6 de out. de 2015
Parque Marinho tenta ocultar morte de animais após alagamento
Tubarões tartarugas e leões-marinhos foram encontrados no estacionamento do parque de diversões Marineland em plena Riviera Francesa.
Após as inundações que atingiram a costa do Mediterrâneo na noite de 3 para 4 de outubro, 90% das instalações foram destruídas.
O parque ficou sem eletricidade e todos os recintos foram invadidos por uma densa lama, que entupiu os filtros de água e de oxigênio, onde eram mantidos peixes exóticos, golfinhos, orcas, pinguins, lobos e leões-marinhos e também um casal de ursos polares e seu filhote de menos de um ano de idade.
Marineland, foi construído à beira do mar Mediterrâneo na cidade francesa de Antibes, e foi atingida por ondas gigantes que causaram enorme destruição em toda a região.
Veja como era o parque antes da inundação de lama.
As imagens transmitidas pelos meios de comunicação franceses mostram que os dez tanques estavam cheios de lama, enquanto que somente eram vistos os leões-marinhos gritando por socorro.
No tanque onde haviam quase 10 orcas, somente uma delas foi fotografada, e nenhum golfinho do grupo que compunha o show do parque foi visto, bem como outras tartarugas, arraias e os tubarões.
Hope a fêmea filhote de urso polar nasceu no parque em 24 de novembro de 2014. Seus pais Rasputin e Flocke, foram transferidos do zoo de Nuremberg na Alemanha em 2010, depois que o Marineland construiu uma área de 2.200 metros2 de área terrestre para o casal divididos em 3 zonas: duas áreas de exploração e uma área de maternidade, "berçário". refrigerados.
Um cenário grandioso, que consistia em água do mar (salgada) para o mergulho e para a caça, e com lagoas de água doce para que pudessem beber. O recinto é composto por um ambiente que tentou reproduzir ao máximo a tundra com plantas, rochas e lagos, cascatas, criando abrigos obscuros que são tocas "naturais". E como ocorre em todos os jardins zoológicos pelo mundo o sistema de ar condicionado foi colocado somente dentro da área de dormir, que foi feito especialmente em duplicidade duas cavernas.
E o parque se esquiva de responder as jornalistas se os ursos polares estão vivos ou mortos.
De acordo com o diretor, Bernard Gianpaolo, o parque foi atingido em "mais de 90% de todos instalações técnicas, o que afeta obviamente, a vida dos animais. Ele disse que os animais foram removidos por não haver mais eletricidade e nem água potável, mas não diz para onde os animais foram levados.
Enquanto o diretor já faz planos para reconstruir o parque, ambientalistas encabeçados pela Fundação Brigitte Bardot que em seu twitter pede a Ministra da Ecologia da França Ségolène Royal que feche definitivamente o parque
Le @Marineland_Fr détruit par les inondations, nombreuses victimes animales... @RoyalSegolene, fermez cette prison ! pic.twitter.com/YxIBpryOEr
— FONDATION B. BARDOT (@FBB_PORTEPAROLE) 4 outubro 2015
Também uma petição pedindo o fechamento de Marineland foi criada no site avaaz, click aqui para assinar.
Veja na imagem abaixo, um registro cruel de que também no Marineland ar orcas tinham seus dentes cerrados, para que os treinadores pudessem receber beijos sem perigo de serem mordidos.
Um repórter da AFP descreveu como os pinguins e as focas tentavam em vão se manter em meio a lama, enquanto dezenas de bombeiros bombeavam água limpa numa tentativa de impedir os gritos ensurdecedores dos leões-marinhos.
Da mesma forma que a imprensa brasileira ignorou a morte do urso polar Taco no Chile ocorrida na mesma semana em que foi anunciado que um casal de ursos polares estava sendo mantido confinado em um aquário na cidade de São Paulo, as mortes ocorridas dentro do parque marinho na França provavelmente serão ignoradas, visto que o fato pode despertar em muitos brasileiros a certeza de que esses aquários são em sua essência verdadeiros circos, onde os animais marinhos são obrigados a realizem diversos shows por dia e ás vezes até a noite para que possam atrair público e muito dinheiro em suas bilheterias.
O Circo com Animais voltou e você nem notou Posted by Aquário é CIRCO não é ZOO on Quinta, 1 de outubro de 2015
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31 de ago. de 2015
Ric O'Barry diretor de "The Cove" é preso no Japão
Ric O'Barry, o ativista e protagonista de “The Cove”, que ganhou o Oscar de melhor documentário em 2010, foi preso as 20:30 de hoje pelas autoridades japonesas. O documentário mostrou ao mundo o massacre de golfinhos que acontece em Taiji, cidade costeira do Japão.
Imagem-montagem do Mural Animal Blog
O’Barry que é também o fundador do Projeto Golfinho foi preso na cidade de Nachikatsuura/Wakayama, por suspeita de violar o regulamento do Controle de Imigração. Ele teria sido acusado de não ter um passaporte. De acordo com o ato, qualquer estrangeiro no Japão deve estar de posse de seu passaporte ou autorização de desembarque provisório durante todo o tempo que estiver no país.
Tanto a Embaixada dos EUA em Tóquio como o Departamento de Estado dos EUA foram contactados sobre a situação.
O'Barry, estava no Japão para protestar contra a matança anual de golfinhos, programada para começar amanhã (1 de setembro).
A caça aos golfinho acontece de 1 setembro - 1 março de cada ano em Taiji, no Japão.
Os golfinhos são mortos pela sua carne ou capturados e enviados para aquários para exibição em cativeiro.
Devido aos esforços de O'Barry, a caça tem recebido críticas internacionais devido a extrema violência e crueldade contra os animais, assim como a preocupação com a toxicidade de sua carne para os seres humanos.
