11 de mar. de 2015
Morre Sam Simon o herói que ajudava a salvar animais
Sam Simon ficou primeiramente conhecido por ter sido um dos co-autores do seriado ‘Os Simpsons’, e foi como roteirista e produtor de seriados da televisão que ele fez fortuna, mas foi seu ativismo em favor dos animais que o fez alcançar a fama mundial.
O produtor-executivo de “Os Simpsons”, Al Jean, disse no Twitter que Simon era “um grande homem; pediu aos fãs que homenageassem a memória de Simon fazendo alguma boa ação aos animais.
Ano passado Simon recebeu o ‘Valentine Davies Award’ – prêmio especial por seu trabalho humanitário em prol dos animais.
Em 2008 ele criou a ‘Fundação Sam Simon’ – que além de abrigar os cães, os treinava especificamente para atender pessoas com deficiências visuais e motoras. Os cães eram treinados para serem doados como cães-guias para pessoas cegas ou paralíticas, ou para quem mais quisessem adota-los. Depois a fundação avançou com diversos outros projetos como a clínica móvel para castração, o treinamento de cães para terapia em hospitais, e asilos.
Além dos animais, crianças e os adultos também eram beneficiadas com as ações filantrópicas de Sam Simon. Em 2011 a fundação Sam Simon começou um programa que distribuía gratuitamente às famílias de baixa renda refeições veganas. Nos últimos 15 anos ele havia se tornado vegano.
Perguntado se ele estava impondo a sua própria dieta vegana, as outras pessoas, Sam Simon respondeu: "Eles podem comer o que quiserem, eu só não vou pagar por isso." |
Em maio de 2012, Sam Simon recebeu um diagnostico da doença já em estágio avançado. Ele sofria de um câncer terminal no cólon, e a expectativa de vida dada pelos médicos era de 3 a 6 meses de vida. "O câncer é uma doença horrível", disse ele. Mas foi seu compromisso e seu amor para os com os animais e seus direitos foi o que ajudou Sam Simon a estender seu tempo de vida.
Divorciado e sem filhos, Sam Simon decidiu naquele ano doar sua fortuna estimada em 100 milhões de dólares para as causas aos quais era apaixonado. "De alguma forma eu acabei cercado por pessoas que me amam e que cuidam de mim e que vão fazer qualquer coisa por mim. Isso é que eu chamo de felicidade.
Depois do diagnostico, Simon pediu a presidente da PETA, Ingrid se ela poderia visita-lo no hospital trazendo uma lista de coisas que ele poderia fazer para ajudar os animais antes de morrer. A relação de Sam Simon com a PETA começou quando ele doou o cachê que recebeu na participação em um episódio, porque o roteiro era sobre as corridas de cães galgos e ele sentiu que não poderia, em sã consciência, ficar com o dinheiro.
"Eu tenho um tempo limitado na Terra para fazer o que eu posso fazer até eu morrer", disse ele. "Você é um pouco mais consciente do que quando você está doente.", disse Sam Simon durante uma entrevista sobre o documentário que retrata sua luta contra o câncer. (Veja abaixo uma prévia do documentário).
Alguns dias antes de falecer, Simon foi capaz de aumentar a conscientização sobre o sofrimento dos animais marinhos em cativeiro. Quando a cantora Britney Spears twittou uma foto de si mesma nadarndo com golfinhos em Las Vegas, Simon respondeu.
"[Os golfinhos que você] nadar são capturados [e] mortos em Taiji", ele twittou para seus 58 mil seguidores, referindo-se às operações de caça de golfinhos em Taiji, no Japão, que ficou famosa no documentário The Cove.
Simon se importava profundamente com os animais marinhos e com a pesca ilegal. Ele doou uma quantia não revelada de dinheiro para a Sea Shepherd Conservation Society, uma organização de conservação marinha ativista que luta contra a caça e pesca ilegal. O grupo depois batizou um novo navio de Sam Simon, usado para monitorar a caça feita pelo japão.
Ele deu uma comovente entrevista em 2013, para abordar a questão:
Nos últimos anos de sua vida, Sam Simon usou sua fortuna para libertar diversos animais do sofrimento;
Ele pagou pelo transporte e até comprou dezenas de animais que viveram vidas miseráveis em zoológicos de beira de estrada, para que a PETA pudesse enviá-los para os santuários.
Trabalhando com a PETA nos últimos anos de sua vida, Sam Simon colaborou no resgate de um elefante abusado na Índia, no resgate de dois solitários chimpanzés jardim zoológico de estrada para um santuário, e de encontrar lares amorosos para centenas de chinchilas, resgatadas de uma fábrica de peles, de ajudar um camelo, e resgate de um touro "gay". Sam Simon dizia; "O câncer tem sido uma luta, uma viagem, uma aventura e os dias mais felizes, e a experiência mais incrível da minha vida. '
Ele queria viver para ver o fechamento do parque marinho SeaWorld fechada, mas acreditavam que o dia em que os elefantes estavam fora do circo significou que, também, que iria acontecer.
Em uma coletiva de imprensa Sam Simon, chamou a atenção para a situação dos animais usados para entretenimento, na TV e nos filmes.
"Eu só queria ter mais alguns dias para poder ver os animais com suas patas na grama pela primeira vez. Junto com a PETA, nós resgatamos animais em zoológicos e circos de beira de estrada. Esses são alguns dos animais mais abusadas no país. "
Apesar de estar gravemente doente, ele viajou para o Canadá ao lado de Pamela Anderson levando um cheque de 1 milhão de dólares, que ofereceu a Associação para dar fim à matança anual de focas.
O quartel-general da PETA, teve seu edifício rebatizado de Centro Sam Simon. E no discurso de abertura Sam disse:
"Um dia, as pessoas vão perceber que o discurso da PETA é o correto," Os animais não são nossos para comer, vestir, para fazer experiência ou serem usados em entretenimento."
A presidente PETA Ingrid Newkirk, disse: "Eu espero que todo aquele que ouvir falar sobre Sam Simon possa fazer algo gentil e generoso em sua memória, mesmo que seja apenas uma hora extra de brincadeiras com seu cachorro ou optar por comer uma refeição que não envolva o sofrimento animal ".
Em seu blog a PETA colocou um poema sobre Sam Simon, depois do anúncio de sua morte.
