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10 de out. de 2015

O polêmico diretor do Zoo de Kazan que disserta entre caçar e reproduzir ursos

Qual o seu sentimento ao saber que alguns zoológicos estão se tornando fazendas de criação de filhotes para a caça esportiva. Pois essa é a tese defendida por Alexander Malev, vice-diretor do zoológico de Kazan na Rússia. Reproduzir filhotes de urso para reintroduzi-los na natureza a fim de que possam ser caçados e mortos, onde são transformados em troféus ou tapetes.

urso-kazan

O autor do trabalho científico publicado no ano 2000, Alexander Malev é descrito como sendo Ph.D. A tese de 107 páginas, cita que a especialidade é Peles e Caça, descreve as técnicas que devem ser utilizadas para o ‘cultivo’ de filhotes de urso marrom em cativeiro, a fim de libertá-los para os campos onde eles podem ser caçados e mortos.

Abaixo alguns trechos da tese de Malev que desde 1990 é vice-diretor do zoológico de Kazan

Ursos na idade de 4 anos (cultivados em fazendas), não são perigosos. Nesta idade eles atingem o peso de 120-150 kg e são muito dignos de um caçador de troféus.

Além do nosso trabalho alcançar um considerável efeito econômico trata-se de um evento de transformação.  Desde o seu nascimento os filhotes de urso selvagem estão condenados a uma morte rápida ou a uma sentença de prisão perpétua, essa preparação para a libertação, provoca uma alta resposta positiva  por parte do público, e é essencial na educação ambiental das pessoas.

Os zoológicos têm um espaço limitado espaço e muitos demonstram não poder manter certos tipos de animais que vivem em bandos, pois não podem abrigar mais de 1 a 3 ursos marrons. O destino dos ursos marrons nascidos os em cativeiro são: um breve período no circo, uma sentença de prisão perpétua em uma gaiola, ou uma prematura morte violenta.

O desenvolvimento de nossos métodos de criação e o retorno dos ursos marrons na natureza é importante para a sobrevivência desses animais. Qualquer área de caça organizada onde existem ursos,  que esteja interessado em preservar e reabastecer a população dos animais para a valiosa caça esportiva. A melhoria dos métodos de ‘cultivo’ (reprodução) de filhotes de urso marrom no jardim zoológico com vista à libertação nos campos de caça, nesta perspectiva é relevante. Tem um significado estético atraente, bem como um benefício econômico.

O valor de um tiro. A venda de licenças para a caça esportiva. No caso dos animais reproduzidos as taxas de licença pagas pelo caçador local, a renda é de 12 mil rublos.

Para aumentar a venda de licenças para filmar os ursos durante a caça para fins desportivos que não levam a um aumento dramático na pressão da caça e na presença de caçadores na floresta vai reduzir o número de animais abatidos ilegalmente.

Desenvolvimento de uma metodologia para a administração segura de medicamentos e hormônios para aumentar a taxa de reprodução de ursos com a ajuda de fertilização assistida. Estudar e resumir a experiência de como os ursos podem ser imobilizados total ou parcialmente para o cultivo de novos filhotes.

A dissertação feita em texto datilografado, é constituída por: introdução, revisão da literatura, pesquisas próprias, descobertas, conclusões, sugestões práticas, bibliografia, anexos, e é ilustrada com imagens e figuras. O resumo do texto pode ser acessado nesse link, e a íntegra tem que ser comprada.

Da tese de reproduzir os ursos em zoológicos para enviá-los para a morte nos campos de caça, Malev criou o programa ‘barriga de aluguel’, onde embriões de ursus maritimus são introduzidos nos ursus arctos.

Na reprodução artificial, o sêmen e os óvulos dos ursos-polares são coletados porque o Dr. Malev considera que as fêmeas de urso polares são mães ruins, porque o cativeiro dos zoos as tornam mães muito estressadas e nervosas. Ele afirma que as fêmeas de urso polar muitas vezes se recusam a alimentar seus filhotes, o que facilita com que eles adquiram baixo peso, e que as estatísticas mostram que a metade dos filhotes de ursos polares nascidos em zoológicos, não sobrevivem, e Malev diz na reportagem;

- Em nosso jardim zoológico três não sobreviveram”

Entre o pior e o melhor do Zoológico de Kazan

Fundado em 08 de dezembro de 1806, em uma área de 2,25 hectares pertencente a Universidade de Kazan, pelo Professor Karl começou com pequena estufa a desenvolver uma coleção de plantas que culminou em um Jardim Botânico. Até o final do século passado pela abundância de plantas a estufa do Jardim Botânico de Kazan tornou-se uma das maiores coleções na Rússia pré-revolucionária. O início do zoológico de Kazan só aconteceria em 1924 com a apresentação de dois filhotes de cisnes. Em 1925 o zoo de Kazan possuía  54 espécimes de mamíferos e aves da fauna local.

