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28 de jul. de 2015

Cecil o leão foi morto por dentista viciado em assassinar animais raros

“A morte do leão Cecil é uma tragédia, não só porque era um símbolo do Zimbábue, mas porque agora podemos dar seus seis filhos como perdidos também. O novo chefe do bando não vai permitir que vivam, vai matar todos eles”, diz o diretor da Equipe de Preservação do Zimbábue, Johnny Rodrigues.

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O assassinato do leão Cecil chocou a comunidade, e o homem que ordenou a morte de Cecil é um dentista americano que pagou 49 mil euros aos guias que o levaram até o animal raro. Cecil foi encontrado sem cabeça nem pele, em 1 de julho.

Com um arco, uma flecha —e um pagamento antecipado de 50.000 euros— o dentista matou o leão de 13 anos de idade.

“A caça foi ilegal”, sentencia taxativo o representante do Governo do Zimbábue. “Os três agressores não tinham licença e perseguiram o felino por dois dias depois de feri-lo”, acrescenta. Segundo seu relato, depois de mais de 40 horas de caça, acabaram com a vida de Cecil com um disparo nos arredores da reserva em que vivia, dentro dos limites da concessão de Gwaai, até onde foi conduzido com uma isca de carne e um rastro de sangue. O ataque aconteceu de noite, pelo que apenas na manhã seguinte foram encontrar o animal decapitado e sem pele. Ficaram com a cabeça como troféu.

“Sem dúvida, foi horrível. Tudo que fizeram foi ilegal”, assegura Rodrigues, consternado. “Tentaram destruir a coleira de GPS que estava no leão e que lhe permitia andar com liberdade pelo parque, mas não conseguiram”, acrescenta.

O caçador pertence à Associação de guias e caçadores profissionais local (ZPHGA, na sigla em inglês), que, em um comunicado oficial, confirmou que um de seus membros liderou a caça e garante que os fatos estão sendo investigados. Membros da ZPHGA afirmam que era um safári privado, mas o Governo insiste que o leão vivia na reserva e que era protegido. A Associação dos caçadores, que não quis fazer comentários sobre questões legais, suspendeu o caçador indefinidamente por desrespeitar as normas de comportamento do clube.

Por ser o maior felino da região, Cecil era uma atração turística do país. Os vizinhos do país africano recorreram à mídia para expressar seu horror, apenas alguns dias depois que 23 elefantes bebês foram capturados e exportados para a China, no mesmo parque Hwange.

Além de sua beleza, Cecil parecia apreciar o contato com humanos, posando para todos que quisessem lhe fotografar. O leão terá sido atraído para fora do parque (comum presa morta) e só então foi atingido com a flecha. “Ele nunca chateou ninguém, era um dos animais mais bonitos para se olhar”, descreve Rodrigues.

Já o caçador suspeito de ter feito o disparo é Theo Bronkhorst, um profissional que trabalha para a Bushman Safaris que esta a ser acusado pela “Gwayi Conservancy”, uma organização sem fins lucrativos que protege a vida animal no distrito de Hwange

O americano o responsável pela morte de Cecil, chama-se Walter James Palmer, um dentista de Minnesota/EUA,  que teria pago 49 mil euros para disparar com arco e flecha contra o leão Cecil.

O dentista se tornou um viciado em assassinar animais raros; como alces, ursos negros, ursos polares, pumas, leopardos, rinoceronte branco e leões.

A caça com arco e flecha é legalizada em todos os países africanos.

8 de mai. de 2015

Ursos Polares estão estressados dizem os visitantes do Aquário de São Paulo

“Eles estão sofrendo, eles estão estressados, eu tenho 62 anos, visitei ‘N’ zoológicos em vários lugares do mundo, não foi só no Brasil, e nunca tive esse sentimento!

A afirmação consta em um dos vários depoimentos de pessoas que após pagarem ingresso para ver o casal de ursos polares Aurora e Peregrino, saíram indignadas do parque marinho. E além dos depoimentos, consta também no site do  Reclame Aqui diversas reclamações como o de uma família que diz ter sido humilhada pelos funcionários do aquário, seguidas de outras com várias outras formas de desrespeito ao consumidor.

 

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Os depoimentos foram coletados pela AILA - Aliança Internacional do Animal, e diversos outros ativistas, que tem organizado diversas manifestações em repúdio ao sofrimento e a exploração dos animais em frente ao aquário de São Paulo.

O objetivo  é esclarecer as pessoas para perceber as diferenças que podem ser vistas nos animais quando eles estão sendo preservados e quando estão sendo explorados para o entretenimento humano.

E diante da desistência de muitas famílias, que saíram da fila de ingressos, o Aquário de São Paulo optou por chamar a polícia, bem como seguranças particulares para tentar retirar os ativistas da rua, que é pública.

Mesmo após a comprovação de que a ursa polar Aurora nasceu livre na natureza, e não em cativeiro conforme divulgado na imprensa – e que ela e Peregrino não moravam e nem vieram da cidade de Kazan,  o programa ‘Okay Pessoal’, durante sua  visita ao aquário, além de repetir as falácias já publicadas anteriormente na imprensa sobre esses ursos polares, ousou mandar um recado aos ambientalistas.

Durante  a conversa com Anael Fahel dono do parque de diversões, o jornalista Otavio Mesquita diz:

“Muita gente começou a meio que criticar essa atitude de trazer pra cá, eu quero dizer para vocês  que esses animais sempre foram criados na Rússia e estavam muito mal instalados , não é isso…

Anael Fahel responde: “No caso dos ursos, é as acomodações que eles tinham lá na cidade de Kazan eram eram vamos dizer assim adequadas para eles, eram muito pequeno…

-Eles viviam muito muito mal, diz Otávio Mesquita.

E Anael explica: “Era muito pequeno  o recinto deles, nós temos uma parceria com o zoológico de Kazan, e eles mandaram esse casal pra gente para fazer um projeto de reprodução e conservação…

-E lá não conseguiam, afirma Otávio Mesquita.

E Anael responde:" “Lá não conseguiam. Aqui já chegaram tem quatro meses estão aqui com a gente e dois meses depois já estavam namorando”.

E então Otávio Mesquita diz: “Ou seja eu queria deixar claro para os ambientalistas, que eu também sou a favor de bichos na natureza, mas tem alguns bichos que já estavam em condições precárias, então a função sua (se referindo a Anael Fahel), que eu acho bacana, foi tirar esses bichos de uma condição ruim e dar uma condição melhor de vida,

No transcorrer desse diálogo entre Otávio Mesquita e Anael Fahel, é introduzido um vídeo que mostra o minúsculo recinto do zoo de Kazan, e nele aparecem dois ursos que daria a entender ao telespectador que seria Aurora e Peregrino.

