28 de jul. de 2015
Cecil o leão foi morto por dentista viciado em assassinar animais raros
“A morte do leão Cecil é uma tragédia, não só porque era um símbolo do Zimbábue, mas porque agora podemos dar seus seis filhos como perdidos também. O novo chefe do bando não vai permitir que vivam, vai matar todos eles”, diz o diretor da Equipe de Preservação do Zimbábue, Johnny Rodrigues.
O assassinato do leão Cecil chocou a comunidade, e o homem que ordenou a morte de Cecil é um dentista americano que pagou 49 mil euros aos guias que o levaram até o animal raro. Cecil foi encontrado sem cabeça nem pele, em 1 de julho.
Com um arco, uma flecha —e um pagamento antecipado de 50.000 euros— o dentista matou o leão de 13 anos de idade.
“A caça foi ilegal”, sentencia taxativo o representante do Governo do Zimbábue. “Os três agressores não tinham licença e perseguiram o felino por dois dias depois de feri-lo”, acrescenta. Segundo seu relato, depois de mais de 40 horas de caça, acabaram com a vida de Cecil com um disparo nos arredores da reserva em que vivia, dentro dos limites da concessão de Gwaai, até onde foi conduzido com uma isca de carne e um rastro de sangue. O ataque aconteceu de noite, pelo que apenas na manhã seguinte foram encontrar o animal decapitado e sem pele. Ficaram com a cabeça como troféu.
“Sem dúvida, foi horrível. Tudo que fizeram foi ilegal”, assegura Rodrigues, consternado. “Tentaram destruir a coleira de GPS que estava no leão e que lhe permitia andar com liberdade pelo parque, mas não conseguiram”, acrescenta.
O caçador pertence à Associação de guias e caçadores profissionais local (ZPHGA, na sigla em inglês), que, em um comunicado oficial, confirmou que um de seus membros liderou a caça e garante que os fatos estão sendo investigados. Membros da ZPHGA afirmam que era um safári privado, mas o Governo insiste que o leão vivia na reserva e que era protegido. A Associação dos caçadores, que não quis fazer comentários sobre questões legais, suspendeu o caçador indefinidamente por desrespeitar as normas de comportamento do clube.
Por ser o maior felino da região, Cecil era uma atração turística do país. Os vizinhos do país africano recorreram à mídia para expressar seu horror, apenas alguns dias depois que 23 elefantes bebês foram capturados e exportados para a China, no mesmo parque Hwange.
Além de sua beleza, Cecil parecia apreciar o contato com humanos, posando para todos que quisessem lhe fotografar. O leão terá sido atraído para fora do parque (comum presa morta) e só então foi atingido com a flecha. “Ele nunca chateou ninguém, era um dos animais mais bonitos para se olhar”, descreve Rodrigues.
Já o caçador suspeito de ter feito o disparo é Theo Bronkhorst, um profissional que trabalha para a Bushman Safaris que esta a ser acusado pela “Gwayi Conservancy”, uma organização sem fins lucrativos que protege a vida animal no distrito de Hwange
O americano o responsável pela morte de Cecil, chama-se Walter James Palmer, um dentista de Minnesota/EUA, que teria pago 49 mil euros para disparar com arco e flecha contra o leão Cecil.
O dentista se tornou um viciado em assassinar animais raros; como alces, ursos negros, ursos polares, pumas, leopardos, rinoceronte branco e leões.
A caça com arco e flecha é legalizada em todos os países africanos.
8 de mai. de 2015
Ursos Polares estão estressados dizem os visitantes do Aquário de São Paulo
“Eles estão sofrendo, eles estão estressados, eu tenho 62 anos, visitei ‘N’ zoológicos em vários lugares do mundo, não foi só no Brasil, e nunca tive esse sentimento!
A afirmação consta em um dos vários depoimentos de pessoas que após pagarem ingresso para ver o casal de ursos polares Aurora e Peregrino, saíram indignadas do parque marinho. E além dos depoimentos, consta também no site do Reclame Aqui diversas reclamações como o de uma família que diz ter sido humilhada pelos funcionários do aquário, seguidas de outras com várias outras formas de desrespeito ao consumidor.
Os depoimentos foram coletados pela AILA - Aliança Internacional do Animal, e diversos outros ativistas, que tem organizado diversas manifestações em repúdio ao sofrimento e a exploração dos animais em frente ao aquário de São Paulo.
