com o que ocorre no entorno que o objeto de pesquisa, e tudo o que está inserido neste contexto, e assim é tratada como uma conquista no campo dos direitos humanos – é percorrida por inúmeras situações de desrespeito e violação dos direitos dos sujeitos envolvidos na pesquisa.
DIAN E A PESQUISA
Pesquisa de campo, barreira a ser definida enquanto superação e redescobertas que muitas vezes podem mudar conceitos ou até mesmo o direcionamento a ser dado inicialmente enquanto projeto de pesquisa. Há algo que sai do controle laboratoriais ou dos gabinetes daqueles que teorizam e muitas vezes estabelecem critérios e metodologias que jamais se deveria ser contestadas.Dian o fez… contestou, modificou, subverteu a teoria academicamente estabelecida abrindo novos caminhos e novas possibilidades para aquilo que ela não só chamou de pesquisa de campo, mas vivenciou, interagiu e interviu socialmente.Não se deteve ao se deparar com questões éticas estabelecidas numa nova sociedade e cultura que teve contato, apreendeu muito dessa cultura e a fez presente em suas pesquisas numa miscigenação da tradição com o cientificismo que lhe era usual e com essa interação do mítico com a ciência prevalece o objeto a ser pesquisado e tão somente através desse processo inovador ocorre a possibilidade de se estabelecer possibilidades de aproximação, coletas de dados para que pudesse abastecer a comunidade acadêmica de novos materiais de pesquisa a serem realizado nos gabinetes asséptico e hermeticamente acoplado em alguma universidade.
A ciência se abastece daqueles saberes que se originam nos incultos para que possa fazer surgir a possibilidade de novos conceitos e difundi-lo para o mundo que aguarda…Na filosofia também deveria ser dessa forma, jamais esquecermos daqueles que desbravaram os conceitos e nos enriqueceram com novos padrões e linhas de pensamentos que muitas vezes ainda é vigente e utilizados até os dias de hoje. Ou então somos influenciados sem mesmo percebemos, pois tais conceitos há muito estruturados são muitas vezes incorporados ao sistema social e elencado ao senso comum enquanto verdade usual e cotidiana e nem mesmo temos consciência de sua origem.
O desafio é estabelecer critérios para que o processo de uma pesquisa de campo torne-se também referencial de proximidade e exatidão de uma metodologia adequada e cientificamente estruturada. Ocorre por vezes de uma metodologia não ser ainda não usual e ou reconhecida enquanto tal, por se tratar o objeto de pesquisa algo que ainda não se estabeleceu enquanto interesse ou foco utilizável para a composição de um projeto especifico devido ao seu perfil ou peculiaridades que o compõe. Percebe-se dessa forma que um dos maiores embates junto à comunidade acadêmica reside também nessa reinvenção, considerando tal postura ou prática academicamente inaceitável.
QUESTÃO: Como desenvolver a imparcialidade e distanciamento necessários na produção científica se todo o contexto envolve o vivencial, o real e a realidade que bate à porta e exige posturas praticas, emergenciais e tangíveis?
Seria uma impostura dessa cientista pesquisadora tal envolvimento, sendo que devido a essa ação ocorrera a legalização em caráter mundial de normas e condutas de defesa e preservação?
Lembrando: todo trabalho seu ganhou notoriedade e aceitação incontinente da comunidade científica, sua inexperiência e metodologia própria fora base de seu trabalho e apropriada por muitos outros que seguem caminhos paralelos e ou similares ao dela. No ponto de vista metodológico tomamos que o juízo por ela optado tende à impossibilidade de padrões comparativos, mas sim valores similares em outras pesquisas feitas com grupos de chimpanzés, que se diferenciam enquanto espécie, padrão comportamental e principalmente região abarcada de habitat de cada grupo, como afirma Helvetius[10]: ”Uma nova ideia surge da comparação de duas coisas que se não haviam comparado” .
Fica a questão: Até que ponto o pesquisador poderá interferir no seu objeto de pesquisa, ou mesmo modificar o curso de seu processo fenomenológico?
Qual a ética abordada nesta questão?
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O ato de uma pesquisa requer atos de coragem e de refinamento da ótica daquele que observa. Muitas vezes ocorre a necessidade de se ultrapassar as mais diferentes e dificultosas barreiras, tanto em nível da pesquisa quanto em linhas de valores muitas vezes adquiridos e pessoais de cada indivíduo que desenvolve a pesquisa.