No entanto o vídeo divulgado durante o diálogo, encontra-se no youtube desde 16 de Julho de 2013, e está sendo usado para justificar o motivo do porque o casal de ursos polares teria sido trazido para o Brasil.

Entenda o caso

Aurora e sua irmã nasceram livres na natureza, e acabaram sendo encaminhadas a um zoológico no ano de 2010, depois que sua mãe foi morta por caçadores de ursos polares. Um ano depois foi separada de sua irmã, e enviada para o zoo Udmurtia na cidade de Izhevsh na Rússia, onde conheceu o urso polar Peregrino.

Peregrino nasceu em 07/11/2009, e seu pai Permjak com apenas 11 anos de idade, morreu ‘misteriosamente’ 19 dias após seu nascimento. 

Para que o programa de reprodução do zoo de Kazan, continuasse a todo vapor, Peregrino foi precocemente retirado dos braços de sua mãe antes de desmamar, e levado embora para morar em outra cidade, em outro zoo e sozinho, para que seu avó Yukon que também havia nascido no meio selvagem, e que estava em outro zoo, foi trazido de onde morava para copular com a mãe do urso Peregrino.

O filhote que aparece no vídeo durante a reportagem de Otávio Mesquita  é Yumka, a meia-irmã de Peregrino que é filha de seu avó com sua mãe, e que nasceu em 2012,  e tal como Peregrino e seus outros dois irmãos, foi retirada dos braços de sua mãe muito antes de desmamar completamente - como acontece na natureza. E é dessa forma entre mães, avôs, irmãs, tios que os ‘especialistas’ praticam seus ‘projetos de procriação de animais’, e apesar de dizerem que é para ‘preservar’ – não preservam as necessidades básicas do filhote e das mães, rompendo o vínculo da forma que melhor lhes convém.

E esse é também um dos muitos fatos que desmente o dialogo que cita que o zoológico de Kazan não consegue reproduzir ursos polares, já que mãe de Peregrino já teve quatro filhotes.

Peregrino e Aurora se conheceram no zoo Udmurtia, em dezembro de 2011, e ali viviam em um amplo recinto com uma piscina de 500 m³ cúbicos de água, onde como na natureza, usufruíam do sol no verão e da neve no inverno. Em Novembro de 2013, o zoo anunciou que Aurora poderia estar grávida e anunciou que faria uma festa de casamento para os ursos polares (vídeo), e que o público estava convidado a participar de uma gincana para ver quem acertaria o sexo do futuro bebê.

É triste ver as pessoas serem induzidas a comemorarem – a separação de um casal que realmente só tem um ao outro em todo o mundo. Se comprovado que a ursa polar Aurora possa estar grávida, significaria na prática o ‘sumiço’ de Peregrino, já que ele teria que se separar de Aurora, o único outro animal de sua espécie com que ele se relaciona há 4 anos, e passaria a viver ou enjaulado na área de cambeamento, ou seria transferido para um outro zoológico.

É que o instinto de sobrevivência dos ursos polares, faz com que as fêmeas se afastem dos machos na gravidez e quando dão a luz. Depois do nascimento as fêmeas se dedicam a cuidar do filhotes até os 3/4 anos de idade. Isso porque como elas não dão mais atenção aos machos, eles se voltam contra os filhotes – eliminando-os – para que as fêmeas voltem a se interessar pelos machos

Uma vez que tais alegações televisivas visam somente a induzir as pessoas “a visitarem o casal de ursos polares que ‘supostamente’ viviam em condições precárias no zoológico de Kazan, e que agora estão no Brasil”, e que diversos jornalistas não estão cumprindo com os Princípios Internacionais de Ética Profissional, que cita que a tarefa primeira do jornalista é garantir o direito das pessoas à informação verdadeira e autêntica, tais reportagens poderiam muito bem serem qualificadas como publicidade enganosa.

O fato de que as manifestações dos defensores de animais, que visam esclarecer e conscientizar a população da veracidade da situação em que vieram e como estão sendo sendo tratados os ursos polares, e que estão sendo tratados com total desdém, é óbvio depois de ler uma das reclamações redigidas no site do Reclame Aqui, abaixo transcrita;

Aquário de São Paulo - TRATAM CLIENTE COM TOTAL HUMILHAÇÃO (São Paulo - SP Domingo, 26 de Abril de 2015 - 05:01)

Sábado, dia 25 de Abril, fui com a família conhecer o Aquário de São Paulo e fomos confundidos com manifestantes ambientalistas, fomos injustamente mau tratados e expulsos pelo representante do Aquário de São Paulo. Fui visitar o Aquário de São Paulo com meus 3 filhos de 12, 10 e 5 anos de idade e meu marido. Somos dois doutores formados pela USP, eu sou brasileira e meu marido e filhos são alemães.

Sou psicóloga e meu marido é analista financeiro, conceituado na sociedade paulista.

Quando chegamos, havia um protesto de uma ONG alegando as más condições que se encontram os animais no Aquário.

Havia cerca de 10 viaturas de polícia na porta e eu fiquei preocupada com a segurança por causa das crianças. Perguntei ao policial se estava tudo calmo, ele nos garantiu que estava seguro. Achei a oportunidade ótima para que as crianças aprendessem que há entidades não governamentais que defendem o direito de minorias, inclusive os animais e levamos eles para o outro lado da rua para perguntar aos manifestantes porque estavam ali.

Os ambientalistas disseram que queriam protestar pelas mas condições ambientais em que dois ursos polares eram mantidos no Aquário, sem nenhuma iluminação natural e em local feito de material sintético, com alimentos impróprios e temperatura inadequada. Então disse às crianças que deveriam entrar assim mesmo e ver com nossos próprios olhos como os animais eram mantidos.

Durante o nosso percurso, fomos abordados pelos funcionários do Aquário que nos mandaram sair dizendo que nós éramos manifestante e que não poderíamos permanecer no local. Mandaram eu, três crianças de 12, 10 e 5 anos e meu marido sairmos, fomos escoltados pelo pessoal do aquário e humilhados publicamente por essa gente, cujo chefe era um cidadão, não brasileiro, de língua castelhano (supostamente argentino).

Fomos literalmente jogados na sarjeta, e não podemos terminar nosso passeio. O que deveria ter sido uma tarde feliz acabou miseravelmente. Foi triste ser tratada em meu próprio país, como pessoa não querida, inconveniente e indesejável.