Escrito por Sam Simon, setembro 2014
9 de fev. de 2015
Elefantes são salvos por Angelina Jolie mas são Explorados em Apologia aos Circos
A luta para salvar os elefantes e os rinocerontes da mira dos violentos caçadores, travada pelo Dr. Richard Leakey, que além de ser um militante da preservação ambiental, é um renomado paleontólogo e arqueólogo, será contada por Angelina Jolie. Em setembro do ano passado, Jolie assinou o contrato para dirigir o filme intitulado África.
“Eu senti uma profunda conexão com a África e com a cultura africana durante grande parte da minha vida, e o roteiro, escrito de forma magnífica por Eric, conta a história de um homem que decidiu entrar em um violento conflito com os caçadores de elefantes, e que possuía uma profunda compreensão sobre o homem e sua responsabilidade com o mundo em sua volta”, disse Jolie.
Eric Roth, o roteirista é vencedor do Oscar por seu trabalho no texto de ‘Forrest Gump - O Contador de Histórias’, e também responsável pelos roteiros de ‘O Curioso Caso de Benjamin Button’, e outros filmes.
As ameaças aos elefantes são muitas; os bebês são separados de suas mães e vendidos para os circos e zoológicos do mundo. O restante da família segue em perigo da perda de habitat e da matança pelos caçadores – alguns pelo marfim outros por uma foto junto a sua arma como um troféu.
Já o diretor Cacá Diegues, optou por fazer elefantes que foram filmados sendo surrados em um circo em Portugal - trabalharem em seu novo filme, para saber mais click aqui.
Recentemente, uma elefante foi resgatada – depois de ter sido cegada dentro de um circo, mais uma entre tantas provas que já existem sobre a crueldade sobre os circos. Click para saber mais.
De acordo com informações divulgadas pelo site “The Hollywood Reporter”, o ator Brad Pitt estaria em negociação para estrelar o filme “África”, que será dirigido por Angelina Jolie. Ainda de acordo com o site, se a negociação for bem sucedida, Pitt deve interpretar o papel de Richard Leakey, que iniciou sua renomada carreira como um caçador de fósseis, e que ajudou a encontrar os ossos do homem primitivo, mas que, depois, voltou sua atenção para a luta contra a caça ilegal de elefantes e rinocerontes. Pitt deve interpretar parte da vida de Leakey, quando o paleontólogo perdeu as pernas após sofrer um acidente de avião – possivelmente causado pelos caçadores – em 1993.
Filho de um famoso casal de paleontólogos, efetuou o seu primeiro achado arqueológico aos seis anos de idade. Dentre suas descobertas destacam-se os crânios de um Australopithecus Boisei (1969), de um Homo Habilis, (1972) e de um Homo Erectus (1975). Com base nestes achados, Richard Leakey desenvolveria interpretações controversas sobre a origem do homem, colocando em questão muitas das certezas científicas da época sobre o assunto.
Leakey defende que há cerca de três milhões de anos terão coexistido três diferentes tipos de hominídeos, o Australopitecus Boisei, o Australopithecus Africanus e o Homo Habilis, sendo que apenas este último terá sobrevivido, dando mais tarde origem ao Homo Sapiens e ao homem atual. Esta teoria seria depois desenvolvida na obra The Making of Humankind (1981), que tomaria também a forma de série televisiva apresentada por Richard Leakey, na BBC. Ele também é co-fundador da Wildlife Direct, uma ONG criada para preservar os animais no Quênia.
4 de fev. de 2015
Ignorando Sofrimento dos Animais Cineasta Insiste em Filme que Prestigia Circos
‘O Grande Circo Místico’ do cineasta brasileiro Cacá Diegues já está sendo rodado em um ‘conhecido’ circo em Lisboa/Portugal.
A história que deveria ser de amor vivida dentro do circo Knieps – parece ter sido adaptada para contar a história do real Circo Knie, que foi quem inspirou Jorge de Lima, a escrever o poema contido no livro ‘A Túnica Inconsútil’.
“Eu bati no elefante porque ele não queria fazer o exercício, e isso não nego. Não podemos deixar que um animal faça aquilo que quer, ou então não há respeito, e o domador não está ali a fazer nada”. Disse Victor Hugo Cardinali, dono do circo onde será rodado o filme ‘O Grande Circo Místico’ do cineasta brasileiro Cacá Diegues.
DA HISTÓRIA DO POEMA A VERDADEIRA HISTÓRIA DO CIRCO KNIE
O circo com animais da dinastia Knie, começou em 1803 como uma companhia equestre ambulante, exibição de dança e acrobacias na corda bamba.
Inserindo cada vez mais animais exóticos em seu picadeiro, ao mesmo tempo que tentava se diferenciar dos outros circos com animais que se utilizavam de cavalos, elefantes, camelos leões e tigres – apresentou girafas, leões-marinhos, hipopótamos e até um urso polar.
A utilização de animais no circo Knie continua existir até hoje, em sua sede, às margens do Lago de Zurique, na Suíça, e é hoje uma empresa com capital na bolsa de valores.
Histórias de amor entre humanos não faltaram ao circo desde então; uma das que mais se tornou celebre foi quando a Princesa Sthephanie de Mônaco se apaixonou por Franco Knie, dono da sexta geração do Circo Knie, e levou seus filhos para morar em um dos trailers, e inclusive colocou sua filha para atuar em cima dos elefantes.
Mas as histórias dos animais retirados da natureza, enjaulados, escravizados e torturados até que executassem o ‘espetáculo’ com perfeição, ninguém quer contar.
Além do circo com animais, a família Knie também mantém um Zoo, no qual os elefantes carregam de 5 a 7 pessoas em passeios, e onde um vagão de trem lotado de turistas é puxado por um único cavalo.
Defensores e entidades tentaram dissuadir o co-autor, produtor e diretor Cacá Diegues de utilizar animais no filme que está sendo rodado em um dos circos mais conhecidos pelo abuso e morte de animais em Portugal, país que não possuí nenhuma legislação que coíbe maus-tratos a animais exóticos ou silvestres.
Portugal é o único país do mundo a permitir que em pleno século 21, um leão fosse levado a um estádio de futebol lotado de torcedores, para que seu domador fosse ovacionado, em detrimento do bem-estar animal e da segurança de seus cidadãos.