O objetivo é esclarecer as pessoas para perceber as diferenças que podem ser vistas nos animais quando eles estão sendo preservados e quando estão sendo explorados para o entretenimento humano.
E diante da desistência de muitas famílias, que saíram da fila de ingressos, o Aquário de São Paulo optou por chamar a polícia, bem como seguranças particulares para tentar retirar os ativistas da rua, que é pública.
Mesmo após a comprovação de que a ursa polar Aurora nasceu livre na natureza, e não em cativeiro conforme divulgado na imprensa – e que ela e Peregrino não moravam e nem vieram da cidade de Kazan, o programa ‘Okay Pessoal’, durante sua visita ao aquário, além de repetir as falácias já publicadas anteriormente na imprensa sobre esses ursos polares, ousou mandar um recado aos ambientalistas.
Durante a conversa com Anael Fahel dono do parque de diversões, o jornalista Otavio Mesquita diz:
“Muita gente começou a meio que criticar essa atitude de trazer pra cá, eu quero dizer para vocês que esses animais sempre foram criados na Rússia e estavam muito mal instalados , não é isso…
Anael Fahel responde: “No caso dos ursos, é as acomodações que eles tinham lá na cidade de Kazan eram eram vamos dizer assim adequadas para eles, eram muito pequeno…
-Eles viviam muito muito mal, diz Otávio Mesquita.
E Anael explica: “Era muito pequeno o recinto deles, nós temos uma parceria com o zoológico de Kazan, e eles mandaram esse casal pra gente para fazer um projeto de reprodução e conservação…
-E lá não conseguiam, afirma Otávio Mesquita.
E Anael responde:" “Lá não conseguiam. Aqui já chegaram tem quatro meses estão aqui com a gente e dois meses depois já estavam namorando”.
E então Otávio Mesquita diz: “Ou seja eu queria deixar claro para os ambientalistas, que eu também sou a favor de bichos na natureza, mas tem alguns bichos que já estavam em condições precárias, então a função sua (se referindo a Anael Fahel), que eu acho bacana, foi tirar esses bichos de uma condição ruim e dar uma condição melhor de vida,
No transcorrer desse diálogo entre Otávio Mesquita e Anael Fahel, é introduzido um vídeo que mostra o minúsculo recinto do zoo de Kazan, e nele aparecem dois ursos que daria a entender ao telespectador que seria Aurora e Peregrino.
No entanto o vídeo divulgado durante o diálogo, encontra-se no youtube desde 16 de Julho de 2013, e está sendo usado para justificar o motivo do porque o casal de ursos polares teria sido trazido para o Brasil.
Entenda o caso
Aurora e sua irmã nasceram livres na natureza, e acabaram sendo encaminhadas a um zoológico no ano de 2010, depois que sua mãe foi morta por caçadores de ursos polares. Um ano depois foi separada de sua irmã, e enviada para o zoo Udmurtia na cidade de Izhevsh na Rússia, onde conheceu o urso polar Peregrino.
Peregrino nasceu em 07/11/2009, e seu pai Permjak com apenas 11 anos de idade, morreu ‘misteriosamente’ 19 dias após seu nascimento.
Para que o programa de reprodução do zoo de Kazan, continuasse a todo vapor, Peregrino foi precocemente retirado dos braços de sua mãe antes de desmamar, e levado embora para morar em outra cidade, em outro zoo e sozinho, para que seu avó Yukon que também havia nascido no meio selvagem, e que estava em outro zoo, foi trazido de onde morava para copular com a mãe do urso Peregrino.
O filhote que aparece no vídeo durante a reportagem de Otávio Mesquita é Yumka, a meia-irmã de Peregrino que é filha de seu avó com sua mãe, e que nasceu em 2012, e tal como Peregrino e seus outros dois irmãos, foi retirada dos braços de sua mãe muito antes de desmamar completamente - como acontece na natureza. E é dessa forma entre mães, avôs, irmãs, tios que os ‘especialistas’ praticam seus ‘projetos de procriação de animais’, e apesar de dizerem que é para ‘preservar’ – não preservam as necessidades básicas do filhote e das mães, rompendo o vínculo da forma que melhor lhes convém.
E esse é também um dos muitos fatos que desmente o dialogo que cita que o zoológico de Kazan não consegue reproduzir ursos polares, já que mãe de Peregrino já teve quatro filhotes.