Sou cidadã de bem, mãe e profissional qualificada. Nunca fiz manifestações de qualquer tipo na minha vida, pois acho que elas não trazem um retorno positivo. Nosso país está virando uma terra de ninguém.

Que conste aqui, o preço da nossa visita vip ao Aquário de São Paulo foi de R$240,00, isso para ver um monte de animal em péssimas condições, sem iluminação solar, e claramente tristes. Nunca mais vou a esse estabelecimento e não indico para ninguém.

Apesar do nome o Aquário de São Paulo, nada mais é do que um parque de diversões, um prestador de serviços de entretenimento, e conforme a Fundação Procon – todo aquele que mente sobre produtos ou serviços ou deixa de dar informações básicas ao consumidor, levando-o ao erro, na televisão, no rádio, nos jornais, em revistas, na internet, está praticando a propaganda enganosa.

E ela está sendo disseminada na forma comissiva: "de falsificação ou distorção de informações" (aquele que veicular publicidade enganosa estará descumprindo a proibição prevista no artigo 37 do Código Direito Cível), cometendo assim um ato ilícito, não importando se quem veiculou a publicidade enganosa teve culpa ou dolo, e sim apenas com a proibição do resultado, que consiste em evitar que a publicidade induza o consumidor a ter uma falsa noção da realidade. Ou seja, para que o ilícito seja caracterizado basta que a publicidade seja falsa, omitindo dados substanciais e levando ao consumidor ao erro, pouco importando assim a culpa ou dolo de quem veiculou a tal publicidade).

Essa seria uma forma eficiente para que os defensores dos animais, ocupassem na Tv, nos jornais e nas revistas, o mesmo espaço que foi dado as falácias contadas anteriormente sobre o casal de ursos polares Aurora e Peregrino, bem como levar os fatos até a Comissão de Proteção e Defesa Animal da OAB/SP  (protecao.defesaanimal@oabsp.org.br), a Rua Anchieta, 35, no Centro de São Paulo / SP.

No depoimento dado a AILA, onde a senhora de 62 anos diz; “Eles estão sofrendo, eles estão estressados”, ela também diz;

- Quero dizer da importância de vocês estarem aqui! Parabéns pelo trabalho de vocês, eu sei que é difícil, mas vocês vão chegar lá!

Para participar das próximas manifestações em frente ao Aquário, acompanhe as publicações na página da AILA no facebook, clicando aqui.

Fonte: Urso Polar Aquário

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5 de mai. de 2015

Cacatuas são Resgatadas dentro de Garrafas de Água

Mais de 24 cacatuas de crista amarela, ameaçadas de extinção foram resgatadas pela polícia de Surabaya (Indonésia), elas estavam sendo contrabandeadas dentro de garrafas plásticas de água.

O tráfico de animais consiste no ato de retirar animais de seus habitats naturais e comercializá-los. Esse tipo de tráfico é que dá suporte a grupos terroristas e ao tráfico de drogas e armas.

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Todo ano,  traficantes de animais capturam mais de 10 mil pássaros na Indonésia. Cerca de 40% deles morrem durante a viagem para o destino do comprador. Assim, para cada 1.000 papagaios capturados no meio natural, 400 aves morreram em vão, durante a caça furtiva, o transporte do tráfico ilegal tem um manuseio cruel.

Em alguns países da Ásia, do Oriente Médio e da Europa, o mercado ilegal de aves exóticas movimenta fortunas

As aves podem variar  de 12 polegadas de tamanho, a  cerca de 27 polegadas de comprimento e apresenta uma bela crista amarela. Elas são encontrados em áreas arborizadas do Timor Leste e das ilhas da Indonésia.

Estima-se que haja apenas 7.000 pássaros da espécie vivendo livremente na região, a diminuição se deve a lenta reprodução, ao desmatamento de seu habitat e a caça e contrabando da espécie. A cacatua de crista amarela foi listada como uma espécie criticamente ameaçada pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais em 2007.

As catatuas de crista amarela, põem seus ovos apenas uma vez por ano. E elas apenas geram dois ovos de cada vez.

Após a apreensão, agentes levaram as aves para exames e depois as soltaram em uma mata.

Leia também: Ursa Polar trazida ao Brasil nasceu na natureza

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4 de mai. de 2015

O Drama dos Ursos Polares–Fêmea trazida ao Brasil nasceu livre no meio selvagem

Desde que o casal de ursos polares Aurora e Peregrino foram apresentados a imprensa brasileira, e passaram a ser destaque na TV, nos jornais e nas revistas, que trataram de divulgar a ‘pauta’ que lhes foi apresentada, sem quaisquer outros questionamentos, como por exemplo - de que essa ‘história’ estava mal contada.
 
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A divulgação de que da Rússia até o Brasil, os ursos polares não foram sedados - e foram transportados em um ‘compartimento especial refrigerado’ chamou a atenção de diversos ativistas em defesa dos animais.
 
Esse ‘compartimento’, poderia ser usado para salvar Arturo, o urso polar mais triste do mundo, de morrer de calor na área do deserto Cuyo, onde fica o Zoo de Mendoza/Argentina.
 
As autoridades argentinas em resposta ao clamor mundial por Arturo, respondeu que ele não seria transferido porque não podia ser sedado.
 
E foi em busca do ‘compartimento refrigerado para transporte de urso polar’, que ativistas do Brasil, da Argentina, e do Canadá, saíram em busca de informações, afinal o ‘container’ havia passado por três grandes aeroportos em três países diferentes, em plena época do natal de 2014 – os ursos polares atravessaram o oceano atlântico, sem que ninguém percebesse– nem funcionários dos aeroportos e nem a imprensa internacional, já que nenhuma foto ou vídeo do ‘transporte dos ursos polares’ foi divulgado.
 
A busca da salvação para o urso polar Arturo,  chegou até a cidade de Kazan, local que conforme o noticiário, teriam vindo Aurora e Peregrino. Entretanto as informações que chegavam de lá, pareciam não fazer sentido com as informações divulgadas no Brasil – afinal o casal não vivia no Zoo de Kazan, conforme havia sido noticiado no Brasil.
 
Mas então de onde vieram e como viviam os ursos polares Aurora e Peregrino?
- A resposta não era assim tão simples, e veio composta de fotos, vídeos, reportagens e links,  que nos permite ter uma pequena visão de como o termo 'preservação', tem sido usado em detrimento da real situação em que vivem e morrem os ursos polares .
 