Muito do produto final do objeto de pesquisa é decorrente da dedicação diferenciada e do empenho engendrado nas ações daquele pesquisa. São horas, são detalhes, são entalhes conceituais, repetições, são recomeços; estendidos na temporariedade que se prende o pesquisar. Nesse processo não se carece de ausências na família, nem se teme o distanciamento de amigos ou se prende na inexistência das tão necessárias horas de lazer.
Esse filme tende nosso pensamento à urgência emergencial de se estabelecer critérios que tenham sua sustentabilidade estrutural no reino da ética e dos padrões de uma mora lapidada em conceitos de respeitabilidade para com o todo e a parte.
Não são poucos os desafios, a quantificação só é comparável pela grandiosidade da consciência da necessidade de salvaguardar o bem mais precioso que é a natureza e tudo aquilo que lhe é parte. Dian sabia disso, ou melhor vivenciava diuturnamente essa questão, não só pelo seu compromisso para com a pesquisa, mas principalmente pelo seu comprometimento para com os seres que deixaram de ser objeto de pesquisa para serem seres com necessidades de respeito pela sua diferença e de cuidados para que possam ter continuidade na existência em seu ciclo natural e biológico.
Ao deparar-se em uma sociedade totalmente desestruturada moral e eticamente diante os padrões de conduta em que a pesquisadora Fossey fora esculpida, todos os enfrentamentos contrários às suas linhas de ações foram desafios a serem vencidos gradativamente, mas a vontade de parte dessa sociedade falou mais alto; a parte que dominava, e que detinha poder, parcerias escusas e interesses particularizados e caracterizados pelo lucro próprio.
O desafio fez-se presente até mesmo quando se predispôs realizar a pesquisa inicial, pois fora considerada pelos respeitáveis doutores dos saberes da ciência, inexperiente e até mesmo incipiente na temática nesta linha de pesquisa, aproveitou-se do espanto causado por sua determinação e engendrou-seno mundo dos pesquisadores muitas vezes já catedráticos na área de pesquisa,mas inexperientes em pesquisa de campo.
Outros fatores atenuantes que para muitos seria motivo de inviabilização de uma pesquisa mas que para Fossey foram apenas questões a mais a serem transpostas: a convivência com uma nova cultura por demais diferenciada da sua; condições primitivas de vida que teria que se submeter; falta de dados anteriores sobre o tema pesquisado para servir de base inicial; ser responsável por conseguir financiamentos para dar suporte financeiro para a pesquisa; e a total falta de apoio governamental que por interesses escusos era fonte incessante desestímulo da continuidade de suas pesquisas.
O que remete um ser humano a se tornar um referencial pelo seu trabalho de pesquisa, sua metodologia inventiva e inusitada, muitas vezes jamais mensurada pelos profissionais da ciência?
O que perpetua conceitos e ideias e os torna um continuam gerando elementos que transladam livremente pelas suas peculiaridade sem espaço, nem tempo definido, como fora ressaltado no filme: “os grilas não respeitam fronteiras, pois não são seus o conceito de territórios ?
O legado de Fossey fora seu envolvimento assistemático, ou melhor, sua sistematização diferenciada pela genialidade que lhe era peculiar também pelo seu pioneirismo na defesa do meio ambiente num ambiente hostil à sua causa. Mas tomou para si sua reputação de feiticeira dos cabelos vermelhos e fez da reputação gerada pela ignorância de um povo desprovido dos saberes nela contido da tribo africana existente, utilizando essa fama em favor à sua causa; sim sua pesquisa tornara-se sua causa, e a defendera com seus saberes abastecido pelo mito gerado pela sua postura e atuação.
Numa disparidade de informações que realizam os animais em extinção muitas vezes como perigo aparente, neste caso os símios também são vitimados pela má fama da violência, quando na verdade há de se considerar sua realidade instintiva e primal, que os fazem únicos e que devem ser preservados enquanto tal, fato que Dian percebeu à primeira vista e fez dessa percepção ponto principal para por ao alcance mundial os saberes que ela conseguira apreender com cada espécie que estudou.
AFINAL QUEM É O VERDADEIRO SER PENSANTE? E ENTÃO ?
“Uma luta amarga pela sobrevivência – Texto de Dian Fossey
Chamava-se Digit e tinha-nos deixado. O corpo mutilado, de cabeça e patas decepadas como troféus macabros, jazia no mato, sem vida, como um saco ensanguentado. Ian Redmond e um batedor nativo sofreram o choque inicial, tropeçando no corpo perfurado e estropiado por uma lança, no final de uma série de armadilhas para antílopes montadas por caçadores furtivos.