Peregrino e Aurora se conheceram no zoo Udmurtia, em dezembro de 2011, e ali viviam em um amplo recinto com uma piscina de 500 m³ cúbicos de água, onde como na natureza, usufruíam do sol no verão e da neve no inverno. Em Novembro de 2013, o zoo anunciou que Aurora poderia estar grávida e anunciou que faria uma festa de casamento para os ursos polares (vídeo), e que o público estava convidado a participar de uma gincana para ver quem acertaria o sexo do futuro bebê.
É triste ver as pessoas serem induzidas a comemorarem – a separação de um casal que realmente só tem um ao outro em todo o mundo. Se comprovado que a ursa polar Aurora possa estar grávida, significaria na prática o ‘sumiço’ de Peregrino, já que ele teria que se separar de Aurora, o único outro animal de sua espécie com que ele se relaciona há 4 anos, e passaria a viver ou enjaulado na área de cambeamento, ou seria transferido para um outro zoológico.
É que o instinto de sobrevivência dos ursos polares, faz com que as fêmeas se afastem dos machos na gravidez e quando dão a luz. Depois do nascimento as fêmeas se dedicam a cuidar do filhotes até os 3/4 anos de idade. Isso porque como elas não dão mais atenção aos machos, eles se voltam contra os filhotes – eliminando-os – para que as fêmeas voltem a se interessar pelos machos
Uma vez que tais alegações televisivas visam somente a induzir as pessoas “a visitarem o casal de ursos polares que ‘supostamente’ viviam em condições precárias no zoológico de Kazan, e que agora estão no Brasil”, e que diversos jornalistas não estão cumprindo com os Princípios Internacionais de Ética Profissional, que cita que a tarefa primeira do jornalista é garantir o direito das pessoas à informação verdadeira e autêntica, tais reportagens poderiam muito bem serem qualificadas como publicidade enganosa.
O fato de que as manifestações dos defensores de animais, que visam esclarecer e conscientizar a população da veracidade da situação em que vieram e como estão sendo sendo tratados os ursos polares, e que estão sendo tratados com total desdém, é óbvio depois de ler uma das reclamações redigidas no site do Reclame Aqui, abaixo transcrita;
Aquário de São Paulo - TRATAM CLIENTE COM TOTAL HUMILHAÇÃO (São Paulo - SP Domingo, 26 de Abril de 2015 - 05:01)
Sábado, dia 25 de Abril, fui com a família conhecer o Aquário de São Paulo e fomos confundidos com manifestantes ambientalistas, fomos injustamente mau tratados e expulsos pelo representante do Aquário de São Paulo. Fui visitar o Aquário de São Paulo com meus 3 filhos de 12, 10 e 5 anos de idade e meu marido. Somos dois doutores formados pela USP, eu sou brasileira e meu marido e filhos são alemães.
Sou psicóloga e meu marido é analista financeiro, conceituado na sociedade paulista.
Quando chegamos, havia um protesto de uma ONG alegando as más condições que se encontram os animais no Aquário.
Havia cerca de 10 viaturas de polícia na porta e eu fiquei preocupada com a segurança por causa das crianças. Perguntei ao policial se estava tudo calmo, ele nos garantiu que estava seguro. Achei a oportunidade ótima para que as crianças aprendessem que há entidades não governamentais que defendem o direito de minorias, inclusive os animais e levamos eles para o outro lado da rua para perguntar aos manifestantes porque estavam ali.
Os ambientalistas disseram que queriam protestar pelas mas condições ambientais em que dois ursos polares eram mantidos no Aquário, sem nenhuma iluminação natural e em local feito de material sintético, com alimentos impróprios e temperatura inadequada. Então disse às crianças que deveriam entrar assim mesmo e ver com nossos próprios olhos como os animais eram mantidos.
Durante o nosso percurso, fomos abordados pelos funcionários do Aquário que nos mandaram sair dizendo que nós éramos manifestante e que não poderíamos permanecer no local. Mandaram eu, três crianças de 12, 10 e 5 anos e meu marido sairmos, fomos escoltados pelo pessoal do aquário e humilhados publicamente por essa gente, cujo chefe era um cidadão, não brasileiro, de língua castelhano (supostamente argentino).
Fomos literalmente jogados na sarjeta, e não podemos terminar nosso passeio. O que deveria ter sido uma tarde feliz acabou miseravelmente. Foi triste ser tratada em meu próprio país, como pessoa não querida, inconveniente e indesejável.
Sou cidadã de bem, mãe e profissional qualificada. Nunca fiz manifestações de qualquer tipo na minha vida, pois acho que elas não trazem um retorno positivo. Nosso país está virando uma terra de ninguém.