Em 1990 Alexander Malev torna-se o vice-diretor do Jardim Botânico e Zoológico de Kazan, o qual era ligado com o apoio da Universidade de Kazan, e os programas de reprodução artificial de espécies foram introduzidos sistematicamente.    

Em 1996, o zoo de Kazan passa a ser membro da Associação Europeia de Zoos e Aquários (EAZA), e se envolve em programas programas europeus para a reprodução de espécies raras. Em março de 1997, também passa a ser membro da Associação Regional Euro-asiática de Zoos e Aquários (EARAZA). A partir daí o zoo de Kazan, se envolveu com mais de 50 zoológicos pelo mundo, mantendo intercâmbio de experiências, informações e troca de animais como; leopardos, crocodilos do Nilo , pavões, jaguar, canguru, zebras e outros.

A descrição do zoo de Kazan feita em 20.05.2015 pela jornalista Tatiana YAN'KOVA, em sua reportagem, onde obteve a confirmação o diretor do zoo que o casal de ursos polares trazido ao Brasil – NUNCA VIVERAM EM KAZAN.

Aurora e Peregrino viveram os últimos 4 anos no zoo de Udmurtia na cidade de Izhevsk-Rússia, e confirmando mais uma vez que sendo a fêmea havia nascido livre na natureza.

O Jardim Botânico e Zoológico de Kazan …, a despeito de suas condições desumanas, milagrosamente ganhou o direito de propriedade da fêmea de urso branco Aurora, encontrada em 2010, aos nos cinco meses de idade, junto com a irmã Victoria no território Krasnoyarsk próximo ao Lago Taimyr. 

As irmãs foram levadas ao parque de Flora e Fauna Roev Ruckey. E em 2012, Aurora mudou-se para Udmurtia onde seu noivo o urso chamado Pilgrim (Peregrino), estava a sua espera, sem nunca ter passado por Kazan.

A origem do macho Peregrino ainda permanece um mistério. Ele pode ter sido capturado na natureza ou nascido em algum zoo russo. O urso polar chegou ao zoo de Udmurtia vindo do zoo de moscou. Em 26.08.2011 Moscou presenteou o zoo de Kazan com o título de propriedade do animal que saiu de Udmurtia para vir ao Brasil.

Descrito como em ruínas, o zoo de Kazan é composto literalmente de gaiolas minúsculas. Os recintos estéreis onde o piso de cimento é ofuscado pelas grades enferrujadas foram construídos todos do mesmo tamanho independente da necessidades dos animais. E qualquer explicação torna-se desnecessária diante das imagens reais (click aqui para ir ao álbum)de que o bem-estar dos animais, nunca foi levado em consideração por nenhum dos diretores do zoo de Kazan, os quais conseguiram seus títulos de especialistas e de Ph.D. na reprodução de animais e não visando o bem-estar dos animais.

Nos 200 anos de sua existência, o zoo se especializou em estressar os animais com suas jaulas minúsculas, com isso os animais se tornam hiperativos e copulam além do normal numa forma de aliviar os stress. E com isso o zoo faz as 'parcerias' onde envia animais para outros lugares do mundo. Eles pretendem reformar o zoo - MAS NÃO PARA MELHORAR A VIDA DOS ANIMAIS QUE ESTÃO LÁ - mas  para construir novos recintos onde pretendem trazer elefantes, girafas e outros animais da África, e no inverno eles congelarem na neve. Tudo isso programado para atrair turistas para a Copa do Mundo que será na Rússia.

A BIG HEARTS FOUNDATION, entidade em defesa do bem-estar animal com sede em Londres e de forte atuação em toda a Rússia, realizou em 01 de agosto de 2015, um levantamento da situação dos animais no zoológico de Kazan. O relatório contendo 60 páginas me foi enviado por e-mail em arquivo PDF, e pode ser lido neste link, em seu formato original na língua russa, e com o uso do google tradutor pode ser traduzido para o português.