O dono do Circo Victor Hugo Cardinali, diz se considerar ‘Rei’ em Portugal, no qual ele parece ter o respaldo das autoridades, dos empresários, e da TV Portuguesa. Mesmo tendo sido filmado agredindo um de seus elefantes durante o espetáculo – do qual sua justificativa acima relatada, o fez se transformar em um confesso abusador de animais, também fez dele protagonista do ‘Circo das Celebridades’. O ‘Big Brother Circense’, que pretendia faturar alto pelo mundo – cultivando a ideia da exploração dos animais em circo - só teve fim graças a ação dos ativistas junto aos patrocinadores que eram empresas privadas, bem diferente do novo filme de Cacá Diegues, que recebeu incentivos do Governo Brasileiro e Português.
Em Portugal, a portaria n.º 1226, que proíbe a aquisição de novos animais, como elefantes, leões, macacos ou tigres, entre outros, e a reprodução dos que já existem nos circos, existe desde 2009 – mas Victor Hugo Cardinali, se recusa a castrar os animais, e diz que entre as idas e vindas de Portugal a Espanha - eles se reproduzem.
Só recentemente é que Funchal se tornou a primeira cidade portuguesa a proibir animais em espetáculos, graças a recomendação feita pelo PAN – Pessoas Animais Natureza, um partido político de Portugal, de inspiração ambientalista e fortemente voltado para a defesa dos direitos dos animais.
A mesma recomendação foi feita a Câmara de Lisboa, que curiosamente ao divulgar a notícia ‘FILME BRASILEIRO RODADO EM LISBOA’, omitiu que o mesmo seria filmado utilizando-se de animais, bem como o circo como local das filmagens.
O Grande Circo Místico tem tudo para ser o paradoxo de ‘Blackfish’. Durante a produção do filme ninguém pareceu se importar, mas ao receber a mensagem o mundo despertou, e hoje várias pessoas se mobilizam contra o SeaWorld e outros parques marinhos.
O movimento mundial que luta pelo fim dos espetáculos circenses que utilizam animais mantendo-os em cativeiro forçado, e obrigando-os a se transformarem em marionetes com suas apresentações que contrariam a natureza de suas espécies, sofrerá um duro golpe com um filme que ‘invoca’ a ‘ilusão da subserviência dos animais nos circos’.
Saiba mais em : Fumaça e Fogo no Circo com Animais de Cacá Diegues em Portugal
3 de fev. de 2015
Fumaça e Fogo no Circo com Animais de Cacá Diegues em Portugal
O incêndio que foi primeiramente percebido pelos defensores dos animais, não para de se alastrar em virtude das informações divulgadas em torno do filme a luz da realidade dos fatos.
O Grande Circo Místico tem tudo para ser o paradoxo de ‘Blackfish’. Durante a produção do filme ninguém pareceu se importar, mas ao receber a mensagem o mundo despertou, e hoje vários pessoas se mobilizam contra o SeaWorld e outros parques marinhos. O movimento mundial que luta pelo fim dos espetáculos circenses que utilizem animais mantendo-os em cativeiro forçado, sofrerá um duro golpe com um filme que ‘invoca’ a ‘ilusão dos animais nos circos’.
Cacá Diegues disse a Revista Época - “Vou filmar em Lisboa porque quando estava montando a produção descobri que no Brasil é proibido ter animais em circos. Como vou fazer um filme de circo sem um elefante, um macaco? Daí descobri que em Portugal existem ótimos circos”
Tentando dissipar a fumaça nas palavras do cineasta, fumaça essa que tentou encobrir a realidade, já que o Projeto de Lei que ‘Proíbe Animais em Circo no Brasil’, está há nove anos aguardando para ser aprovado. O PL 7291/2006, na forma de seu substitutivo, é a atual esperança para que os animais fiquem livres das torturas nos circos.
Tanto no Brasil como em Portugal, os defensores de animais se mobilizaram para dissuadir a produção de utilizar animais nas filmagens, em vão, já que o cineasta se declarou um fascinado por circos em sua coluna no Jornal O Globo, onde escreveu;
Em outra matéria do Globo, Cacá Diegues diz - “Os fiscais não liberam nem para a gravação”. “Se ficarem sabendo, eles podem acabar interditando as filmagens”. E todas as cenas circenses — ou seja, boa parte do filme vai ser filmado em Portugal. “Não dá para fazer, sem bichos, um longa que se passa num circo, no início do século vinte”.
É um filme difícil de ser produzido e realizado, mas nunca estive tão excitado, relata o site do IG.
A produtora do filme Renata de Almeida Magalhães, que é também é esposa do cineasta, em comunicado enviado à Lusa, rejeitou, qualquer ideia de maltrato de animais e que estes serão utilizados em situações de um quotidiano de circo: "Não há nenhum motivo para que sejamos tratados como 'monstros-que-maltratam-animais'". "A história do Circo Victor Hugo Cardinali assegura-nos que estamos trabalhando com uma das pessoas mais sérias do universo circense".
Os defensores dos animais em Portugal, tem uma definição bem diferente da produtora brasileira, e costumam se referir ao mesmo como o ‘confesso abusador de animais’. Depois de ter sido filmado espancando um elefante com o aguilhão, durante uma apresentação do circo que leva seu nome, Victor Hugo Cardinali tentou justificar seu ato a imprensa portuguesa. A confissão foi transmitida pela Rádio Clube Português.
Durante a investigação da ADI-ANIMAL, haviam sete elefantes africanos no Circo Victor Hugo Cardinali, que eram mantidos acorrentados pelas pernas com correntes grandes e pesadas, sem serem almofadadas, durante todo o dia, até à hora do espetáculo, às 17 horas.