Aturdido, Ian recompôs-se e veio à minha procura, noutra zona da floresta. Extraordinário aluno assistente, Ian partilhava comigo a intenção de associar equilibradamente a investigação ao objetivo de salvar os gorilas de montanha em risco, por mim estudados a partir do acampamento-base nas montanhas ruandesas de Virunga, na África Central.
Senti esta morte como provavelmente o mais triste dos acontecimentos ocorridos durante todos os anos em que partilhei as vidas quotidianas dos gorilas de montanha, atualmente reduzidos a uns escassos 220 indivíduos – número que baixou para metade, em apenas 20 anos.
A verdade é que não tinha qualquer vergonha em chamar-lhe “o meu adorado Digit”.
E agora a mágoa fazia crescer em nós a ira-raiva contra os caçadores furtivos que tinham cometido a carnificina.
Mas a caça furtiva é apenas um entre muitos fatores de pressão que levaram o gorila de montanha à beira da extinção.
Entre as ameaças contam-se o alargamento da presença humana, a deflorestação, a recolecção ilegal e a atividade turística.
O triste fim de Digit em 1977 foi uma tragédia, mas, ao longo da minha investigação, acontecimentos devastadores como este foram equilibrados pela recompensa de muitos progressos no nosso conhecimento sobre estes primatas extraordinários.”
SINOPSE DO FILME “NAS MONTANHAS DOS GORILAS”
O presente filme trata-se do registro cinematográfico das atividades desenvolvidas pela pesquisadora e especialista em primatas, Dian Fossey, interpretada pela atriz Sigourney Weaver. O contexto inicia-se na segunda metade década culturalmente efervescente dos anos sessenta, onde, a cientista é contratada pelo pesquisador Louis Leakey para realizar o censo e estudos comportamentais dos gorilas existentes na África, especificamente na região de Ruanda, na conhecida Montanha dos Gorilas. Em princípio quase em descrédito e descaso pelo seu contratante Louis devido à sua inexperiência, é deixada em Ruanda para realizar sozinha a pesquisa, desafio que aceita, mesmo pega de surpresa, pois não dominava os costumes, a língua do povo do lugar e nem mesmo conhecia o local que realizaria a pesquisa.
O desenvolvimento de sua pesquisa fora tomando forma e conteúdo através de seus experimentos e do prazer vivencial no cotidiano e em cada descoberta e surpresas que a montanha lhe presenteava, tanto as agradáveis quanto as nem tanto; tal fator teceu ainda mais no caráter da pesquisadora o desejo de defender o objeto de sua pesquisa daqueles que até então impunemente eram responsáveis pelo quase extermino dos gorilas existentes na floresta, haja vista os mesmos estarem em fase de extinção devido também à ganância, parcerias espúrias e imorais, bem como a utilização indevida de parte dos corpos mutilados dos símios enquanto troféus e ou utensílios de decoração.
Dian em nome da defesa salvaguarda e preservação dos primatas que aprendeu a amar enfrentou por diversos momentos a ira da polícia, de guerrilheiros, tribos corruptas, crenças locais, traficantes de animais, políticos desonestos. Por se tornar defensora de seus amigos gorilas, pagou com sua própria vida, pois teve uma morte trágica que não fora esclarecida até os dias de hoje.
O nome, pesquisa e as ações da primatologista Dian Fossey tornaram-se mundialmente conhecidos quando obteve apoio midiático e a divulgação de suas pesquisas, bem como denúncia da realidade político ambientalista que enfrentava. A revista National Geográphic tornou-se ainda mais conhecida no setor científico através de filmagens, reportagens e fotografias, trazendo à tona as condições que se encontravam os gorilas, enfatizando a urgente necessidade de ações que visassem a preservação da espécie e criação/expansão de reservas ambientais, que deveriam sistemática e constantemente supervisionadas, mantidas, vigiadas e salvaguardadas para que os animais possam ter chances de sobrevivência e continuidade da espécie. O mundo se conscientizou e se sensibilizou com a causa que Dian defendeu, e muitas organizações internacionais se aliaram a ela.
Pioneira em suas ações e metodologias, tornou-se referencia internacional na pesquisa de campo, demonstrando também que o cientista/pesquisador deve sim ter postura de distanciamento, mas quando necessário deve,por questões de ética e de moral intervir para que o objeto de sua pesquisa possa ser preservado. Outra questão observada é a aparente necessidade que ela desenvolveu de inserir-se diretamente no contexto para que pudesse obter aproximação devida e aceitação do grupo que ela estudava.