Que conste aqui, o preço da nossa visita vip ao Aquário de São Paulo foi de R$240,00, isso para ver um monte de animal em péssimas condições, sem iluminação solar, e claramente tristes. Nunca mais vou a esse estabelecimento e não indico para ninguém.
Apesar do nome o Aquário de São Paulo, nada mais é do que um parque de diversões, um prestador de serviços de entretenimento, e conforme a Fundação Procon – todo aquele que mente sobre produtos ou serviços ou deixa de dar informações básicas ao consumidor, levando-o ao erro, na televisão, no rádio, nos jornais, em revistas, na internet, está praticando a propaganda enganosa.
E ela está sendo disseminada na forma comissiva: "de falsificação ou distorção de informações" (aquele que veicular publicidade enganosa estará descumprindo a proibição prevista no artigo 37 do Código Direito Cível), cometendo assim um ato ilícito, não importando se quem veiculou a publicidade enganosa teve culpa ou dolo, e sim apenas com a proibição do resultado, que consiste em evitar que a publicidade induza o consumidor a ter uma falsa noção da realidade. Ou seja, para que o ilícito seja caracterizado basta que a publicidade seja falsa, omitindo dados substanciais e levando ao consumidor ao erro, pouco importando assim a culpa ou dolo de quem veiculou a tal publicidade).
Essa seria uma forma eficiente para que os defensores dos animais, ocupassem na Tv, nos jornais e nas revistas, o mesmo espaço que foi dado as falácias contadas anteriormente sobre o casal de ursos polares Aurora e Peregrino, bem como levar os fatos até a Comissão de Proteção e Defesa Animal da OAB/SP (protecao.defesaanimal@oabsp.org.br), a Rua Anchieta, 35, no Centro de São Paulo / SP.
No depoimento dado a AILA, onde a senhora de 62 anos diz; “Eles estão sofrendo, eles estão estressados”, ela também diz;
- Quero dizer da importância de vocês estarem aqui! Parabéns pelo trabalho de vocês, eu sei que é difícil, mas vocês vão chegar lá!
Para participar das próximas manifestações em frente ao Aquário, acompanhe as publicações na página da AILA no facebook, clicando aqui.
Fonte: Urso Polar Aquário
5 de mai. de 2015
Cacatuas são Resgatadas dentro de Garrafas de Água
Mais de 24 cacatuas de crista amarela, ameaçadas de extinção foram resgatadas pela polícia de Surabaya (Indonésia), elas estavam sendo contrabandeadas dentro de garrafas plásticas de água.
O tráfico de animais consiste no ato de retirar animais de seus habitats naturais e comercializá-los. Esse tipo de tráfico é que dá suporte a grupos terroristas e ao tráfico de drogas e armas.
Todo ano, traficantes de animais capturam mais de 10 mil pássaros na Indonésia. Cerca de 40% deles morrem durante a viagem para o destino do comprador. Assim, para cada 1.000 papagaios capturados no meio natural, 400 aves morreram em vão, durante a caça furtiva, o transporte do tráfico ilegal tem um manuseio cruel.
Em alguns países da Ásia, do Oriente Médio e da Europa, o mercado ilegal de aves exóticas movimenta fortunas
As aves podem variar de 12 polegadas de tamanho, a cerca de 27 polegadas de comprimento e apresenta uma bela crista amarela. Elas são encontrados em áreas arborizadas do Timor Leste e das ilhas da Indonésia.
Estima-se que haja apenas 7.000 pássaros da espécie vivendo livremente na região, a diminuição se deve a lenta reprodução, ao desmatamento de seu habitat e a caça e contrabando da espécie. A cacatua de crista amarela foi listada como uma espécie criticamente ameaçada pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais em 2007.
As catatuas de crista amarela, põem seus ovos apenas uma vez por ano. E elas apenas geram dois ovos de cada vez.
Após a apreensão, agentes levaram as aves para exames e depois as soltaram em uma mata.
Leia também: Ursa Polar trazida ao Brasil nasceu na natureza
4 de mai. de 2015
O Drama dos Ursos Polares–Fêmea trazida ao Brasil nasceu livre no meio selvagem

- A Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção – CITES, incluiu a espécie do urso polar listado no apêndice II - que inclui as espécies que não estão necessariamente ameaçadas, mas podem se tornar, no futuro, se a negociação destes animais para fins incompatíveis com a sua sobrevivência não é estritamente proibida.