Tenho amigos em todo o lado disse Victor Hugo Cardinali em entrevista ao “i” . Conheço jornalistas, jogadores, treinadores, gente do teatro e do cinema, presidentes, advogados, engraxadores de sapatos, ladrões, prostitutas. A última citação da imprensa portuguesa sobre o Circo Victor Hugo Cardinali, foi a da apreensão de nove leões pelo Comando Territorial de Lisboa no âmbito de uma ação de fiscalização feita em conjunto com o ICNF. | ![]() |
Tal como ocorre no Brasil a ‘apreensão’ foi reformulada. Os leões "ficaram confiados ao dono do circo, que é fiel depositário dos mesmos", mas que "não poderá utilizar os animais [nos espetáculos] enquanto decorre o processo no Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
Em Portugal, a portaria Portaria n.º 1226/2009, proíbe a aquisição de novos animais, como elefantes, leões, macacos ou tigres, entre outros, e a reprodução dos que já existem nos circos. Por esta lógica, a lei apenas permite a exibição dos determinados animais existentes nos circos enquanto estes forem vivos, e sendo a reprodução proibida os animais deveriam ser esterilizados para que não gerem crias.
Cinco anos depois a Lusa foi perguntar aos dois principais circos que pelo Natal “desceram à cidade” como se estão a adaptar aos novos tempos. Apenas um deles, Miguel Chen, do circo com o mesmo nome, aceitou falar sobre o assunto. “Já mandei castrar todos os meus animais”, disse. O silêncio de Victor Hugo Cardinali não é de se estranhar – ele novamente teria que confessar o abuso, já que não castrou seus leões que continuam a exibir uma farta juba. (Após a castração os leões perdem a juba, já que esses ‘cabelos’ param de crescer).
Aqui sou rei, lá fora ninguém me conhece" disse Victor Hugo Cardinali recentemente ao Diário de Notícias.E é quase incontestável o ‘poder’ dele em Portugal – oriundo da conivência de políticos e de empresários que visam lucros independente da segurança das pessoas e do bem-estar dos animais. Apadrinhado pela TV e pela imprensa Portuguesa, que tenta conectar o circo a todo e qualquer tipo de espetáculo como o futebol – levou um leão a atravessar o estádio lotado de torcedores antes da partida.
As investigações da ADI em diversos países levaram à conclusão de que o uso de violência no treino e condicionamento dos animais é uma ocorrência regular e faz parte da cultura do circo. |
Envolto em labaredas de inverdades, a produção do filme ‘O Grande Circo Místico’ de Cacá Diegues, já deram início a vários capítulos enigmáticos, listados abaixo, de uma trama que pode se estender muito além do eixo Brasil-Portugal, e que irá prejudicar diversos animais pelo mundo com sua exibição que pretende enaltecer os circos com animais.
Em novembro do ano passado à Câmara Municipal de Lisboa, em votação aprovada por maioria, deliberou que não emitiria mais licenças a espetáculos circenses que incluam a exibição ou utilização de animais. A recomendação foi feita pelo PAN – Pessoas Animais Natureza, um partido político de Portugal, de inspiração ambientalista e fortemente voltado para a defesa dos direitos dos animais.
Se o filme ‘O Grande Circo Místico’, já tinha obtido uma licença para as filmagens com os animais no circo, essa informação foi omitida da notícia divulgada pela própria Câmara de Lisboa. O documento sobre as informações do ‘Filme Brasileiro filmado em Lisboa’, consta os locais das filmagens que ocorreram entre Janeiro e Março de 2015, e neste documento não aparece o nome do Circo Victor Hugo Cardinali e nem seu endereço. O documento também cita que haverá um apoio estimado da isenção de 9.957,41€, para o orçamento total de 4.500.000,00€, enquanto que no Brasil consta que o custo da produção seria de R$ 13.000.000,00.
Cita que no Brasil, a produção está em negociações com a Sony Pictures, que a TV Globo é parceira de mídia o que poderá proporcionar uma entrada forte no mercado. e que por último, preveem que este filme possa ser lançado no Festival Internacional de Cinema de Cannes em 2016 (festival onde o realizador exibiu grande parte dos seus filmes alguns em competição, para além de ter sido júri em todas as suas categorias).
O Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal (FNPDA), que é uma das maiores ONGs de proteção animal no Brasil, e que conta com mais de 100 afiliadas, em todas as regiões do país, enviou ofício para a equipe produtora do filme e recebeu uma resposta, que sugere que o cineasta e seus produtores não acreditam que estão cometendo um erro moral ao ilustrar o uso de animais em circo de forma positiva e que não irão ilustrar o sofrimento animal intrínseco ao uso de animais em circos.
incentivos fiscais federais, já que é produzido com recursos ofertados pela Lei Brasileira do Audiovisual (LEI Nº 8685/93).
No Brasil a informação divulgada era que o custo de produção era de R$ 13.000.000,00, e que o filme será uma co-produção Brasil-França-Portugal. Em Portugal consta que apoio do Governo Português foi dado através do Instituto do Cinema e Audiovisual (cerca de 110.000 euros), e com isso também irritou os defensores dos animais.
A Associação Vida Animal de Portugal disse em um comunicado, que continuará a tentar chamar a atenção para a legislação desadequada e impedir que Portugal se torne o destino preferencial para quem pretenda explorar animais para entretenimento e não o possa fazer no seu país de origem".
Na sequência da petição pela retirada do apoio financeiro do governo português ao filme “O Grande Circo Místico”, a Associação Vida Animal, recebeu do Instituto do Cinema e do Audiovisual a seguinte resposta; ‘A entidade considera que não há fundamento para retirar o financiamento de 110.521,66 euros concedido ao projeto no âmbito do Protocolo Luso-Brasileiro e atribuiu-lhe entretanto outros 200.000 euros de apoio no âmbito do programa Coproduções Minoritárias’.
Assim, um projeto que não avançou no Brasil devido à ‘falsa-alegação’ de proibição de utilização de animais na produção, recebe agora 310.521,66 euros (dos quais 195.260,83 já foram pagos) dos cofres públicos portugueses, bem como a anuência das autoridades perante a exploração animal praticada nas filmagens e promovida e romantizada no filme.
![]() | - O Poema e suas Adaptações. “O Grande Circo Místico”, poema de Jorge de Lima, está presente no livro ‘A túnica inconsútil’ foi escrito em 1938. Esse poema, originou diversas interpretações ao longo dos anos, como o balé, musicais, e até enredo de escola de samba, que foram adaptadas para a os espetáculos de mesmo nome, e que retrata a saga da ‘real’ família austríaca proprietária do Circo Knie. |
Além de se dedicar ao desenho, à pintura e à escultura, foi o primeiro artista brasileiro a produzir fotomontagens. Em entrevistas, o autor declarou sua admiração pelo trabalho de Max Ernst, que lhe serviu de inspiração. O artista alemão alcançou a fama no período da Alemanha nazista.