Participe das manifestações no twitter contra a matança de golfinhos e pela liberdade de O’Barry com as hastags; #OBarryFreedom #DolphinProject #TheCove #Tweet4Dolphins #OpKillingBay #OpSeaWorld
Fonte: Dolphin Project
17 de jul. de 2015
Na Grécia animais abusados pelo zoo podem ficar sem comida
É preciso salvar os animais – não o zoológico; essa é a questão que já começa a ser deturpada pela imprensa, com a manchete que a ‘crise grega coloca em risco animais do zoológico por falta de alimento’, pois omite que o Attica Park pretende construir um 'Dolphinarium' para expandir os shows que já apresenta com os golfinhos que mantém aprisionados, e que inclusive foi denunciado pelo diretor do Dolphin, e do documentário’ The Cove' - Richard O'Barry.
Diante do atual cenário grego, mais impostos e menos dinheiro em circulação, esse zoológico deveria ser fechado e os animais deveriam ser enviados a santuários para reabilitação em outros países.
Depois da imposição no controles de saques aos bancos da Grécia, o fornecimento de alimentos importados, para alimentar os 2.200 animais de 345 espécies no único jardim zoológico de Atenas está ameaçado , diz o fundador do Attica Park em Atenas, Jean-Jacques Lesueur.
Mas é a situação dos animais é o que mais preocupa, pois eles precisam comer hoje, amanhã e sempre. É uma questão de vida ou morte para os animais.
Ano passado Ric O’Barry, esteve ao lado de ativistas gregos documentando as exibições dos golfinhos no Attica Park, e escreveu na página do Dolphin Project.
Shows que apresentam animais são proibidos na Grécia, com exceção de alguns animais domésticos como cavalos.
Mas o Attika Zoo ainda tem shows de golfinhos, todos os dias, e várias vezes ao dia. O Zoo fica a margem da lei, comercializando o show de golfinhos como "uma experiência educacional".
Estamos aqui para expor a mentira e parar com os shows de golfinhos uma vez por todas. Estou na Grécia acompanhado por um notável número de ativistas gregos e também alguns Cove Guardians.
Em um vídeo comovente distribuindo os últimos biscoitos aos lêmures confinados , o dono do zoo deu uma entrevista a agência Reuters, dizendo que;
"Muitos de nossos animais necessitam de uma dieta especial, uma nutrição específica que tem de ser importada".
No entanto não é possível saber se o dono do zoológico fala ‘toda’ a verdade, já que até pouco tempo ele pretendia
Como outras empresas estrangeiras, fornecedores de produtos que incluem desde peixes congelados da Holanda a minhocas provenientes da Alemanha e aditivos especiais da França, que costumavam ser pagos 60 dias após a entrega, estão agora exigindo o pagamento com antecedência.
Duas semanas atrás, em 7 de julho, ele recebeu um telefonema de seus fornecedores informando que o suprimento regular para três semanas, que seria mandado dentro de dois dias, teria de ser pago adiantado.
Foto: Dolphin Project
"Você não pode fazer isso, estamos falando de vidas animais aqui", ele disse aos fornecedores, que finalmente cederam e concordaram em fazer uma exceção. Mas eles alertaram que os pedidos futuros teriam que ser pagos antecipadamente.
Andando pelo jardim zoológico, ele aponta para os tamanduás, que recebem em torno de uma tonelada de minhocas por ano, ou focas, pelicanos, pinguins e golfinhos que dependem do arenque congelado proveniente da Holanda.
Enquanto isso, ele tenta encontrar outras soluções, usando aditivos para alimentação animal (ração para animais silvestres).
Como o número de visitantes caiu durante a crise econômica, o jardim zoológico de propriedade privada também está se preparando para o choque no aumento acentuado de impostos conforme o pacto com os credores gregos.
18 de jun. de 2015
Irmãos da Orca Tilikum de Blackfisk e a vinda para o Brasil
No Brasil, não é proibido manter orcas em cativeiro. E mesmo que possa parecer que existam regras rígidas, como que só seria permitido manter um bicho em cativeiro se os avós e os pais dele também forem de cativeiro, também existe a possibilidade de exposição por outros fatores que o nosso IBAMA considerar ‘relevante’.
E foi assim que nas águas geladas perto da Islândia, barcos navegaram com uma intenção malévola: capturar orcas, que foram apelidadas de `baleias assassinas´, para vendê-las a parques marinhos pelo mundo.
Quando uma família de orcas é encontrada, o procedimento de captura é cruel. Primeiro, jogam bombas na água, para assustar e encurralar as orcas - que depois são presas com uma rede e puxadas com uma espécie de gancho. A ordem é pegar os filhotes, que são mais dóceis e mais fáceis de transportar. As orcas adultas são liberadas, mas não fogem. Ficam lá, emitindo um som que parece um ganido de desespero. É uma cena medonha, de embrulhar o estômago. Em 1983 os baleeiros retiram do oceano três filhotes de orcas - Tilikum, Nandu e Samoa.
As três orcas ficaram um ano recebendo treinamento em um centro marinho da Islândia, para então seriam enviados aos parques marinhos recém abertos na América do Norte. Um dos machos, Tilikum foi vendido para um parque aquático no Canadá, e por alguma ‘razão’, as outras duas orcas, foram enviados para um parque brasileiro.
Nandu o macho e sua irmã a fêmea Samoa, chegaram ao Brasil em 1984, mas ficaram escondidos durante vários meses. Os empresários brasileiros queriam que os animais copulassem, antes de serem apresentados ao público diante de uma provável gravidez. A notícia do primeiro bebê orca genuinamente brasileiro renderia muitas manchetes, muito similar ao que que foi feito com Aurora e Peregrino, que chegaram em dezembro de 2014, mas que somente em Abril de 2015, os brasileiros tomaram ciência de havia um casal de ursos polares em São Paulo.
E o fato de que cinco outros ncvos aquários estão sendo construídos pelo Brasil, durante a maior crise hidríca do país, sugere que esses empreendimentos não se destinam só a exposição de peixes.