Aurora a ursa polar, não nasceu em cativeiro conforme divulgado na nota; -“…Estes ursos polares especificamente, não foram tirados na natureza. Aurora e Peregrino nasceram em cativeiro e viviam em um espaço muito pequeno em outro zoológico …”, pelo Aquário de São Paulo.
 
A ursa polar Aurora e sua irmã Victória nasceram livres no meio selvagem, numa região da Sibéria que faz parte do Circulo Polar Ártico. Em maio de 2010, a imprensa internacional divulgava o fato de que as duas filhotes de urso polar foram encontradas sem a mãe, que ‘provavelmente’ havia sido morta por caçadores, e omitiu o fato de que a região onde elas foram ‘encontradas’ – é rica em fazendas de peles de animais, bem como da extração de petróleo e minerais, que causa a perda de habitat e de alimentos para os ursos polares.
 
Notícias sobre a matança de ursos-polares adultos, não costumam ser publicadas pela imprensa, mas quando os filhotes órfãos são ‘retirados’ da natureza e enviados aos zoológicos, passa a ser noticiado como que os filhotes são ‘resgatados’ por esse ou aquele zoo.
 
Aurora e Victória foram então ‘resgatadas’ em 13/05/2010, por pescadores no lago Taymyr. Ambas tinham diversos ferimentos de mordidas de outros animais, e foram levadas num pequeno avião para a cidade de Krasnoyarsk, para ficaram aos cuidados do Zoológico Royev Ruchey, onde foi estimado que elas tinham em torno de 4/5 meses de idade.
 
Com poucos meses de vida, ao ser ‘retirada’ da natureza,  Aurora após o trauma de perder sua mãe e seu habitat - foi também retirada do convívio com sua irmã para ser enviada a uma outra cidade e outro zoológico.
 
Em Dezembro de 2011, Aurora chegou ao zoo de Udmurtia na cidade de Izhevsk, onde conheceu o urso polar Peregrino, que lá vivia desde abril do mesmo ano.
 
Peregrino é neto do casal de ursos polares Yukon e Amderma, que como Aurora  tinham nascido livres no meio selvagem. O filho do casal chamado de Permjak, se tornou pai de Peregrino, mas chegou a conhecerfilho. Peregrino nasceu em 7 de Dezembro de 2009 no zoo de Kazan, onde Permjak  morreu  com apenas 11 anos de idade, exatos 19 dias após o nascimento do filhote, que havia recebido o nome de Pim.
 
Depois com apenas um ano de vida Peregrino foi tirado dos braços de sua mãe Maleishka, e levado para um zoo na cidade de Novosibirsk, e depois de 12 meses foi novamente transferido para outro zoo dessa vez na capital da Rússia. E depois de 15 meses, saiu de Moscou e foi transferido para Izhevsk, onde passou 9 meses sozinho.
 
E foi nesse período que o zoo Udmurtia organizou o concurso para a escolha de um novo nome para o filhote de urso polar. As regras eram que o nome deveria ter as iniciais do nome de seus pais ‘P’ e ‘M’. E Pim virou Pilgrim que em língua portuguesa significa Peregrino.
 
O casal Aurora e Peregrino, que pareciam ter sidos feitos um para o outro; tinham a mesma idade, e ambos tinham sofrido muitas perdas de entes queridos, e entre idas e vindas para locais que eles não conheciam, poderiam agora juntos tentar esquecer os traumas do passado e aproveitar a piscina de 500 m³ do Zoo Udmurtia.
 
Em setembro de 2013, o serviço de imprensa do zoo, divulgou uma nota dizendo que haveria uma grande festa de casamento para os ursos polares. A mensagem dizia que a Aurora e Peregrino, juntos há 3 anos, estavam se preparando para o nascimento do primeiro bebê.
 
Aparentemente o bebê de Aurora nasceu morto, ou morreu depois de nascer, apesar de o zoo não falou mais no assunto. Entretanto meses depois numa reportagem detalhada sobre como viviam os animais do Zoo, a declaração da responsável pelos ursos polares Irina Fedorova chamou a atenção - o fato de que Peregrino foi colocado para ficar num recinto separado de Aurora; ‘Quando separamos Aurora do urso polar Peregrino, ele tentou demolir a grade que dividia os recintos’. Isso demonstra o quanto o casal está ligado e dependente um do outro.
 
E foi no Zoo de Udmurtia, que os ursos polares Aurora e Peregrino, viveram todos esses anos, até serem enviados para o Brasil.
 
No dia 18 de dezembro, o casal de ursos polares partiu da cidade de Izhevsk até Moscou, onde eles ainda tiveram que passar uma noite no aeroporto Domodedovo até entrarem no voo para Londres, e de lá é que voaram para São Paulo, onde chegaram no dia 22 de dezembro de 2014.
 
Curiosamente, não houve nenhuma cerimônia de despedida dos animais. A única referência que dois ursos polares saíram voando da Rússia para o Brasil, foi a nota emitida pelo Aeroporto em Moscou, informando que em 2014, o número de " cargas vivas", chegou a 5.500 animais, onde citou; ‘Menos frequentemente entre os "passageiros" foram vistos também animais exóticos: Lama, antílope, avestruz, búfalo, canguru, filhotes de leopardo das neves, bem como dois ursos polares, enviados para o Brasil’.
 
Todo o translado dos ursos polares que poderia render várias manchetes pelo mundo pela época, pela espécie e pela logística envolvida, conseguiu passar ‘despercebida’, de toda a imprensa internacional e nacional, que durante quatro meses não divulgou uma linha sequer, nenhuma foto e nenhum vídeo.
 
E na mesma semana que a imprensa brasileira deu destaque aos ‘ursos polares no aquário’, a mídia internacional dava destaque a morte do urso polar Taco aos 18 anos de idade, ocorrida num zoo do Chile, e que também não foi divulgada pela mesma imprensa que se dedicava ao parque marinho.
 
Os vídeos do recinto dos ursos polares no Zoo de Kazan disponíveis na internet são impactantes. As imagens de um grande urso polar com movimentos repetitivos e estereotipados, são de Malesihka, a mãe do urso polar Peregrino. Em alguns vídeos além de Malesihka aparece um filhote. O avó e a mãe de Peregrino foram obrigados a copular e geraram Yumki a meia-irmã de Peregrino que nasceu em 2012. 
 
Yumki aos 8 meses de vida também foi ‘transladada’ do zoo de Kazan para o zoo de Perm, onde teve seu nome trocado para Milka. Também Victória a irmã da ursa polar que está em São Paulo, teve seu nome trocado. Atualmente Victória está sendo chamada de Aurora .
 