- Somente as espécies listadas no Anexo I - é podem ser comercializadas em casos excepcionais e desde que se garanta que isso não afetará a sobrevivência da espécie.
- O método utilizado para a ‘estimativa’, é conhecido como “relação entre espécie e área”. Determina-se o número de espécies encontradas em certa área e depois é realizada uma estimativa de como este número aumenta quando a área se expande. Em seguida, o cálculo é feito de maneira reversa numa tentativa de estimar quantas espécies sobrariam se a quantidade de terra/gelo diminuísse por causa das mudanças de hábitos ou climáticas.
3. Nos últimos 10 anos somente 8.606 ursos polares foram avistados pelos pesquisadores, conforme a mesma tabela da PSBG.
4. O tempo de vida do urso polar na natureza é de até 40 anos, afirma a Sociedade Geográfica Russa, fundada em 1895, data em que passou a observar à espécie.
A questão sobre a retirada de filhotes órfãos de ursos polares da natureza, que são enviados aos zoológicos e parques marinhos, acontece nos 5 países que compõem o Ártico. Isso porque ainda não existe no mundo, nenhum santuário onde os filhotes de ursos polares, possam ser cuidados e reintegrados a natureza.
Nota: O dossiê em forma de blog com as informações sobre Aurora, Peregrino e dos ursos polares, só foi possível de ser escrito graças a colaboração dos ativistas Soy Pipi da Argentina, Dawn W. Flann do Canadá e Vlad Latka da Rússia.
Fonte: Urso Polar Aquário
1 de mai. de 2015
Somente 8.606 Ursos Polares foram avistados nos últimos 10 anos
O resumo da situação da população de ursos polares no estado selvagem, que foi discutido no final de 2014, pelo Grupo de Especialistas em Ursos Polares – PBSG, e que foi considerada credível e válida pelo grupo, parece não ter sido lida ou entendida pela imprensa e pelas autoridades mundiais.
Pelo quadro nos últimos 10 anos somente ‘8.606’ ursos polares, foram avistados pelos pesquisadores, conforme a tabela da PSBG.
A imprensa costuma mencionar que os ursos polares estão em extinção, e que a ‘estimativa’ dos especialistas é de que existem entre 20 a 25 mil ursos polares em estado selvagem, e que o tempo médio de vida deles na natureza é de 25 anos – mas raramente destaca que esses números são ‘palpites’, e que apesar da extinção ser eminente; a legislação internacional não protege os ursos polares da extinção;
Apesar de todas as evidências mostrarem que os ursos polares estão morrendo de fome – o fator principal que os levará a extinção; pela Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestres (CITES), o urso polar – não se encontra listado como ameaçado de extinção.
O urso polar se encontra listado no apêndice II - que inclui as espécies que não estão necessariamente ameaçadas, mas podem se tornar, no futuro, se a negociação destes animais para fins incompatíveis com a sua sobrevivência não é estritamente proibida.
O método utilizado para a ‘estimativa’, é conhecido como “relação entre espécie e área”. Determina-se o número de espécies encontradas em certa área e depois é realizada uma estimativa de como este número aumenta quando a área se expande. Em seguida, o cálculo é feito de maneira reversa numa tentativa de estimar quantas espécies sobrariam se a quantidade de terra/gelo diminuísse por causa das mudanças de hábitos ou climáticas.
A Sociedade Geográfica Russa, fundada em 1895, em seu relatório sobre os ursos polares estima que o tempo de vida do urso polar na natureza é de até 40 anos.
Nos artigos utilizados como referência para o relatório da PBSG, consta que somente em três áreas de ‘legais’ de caça, foram mortos 150 ursos polares ao ano, o que totalizaria 10.000 ursos polares mortos nesses 40 anos.
Pouco ou nada se fala sobre a matança de ursos-polares adultos que ‘legaliza’ a retirada de seus filhotes da natureza. É dessa forma que filhotes órfãos de ursos polares acabam nos zoológicos.
Também pouco se fala que dentre as inúmeras organizações internacionais de proteção dos animais, não exista nenhum delas que tenha um centro de reabilitação para que os filhotes órfãos de ursos polares, possam ser reintegrados a natureza. Todos os filhotes órfãos encontrados nos países que compõem o habitat dos ursos polares são encaminhados para os zoológicos onde permanecem até suas mortes.