Leia também: Mundo Marino na Argentina impulsiona onda de Seaworld Latino
O show das orcas, incluía ainda golfinhos, que haviam chegado um ano antes, e todos eram obrigados a dividir os mesmos tanques.
O “Dolphin’s Show”, que foi importado de Miami, trazia golfinhos e focas, como chamariz para as férias de verão. As cinco focas eram obrigadas a se equilibrar, e equilibrar bolas e outros objetos.
Dentre os quatro golfinhos, um era considerado especial pelo parque de diversões, que dizia ao público que havia trazido o próprio Flipper para o Brasil, o golfinho que ficou conhecido pelo seriado na TV.
Os golfinhos eram obrigados a saltar obstáculos, inclusive através de arcos de fogo, além de outras demonstrações. Susie, Kathy, Liberty, Patty e Sharky, os reais golfinhos que se revezaram para interpretar o verdadeiro Flipper no seriado morreram no cativeiro, depois que a série foi encerrada em 1968.
Com o sucesso do seriado, o preço de um golfinho era por volta de 220.000 dólares, e o treinamento apenas 400 dólares. Quem tinha dinheiro para construir uma piscina queria ter um Flipper. E foi assim que o Sea Aquarium de Miami, se converteu no principal caçador, treinador e exportador de golfinhos.
A piscina construída inicialmente para os golfinhos, se compunha de uma piscina com capacidade de 1,5 milhão de litros de água, uma piscina de apoio com 300 mil litros de água e mais uma piscina para as focas, com 200 mil litros de água. No total eram 2 milhões de litros de água, mais um cenário que imitava um porto antigo, com a réplica de um barco, e a arquibancada tinha capacidade para 5 mil pessoas.
Na época não havia exigência de biólogos ou veterinários para os animais, que ficavam a cargo dos treinadores Paulo César Cirilo e Oscar Cardoso, que tentavam andar por sobre a barriga e as costas da orca Samoa, enquanto ela nadava girando sobre si mesma. Durante o treino perante os repórteres, os treinadores brasileiros davam tapinhas e beijinhos em sua cabeça.
Os animais haviam sido adestrados na costa do México antes de chegarem ao Brasil. Richard O´Barry, na época um treinador de golfinhos escreveu textualmente: "depois de dois dias sem comer, não há nada que um golfinho não faça por um bom pescado".
E no Brasil não foi diferente , os golfinhos-nariz-de-garrafa e os leões marinhos também foram forçados a trabalhar em troca de alimento no Playcenter até 1990.
Em 1970, o treinador Ric O´Barry, foi detido por tentar libertar um golfinho do cativeiro. Desde então se dedica a libertar golfinhos, orcas e outros cetáceos que estejam presos em todo o mundo. Em 2003 muito antes de ficar conhecido pelo documentário ‘The Cove’, Richard O’Barry retratou a comovente história da Orca Lolita – A Escrava pelo Entretenimento.
Após quase 4 anos no cativeiro do parque de diversões brasileiro, a orca macho Nandu foi achado morto, em seu tanque dentro do PlayCenter, e Samoa estava paralisada ao seu lado. Ele tinha 4 metros de comprimento e sua idade não foi estimada.
O Playcenter não divulgou ao público a morte do animal, e fechou a atração durante uma semana, enquanto que o corpo de Nandu foi enviado à faculdade de medicina veterinária da USP onde sua autopsia revelou que depois de dele ter comido três bolas de basquete e todo o plástico que revestia a piscina internamente, ele veio a óbito devido a uma úlcera e um tumor localizado no fígado.
O parque de diversões não deve ter sido afetado pela morte de Nandu, já que na época de sua chegada, foi uma companhia de seguros que vazou a informação de que havia feito uma apólice para duas orcas do Playcenter.
E a orca Samoa passou a ter a companhia somente dos quatro golfinhos existentes, até março de 1989, quando então ela foi vendida para o parque marinho americano SeaWorld.
Para o veterinário Milton Marcondes, diretor de pesquisa do Instituto Baleia Jubarte, o que se ganha em conhecimento sobre as orcas não justifica o sofrimento que elas passam sendo mantidas em cativeiro. Ele explica que a falta de espaço tem consequências físicas e psicológicas para as orcas. Por exemplo, na vida selvagem, apenas 1% dos machos tem a barbatana dorsal caída, sinal de estresse.
Na natureza as orcas formam sociedades matriarcais, com grupos de até cinquenta baleias, e onde nenhum órfão é rejeitado, e elas são dóceis e protetoras com todos os membros da família.
Em abril de 1989 Samoa foi vendida pelo Playcenter para o SeaWorld de Ohio, para fazer companhia a Kalina (a primeira orca a nascer e sobreviver em cativeiro, e que morreu em 2010 com 25 anos de vida), durante o verão, época que os parques receberem muitos visitantes.
Quando o verão acabou, ela foi enviada para o Sea World do Texas enquanto Kalina foi enviada para o Sea World da Califórnia. As duas orcas viriam a se reencontrarem novamente somente em 1991.
No SeaWorld do Texas, Samoa, engravidou ou foi engravidada artificialmente três anos depois de sua chegada, e em 14 de março de 1992 ela entrou em trabalho de parto.
Depois de quatro horas de intenso sofrimento, quando finalmente ela conseguiu expelir o bebê, percebeu-se que era uma fêmea que havia nascido morta.
Após poucas horas parto, Samoa também morreria em sua piscina.
De acordo com o relatório feito pelo Marine Mammal Inventory Report, e que foi tornado público quase dez anos após sua morte, Samoa morreu devido à uma infecção gravíssima causada por fungos. Na verdade ela não teve um parto, mas sim um aborto, com pelo menos 2 meses antes da data prevista para o nascimento. O mesmo fungo que matou sua bebê, levando Samoa a um estágio avançado da doença que a matou. A idade de Samoa no momento de sua morte foi estimada entre 12-14 anos de idade.