Um breve resumo do que foi apurado pela entidade é que o Zoo de Kazan carece de recursos financeiros, e que mantém logo na entrada uma ‘caixinha de esmolas’, onde os visitantes que já pagaram para entrar no zoológico são convidados a depositar alguma quantia para a manutenção e melhoria os recintos dos animais.

O relatório cita que a coleção do zoo de Kazan é composto por 145 espécies de animais, na qual  27 destas espécies estão incluídas no Livro Vermelho da Rússia, ou seja estão em risco de extinção.  Na avaliação feita pela entidade consta a descrição detalhada de que os recintos não refletem as necessidades naturais dos animais, com seu piso e paredes de concreto nu, sem nenhuma vegetação, e as melhorias a serem implementadas como enriquecimento ambiental para a melhoria dos vários comportamentos estereotipados vistos nos animais mantidos no zoológico.

Visitas ao Brasil

Agora que você já sabe a verdade, que  Aurora e Peregrino nunca viveram no decadente zoológico de Kazan, e que o zoo pede esmolas aos frequentadores já que passa por dificuldades financeiras, mas que ao mesmo tempo mantém ainda 27 outras espécies ameaçadas de extinção na Rússia em péssimos recintos e sem levar em consideração as necessidades biológicas e psicológicas dos animais, como explicar o fato de que o Alexander Malev faça viagens frequentes ao Brasil (não se sabe quem está pagando as viagens), com a alegação de verificar as condições de Aurora e Arturo.

Talvez o fato do vice-diretor do zoológico de Kazan Alexandre Malev ser favorável a indústria de caça de animais, ter encontrado um ‘certo’ diretor de zoo que ficou famoso ao levar 10 leões maltratados no Brasil para sua fazenda de caça-enlatada na África tenha fortalecido o vínculo entre eles e suas instituições.

Na época as manchetes no Brasil com o título “IBAMA repatria leões de circo para a África”. Abaixo alguns trechos da matéria do Jornal Estadão.

Em uma operação inédita, o IBAMA, doou para a África do Sul dez leões.
Eles foram enviados para o Park Zoo nas proximidades de Johanesburgo.
E segundo o IBAMA a repatriação é uma das saídas para resolver o problema de leões que se encontram em situações não adequadas no País.

Mas na imprensa africana a notícia  era completamente diferente, e dizia que o dono do zoo Gauteng era suspeito de fraudar as licenças de importação dos leões, já que a África do Sul tinha proibido a importação de grandes felinos para dentro de seu território. A reportagem do Mail&Guardian diz;

A investigação vem num momento em que o governo nacional está a rever a legislação que regula a controversa indústria de "caça-enlatada" aos leões . Os críticos dizem que o incidente destaca brechas no sistema, e que pode ser explorado por traficantes de animais selvagens sem escrúpulos.

No início do ano passado o departamento de agricultura e de conservação do ambiente em Gauteng, rejeitou o pedido de licenças de importação de 16 leões do Brasil, feito pelo ‘mesmo senhor’ dono do Animal Reptile Park. O Mail & Guardian informou na época que cerca de 60 leões "abandonadas", vítimas do comércio descontrolada de vida selvagem na América do Sul, estavam à venda.

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As denúncias de que os leões já abusados saíram do Brasil para serem mortos ou terem suas crias mortas na indústria de caça-enlatada na África do Sul, fez com que o Ministério Público Federal abrisse uma investigação para apurar o caso.

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12 de ago. de 2015

Do leão ao urso polar o IBAMA tem muito o que explicar a CPI dos maus-tratos de animais

Cerca de 50 mil animais mantidos nos zoológicos brasileiros poderão ser beneficiados, se a CPI de maus-tratos de animais decidir investigar qual a ‘fonte’ das normativas do IBAMA,  para comprovar que os requisitos mínimos dos alojamentos das espécies são ‘ditados’ pelos próprios zoos,  culminando no abuso físico e psíquico dos animais cativos e que ficam desamparados por uma legislação que foi instituída sem considerar o bem-estar e as necessidades de cada espécie: “autorictas, non veritas, facit legem’’ (é a autoridade, e não a verdade, quem faz as leis).