Maleishka, a mãe de Peregrino é a ursa polar obrigada a viver na gaiola do zoo de Kazan para ‘fins de reprodução e conservação’. Em seus 20 anos de vida, ela já foi obrigada a copular com diversos machos, e já deu a luz a quatro filhotes.

Um funcionário do zoo Udmurtia, comentou que a burocracia para a transferência definitiva de animais de um zoo para outro zoo era muito extensa, e que a transferência temporária às vezes é a única opção. E que o motivo do zoológico não poder manter o casal que foi enviado para o Brasil, era o fato de que Izhevsk, estava recebendo outros filhotes que nasceram em outros zoológicos russos, bem como recebendo outros filhotes órfãos da natureza.
 
O drama dos Ursos Polares
 
Se o fato da ursa polar Aurora ter nascido no meio selvagem e mesmo assim acabar sendo transferida de um zoo Russo para o Brasil - apesar do Governo Russo considerar a espécie ameaçada – foi ocultado ou resumido pela imprensa brasileira, nunca saberemos, mas chega a doer até na alma dos mais leigos – ouvir que os ursos polares que foram trazidos ao Brasil, estão andando de lá para cá (movimentos repetitivos), porque na natureza eles andam vários quilômetros a procura de comida!
No entanto, toda essa movimentação dos filhotes de ursos polares, é taxada pelos ‘especialistas’ de ‘preservação’ (que significa: ação de se conservar o que já existe, e procurar levar o que esta se conservando o mais próximo da realidade, e impedir que se destrua).
 
O que chama atenção é o fato de que esses especialistas, mesmo sem ter onde hospedar novos filhotes; não levam em consideração nem o básico que é o tempo de amamentação dos filhotes.
 
- Na natureza os filhotes de ursos polares costumam ficar com suas mães em torno dos 2/3 anos de idade.
 
- Na natureza a idade de acasalamento dos ursos polares é em torno dos 6/7 anos. Como os humanos na adolescência eles tem a capacidade de se reproduzir antes, mas não o fazem naturalmente.
 
- Na natureza a neve não é um brinquedo para o urso polar. Tal como os elefantes que usam a terra para hidratar sua pele, os ursos polares usam a neve para secar seus pelos. A grossa camada de gordura que aquece e protege os ursos polares do frio, transforma a neve próxima a pele em água. Quando se sentem molhados, ou depois de um mergulho os ursos polares se esfregam na neve para que ela absorva gradualmente a água de seus corpos .
 
O parque marinho em São Paulo, anda divulgando que existe uma possibilidade da ursa polar Aurora estar grávida. Nos parques marinhos e zoos, além do fato de que raramente as fêmeas dão a um luz a mais de um filhote, e que a incidência de casos onde os filhotes são rejeitados pelas mães chega a 80% do número de nascimentos - também não é levada em conta pelos ‘especialistas’ – que mesmo sabendo que filhotes órfãos, ao se tornarem mães não sabem como proceder. No entanto os ‘especialistas’ continuam a procriar animais sem instinto próprio – o que na prática é como lhes tirar a alma e a vontade de viver.
 
Os sinais da criação de vários ‘SeaWords’ - parques marinhos brasileiros são claros. Além de São Paulo, mais estados prometem esbanjar a água que falta na torneira dos brasileiros –  Mais três parques marinhos estão sendo construídos no Rio de Janeiro, no Mato Grosso do Sul, e em Fortaleza.  O dinheiro para a construção vem de várias fontes; como do próprio governo, dos empresários e de empresas privadas como a Coca-Cola, que está na mira dos ativistas internacionais devido a rumores que ela patrocinaria a vinda de mais ursos polares para serem exibidos já nas Olímpiadas de 2016.
 
O que não parece muito óbvio é porque diante da série crise de água que é a fonte da matriz elétrica brasileira – seja permitido a construção de enormes parques marinhos – se as autoridades brasileiras não conseguem garantir o abastecimento de água e eletricidade para os humanos o que dirá dos animais não humanos que estão sendo trazidos para o Brasil, e que também dependem da água e da eletricidade para o ar condicionado para poderem sobreviver.
 
Mas afinal o que estamos preservando?

Arturo o urso polar mais triste do mundo, já foi jovem como Peregrino, e como ele com o passar dos anos foi enviado a outro zoo para procriar, e o resultado foi que sua companheira Pelusa teve 8 filhotes que ou nasceram mortos ou morreram no cativeiro. Em 2015 Arturo fará 30 anos. Como Peregrino ele foi retirado dos braços de sua mãe, nunca soube como era seu habitat natural, nunca caçou – e há muitos anos, alguns seres humanos se empenham em preservar seu sofrimento.
 
Arturo está cego, sofre de artrite e de calor, e mesmo com todos os apelos mundiais, estes não foram ouvidos pelas autoridades da cidade de Mendoza na Argentina, como também os apelos por melhores condições de vida para Taco não foram ouvidos pelas autoridades Chilenas.
 
Os apelos mundiais pela internet conseguem mobilizar uma grande quantidade de pessoas, entretanto as autoridades locais – os políticos que podem colaborar para ‘libertar’ um animal do cativeiro, só se preocupam em agradar seus eleitores, e infelizmente para que isso aconteça, os animais necessitam da presença de um grande número de pessoas – para dar voz ao animal.
 
Talvez o interesse dos especialistas seja somente o de preservar o DNA do urso polar - porque mesmo que amanhã conseguíssemos reduzir a emissão dos gases responsáveis pelo aquecimento global, que causa o derretimento das calotas polares, os ursos polares continuariam a morrer de fome nos próximos meses, porque não existem estimativas de tempo para a recomposição do gelo no circulo polar ártico.
 