- O Circo Knie foi fundado em 1803 pela família Knie e tem existido em sua forma atual desde 1919, quando se mudou de uma arena aberta para uma tenda coberta. O circo é famoso por apresentar números com diversos animais como; ursos polares, leões-marinhos, girafas, rinocerontes, camelos, avestruzes, orangotangos e pinguins – como também elefantes, leões, tigres, macacos, cavalos, lhamas e outros seus animais, e também há algum tempo agora opera um zoológico (Kinderzoo de Knie) e um museu em Rapperswil. Em 1999, Franco Knie foi nomeado Melhor Domador de Animais no Festival Internacional de Circo de Monte-Carlo . Atualmente o circo é uma empresa de capital aberto na bolsa de valores, operados por Fredy e Franco Knie em parceria com a companhia de seguros Swiss Life.
A Elefante Patma, nascida em 1961 é um dos animais mais idosos a continuar viva e trabalhando em espetáculos circenses. O Knie Zoo é famoso por oferecer aos visitantes contato direto com os animais. Elefantes, carregam de 4 a 6 pessoas em suas costas, Também é possível montar nos camelos, ou conhecer o Zoo, sentado em um vagão de trem que é puxado por um único cavalo! E no Zoo Knie os animais comem toda vez que alguém paga para alimenta-los. E consta que na Europa eles são considerados como um ‘exemplo’ de ‘bem-estar’ aos animais.
- Os Animais e o Circo - "Como fazer para conseguir a atenção de um elefante de 5 toneladas? Surre-o. Eis como". (Saul Kitchener, diretor do San Francisco Zoological Gardens) Os “tratadores” dos animais de circo usam o método de Pavlov, ou seja, treinam-os usando o reflexo condicionado, através da dor e da privação de alimentos. |
Os leões são chicoteados nas pontas dos dedos e no lombo até executarem a tarefa pretendida pelo domador. Durante o circo, o domador não chicoteia o leão, apenas usa o barulho do chicote, que animal reconhece e por condicionamento (através da dor) intimida-se e cede à vontade do domador.
Os macacos, por exemplo, são pontapeados e apanham estalos enquanto são treinados.
Os ursos são obrigados a pisar chapas de metal quentes ao som de determinada música. Durante o “espetáculo” os ursos ouvem a música que foi usada enquanto foram torturados e por reflexo movimentam-se, levantando as patas.
Não há muito tempo, nos Estados Unidos, a PETA levou a cabo uma investigação secreta nos bastidores do circo Ringling Brothers, um dos mais antigos do mundo, onde filmaram elefantes vitimas de maus tratos brutais. Os animais eram, e possivelmente ainda são, acorrentados e agredidos com aparelhos de eletrochoque e com ganchos de metal nas trombas, pernas e orelhas.
O posicionamento das pessoas contra a exibição dos animais no circo, advém principalmente das inúmeras denúncias e comprovações de que os animais são torturados, explorados e sobrevivem engaiolados, contrariando seus instintos e sua própria natureza.
O pensamento que os animais nasceram no circo, e apreciam executar ‘truques’ totalmente em desacordo de como viveriam na natureza – advém da forma deturpada como a mídia divulga a questão.
Cada animal utilizado em circo significa um emprego a menos, um artista desempregado, um malabarista no farol das grandes cidades, e um animal escravizado e condenado a viver pelo resto da vida enjaulado e sendo obrigado a desempenhar um papel completamente incompatível com sua natureza.
Ao proibir o uso de animais em circos, mais oportunidades de empregos para artistas humanos de talento inquestionável serão criadas. A diversão continua garantida e a sociedade será mais justa, visto que o exemplo dado às crianças será de esforço e superação humana, e não mais de exploração e dominação pela força.
Substituir animais por arte é uma tendência mundial e irreversível. Demonstra claramente a existência de civilidade que deve ser institucionalizada e valorizada.
Animais silvestres, nativos ou exóticos não foram concebidos para viverem em celas, jaulas, correntes, mas para harmonizarem-se com a natureza da qual fazem parte essencial; nem mesmo para viverem cativos no meio antrópico, nas cidades, fazendas, sítios, ou qualquer outro reduto que não o natural.
Muitos foram capturados na natureza e para isso, seus pais foram mortos.
Circos e similares que mantém animais em suas apresentações, utilizam-se de animais sofridos, maltratados, doentes, subnutridos, causando com isso posturas depressivas e até agressivas. Muitos tornam-se neuróticos, enlouquecem.
- O Big Brother Circense na TV de Portugal e o Circo Victor Hugo Cardinali O ‘Big Brother Circense’, foi transmitido na televisão pela rede portuguesa TVI, no qual o Circo de Victor Hugo Cardinali foi convidado para integrar a produção do Reality Show. Foi criado pela Endemol a mesma produtora de televisão, que inventou inúmeros outros reality shows, que hoje se repetem pelo mundo. O “Circo das Celebridades”, levou um grupo de caras conhecidas da televisão portuguesa a viver e a participar nos espetáculos do circo com animais. |
A verdadeira intenção do reality que pretendia manter a ilusão do circo com animais, através de sua mensagem subliminar, o qual poderia ter sido ‘vendido' nas joint ventures, nos 23 países, mantidos pela rede de entretenimento ano após ano, foi ‘suspenso’ após a divulgação do vídeo que mostrou Victor Hugo Cardinali a espancar repetidamente um de seus elefantes durante um espetáculo com o aguilhão. O que a maioria das pessoas desconhece é que apesar de ser um pequeno espeto de ferro - em relação ao tamanho do elefante, as espetadas abrem feridas na pele, que se transformam em doloridos abscessos.
Sem ter como negar a crueldade, e pressionado pela imprensa Victor Hugo Cardinali confessou no programa de rádio bater nos animais do circo como forma de obter respeito subjugando os animais pela dor. Os patrocinadores do Circo das Celebridades receberam milhares de e-mails dos portugueses contra o reality-show e contra o abusador confesso de animais.
A Associação Animal emitiu um comunicado onde citou; “A TVI está a tentar subestimar a inteligência do público, o que é de uma arrogância extrema. A verdade é que as empresas já não estão disponíveis para se associar a este formato”.