A matança dos ursos polares ocorre devido a caça ‘ilegal’ e a ‘legal’. No comércio ‘legal’, há além da venda das peles de ursos polares; suas partes como dentes e patas. Cotas foram estabelecidas para fins comerciais e de subsistências. Mas na matança ilegal, onde os filhotes órfãos de ursos polares são vendidos para colecionadores ou enviados para os zoológicos; não existem cotas para morte de suas mães para a venda de peles.
Mas todos os fatos acima relatados, não são levados em consideração quando filhotes órfãos de ursos polares são encontrados no meio selvagem, e o fato passa a ser divulgado como que são ‘resgatados’ por esse ou aquele zoológico.
Enquanto isso os ursos polares estão morrendo de fome, e as causas são muitas - comumente só a questão das mudanças climáticas é citado como a causa da extinção da espécie, que vem acompanhada de uma longa explicação que deveria fazer com que as pessoas entendem-se que – ‘QUE OS URSOS POLARES ESTÃO MORRENDO DE FOME’ - devido a matança das focas (470 mil focas serão mortas na temporada de caça), dos leões-marinhos, das baleias, da pesca predatória e da poluição no Ártico; esses fatores aliados as mudanças climáticas é que vai extinguir a espécie, não em alguns anos, mas em apenas alguns meses.
Um dos poucos ursos polares machos rastreados, morreu de fome em apenas 3 meses. Marcado em abril ao sul de Svalbard/Noruega, caminhou quilômetros e quilômetros procurando o que comer – gastou toda a sua reserva de gordura, e morreu. Seu corpo foi encontrado em Julho a 250 quilômetros de onde meses antes havia encontrado seres humanos – os cientistas que o sedaram para a colocação do rastreador. Não estaria o urso polar indo a procura de ajuda….
Em seu desespero para sobreviver, os ursos polares estão comendo uns aos outros. Os casos de canibalização aumentam drasticamente. A lei da sobrevivência altera tanto o comportamento dos ursos polares - que eles mesmos encontram uma forma de garantir que seus genes são serão extintos. Os casos de ursos polares que acasalaram com ursos pardos aumentam a cada ano. Aos ursos polares híbridos pardos, não é dada nenhuma proteção legal, eles podem ser caçados, mortos. As medidas protetivas de ambas as espécies não são aplicadas aos híbridos considerados anomalias genéticas
Em fevereiro de 2013, um grupo de especialistas em ursos polares, publicou um artigo com várias ações de emergência para salvar os ursos polares do Ártico.
O artigo que apareceu na revista Conservation Letters, sugere;
· Alimentar os ursos-polares (que ocorre normalmente dentro dos planos de manejo animal), com o uso helicópteros para lançamento aéreo de alimentos, que podem ser a ração para ursos-polares, até as carcaças de baleias trazidas de outros lugares para onde estão os ursos-polares.
O documento também sugere que ao mesmo tempo, seja efetuado resgates, reabilitação e reintegração dos ursos polares ao estado selvagem. As sugestões são acompanhadas dos prós e contras da ação. O documento também cita que também é possível não fazer nada e deixar que os seres humanos continuem a abusar da natureza que segue seu curso.
E a ração para ursos-polares existe, é e comercializada – para os parques marinhos e zoológicos que a utilizam ou utilizaram. O número conhecido de ursos polares em cativeiro supera 2000 animais.
O presidente russo Vladimir Putin, foi ajudar os cientistas russos a colocar uma coleira de rastreamento em urso polar, ao sobrevoar a área viu as fileiras de barris congelados e disse que o Ártico devia ser limpo.
Uma expedição polar geológica que trabalhou no Ártico em 1995-2005 estimou que no arquipélago havia sido abandonado: até 250.000 barris contendo 40,000-60,000 toneladas de produtos derivados de petróleo, mais de um milhão de tambores de metal sucateadas, lubrificantes, óleos de barris , carvão e carcaças de metal – de aviões, a radares e caminhões.
Os derramamentos de petróleo no Ártico continuam a contaminar a água, e causando danos a vida selvagem. São o resultado da atividade de petróleo e gás, que prejudicam e perturbam o habitat natural de muitos animais, e afetam principalmente a espécie do urso polar. Mesmo uma pequena quantidade de petróleo ou óleo pode resultar na morte do urso polar.
Os seres humanos sempre foram os únicos predadores dos ursos polares. As informações de que 60 mil ursos polares foram mortos - pelos tripulantes dos navios baleeiros e pelos comerciantes de pele, entre 1890 e 1930 parece ter sido ocultada na rede dentro de arquivos no formato pdf (Harington, 1968; Uspenski e Kistchinski, 1972; Lentfer, 1975; Larsen, 1985).