A imprensa costuma mencionar que os ursos polares estão em extinção, e que a ‘estimativa’ dos especialistas é de que existem entre 20 a 25 mil ursos polares em estado selvagem, e que o tempo médio de vida deles na natureza é de 25 anos – mas raramente destaca que esses números são ‘palpites’, e que apesar da extinção ser eminente; a legislação internacional não protege os ursos polares da extinção;
 
   1. Apesar de todas as evidências mostrarem que os ursos polares estão morrendo de fome – o fator principal que os levará a extinção – devido a matança de focas (mais de um milhão);
  • A Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção – CITES, incluiu a espécie do urso polar listado no apêndice II - que inclui as espécies que não estão necessariamente ameaçadas, mas podem se tornar, no futuro, se a negociação destes animais para fins incompatíveis com a sua sobrevivência não é estritamente proibida.
  • Somente as espécies listadas no Anexo I - é podem ser comercializadas em casos excepcionais e desde que se garanta que isso não afetará a sobrevivência da espécie.
   2.  O palpite dado pela PSBG, para estimar a quantidade de ursos polares em estado selvagem não é real – estimativa de 95% – é o texto do cabeçalho da tabela;
  • O método utilizado para a ‘estimativa’, é conhecido como “relação entre espécie e área”. Determina-se o número de espécies encontradas em certa área e depois é realizada uma estimativa de como este número aumenta quando a área se expande. Em seguida, o cálculo é feito de maneira reversa numa tentativa de estimar quantas espécies sobrariam se a quantidade de terra/gelo diminuísse por causa das mudanças de hábitos ou climáticas.

   3. Nos últimos 10 anos somente 8.606 ursos polares foram avistados pelos pesquisadores, conforme a mesma tabela da PSBG.

    4. O tempo de vida do urso polar na natureza é de até 40 anos, afirma a Sociedade Geográfica Russa, fundada em 1895, data em que passou a observar à espécie.

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A questão sobre a retirada de filhotes órfãos de ursos polares da natureza, que são enviados aos zoológicos e parques marinhos, acontece nos 5 países que compõem o Ártico. Isso porque ainda não existe no mundo, nenhum santuário onde os filhotes  de ursos polares, possam ser cuidados e reintegrados a natureza.

O Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal - IFAW,  que tem um santuário para ursos negros de acolhimento e reintrodução a natureza foi contatado, para sugerir formas de coibir que outros órfãos de urso polar, como Aurora se tornassem propriedade de zoológicos e parques marinhos, e que depois acabam sendo transladados ao redor do mundo, durante sua vida.
 
A resposta do IFAW, foi a de que encorajassemos o governo russo a criar santuários para os órfãos. Quem quiser colaborar com os órfãos envie mensagem ao Presidente Vladimir Putin, através do twitter  @PutinRF_Eng com as hastags #PolarBearSOS #NoMoreZoos #EmptyTheTanks.
 
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O Fundo Mundial para a Natureza (World Wide Fund for Nature WWF) , e o Greenpeace, possuem várias campanhas e projetos no Ártico, mas nenhuma dessas entidades possui um centro de reabilitação de ursos polares órfãos, e nem projetos para alimentar os ursos polares que estão morrendo de fome.
 
Os seres humanos sempre foram os únicos predadores dos ursos polares. O dinheiro que você gasta para ver animais cativos – é o mesmo dinheiro que pode ser usado para manter os animais vivos na natureza. Reflita sobre isso, pois mesmo sem saber os ursos polares vão te agradecer!
 
 
 

Nota: O dossiê em forma de blog com as informações sobre Aurora, Peregrino e dos ursos polares, só foi possível de ser escrito graças a colaboração dos ativistas Soy Pipi da Argentina, Dawn W. Flann do Canadá e Vlad Latka da Rússia.

Fonte: Urso Polar Aquário

1 de mai. de 2015

Somente 8.606 Ursos Polares foram avistados nos últimos 10 anos

O resumo da situação da população de ursos polares no estado selvagem, que foi discutido no final de 2014, pelo Grupo de Especialistas em Ursos Polares – PBSG, e que foi considerada credível e válida pelo grupo, parece não ter sido lida ou entendida pela imprensa e pelas autoridades mundiais.

Pelo quadro nos últimos 10 anos somente ‘8.606’ ursos polares, foram avistados pelos pesquisadores, conforme a tabela da PSBG.

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A imprensa costuma mencionar que os ursos polares estão em extinção, e que a ‘estimativa’ dos especialistas é de que existem entre 20 a 25 mil ursos polares em estado selvagem, e que o tempo médio de vida deles na natureza é de 25 anos – mas raramente destaca que esses números são ‘palpites’, e que apesar da extinção ser eminente; a legislação internacional não protege os ursos polares da extinção;

Apesar de todas as evidências mostrarem que os ursos polares estão morrendo de fome – o fator principal que os levará a extinção; pela Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestres (CITES), o urso polar – não se encontra listado como ameaçado de extinção.

O urso polar se encontra listado no apêndice II - que inclui as espécies que não estão necessariamente ameaçadas, mas podem se tornar, no futuro, se a negociação destes animais para fins incompatíveis com a sua sobrevivência não é estritamente proibida.

O método utilizado para a ‘estimativa’, é conhecido como “relação entre espécie e área”. Determina-se o número de espécies encontradas em certa área e depois é realizada uma estimativa de como este número aumenta quando a área se expande. Em seguida, o cálculo é feito de maneira reversa numa tentativa de estimar quantas espécies sobrariam se a quantidade de terra/gelo diminuísse por causa das mudanças de hábitos ou climáticas.

A Sociedade Geográfica Russa, fundada em 1895, em seu relatório sobre os ursos polares estima que o tempo de vida do urso polar na natureza é de até 40 anos.

Nos artigos utilizados como referência para o relatório da PBSG, consta que somente em três áreas de ‘legais’ de caça, foram mortos 150 ursos polares ao ano, o que totalizaria 10.000 ursos polares mortos nesses  40 anos.

Pouco ou nada se fala sobre a matança de ursos-polares adultos que ‘legaliza’ a retirada de seus filhotes da natureza. É dessa forma que filhotes órfãos de ursos polares acabam nos zoológicos.

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Também pouco se fala que dentre as inúmeras organizações internacionais de proteção dos animais, não exista nenhum delas que tenha um centro de reabilitação para que os filhotes órfãos de ursos polares, possam ser reintegrados a natureza. Todos os filhotes órfãos encontrados nos países que compõem o habitat dos ursos polares são encaminhados para os zoológicos onde permanecem até suas mortes.

A matança dos ursos polares ocorre devido a caça ‘ilegal’ e a ‘legal’. No comércio ‘legal’, há além da venda das peles de ursos polares; suas partes como dentes e patas. Cotas foram estabelecidas para fins comerciais e de subsistências. Mas na matança ilegal, onde os filhotes órfãos de ursos polares são vendidos para colecionadores ou enviados para os zoológicos;  não existem cotas para morte de suas mães para a venda de peles.

Mas todos os fatos acima relatados, não são levados em consideração quando filhotes órfãos de ursos polares são encontrados no meio selvagem, e o fato passa a ser divulgado como que são ‘resgatados’ por esse ou aquele zoológico.