Em Portugal a lei que criminaliza os maus tratos aos animais, e que prevê multas e até penas de prisão para quem maltrate ou abandone é restrita aos ‘animais de companhia’, ou seja os animais maltratados nas touradas e nos circos não possuem nenhuma lei que os proteja, e seus agressores jamais são punidos.
A criminalização dos maus-tratos "não abrange os animais utilizados em exploração agrícola, pecuária ou agro-industrial, assim como os utilizados para fins de espetáculo comercial ou outros fins legalmente previstos". A lei limita o crime aos "animais de companhia". Significa que quem quiser matar um elefante à paulada no circo, ou espetar bandarilhas até a morte do touro, não pagará multa e nem será preso. |
Tanto a TV como os jornais portugueses há muito apadrinharam os circos do país tanto que chegam a omitir o ‘nome’ do circo quando a notícia depõe contra esses. Quando 2 tigres fugiram após uma distração do tratador ao lavar a jaula e um deles foi para o rio nadar acompanhado por um cachorro era uma atração – o nome do circo que estava na cidade de Régua nunca foi mencionado.
Durante a investigação da ADI-ANIMAL, haviam sete elefantes africanos no Circo Victor Hugo Cardinali, que eram mantidos acorrentados pelas pernas com correntes grandes e pesadas, sem serem almofadadas, durante todo o dia, até à hora do espetáculo, às 17 horas.
A violência documentada vai desde os elefantes serem agredidos com ganchos e aguilhões de metal, e a serem espancados e agredidos na zona da cabeça; aos póneis serem chicoteados em todo o seu corpo e na face durante o treino, entre outros abusos que fazem com que vários animais reproduzam comportamentos perturbados e repetitivos.
Os elefantes eram vítimas de abuso físico perpetrado com um “gancho-aguilhão de elefantes”, sendo constantemente agredidos, assim forçados a formarem uma linha. Depois destas atuações, eles tinham direito a um exercício mínimo num espaço com cerca de 39 metros por 26.5 metros. Os elefantes não tinham acesso livre à água; em vez disso, era-lhes dada água em certos momentos.
Todos os elefantes do Circo Victor Hugo Cardinali reproduziam algum tipo de comportamento estereotípico. Em alguns momentos, todos os sete elefantes exibiam ao mesmo tempo este comportamento anormal. Mais uma vez, destacamos que estes movimentos repetitivos e sem sentido não são observados na natureza, de modo que, se sete elefantes num mesmo circo estão tão psicologicamente assustados e emocionalmente afetados de uma forma tão profunda, fica claro quão inapropriado é o ambiente dos circos para estes animais.
E era exatamente assim com os animais de todas as outras espécies que observámos. E ainda pior é o fato de que muitos animais nos circos nunca chegam a sair das suas jaulas e vagões de transporte para atuarem. Vários circos viajaram com animais que não atuaram. Foi o caso de dois macacos, um urso, um leão da montanha, um tigre e dois leões do Circo Roberto Cardinali e de seis tigres do Circo Victor Hugo Cardinali. Estes animais vivem em zoos móveis e completamente abaixo dos padrões mínimos aceitáveis.
Os tigres brancos do Circo Victor Hugo Cardinali desfilavam em espetáculos de circo sem qualquer grade a separá-los do público. No Circo Roberto Cardinali, as crianças podiam dar aos macacos garrafas de plástico, pão e pedaços de cartão. No Circo Victor Hugo Cardinali, não havia quaisquer sinais de aviso e o portão estava sempre aberto. Era possível a qualquer pessoa aproximar-se dos setes elefantes africanos, que estavam sem qualquer supervisão, cita o relatório, que pode ser lido na íntegra aqui.
Em outra ocasião, nove leões do circo Victor Hugo Cardinali, foram apreendidos pela Guarda Nacional Republicana - GNR, em Lisboa, por estes não terem registo ao abrigo da convenção sobre comércio internacional de animais selvagens – CITES.
- A Europa e os Circos O lobby circense é tão forte na Europa, que o Parlamento Europeu fez uma proposta de resolução que reconheceria o circo como parte integrante da cultura da Europa. Ao mesmo tempo que a Diretiva 2010/63/UE do Parlamento Europeu, estabeleceu uma total proibição para a utilização de primatas superiores, como chimpanzés, gorilas e orangotangos, para fins científicos. |
A Federação Mundial do Circo, tem como presidente honorária a Princesa de Mônaco – que há anos largou a realeza – pegou os filhos pequenos e foi viver no circo – o caso de amor coincidentemente foi com o dono do Circo Knie, que era domador de elefantes, e que colocou a filha da Princesa Stéphanie de Mônaco - Pauline aos 7 anos de idade, para atuar ao lado e em cima dos elefantes.
O Governo Português que tentou dar um passo para o fim dos circos com animais em Portugal, foi processado pela Associação Europeia de Circos, depois de a Comissão Europeia ter esclarecido que o uso de animais em circos era uma questão nacional.
As companhias de circo portuguesas que usam animais e a Associação Europeia de Circos – o lobby europeu dos circos com animais – anunciaram que iriam avançar com uma ação judicial, contra o Estado Português pelo fato do Governo ter decidido implementar legislação contra o uso de animais selvagens em circos.
A Associação Europeia de Circos alegou que a proibição implementada pelo Governo Português, assim como a proibição do uso de animais selvagens em circos implementada, em 2005, pelo Estado Austríaco, violam o artigo 49 do Tratado Europeu, no sentido em que, supostamente, estas normas violariam as regras do mercado livre e comum.
O único aparente avanço em Portugal foi a portaria publicada em Outubro de 2009, que proíbe a aquisição de novos animais, como elefantes, leões, macacos ou tigres, entre outros, e a reprodução dos que já existem nos circos. Por esta lógica, a lei apenas permite a exibição dos determinados animais existentes nos circos enquanto estes forem vivos.
A portaria 1226/2009, que “proíbe a detenção de espécimes vivos da família dos felídeos e não permite que se utilizem nestes espetáculos animais que tenham sido adquiridos ou reproduzidos após 90 dias da sua entrada em vigor em outubro de 2009”, parecia não ter validade no Circo Chen, que em 2011 foi denunciado pela venda das selfies entre criança e filhotes de tigres “com apenas alguns meses”, ilegalmente adquiridos e\ou reproduzidos.