Quando os seres humanos são afetados pelo mesmo tipo de fungo que afetou Samoa (o que é raro e só ocorre com indivíduos com sistema imunológico extremamente debilitado) e não são tratados de forma adequada e logo no início do problema, acabam tendo o mesmo destino que ela.
Foi a primeira morte relatada pelo Seaworld, de uma orca depois de abortar um filhote.
Meses antes de sua morte visitantes já tinham relatado que ficaram horrorizados com os movimentos estranhos de Samoa, que lançavam seu corpo no ar e caia de barriga para baixo por sobre o parapeito duro da piscina e depois repetia por diversas vezes o mesmo movimento. Hoje percebe-se que ela tentava pressionar seu ventre, na tentativa de expelir o feto morto.
Durante os 10 anos seguintes, outra orca, dois golfinhos brancos, e também dois golfinhos nariz de garrafa que viviam no SeaWorld do Texas, foram infectadas com fungos, e a morte dos animais ocorreram no prazo de 23 dias após os sinais clínicos iniciais.
As orcas podem viver até 90 anos quando livres e na natureza. Mas em cativeiro elas vivem em média 5 vezes menos"(Cetacean Society International).
Além de terem sido roubadas de seu habitat e sua família, sofreram com a artificialidade do transporte, da água, do alimento, do convívio humano e do confinamento em si, que, através de suas paredes de concreto e vidro. Esta artificialidade jamais poderá ser mensurada pelos seres humanos gananciosos e tolos que destroem vidas em troca de entretenimento e lucro financeiro.
A admiração que teoricamente sentimos por eles quando os conhecemos dentro de num cativeiro, não nos deixa ver a verdadeira história de sofrimento, que eles sofrem e pelo qual devemos recordar as novas gerações do porque não devemos permitir que se mantenham animais em cativeiro.
16 de jun. de 2015
Mundo Marino na Argentina impulsiona onda de Seaworld Latino
Você sabia que no Brasil, não é proibido manter orcas em cativeiro. Se os avós e os pais dele também forem de cativeiro (ou se inventarem que são), os vários aquários e parques marinhos que estão sendo construídos por aqui, vão depois de prontos revelar de onde vem a inspiração.
Como aprender biologia em locais que atentam contra a vida animal? Que coerência pode haver em profissionais supostamente comprometidos com o bem-estar animal e que no entanto trabalham em cumplicidade com as mesmas pessoas que obrigam os animais a permanecer em cativeiro o que inevitavelmente faz com que fiquem doentes. Consideramos que por vocação um veterinário, não deveria aprender com esses cativeiros, mas durante as práticas em campo.
Não precisamos de ‘tocar’ em um cetáceo cativo para aprender mais do assunto. E é nos parques aquáticos que querem fazer aulas práticas de biologia. É isso que querem aprender? A pergunta é do Prof.Dr. Pablo Meyer, veterinário, Docente Pós Graduado do Hospital Escola da Universidade de Buenos Aires, e que há mais de 20 anos faz palestras internacionais sobre cirurgia e anestesia em animais.
A questão que muitos não sabem, é que os zoológicos, parques marinhos e aquários que mantém animais para o entretenimento, também aprenderam a ganhar dinheiro ministrando cursos para veterinários, biólogos, tratadores, e quaisquer outras profissões que envolva os animais.
Além dos parques temáticos eles criam fundações ou institutos com o intuito de resgatar, tratar, estudar e reintroduzir os animais a seus habitats. E os animais que por algum motivo não puderem ser reintroduzidos na natureza, acabam por receberem asilo em seus parques.
Fotos: Facebook/SinZooArgentina
A ideia começou com o Seaworld através do HUBBS-SEAWORLD RESEARCH INSTITUTE, quando o parque marinho começou a oferecer uma plataforma para realização de pesquisas, resgates e reabilitações de animais marinhos. A equipe de resgate de animais do SEAWORLD fica disponível 24 horas por dia e já ajudou milhares de golfinhos, manatis, baleias e tartarugas doentes ou machucadas. O programa de resgate do parque é o maior do mundo. Os animais são cuidados e, se preciso, operados no moderno centro de reabilitação. Mas só os que se recuperam são devolvidos a natureza.
Depois que o filme Blackfish expôs a triste realidade da orca tilikum em cativeiro; o Seaworld começou a declinar, além dos cantores conhecidos cancelarem seus shows dentro do parque, ninguém em seu juízo perfeito quer frequentar o torturador de animais marinhos. Em resposta o Seaworld publicou uma carta aberta , que entre outras coisas dizia;
As baleias que estão sob o nossos cuidados beneficiam os animais que estão na vida selvagem. Trabalhamos com universidades, órgãos governamentais e ONGs para aumentar o corpo de conhecimento e a compreensão sobre as orcas - desde sua anatomia e biologia reprodutiva até suas habilidades auditivas.
O SeaWorld é líder mundial em resgate de animais. As milhares de pessoas que visitam nossos parques todos os anos tornam possível o SeaWorld ocupar a posição de instituição mundialmente renomada no que se refere a resgate, reabilitação e soltura de animais.
E eles não estavam mentindo, o próprio governo dos Estados Unidos, e o Fundo Internacional para o Bem Estar Animal – IFAW, que é a maior organização internacional criada pela ONU para o bem-estar dos animais, mantém contratos com o Seaworld, para o resgate e reabilitação de animais, o que na prática significa que fecham os olhos para o entretenimento e aprisionamento de animais.
Fotos: Facebook/SinZooArgentina
E não esquecendo que apesar dos inúmeros nomes que o Seaworld pode ter, e mesmo que você nunca tenha ido em alguns de seus parques, e mesmo que você não concorde que eles adestrem e mantenham animais marinhos para entretenimento humano, lembre-se também de nunca tomar a cerveja Budweiser. Em 1989, a cervejaria Anheuser-Busch, produtora da cerveja Budweiser, comprou todas as unidades do Seaworld.
E se isso acontece lá nos EUA, nem precisa imaginar o que acontece na América Latina.