IBAMA-CPI

Um bom exemplo da disparidade entre as normativas do IBAMA e o sofrimento animal, é o caso do Leão no zoológico de Brasília, sendo mantido por muitos anos em um recinto pequeno e com concreto por todos os lados, sem nenhuma vegetação ou algo que tivesse o cheiro de seu habitat natural.

Para que você possa tentar entender porque esse animal sofreu todos esses anos sem que nenhuma autoridade tomasse alguma providência veja que no ano de 2011, uma reportagem do site IG , citava que o leão Dengo estava em um recinto de 60 metros quadrados.

Entretanto na reportagem dessa semana do G1, com o título ‘Zoo do DF nega transferência de leão idoso e diz que vai reformar recinto’, consta que;

O diretor afirma que o bicho vive em um espaço que segue a instrução normativa do Ibama – de 70 m² para dois animais.

"Acredito que o Ibama não destinaria o animal para um lugar que não fosse adequado", disse a bióloga Khesller Name.

O que nos deixa a seguinte pergunta – “Quem fiscalizou o zoológico fez a medição do tamanho real desse recinto?

Existem várias respostas a essa única pergunta, e elas variam entre o fato de que;

  • Nunca houve uma medição do tamanho do recinto;
  • Como também não houve nenhuma fiscalização no Zoo.

Respostas que não satisfazem nem as necessidades dos animais, e nem a indignação nas redes sociais diante do sofrimento desse leão, que se alastra a outras centenas de animais cativos nos zoos brasileiros. Isso se deve ao fato de que mais da metade dos zoológicos no Brasil foram criados pelos municípios e pelos estados, o que na prática significa que a mesma autoridade que ‘encarcerou’ os animais, é a mesma autoridade que tem ‘fiscalizar’ e ‘proteger’ os animais dos maus-tratos.

O IBAMA cria as normativas com base nos interesses dos zoológicos brasileiros, e mesmo assim não fiscaliza sua própria legislação, já que repassa aos governos estaduais a gestão da fauna silvestre, que é a responsável por fiscalizar, apreender e preservar os animais. E é neste conflito de interesses, que os animais definham nos zoos do Brasil.

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Pelo padrão internacional, como o da Associação Americana de Zoológicos e Aquários (AZA), o tamanho do recinto para o leão seria de 10000ft², que equivale a  929m² . Dessa forma onde hoje no Brasil são mantidos 75 leões, somente poderiam haver 13 leões, o que na prática significa que “Lutar por jaulas maiores é que fortalece para que as jaulas fiquem vazias”.

A legislação brasileira relativa aos jardim zoológicos inicia-se com a:

  • Lei 7. 153, de 14 de dezembro de 1983 que dispõe sobre o estabelecimento e fornecimento de jardins zoológicos;
  • Portaria no. 283/p, de 18 de maio de 1989 que dispõe sobre o registro ao IBAMA de jardins zoológicos públicos ou privados;
  • Instrução normativa no. 001/89-p de 19 de outubro de 1989 que estabelece os requisitos recomendáveis para a ocupação de alojamento em jardins zoológicos.

Leia abaixo com atenção, o texto da IN 001/89;

O PRESIDENTE DO INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMA no uso de suas atribuições legais, tendo em vista … e considerando a necessidade de estabelecer os requisitos recomendáveis para a ocupação de alojamentos em jardins zoológicos, RESOLVE:

Art. 1° Os jardins zoológicos estão obrigados a cumprir as recomendações desta Instrução Normativa, excetuando-se os casos em que haja o endosso conjunto dos biólogos e médicos veterinários da Instituição, através de declaração escrita submetida ao Instituto, comprovando que os alojamentos estão atendendo ao bem estar físico-psicológico dos animais que neles se encontrem.

A comissão formada por técnicos do Instituto, da Sociedade de Zoológicos do Brasil e pelas entidades ambientalistas, referidas no Art. 6° da Portaria n° 283, de 18 de maio de 1.989, emitirá parecer instrutivo quanto ao uso dos alojamentos de adequação duvidosa, ouvindo outros especialistas quando necessário.

Os alojamentos projetados para certos grupos de animais poderão eventualmente, ser utilizados para expor grupos de outras espécies desde que seja respeitado o atendimento da situação de bem-estar físico-psicológico, referido neste Artigo e cuja utilização não poderá exceder ao prazo de 90 (noventa) dias.