- O Circo no Brasil A utilização de animais em circos já é proibida em onze estados brasileiros por constatações de maus-tratos, mas o Projeto de Lei para que a proibição seja ampliada para todo o país está há nove anos aguardando para ser aprovado. O PL 7291/2006, na forma de seu substitutivo (leia aqui), é a atual esperança para que os animais fiquem livres das torturas nos circos. |
Os circenses hoje têm se organizado em algumas cooperativas, especialmente na região Sudeste. A maioria defende o uso de animais e de crianças trabalhando no picadeiro. A União Brasileira do Circo estima a existência de 2.500 circos e 30 mil artistas em todo o Brasil.
A Rede de Apoio ao Circo, tem sua base em Minas Gerais, e a Associação Brasileira de Circo (Abracirco), entidade nacional, foi fundada em 1977. Atualmente a Abracirco está empenhada em aprovar no Congresso a Lei do Circo para que a atividade circense seja regulamentada como um dos bens do patrimônio cultural brasileiro.
- O Tráfico de Animais iniciou-se nos Circos
Escondida por sob a lona dos circos, mora também o tráfico de animais que movimenta rios de dinheiro. Um dinheiro ‘livre’ de impostos em todo o mundo, usado para corromper governantes e legislações. “Agora também se tornou público que os responsáveis por este circo estão envolvidos com o tráfico de espécies exóticas e protegidas, o que demonstra mais uma vez a falta de sensibilidade que seus trabalhadores demonstram com os animais”.
O fato dos circos se locomoverem de uma cidade para outra cidade, de cruzarem estados e países, sem uma efetiva fiscalização - já que os animais não possuem um passaporte clínico interligado a um microchip, faz do circo a maior rota para o tráfico de animais que são além de serem obrigados a aprenderem truques para as apresentações, são também obrigados a procriarem entre membros da mesma família.
A Endogamia e a Onicectomia (Ablação das Unhas), é prática comum nos animais utilizados para servirem ao entretenimento como o Leão Ariel.
Sem um passaporte clínico, a pouca legislação existente confere aos fiscais o poder de verificar papeis, sem levar em conta os indícios de que um animal, passa fome, sente dores, ou se teve filhotes recentemente e qual o paradeiro de filhotes que podem ser vendidos facilmente por milhões no mercado negro de animais.
Se até mesmo crianças humanas são traficadas pelos circos, como ignorar o tráfico de animais pelos mesmos.
- As Segundas Intenções e as Mensagens Subliminares O site filmeb, descreve a produtora Renata Almeida Magalhães (esposa de Cacá Diegues), como sendo graduada em Direito e especializada em legislação de incentivo fiscal para cultura. Já a outra produtora Paula Lavigne, disse a revista Veja: "Virei uma prostituta cultural para fazer filme. Eu ofereço sociedade às empresas, mostro as possibilidades de retorno. É troca de interesses". |
Cacá Diegues também protagonizou a maior polêmica sobre a concessão de patrocínio por empresas estatais, como a Petrobrás que financiou vários de seus filmes.
O verdadeiro conceito sobre mensagens subliminares têm sido muito mal interpretado pela maioria da população, as mensagens subliminares possuem um poder muito mais poderoso de influência pelo fato de fazer isso de maneira sutil, pela conivência como determinada coisa por mais absurda que seja, passa a ser normal e então passa a ser mais fácil aceitar tal coisa ou situação. Inserida em histórias e nos filmes, preenchendo o cenário sem destacar sua presença, mas para sempre perpetuada pelo cérebro.
O roteiro foi escrito em 2009 por Cacá Diegues com George Moura , é citado pelo cineasta como um "velho sonho". Sob o título de ‘O Grande Circo Místico’, apresenta uma resenha tão inocente quanto a história infantil da Cinderela – um mocinho rico e uma mocinha pobre que se apaixonam mas que não podem viver esse amor em decorrência de tudo e de todos que estão a sua volta. Uma história contada e recontada pelo cinema em clássicos que vão de ‘Casablanca’ de 1942, ao sucesso da trilogia ‘Crepúsculo’. E o motivo das pessoas não perceberem que estão assistindo sempre a mesma ‘história’, é a mensagem que é inserida por trás da ‘história’.
O melodrama revivido entre mocinhos e mocinhas, torna-se ínfimo no filme ‘Água para Elefantes’, no qual é impossível ficar indiferente a crueldade na qual os animais são submetidos. A mensagem subliminar repassada ao mundo, é a de que todos os circos com animais deveriam deixar de existir. Mensagem essa reforçada, após a comprovação documentada em vídeo de que - os elefantes usados no filme “Água para Elefantes”, foram verdadeiramente espancados e eletrocutados durante seu treinamento conforme divulgado pela ANDA.
Com o título ‘Hoje tem espetáculo’, Cacá Diegues, em sua coluna se declara ‘fascinado’ por circos - “O fascínio que eles exerciam sobre mim se reflete em meus filmes, nas referências de “Quando o carnaval chegar”, “Chuvas de verão” e “Tieta do Agreste”, além da homenagem de “Bye Bye Brasil” a uma daquelas caravanas nordestinas”. E acrescenta; ‘Sempre desconfiei da piedade escandalizada em relação aos animais de um circo. Eles têm casa, comida e roupa lavada, não precisam sair pela floresta correndo perigo e provocando a extinção dos outros, em busca de alimento. E, se por caso não se sentem satisfeitos, podem facilmente acabar com o domador e seus frágeis parceiros de espetáculo. A sobrevida dos circenses é a celebração dos animais.’
Mário de Andrade fez o seguinte comentário sobre o autor de ‘O Grande Circo Místico, "Jorge de Lima é um mundo de contradições por explicar e de dificuldades a resolver", e contradições não faltam na produção do novo filme de Cacá Diegues.
Em 1938 o poeta Jorge de Lima já denunciava a ineficácia das organizações mundiais na resolução dos conflitos: E nem o Sinédrio, nem os Conselhos, nem a Liga das Nações nada fizeram, nada resolveram, nada adiantaram. Diante de um mundo caduco, o poeta exclama: Estrangeiro, amigo, escrevamos para os nossos bisnetos fictícios, a história eterna do homem decaído e do mundo sem jeito.