Na Argentina existe o Mundo Marino, que se diz ser o maior oceanário da América do Sul (‘não era o aquário de São Paulo?’), na cidade de San Clemente del Tuyú, a apenas três horas e meia de Buenos Aires.
Para a realização de seus shows, eles possuem 20 piscinas com mais de 50 mamíferos marinhos cativos, entre golfinhos, lobos marinhos, e a orca macho Kshamenk, que dá em torno de 500 voltas por hora em sua pequena piscina.
Os shows com animais são proibidos pela Portaria nº 2904 - Anexo 1 - Decreto nª112 - 2006 – no município de La Costa, onde fica o Mundo Marino na Província de Buenos Aires.
No entanto o parque criou a Fundação Mundo Marino, que da mesma forma que o Seaworld criou um Instituto, fez também vários contratos com o IFAW e com o governo argentino; para resgatar, tratar, e reintroduz os animais que considera que podem ser reintroduzidos, e os que não podem são enviados para o oceanário.
De acordo com a Whale and Dolphin Conservation (WDC), o Mundo Marino obteve uma autorização do governo argentino para a exportação de sêmen da orca Kshamenk , para os Estados Unidos, e assim conseguiu confina-lo dentro de um programa de colaboração científica com o SeaWorld. Como resultado deste programa consta o registro do nascimento de duas orcas fêmeas, pertencentes ao SeaWorld.
Assim a orca Kshamenk é exposta no Mundo Marino em parceria com o Sea World, não só nos shows, mas também para a comercialização de seus sêmen extraído por eletro ejaculação, o método de reprodução das orcas em cativeiro. Quando às autoridades recusaram uma permissão para deslocar Kshamenk para um aquário nos EUA, para reprodução assistida, foi somente permitido exportar seu sémen, embora a prole obtida a partir dele são uma continuação dos bens públicos que constituem Kshamenk como sendo da Argentina, e sobre o qual o SeaWorld não pode dizer que tem o direito de sua propriedade ou de seu lucro.
Desde 1992, quando Kshamenk foi capturado devido a um encalhe forçado pelo SeaWorld. Quatro orcas foram arrastados para a praia pelos barcos do SeaWorld, com uma rede estendida entre eles. As orcas encalhadas na areia permaneceram lá por muitas horas. Uma foi devolvido ao mar por ser demasiada grande. Um segundo morreu em trânsito e o terceiro colidiu contra as paredes da piscina em que foi introduzida, tentando sair, e morreu. O único sobrevivente das quatro orcas foi Kshamenk. Que por um tempo compartilhou de sua pequena piscina com a orca fêmea Belém, que morreu em fevereiro de 2000, deixando Kshamenk sozinho em seu cativeiro.
Se fosse libertado, ele viajaria grandes distâncias, mas a ganância comercial e o egoísmo humano transformado a sua identidade em um produto de mercado selvagem.
Kshamenk, como é mais um, entre os muitos animais infelizes prisioneiros de todos os aquários do mundo, e visto e tratado como um brinquedo público, sujeitos a exploração, que impunemente violam seus corpos e seus espíritos, onde as performances só são alcançadas depois de esmagar a vontade do animal através da punição corporal, o confinamento e a fome.
Grande parte da comunidade científica, incluindo biólogos e veterinários, mantém uma posição muito crítica em relação à manutenção de orcas em cativeiro - especialmente para fins de entretenimento. "Não é só o Tilikum, todas as baleias em cativeiro são psicologicamente traumatizadas", diz no documentário a neurocientista Lori Marino, doutora em comportamento animal.
No Brasil, não é proibido manter orcas em cativeiro. Mas as regras são tão rígidas que inviabilizam shows em parques aquáticos. Só é permitido manter um bicho em cativeiro se os avós e os pais dele também forem de cativeiro, disse o Dr. Mario Rollo, doutor em ecologia de mamíferos marinhos e professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
Para o veterinário Milton Marcondes, diretor de pesquisa do Instituto Baleia Jubarte, o que se ganha em conhecimento sobre as orcas não justifica o sofrimento que elas passam sendo mantidas em cativeiro. Ele explica que a falta de espaço tem consequências físicas e psicológicas para as orcas. Por exemplo, na vida selvagem, apenas 1% dos machos tem a barbatana dorsal caída, sinal de estresse. Já nos parques, praticamente todos os machos têm esse sintoma. O tempo de vida das orcas em cativeiro, no máximo 30 anos, é muito menor que sua média na natureza: 60 a 80 anos. E o convívio forçado entre elas é uma fonte constante de brigas. "Na natureza, se surge algum conflito, as orcas podem simplesmente nadar para lados opostos. No aquário, elas são obrigadas a conviver", explica Marcondes.
Além do parque Aquário de São Paulo, existem aquários nas cidades de Santos, Ubatuba e Guarujá.
No Rio de Janeiro a construção do AquaRio diz que vai reunir 8 000 exemplares em uma área de 22 000 metros quadrados, já teve a construção embargada pela terceira vez.
No Pantanal o aquário com previsão de usar 1 milhão de litros de água, foi orçado em R$ 87 milhões, mas com o atraso das obras agora deve chegar a R$ 170 milhões, agora está sendo investigado pelo Ministério Público do Estado (MP-MS), que expediu ofício à Polícia Militar Ambiental (PMA), Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul (Imasul) e à Anambi, empresa responsável pelos peixes, solicitando informações para o inquérito civil dizendo que vai investigar o Aquário do Pantanal.
E da mesma forma que o Seaworld tem ligações com a cerveja Budweiser, a operação, manutenção e exploração do Aquário do Pantanal, será da empresa Cataratas do Iguaçu S/A, que venceu a licitação, e que já também administra o empreendimento turístico de Foz do Iguaçu, no Paraná, administra também outros pontos turísticos no Brasil. No Rio de Janeiro, o aquário em construção; em Pernambuco o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, e em São Paulo o Aquário do Guarujá.