Art. 5° Qualquer alojamento que, embora atendendo as recomendações desta Instrução Normativa, comprovadamente não esteja proporcionando o bem-estar físico-psicológico a um ou mais animais que abriga, poderá ser interditado pelo instituto, ouvida antes a Comissão IBAMA/SZB de Técnicos, referida no Art. 6° da Portaria n° 283/89-P, de 18 de maio de 1.989.

Art. 6° Os casos omissos serão resolvidos pela presidência do IBAMA, ouvidas a Diretoria de Ecossistemas e a Comissão de Técnicos IBAMA/SZB.

Por essa normativa que define que é a comissão do IBAMA, que na verdade é o órgão estadual que mantém o zoológico e Sociedade de Zoológicos Brasileiros, que em sua página no facebook, faz questão de denegrir os poucos santuários brasileiros (Leia: Zoos do Brasil abrem fogo contra Santuário), e que seguiam uma legislação muito mais exigente com a assistência de pelo menos um biólogo ou um médico veterinário e a capacitação financeira devidamente comprovada (isso até a IN 07/2015),  o zoo jamais teria liberado o leão e a onça de Brasília, se não fosse a intervenção direta do grupo formado pelo deputado federal Ricardo Izar (PSD), presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Animais (FPDDA), da apresentadora Luísa Mell e de outros ativistas da causa animal que acamparam no gramado do congresso nacional, e que conseguiram uma audiência para expor o caso ao vice-governador do Distrito Federal Renato Santana (PSB), que concordou em liberar os animais, e publicou uma nota oficial em sua página no Facebook, onde consta;

Além de dar melhores condições de sobrevivência aos animais, a decisão também traz economicidade para o Poder Público, revertendo um gasto de mais de R$ 40 mil que o Zoológico de Brasília teria com uma possível reforma do ambiente no qual o dois estão instalados, mais os gastos com a manutenção dos animais em espaço não adequado.

Em qualquer cidade ou estado onde exista um zoológico,  existe também um bom argumento para a falta de dinheiro na construção de postos de saúde ou de creches, ou de escolas. Muitos historiadores citam que a corrupção tem raízes dentro dos zoológicos, onde as toneladas de carnes e legumes comprados para os animais, são entregues diretamente nas casas de políticos e outros gestores públicos, e o pouco que chega aos zoológicos acaba saindo não para as boquinhas e focinhos famintos, mas pelas mãos de funcionários, que não correm o risco de serem denunciados pelos animais que não podem falar há quanto tempo estão sem comer, e nem qual o tipo de comida lhe é fornecida.

A Wild Welfare, entidade que tenta melhorar a situação dos animais selvagens em cativeiro em todo o mundo, postou em sua página sua avaliação em relação aos zoológicos brasileiros;

"Recintos desatualizados, recursos limitados, e a falta de uma boa legislação federal e estadual, e um nível elevado de animais resgatados que estão sendo tomadas pelos zoológicos brasileiros a cada ano, contribui para as precárias instalações e um mal-estar para centenas de animais dentro dos jardins zoológicos.

Muitos animais em coleções brasileiras vêm de apreensões do tráfico ilegal, bem como o número de animais apreendidos certamente representa apenas uma pequena parte do número real de animais ilegalmente capturados na natureza.

O Brasil tem 116 instituições zoológicas: 106 zoológicos e 10 aquários, que em conjunto detêm cerca de 50.000 animais. Infelizmente, muitos zoológicos brasileiros têm muito má qualidade, com estruturas físicas ultrapassadas, má gestão e não manutenção de registros. Atualmente, existem poucas oportunidades de capacitação para treinar a equipe e melhorar o seu desempenho. A maioria das instituições (57%) estão localizadas na Região Sul do país; 54% são instituições públicas, financiados pelos municípios, e são inteiramente dependente dos interesses políticos do atual prefeito.

Cita ainda que a Sociedade Zoológicos Brasileiros – SZB, se filiou recentemente a Asociación Latinomericana de Parques Zoológicos y Acuarios – ALPZA, a mesma associação cujos sócios, tiveram seus representantes escolhidos a ‘dedo’,  para comporem a junta veterinária, que determinou que o Urso Polar Arturo não precisava ser transferido do zoológico de Mendoza na Argentina para o Canadá.