"Os registros de 66 navios baleeiros ativos em águas canadenses 1831-1913, contabilizam a caça de 1.457 ursos polares que foram mortos, uma média de 22,1 ursos por navio. Havia cerca de 2.500 navios baleeiros ativos nas águas canadenses entre 1800 e 1900 (Stackpole 1969; Ross, 1985). Multiplicando este valor por quinze (uma estimativa conservadora do número de ursos polares caçados pelos baleeiros ) produz uma média de 37.500 ursos polares mortos. Mais tarde, ele acrescenta (pg. 133), "... os baleeiros podem ter matado de até 50 por cento a mais de ursos polares do que as estimativas calculadas . "
Os ursos polares estão propensos a morrer de fome e desta forma serão extintos. Manter alguns genes de ursos polares vivos em zoológicos e parques marinhos, depois de os ursos polares desaparecerem de seu habitat natural, será insignificante para manter a magnífica e altamente especializada forma de vida que hoje conhecemos como o urso polar.
Um estudo publicitário observou que, no mundo industrializado ", nenhuma imagem compete com a imagem dos animais. Os grandes fabricantes usam animais para fixar sua marca no inconsciente dos consumidores. Muitos desses personagens "nasceram", em 1950, numa época em que poucos se perguntaram: o que vai acontecer se o nosso mascote morrer na natureza?
O estudo cita que quanto mais abstrato o personagem fica do animal real – que é o caso do urso polar visto nos comerciais de refrigerante, menos os consumidores tendem a pensar sobre o animal como ele realmente existe na natureza. Quanto mais o ‘animal animado’, se distancia dos hábitos do ‘animal real’ no mundo; menos pessoas se preocupam com o que acontece ao animal no mundo real.
Por séculos os animais foram retirados da natureza, escravizados e maltratados não só para o entretenimento, mas também na pesquisa farmacêutica e espacial, sem nunca terem direito a nenhum benefício nem para eles, e nem para salvaguardar sua própria espécie.
Aqueles que se beneficiam por utilizar animais ou suas imagens, e aqueles que lucram utilizando animais para o entretenimento – mesmo sob o pretexto da preservação, deveriam pagar ‘royalties’ dessa utilização em beneficio do próprio animal ou de sua espécie.
O parque marinho em São Paulo, anda divulgando que existe uma possibilidade da ursa polar Aurora possa estar grávida. A RGA que há 170 anos observa o urso polar cita que a espécie se reproduz lentamente e que na natureza as fêmeas dão a luz entre 8/12 filhotes no curso de sua vida, levando em considerando que na natureza as fêmeas dão a luz de 2 a 3 filhotes em cada gestação. Também o número de mortes entre os filhotes até um ano é muito alto.
Nos parques marinhos e zoológicos, raramente as fêmeas dão a um luz a mais de um filhote, a incidência de casos onde os filhotes são rejeitados pelas mães chega a 80% do número de nascimentos.
Arturo o urso polar mais triste do mundo, já foi jovem como Peregrino, e como ele com o passar dos anos foi enviado a outro zoo para procriar, e o resultado foi que sua companheira Pelusa teve 8 filhotes, que ou nasceram mortos ou morreram no cativeiro. Em 2015 Arturo fará 30 anos. Como Peregrino ele foi retirado dos braços de sua mãe, nunca soube como era seu habitat natural, nunca caçou – e há muitos anos os humanos se empenham em preservar seu sofrimento.
17 de abr. de 2015
Aos 18 anos morre Taco Urso Polar do Zoo no Chile
As péssimas condições de vida do urso polar Taco, já havia sido motivo de protesto por grupos ambientalistas em Dezembro de 2014. O pedido para que o animal fosse transferido para viver em um santuário no Canadá , chegou a mais de 55.000 assinaturas. No entanto as ‘autoridades’ diziam que o urso polar estava bem, e que iriam melhorar o recinto do animal ou que ele seria transferido para outro zoológico.
Mas hoje pela manhã Taco se ‘libertou’ de seu cativeiro, morrendo. O zoológico de Santiago do Chile, emitiu uma nota que dizia;
O animal nasceu em 10 de dezembro de 1996, no jardim zoológico em Roterdã, na Holanda e veio ao Chile doado por uma colaboração entre jardins zoológicos. Como será explicado, a necropsia foi iniciada para estabelecer a causa da morte de "Taco" que conseguiu viver 18 anos.