Mas o fundo de investimentos Advent, que administra vários parques marinhos pelo mundo se tornou a acionista majoritário da empresa. Um dos parques do fundo é o Loro Park em Mallorca na Espanha, onde o grupo SOS Golfinhos conseguiu gravar um vídeo em que um tratador, agredia fisicamente e verbalmente os golfinhos.
Em Fortaleza, o Acquario Oceânico do Ceará, que promete esbanjar 15 milhões de litros de água, e está orçado em U$ 150 milhões, com a promessa de ser o terceiro maior do mundo, está com a construção paralisada devido a decisão da justiça.
Em Brasília alguns deputados já estão se mobilizando para criar a CPI dos aquários.
Os cientistas envolvidos no campo do comportamento dos golfinhos sugerem que eles poderiam ser as criaturas mais inteligentes na terra, depois dos humanos, e mais do que os chimpanzés. Além disso, que eles devem como tal, ser tratados como "pessoas não-humanas", caso em que devem ter seus próprios direitos específicos e que eles iriam torná-lo moralmente e eticamente inaceitável para mante-los em cativeiro, ou essencialmente para matá-los, intencionalmente ou captura-los.
Especialistas em filosofia, conservação e comportamento animal querem apoio para uma Declaração de Direitos de Cetáceos . Ele foi elaborado por um Grupo de Helsinque, após uma conferência em 2010 para os Direitos dos Cetáceos.
O projeto de lei estabelece que cada membro individual da ordem dos cetáceos (baleias, golfinhos e botos), tem o direito à vida e que ninguém tem o direito de possuí-los ou impor uma vida que compromete a sua liberdade, direitos ou normas. É um impulso para esses animais a serem protegidos sob a lei internacional. Os direitos juridicamente vinculativos que de uma só vez, faria com que os baleeiros, parques marinhos, aquários e outros locais de entretenimento, seriam impedidos de manter cetáceos em cativeiro.
"Onde há uma mente, existem sentimentos como dor, prazer e alegria. Nenhum ser senciente quer sentir dor, todos querem a felicidade"- Dalai Lama.
E vale a reflexão: Animais presos nos ensinam que na verdade eles devem ser livres!
Respondendo a chamada global para esvaziar os tanques, ativistas se reuniram a frente do Mundo Marino exigindo a libertação dos animais.
21 de abr. de 2015
Performances de animais exóticos está prestes a ser proibida na capital mundial do cinema
São Francisco está prestes a proibir performances usando ursos, leões, elefantes e outros animais selvagens e se juntar a dezenas de outros lugares que têm algum tipo de proibição de utilização de animais exóticos para o entretenimento.
O decreto-lei, ainda aguarda a aprovação final do Conselho de Supervisores da cidade, e se aplicaria aos circos, eventos e filmagens de filmes e programas de televisão.
Gatos, cães e outros animais domesticados são isentos, como são animais utilizados para fins educacionais.
Defensores e adversários concordam que San Francisco seria a maior cidade os EUA a aprovar uma proibição tão abrangente que vai além do circo, por exemplo, e aplica-se a filmagem.
Outras localidades com a proibição de performances de animais exóticos incluem West Hollywood e Huntington Beach, no sul da Califórnia ; Plymouth, Massachusetts , e Greenburgh, New York.
"A primeira coisa a ser notada sobre a legislação é que ela está tentando proteger os animais contra o abuso", disse Katy Tang, a principal legisladora da portaria e uma ávida defensora dos animais - que anos atrás desistiu de comer carne por amor aos animais. A proposta incluiria várias espécies de animais silvestres e exóticos, como macacos, elefantes, leões, tigres, ursos, chimpanzés, cangurus, golfinhos, focas e lontras
"Um papagaio em um ombro, de modo geral, não está sendo forçado a falar", disse Tang. "Contanto que não haja uso de força ou abuso, as pessoas não devem se preocupar."
Tang disse que não é natural para um urso ou elefante se equilibrar em uma bola. E o mais provável, acrescentou, é que ao urso foi negado a comida; com medo e atormentado pelo treinador a se equilibrar em uma bola, os animais executam os atos, o que não é da natureza deles.
Desde 1984, a Sociedade Animais Selvagens Performances (PAWS), tem estado na vanguarda dos esforços para resgatar do uso humano e aposentar em um santuário, os animais que foram vítimas do show-business. A PAWS investiga os relatos enviados de abuso de animais exóticos; a crueldade documentada auxilia na investigação para aliviar o sofrimento de animais selvagens em cativeiro.
A medida vem depois que outras propostas de proteção de animais foram aprovadas em cidades como Los Angeles e Oakland, que proibiu o uso do ‘bullhook’, um espeto de metal, usado para cutucar e infringir dor para poder domar os elefantes. Além disso, Los Angeles e Oakland. Um senador do estado da Califórnia quer que a medida seja aprovada em todo o estado.
Em março desse ano, a Feld Entertainment, a empresa-mãe do circo Ringling Bros e Barnum & Bailey Circus, anunciou em março que iria ‘aposentar’ seus elefantes em 2018. A divulgação da ‘aposentadoria dos elefantes’ rendeu ao circo uma tremenda publicidade, e com isso a revelação da verdade – os elefantes estão doentes com tuberculose. Assim a cada elefante que não mais se apresentasse no circo – por ter morrido – seria considerado pelo público como aposentado.
Leia também: Tuberculose é a verdadeira causa da aposentadoria dos elefantes do circo Ringling Bros
Quando aprovada a portaria de São Francisco, começaria a valer em cerca de 30 dias , proíbe animais como os guaxinins de serem obrigados a fazer truques, e de serem treinados para fazerem exibições.
Susannah Greason Robbins, diretora executivo da Comissão de Filmes de São Francisco, disse que não viu quaisquer produções na cidade utilizarem animais exóticos nos quase cinco anos ela dirigiu o escritório.