Enquanto isso os ursos polares estão morrendo de fome, e as causas são muitas - comumente só a questão das mudanças climáticas é citado como a causa da extinção da espécie, que vem acompanhada de uma longa explicação que deveria fazer com que as pessoas entendem-se que – ‘QUE OS URSOS POLARES ESTÃO MORRENDO DE FOME’ - devido a matança das focas (470 mil focas serão mortas na temporada de caça), dos leões-marinhos, das baleias, da pesca predatória e da poluição no Ártico; esses fatores aliados as mudanças climáticas é que vai extinguir a espécie, não em alguns anos, mas em apenas alguns meses.

Um dos poucos ursos polares machos rastreados, morreu de fome em apenas 3 meses. Marcado em abril ao sul de Svalbard/Noruega, caminhou quilômetros e quilômetros procurando o que comer – gastou toda a sua reserva de gordura, e morreu. Seu corpo foi encontrado em Julho a 250 quilômetros de onde meses antes havia encontrado seres humanos – os cientistas que o sedaram para a colocação do rastreador. Não estaria o urso polar indo a procura de ajuda….

Em seu desespero para sobreviver, os ursos polares estão comendo uns aos outros. Os casos de canibalização aumentam drasticamente. A lei da sobrevivência altera tanto o comportamento dos ursos polares - que eles mesmos encontram uma forma de garantir que seus genes são serão extintos. Os casos de ursos polares que acasalaram com ursos pardos aumentam a cada ano. Aos ursos polares híbridos pardos, não é dada nenhuma proteção legal, eles podem ser caçados, mortos. As medidas protetivas de ambas as espécies não são aplicadas aos híbridos considerados anomalias genéticas 

Em fevereiro de 2013, um grupo de especialistas em ursos polares, publicou um artigo com várias ações de emergência  para salvar os ursos polares do Ártico.

O artigo que apareceu na revista Conservation Letters, sugere;

· Alimentar os ursos-polares (que ocorre normalmente dentro dos planos de manejo animal), com o uso helicópteros para lançamento aéreo de alimentos, que podem ser a ração para ursos-polares, até as carcaças de baleias trazidas de outros lugares para onde estão os ursos-polares.

O documento também sugere que ao mesmo tempo, seja efetuado resgates, reabilitação e reintegração dos ursos polares ao estado selvagem. As sugestões são acompanhadas dos prós e contras da ação. O documento também cita que também é possível não fazer nada e deixar que os seres humanos continuem a abusar da natureza que segue seu curso.

E  a ração para ursos-polares existe, é e comercializada – para os parques marinhos e zoológicos que a utilizam ou utilizaram. O número conhecido de ursos polares em cativeiro supera 2000 animais.

O presidente russo Vladimir Putin, foi ajudar os cientistas russos a colocar uma coleira de rastreamento em urso polar, ao sobrevoar a área viu as fileiras de barris congelados e disse que o Ártico devia ser limpo.

Uma expedição polar geológica que trabalhou no Ártico em 1995-2005 estimou que no arquipélago havia sido abandonado: até 250.000 barris contendo 40,000-60,000 toneladas de produtos derivados de petróleo, mais de um milhão de tambores de metal sucateadas, lubrificantes, óleos de barris , carvão e carcaças de metal – de aviões, a radares e caminhões.

Os derramamentos de petróleo no Ártico continuam a contaminar a água, e causando danos a vida selvagem. São o resultado da atividade de petróleo e gás, que prejudicam e perturbam o habitat natural de muitos animais, e afetam principalmente a espécie do urso polar.  Mesmo uma pequena quantidade de petróleo ou óleo pode resultar na morte do urso polar.

Os seres humanos sempre foram os únicos predadores dos ursos polares. As informações de que  60 mil ursos polares foram mortos - pelos tripulantes dos navios baleeiros e pelos comerciantes de pele, entre 1890 e 1930 parece ter sido ocultada na rede dentro de arquivos no formato pdf  (Harington, 1968; Uspenski e Kistchinski, 1972; Lentfer, 1975; Larsen, 1985).

"Os registros de 66 navios baleeiros ativos em águas canadenses 1831-1913, contabilizam  a caça de 1.457 ursos polares que foram mortos, uma média de 22,1 ursos por navio. Havia cerca de 2.500 navios baleeiros ativos nas águas canadenses entre 1800 e  1900 (Stackpole 1969; Ross, 1985). Multiplicando este valor por quinze (uma estimativa conservadora do número de ursos polares caçados pelos baleeiros ) produz uma média de 37.500 ursos polares mortos. Mais tarde, ele acrescenta (pg. 133), "... os baleeiros podem ter matado de até 50 por cento a mais de ursos polares do que as estimativas calculadas . "

Os ursos polares estão propensos a morrer de fome e desta forma serão extintos.  Manter alguns genes de ursos polares vivos em zoológicos e parques marinhos, depois de os ursos polares desaparecerem de seu habitat natural, será insignificante para manter a magnífica e altamente especializada forma de vida que hoje conhecemos como o urso polar.

Um estudo publicitário observou que, no mundo industrializado ", nenhuma imagem compete com a imagem dos animais. Os grandes fabricantes usam animais para fixar sua marca no inconsciente dos consumidores.  Muitos desses personagens "nasceram", em 1950, numa época em que poucos se perguntaram: o que vai acontecer se o nosso mascote morrer na natureza?

O estudo cita que quanto mais abstrato o personagem fica do animal real – que é o caso do urso polar visto nos comerciais de refrigerante, menos os consumidores tendem a pensar sobre o animal como ele realmente existe na natureza. Quanto mais o ‘animal animado’, se distancia dos hábitos do ‘animal real’ no mundo; menos pessoas se ​​preocupam com o que acontece ao animal no mundo real.

Por séculos os animais foram retirados da natureza, escravizados e maltratados não só para o entretenimento, mas também na pesquisa farmacêutica e espacial, sem nunca terem direito a nenhum benefício nem para eles, e nem para salvaguardar sua própria espécie.

Aqueles que se beneficiam por utilizar animais ou suas imagens, e aqueles que lucram utilizando animais para o entretenimento – mesmo sob o pretexto da preservação, deveriam pagar ‘royalties’ dessa utilização em beneficio do próprio animal ou de sua espécie.

O parque marinho em São Paulo, anda divulgando que existe uma possibilidade da ursa polar Aurora possa estar grávida. A RGA que há 170 anos observa o urso polar cita que a espécie se reproduz lentamente e que na natureza as fêmeas dão a luz entre 8/12 filhotes no curso de sua vida, levando em considerando que na natureza as fêmeas dão a luz de 2 a 3 filhotes em cada gestação. Também o número de mortes entre os filhotes até um ano é muito alto.