“O circo ensina as crianças a rir da dignidade perdida dos animais”, a frase é Olegario Schmitt , Brasileiro, Poeta, Escritor, Fotógrafo, Editor e Web-Designer.
5 de jan. de 2015
Pikachu da vida real será exterminado pelo Governo Chinês
O pika um pequeno mamífero que teria servido de inspiração ao personagem Pikachu, e que encantou milhares de fãs da série Pokémon, e que vive em vastas áreas do noroeste da China, está sendo alvo de programas de envenenamento por parte do Governo, que acredita que eles tem um impacto negativo por sobre as pastagens.
Apesar de sua aparência que se assemelha a um roedor, o pika é de uma ordem de pequenos mamíferos herbívoros, que inclui os coelhos e as lebres. E há tempos a comunidade científica vem avisando para os perigos da extinção total dos pika, já que hoje existem atualmente cerca de 30 espécies (mas outras tantas já estão extintas).
Recentemente, um estudo publicado na revista científica Ambio veio contrariar a visão do Governo chinês de que a presença dos pika no planalto tem contribuído para a degradação da qualidade dos solos. Segundo os autores do estudo, estes mamíferos “são uma espécie fundamental para a biodiversidade e a sua atividade de criação de tocas, presta um serviço crucial ao ecossistema, aumentando o nível de infiltração de água, assim reduzindo os escoamentos superficiais”. Os pikas também auxiliam no reflorestamento, pois mesmo se alimentando da produção, as sementes carregadas por estes em suas fezes acabam nas fendas rochosas e degradadas. Por causa de seu habitat nativo, comem principalmente as gramas, musgo, folhas e frutos.
Com a morte dos pika, outras espécies ficam afetadas e acabam também por desaparecer, argumentam os cientistas, referindo os casos de aves e répteis que usam as tocas dos pequenos ratos como abrigo. E os programas de envenenamento também significa menos comida para carnívoros - que pode ter "repercussões para as populações humanas" - os quais, fazem a pika ser uma "espécie-chave".
Esta não é a primeira vez que estudos científicos demonstram os malefícios de combater a espécie, mas até ao momento Wilson e Smith são os primeiros cientistas a apresentar provas concretas contra as tentativas de acabar com a buraqueira dos mamíferos na região – e ao contrário do que aconteceu em países como a Mongólia, que suspendeu a extinção dos pika -, o Governo chinês não deu ouvidos aos pedidos dos ecologistas e dos cientistas para que pare o programa lançado em 1958.
Conhecido como “torre de água da Ásia”, o planalto tibetano alimenta dez dos maiores rios do continente, fornecendo água para 20% da população mundial, que vive junto às bacias hidrográficas desses rios.
Em 2006, quase 360 mil quilômetros quadrados de terra tinham sido tratados com fosfato de zinco na província de Qinghai China. O governo, então, emitiu um enorme subsídio para uma nova fase de intoxicação que, a partir do final de 2014, foi programado para ter como alvo um mais de 110.000 quilômetros quadrados - custando aproximadamente US $ 35 milhões.
Isso faz com que a ecologia da região extremamente importante, e quando a terra é degradada o governo está sob pressão para fazer algo - qualquer coisa - mesmo que não é apoiado por cientistas.
16 de dez. de 2014
ASSISTAM BLACKFISH - Atriz Brasileira Alerta seus Fãs
Bruna Marquezine se revoltou com o parque aquático SeaWorld, da Florida, neste domingo (14), depois de assistir ao documentário Black Fish, que fala do tratamento que as baleias têm no resort, que vende ingressos para espetáculos dos mamíferos todos os dias.
Tentando alertar os fãs sobre o mau trato dos animais no parque, ela escreveu um texto em seu Instagram.
“Eu já tinha ouvido falar muito sobre esse documentário, já tinha pesquisado sobre o assunto, mas só hoje consegui assistir. Ele sempre me causou muito interesse, e de uns tempos pra cá, muita indignação!
ASSISTAM BLACKFISH!
Eu fui ao SeaWorld com a minha família quando era mais nova! Assisti a apresentação da ‘Shamu’ e eu lembro que saí de lá encantada, invejando a criança que tocou nela, e achando que aqueles treinadores tinham o melhor trabalho do mundo!
E eles te contam milhares de mentiras. Dizem que as baleias vivem mais no parque do que na natureza porque lá elas recebem toda a assistência veterinária que precisam, que todas as baleias são da mesma família e que elas amam estar ali, fazem porque gostam e amam seus treinadores.
É tudo tão ‘mágico’ que você acredita! Na verdade não é nada mágico, é extremamente triste. Eu acredito que muitos dos treinadores realmente amavam esses animais e tinham o intuito de cuidar, se encantavam com esse trabalho, desenvolviam uma relação com o animal, criavam afeto!
Mas isso é completamente ERRADO! Esses animais foram criados pra ser livres!
Imagine se alguém te sequestrasse, te afastasse da sua família, e te prendesse numa BANHEIRA pro resto da sua vida! Junto com outras pessoas que não falam sua língua, que não se relacionam bem com você, e ainda ser obrigado a fazer tarefas todos os dias em troca de alimento?!
Assistam #blackfish! O seu entretenimento foi sequestrado e sofre diariamente!”, escreveu a atriz.
Veja outras celebridades que também fizeram o memo pedido a seus fãs.
Celebridades Pedem que Assistam 'BLACKFISH' e Boicotem Parque Marinho
11 de jun. de 2014
Blackfish Nos Bastidores do Parque Marinho SeaWorld
Fonte: Mural Animal
21 de fev. de 2014
Golfinho é Libertado de Parque Marinho
(VÍDEO) A indignação e mobilização mundial contra a morte e exploração de animais, já começa a influenciar agências de propaganda que tentam ir de encontro aos anseios dos defensores de animais.
O novo comercial mostra um ser humano que é capaz de utilizar todo o potencial de seu cérebro e, devido a isso, consegue comunicar-se telepaticamente com o golfinho, descobrindo, assim, seus desejos.
A campanha, criada pela agência AlmapBBDO, tem como objetivo promover os cartões Visa Platinum. Além do comercial, a campanha possuirá uma série no Youtube que mostrará as aventuras dos personagens. No episódio de estreia, Rango e Fish embarcam em uma viagem para o Caribe.
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