"Eu entendo a necessidade de o decreto-lei para proteger esses animais, aqui em San Francisco", disse ela.
30 países e centenas de estados e cidades pelo mundo já proíbem animais em circos
Áustria, Holanda, Suécia, Índia, Finlândia, Suíça, Dinamarca, Argentina e vários outros países da Europa e alguns estados dos Estados Unidos proíbem shows com animais. “Lamentavelmente, quando o espetáculo termina, nem todos voltam pra casa. Alguns estão obrigados a voltar para trás das grades. Qual o motivo de sua condenação?”, questiona a organização defensora dos direitos dos animais AnimaNaturalis.
“O uso de animais em circos é cruel, ultrapassado, e agora é reconhecido na legislação em 30 países”, disse Jan Creamer, presidente da ADI, a Animal Defender International, que durante anos liderou várias investigações da crueldade as quais os animais de circos eram submetidos para se apresentar nos picadeiros.
Durante uma série de investigações da ADI em Portugal, Victor Hugo Cardinal foi filmado espancando um elefante durante a apresentação ao público no circo que leva seu nome. Depois de muita perseguição pela imprensa portuguesa sobre o incidente, ele declarou em um programa de rádio:
“Eu bati no elefante porque ele não queria fazer o exercício, e isso não nego. Não podemos deixar que um animal faça aquilo que quer, ou então não há respeito, e o domador não está ali a fazer nada”
As inúmeras evidências de que os animais não apresentam comportamentos naturais nos circos – e que todos os circos sem excesão, usam de metódos crueis e dolorosos para dominar os animais, que ao longo dos anos tem tanto pavor de voltarem a sofrer – que passam a executar os ‘truques’ quase que automaticamentes, fez crescer a pressão mundial contra os circos que utilizam animais.
Leia também: Fumaça e Fogo no Circo com Animais de Cacá Diegues em Portugal
Uma vez que o tráfico e a apresentação com animais rende milhões – os ‘gigolos’ de animais tendem a usar de vários artificios para continuar a iludir o grande público. Para tanto atores em fim de carreira, e um diretor brasileiro que nunca chegará a Hollywood, foram financiados tanto por interesses brasileiros como portugueses para produzir um filme intitulado ‘O Grande Circo Místico’, nos quais os elefantes e o circo são os mesmos que foram filmados pela ADI, sendo espancados no circo Victor Hugo Cardinalli.
Junte-se a campanha da Comunidade Cidadãos Pelos Circos Sem Animais - CCCA, a campanha de BOICOTE ao filme "O Grande Circo Místico – Eu NÃO vou assistir, e tu?
Vamos mostrar a eles nossa cara de descontentamento e criar um álbum de fotografias com o maior numero possível de pessoas que vão boicotar o filme.
Como participar:
1 - Imprimir numa folha o cartaz com a frase aqui: http://goo.gl/QEzjf2
2 - Tirar uma fotografia com a folha;
3 - Enviar a fotografia por favor para o mail circossemanimaisportugal@gmail.com ou por mensagem privada na pagina do CCSA;
4 - O CCSA irá publicar as fotografias no álbum criado para esta campanha. Depois podem identificar-se e partilhar o mais possível.
7 de abr. de 2015
A Toninha que sobreviveu mais tempo em cativeiro será libertada
Ainda não havia registros de recuperação de toninhas em cativeiro, especialmente nas condições em que Pepê se encontrava. A toninha é uma das espécies de golfinho mais ameaçada de todo Atlântico Sul Ocidental e atualmente é a única espécie de pequeno cetáceo ameaçada de extinção no Brasil, segundo a Lista Oficial das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção.
Um casal de banhistas encontrou o animal encalhado na faixa de areia e o levou de carro até o Aquário de Peruíbe, que encaminhou a toninha para o Cetas Marinho. Pepê ganhou este nome porque foi encontrada em Peruíbe.
O estado de saúde da golfinho fêmea era grave e sua recuperação era muito difícil, já que a mesma não conseguia nem flutuar e nem se alimentar sozinha. Monitorada o tempo todo e tendo seu corpo molhado regularmente, foi alimentada por sonda e colocada por sobre um flutuador, a Toninha que chegou bastante ferida por redes e com sinais de afogamento, e que teve a capacidade pulmonar prejudicada, seria libertada hoje.
A soltura seria nessa terça-feira (7), no Guarujá, com destino a Ilha Queimada Pequena, em Peruíbe,mesmo local onde foi encontrada, e onde poderia reencontrar com sua família, mas devido ao mau tempo e ao mar revolto, o Corpo de Bombeiros, que levaria o golfinho, decidiu esperar pela melhoria das condições climáticas, quando então uma nova data ainda será marcada pela equipe do Cetas para a soltura.
Pepê, que tem cerca de três meses e um metro de comprimento, sobreviveu ao tratamento. Internada há quase 2 meses no Cetas Marinho - já nada sem a ajuda de flutuadores e emite sons, surpreendeu a todos. ‘Não há casos de recuperação de toninhas em cativeiro, especialmente nessas condições”, informou a médica veterinária Mariana Zillio coordenadora do Instituto Gremar.
O Centro de Recepção e Triagem de Animais Marinhos (Cetas), mantido pela Prefeitura do Guarujá, é uma unidade da Secretaria de Meio Ambiente, que mantém parceria com o Instituto Gremar de Pesquisa, Educação e Gestão Ambiental, para cuidar de animais marinhos vítimas de acidentes ou intoxicação encontrados no Litoral.
Os técnicos do Cetas orientam: “Quem achar animais nas praias ou áreas urbanas, sejam em que condições, não devem se aproximar ou tocá-los. Os bichos são selvagens, portanto desenvolvem os seus mecanismos de autodefesa. Sendo assim, eles podem morder, bicar, enfim, podem ferir e até transmitir doenças. Por isso, é imprescindível que as pessoas, ao avistarem um bicho, acionem os guarda-vidas, a Polícia Ambiental ou a nossa equipe.”