Nos parques marinhos e zoológicos, raramente as fêmeas dão a um luz a mais de um filhote, a incidência de casos onde os filhotes são rejeitados pelas mães chega a 80% do número de nascimentos.

Arturo o urso polar mais triste do mundo, já foi jovem como Peregrino, e como ele com o passar dos anos foi enviado a outro zoo para procriar, e o resultado foi que sua companheira Pelusa teve 8 filhotes, que ou nasceram mortos ou morreram no cativeiro. Em 2015 Arturo fará 30 anos. Como Peregrino ele foi retirado dos braços de sua mãe, nunca soube como era seu habitat natural, nunca caçou – e há muitos anos os humanos se empenham em preservar seu sofrimento.

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17 de abr. de 2015

Aos 18 anos morre Taco Urso Polar do Zoo no Chile

As péssimas condições de vida do urso polar Taco,  já havia sido motivo de protesto por grupos ambientalistas em Dezembro de 2014. O pedido para que o animal fosse transferido para viver em um santuário no Canadá , chegou a mais de 55.000 assinaturas. No entanto as ‘autoridades’ diziam que o urso polar estava bem, e que iriam melhorar o recinto do animal ou que ele seria transferido para outro zoológico.

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Mas hoje pela manhã Taco se ‘libertou’ de seu cativeiro, morrendo. O zoológico de Santiago do Chile, emitiu uma nota que dizia;

O animal nasceu em 10 de dezembro de 1996, no jardim zoológico em Roterdã, na Holanda e veio ao Chile doado por uma colaboração entre jardins zoológicos. Como será explicado, a necropsia foi iniciada para estabelecer a causa da morte de "Taco" que conseguiu viver 18 anos.

Taco o urso-polar, nasceu em 10 de dezembro de 1996, no jardim zoológico de Roterdã, na Holanda. Aos 3 anos de idade Taco foi retirado dos braços de sua mãe, e enviado a América do Sul para um suposto 'programa de colaboração entre zoos'.

 

O meio-irmão de Taco, o urso polar Winner que também veio do zoo holandês para o chile, foi posteriormente transferido para o zoo argentino, onde exatamente na noite de natal de 2012, morreu aos 16 anos de idade. Após os anos de cativeiro do Zoo de Buenos Aires, o barulho dos fogos de artificio aliado as altas temperaturas da cidade de Buenos Aires, causaram uma hipertermia no animal.

Na época do falecimento do urso polar Winner, o diretor do Zoo de Santiago do Chile, fez questão de destacar que Taco vivia em melhores condições do que seu meio-irmão. No entanto ambos os recintos ursos polares eram similares. Ambos tinham piscinas, ar-condicionado.

E como de ‘praxe’ também informaram que ambos os ursos-polares vieram ‘DOADOS’, do zoo de Roterdã, e que eram de uma geração de ursos nascidos em cativeiros.  E foi feito um ‘negócio’ com o Zoo de Buenos Aires para reproduzir a espécie na América do Sul.

Coincidentemente na mesma semana, outros dois ursos polares foram trazidos da Rússia, para começarem sua vida de exibições no Brasil.

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Leia também: Ursos Polares são trazidos para morar em meio crise água e luz em São Paulo

Aurora e Peregrino, foram os nomes dados aos ursos polares de 3 e 4 anos, que conforme divulgado para a imprensa não precisaram ser sedados para viajar da Rússia para São Paulo, ‘vieram a bordo de um avião de carga em compartimentos separados e climatizados’, exatamente o que poderia ser feito para transferir Arturo – o urso polar mais triste do mundo, para o Santuário no Canadá. Aos 29 anos de idade, o urso polar sofre sobrevivendo no deserto da Argentina.

Leia também: Arturo a verdadeira história do urso mais triste do mundo

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Urso Polar Desiste de Viver Após Morte

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O Último Sacrifício-Mamãe Urso mata seu filhote

 

 

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6 de abr. de 2015

Criatura bizarra filmada em Bornéu é finalmente resgatada

O vídeo que alegava tratar-se de um ‘alien’, e que mostrava uma criatura que lentamente caminhava pela floresta, omitiu que o animal rastejava de dor, porque havia sido atacado a pauladas pelos próprios trabalhadores que o filmaram na plantação de palma.
 
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A cena da criatura totalmente sem pêlos, com a pele cinza e com as garras afiadas e orelhas curtas, é um triste testemunho de como a vida animal é tratada neste planeta, e os fatos são facilmente deturpados em detrimento dos pobres animais.
 
 
 
Mas felizmente  o animal descrito como uma criatura bizarra no vídeo que já teve mais de 6 milhões de visualizações, desde que foi divulgado em Janeiro deste ano, foi resgatado.

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Apesar das especulações nas mídias sociais que a criatura era de outro mundo, defensores dos animais já desconfiavam que se tratava de um urso-do-sol que estava doente.

O proprietário da plantação de óleo de palma, a Corporação Florestal Sarawal (SFC), tinha designado uma equipe para vasculhar toda a área depois da veiculação do vídeo, e depois de dois meses o animal foi finalmente descoberto em outra plantação nas proximidades da aldeia de Sibu, na ilha de Bornéo.

A espécie é ameaçada de extinção, e é protegida em Bornéu, e por isso, algo precisava ser feito, para resgatar o animal e dar-lhe a devida assistência médica, disse o representante da SFC, Nickson Robi ao site The Dodo.

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A fêmea de urso-do-sol teria comido e bebido a água que lhe foi dada. Muito assustada e agressiva, o que não é uma surpresa depois de tudo que ela passou, o SFC informou que a ursa foi levada para um centro de vida selvagem da própria corporação.

-“Mas ela ainda esta totalmente sem pêlos, e temos que descobrir o que é essa doença.”  "Um veterinário fará um check-up completo nela, para encontrar qual medicação deve ser dada a ursa. A previsão é de que a fêmea de urso-do-sol, vai se recuperar rapidamente, para que possamos colocá-la de volta à vida selvagem," informou Nickson Robi.

Um outro caso recente de resgate de urso-do-sol que também estava totalmente sem pêlos, devido a desnutrição e maus-tratos, nos dá uma pequena amostra da trágica dimensão dos horrores que se abate por sobre todos os animais da ilha de Bornéu, que já teve 85% de suas florestas derrubadas para o plantio da palma, e extração do óleo.

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