Taco o urso-polar, nasceu em 10 de dezembro de 1996, no jardim zoológico de Roterdã, na Holanda. Aos 3 anos de idade Taco foi retirado dos braços de sua mãe, e enviado a América do Sul para um suposto 'programa de colaboração entre zoos'.
O meio-irmão de Taco, o urso polar Winner que também veio do zoo holandês para o chile, foi posteriormente transferido para o zoo argentino, onde exatamente na noite de natal de 2012, morreu aos 16 anos de idade. Após os anos de cativeiro do Zoo de Buenos Aires, o barulho dos fogos de artificio aliado as altas temperaturas da cidade de Buenos Aires, causaram uma hipertermia no animal.
Na época do falecimento do urso polar Winner, o diretor do Zoo de Santiago do Chile, fez questão de destacar que Taco vivia em melhores condições do que seu meio-irmão. No entanto ambos os recintos ursos polares eram similares. Ambos tinham piscinas, ar-condicionado.
E como de ‘praxe’ também informaram que ambos os ursos-polares vieram ‘DOADOS’, do zoo de Roterdã, e que eram de uma geração de ursos nascidos em cativeiros. E foi feito um ‘negócio’ com o Zoo de Buenos Aires para reproduzir a espécie na América do Sul.
Coincidentemente na mesma semana, outros dois ursos polares foram trazidos da Rússia, para começarem sua vida de exibições no Brasil.
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Aurora e Peregrino, foram os nomes dados aos ursos polares de 3 e 4 anos, que conforme divulgado para a imprensa não precisaram ser sedados para viajar da Rússia para São Paulo, ‘vieram a bordo de um avião de carga em compartimentos separados e climatizados’, exatamente o que poderia ser feito para transferir Arturo – o urso polar mais triste do mundo, para o Santuário no Canadá. Aos 29 anos de idade, o urso polar sofre sobrevivendo no deserto da Argentina.
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6 de abr. de 2015
Criatura bizarra filmada em Bornéu é finalmente resgatada
O vídeo que alegava tratar-se de um ‘alien’, e que mostrava uma criatura que lentamente caminhava pela floresta, omitiu que o animal rastejava de dor, porque havia sido atacado a pauladas pelos próprios trabalhadores que o filmaram na plantação de palma.
A cena da criatura totalmente sem pêlos, com a pele cinza e com as garras afiadas e orelhas curtas, é um triste testemunho de como a vida animal é tratada neste planeta, e os fatos são facilmente deturpados em detrimento dos pobres animais.
Mas felizmente o animal descrito como uma criatura bizarra no vídeo que já teve mais de 6 milhões de visualizações, desde que foi divulgado em Janeiro deste ano, foi resgatado.
Apesar das especulações nas mídias sociais que a criatura era de outro mundo, defensores dos animais já desconfiavam que se tratava de um urso-do-sol que estava doente. |
O proprietário da plantação de óleo de palma, a Corporação Florestal Sarawal (SFC), tinha designado uma equipe para vasculhar toda a área depois da veiculação do vídeo, e depois de dois meses o animal foi finalmente descoberto em outra plantação nas proximidades da aldeia de Sibu, na ilha de Bornéo.
A espécie é ameaçada de extinção, e é protegida em Bornéu, e por isso, algo precisava ser feito, para resgatar o animal e dar-lhe a devida assistência médica, disse o representante da SFC, Nickson Robi ao site The Dodo.
A fêmea de urso-do-sol teria comido e bebido a água que lhe foi dada. Muito assustada e agressiva, o que não é uma surpresa depois de tudo que ela passou, o SFC informou que a ursa foi levada para um centro de vida selvagem da própria corporação.
-“Mas ela ainda esta totalmente sem pêlos, e temos que descobrir o que é essa doença.” "Um veterinário fará um check-up completo nela, para encontrar qual medicação deve ser dada a ursa. A previsão é de que a fêmea de urso-do-sol, vai se recuperar rapidamente, para que possamos colocá-la de volta à vida selvagem," informou Nickson Robi.
Um outro caso recente de resgate de urso-do-sol que também estava totalmente sem pêlos, devido a desnutrição e maus-tratos, nos dá uma pequena amostra da trágica dimensão dos horrores que se abate por sobre todos os animais da ilha de Bornéu, que já teve 85% de suas florestas derrubadas para o plantio da palma, e extração do óleo.
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