O Cetas/Gremar está localizado no quilômetro 14,5, da Rodovia Guarujá/Bertioga. O telefone da unidade é 3386-3110.
Um dos objetivos do Cetas é a pesquisa científica. “O estudos de bioacústica irão ampliar o conhecimento científico sobre a espécies”, ressaltou a veterinária Andréia Maranho, que entrou em contato com outras instituições para o desenvolvimento das pesquisas.
"No Brasil, é inédito um animal dessa espécie sobreviver tanto tempo em cativeiro. A toninha é uma espécie de golfinho “Pontoporia blainvillei”, que habita apenas no Atlântico Sul, do Espírito Santo à Patagônia. É um animal discreto, vive em águas escuras e por sua coloração é de difícil observação e está em extinção", explicou a bióloga e pesquisadora Annelise Colin Holz do Projeto Toninhas da Universidade de Joinvile-Univile.
Franciele Resende de Castro, ressaltou a importância de desenvolver estudos sobre a espécie: "É um animal muito raro. Não é fácil manter o animal dessa espécie tanto tempo fora de seu habitat. Temos que unir esforços e avançar nas pesquisas", disse a bióloga da Universidade Federal de Juiz de Fora.
8 de fev. de 2015
Raro Golfinho Branco Ferido é Resgatado em Hong Kong
Um golfinho branco chinês que foi encontrado ferido nas águas de Hong Kong no mês passado foi resgatado na tarde de ontem, após 18 dias de esforços, uniu ativistas, autoridades e cientistas na esperança de salvar sua vida.
O resgate só aconteceu na sexta tentativa de capturar o animal, que foi enviado para um Parque Marinho para tratamento e recuperação
O golfinho branco, foi primeiramente avistado em 16 janeiro, com um profundo corte nas costas, e uma terrível ferida em sua cauda, era chamado de ‘Hope’ (Esperança), pelas equipes de resgate, é um macho, de 2,3 metros de comprimento e pesa 135 kg. Uma avaliação preliminar de saúde encontrou múltiplos ferimentos graves com três vértebras expostas na frente de sua cauda.
Ao longo dos próximos dias, Hope, terá atendimento 24 horas e será submetido a uma análise aprofundada - incluindo raios-X, ultra-som e exames de sangue - e recebera tratamento médico das mãos de especialistas do parque, e do Sociedade de Conservação dos golfinhos de Hong Kong e da Sociedade para a Prevenção da Crueldade contra os Animais.
O mamífero foi avistado pela primeira vez por um grupo de alunos da Universidade de Hong Kong. Eles viram os severos cortes, que se acredita ser causada pela hélice de um motor de popa do barco. Quando o caso se tornou público alguns especialistas em conservação marinha alegaram, que o animal deveria ser deixado para se recuperar sozinho em seu estado selvagem. Mas as imagens do animal ferido circularam na internet, causando preocupação generalizada.
Golfinhos brancos chineses são uma espécie protegida na cidade, com apenas 60 deles vivendo em águas de Hong Kong, e é uma variedade genética do golfinho-corcunda-indopacífico (Sousa chinensis), que na verdade, tem a pele cor de rosa, causada por vasos sanguíneos utilizados para a termorregulação para evitar o superaquecimento de seu corpo. É uma espécie considerada quase ameaçada de extinção na Lista Vermelha da UICN - União Internacional para a Conservação da Natureza. A ameaça à espécie vem da poluição industrial e doméstica que atinge a costa da região, e também devido ao intenso tráfego marítimo. O número de golfinhos desta espécie caiu de 158, em 2003, para apenas 78 em 2011.
Gary Stokes Diretor da Sea Shepherd na Ásia postou vários comentários e fotos sobre o caso em seu perfil no facebook;
Quando a história se tornou pública, o Sea Shepherd foi até o local investigar a situação do golfinho, e o encontrou nos primeiros 30 minutos de busca. Ele descansava tão imóvel que parecia já ter morrido em virtude da gravidade de seus ferimentos. Mas para nosso alívio ele começou a nadar. No entanto ele se assemelhava mais a uma lagarta do que um golfinho, arqueando as costas, e depois impulsionando-se para a frente, e novamente arqueando-se. A cauda parecia que iria se soltar a cada movimento. O golfinho estava apenas fazendo mergulhos rasos por curtos períodos de tempo. Sem poder contar com sua cauda em um dos trechos com mais tráfegos de barcos e navios entre Hong Kong e Macau, ele poderia ser atingido a qualquer momento novamente.
Passamos 3 dias colocando nosso barco rente a ele, para protege-lo de ser atingido por outros barcos.
Vendo este animal, claramente comprometido, levantou uma grande questão, o que fazer? A Sea Shepherd é e sempre será contrária ao cativeiro de quaisquer cetáceos, mas aqui estava um golfinho que estava claramente sofrendo. Então o que fazer? Quem cuida de um golfinho ferido?
O único local mais próximo que além de poder acomoda-lo, e que têm também a experiência veterinária para ajuda-lo.. seria a nossa ‘prisão local’ de golfinhos. O Ocean Park de Hong Kong.
No entanto eles precisam de uma autorização do governo para capturar o animal ferido. A outra opção era não fazer nada e apenas observar a sua lenta morte
E a posição da Sea Shepherd, neste assunto foi o do bem-estar do animal em primeiro lugar. Em contato com o parque marinho Ocean Park, eles nos garantiram que, se o animal se recuperar, ele será devolvido a natureza.
O Ocean Park por sua vez tem liberado as visitas dos membros do Sea Shepherd a Hope, e fornecido todas as informações sobre sua situação.
Nota do Blog: Rezo para que Hope se recupere e possa voltar ao seu lar – o mar… entretanto o único outro golfinho com esse tipo de ferimento a sobreviver até agora, foi Winter graças a uma manta-prótese feita especialmente para ele, e pelo qual ele não pode ser devolvido ao mar.