Para exemplificar o texto da Wild Welfare quando cita ‘o número real de animais ilegalmente capturados na natureza’, temos a ursa polar Aurora que hoje está confinada dentro de um retângulo com piso de concreto, cujas paredes se alternam entre concreto e vidro, num ambiente totalmente fechado por um telhado que não permite que os ursos polares tenham direito ao ar fresco e ao sol que filtrado por claraboias acaba refletindo somente nas paredes do recinto.

A Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção – CITES, da qual o Brasil é signatário, oferece diversos graus de proteção a mais de 30.000 espécies de animais e plantas de todo o mundo. No Brasil, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, mais precisamente a Diretoria de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas – DBFLO – é que tem a atribuição de analisar e emitir licenças CITES.

Segundo a CITES, o comércio internacional de uma espécie listada nos Anexos I e II, só é permitido se isso não for prejudicial para a sobrevivência da espécie no estado selvagem. Para fazer estes juízos, cada parte deve designar uma Autoridade Científica que vai atestar isso na licença.

Apesar do urso polar estar listado no Anexo II da CITES, na Rússia o urso polar é listado no Livro Vermelho das Espécies em Perigo de Extinção, tanto que o Presidente Vladimir Putin visitou uma ilha na Sibéria, acompanhado de cientistas russos para proteger os ursos polares. Os especialistas demonstraram como monitoram os animais e Putin ajudou na operação colocando um colar de rastreamento no animal.

No entanto o russo Alexander Malev, que foi apresentado a imprensa como especialista em ursos polares, não estava entre os cientistas russos e também segundo a página da CITES, não está na lista de autoridades científicas. Ele além de corroborar com as mentiras divulgadas pelo Aquário de São Paulo, que em nota  afirmou que os animais "não foram tirados da natureza" e que "qualquer afirmação pejorativa sem fundamento poderia sofrer medidas jurídicas", é o diretor do Zoológico de Kazan, que mantém os animais em verdadeiros cubículos, rodeado de grades enferrujadas e concreto por todos os lados, conforme pode ser visto nas fotos abaixo. O resultado dessa crueldade é que além dos comportamentos estereotipados que podem ser vistos nos animais, os machos estressados copulam freneticamente quase ao ponto de estuprar as fêmeas, mas que assegura que o zoo de Kazan, sempre tenha filhotes para negociar com outros zoológicos pelo mundo. 

Aurora nasceu livre no meio selvagem, e foi retirada da natureza junto de sua irmã Victória em torno dos 4 meses de vida e enviadas para o zoológico, que ao invés de cuidar das fêmeas de uma forma que ambas pudessem ser reintroduzidas na natureza, separou as irmãs depois de um ano, enviando Aurora para o Zoo de Udmurtia na cidade de Izhevsk, para se tornar a companehira de Peregrino. Para ambos foi amor a primeira vista, e desde então milhares de fotos e dezenas de vídeos postados pelos visitantes mostram como o casal vivia bem no local que tem o mesmo clima do seu ambiente natural. Com muito sol no verão, e muita neve no inverno.

O recinto do zoo em Izhevsk mede 40mts de comprimento por 20 mts de largura possibilitava que esses ursos polares exibissem comportamentos naturais como brincar de correr, de pega-pega e de esconde e esconde, além de terem a liberdade de escolher se queriam ou não serem observados pelo público, pois suas ‘áreas de cambeamento’ que também são seus ‘quartos de dormir’ permaneciam com suas grades abertas permitindo que o animal escolhesse onde quer ficar a qualquer hora do dia.

Quando o casal atingiu a maturidade, perdendo o título de filhotes fofinhos dos quais os zoos adoram fazer marketing, foram recrutados pelo zoo de Kazan, que tomou a posse do casal de ursos polares,  e os encaixotou em caixas comuns com furos, e não em climatizadas e refrigeradas como divulgadas pela imprensa para a viagem de cerca mais de 6 dias até São Paulo, sendo que as normas relativas ao transporte aéreo de animais vivos da IATA (Associação de Transporte Aéreo Internacional), cita que os animais não devem passar mais de 3 dias enclausurados.

Para saber mais sobre o caso dos ursos polares Aurora e Peregrino visite a página Free Aurora Pilgrim no facebook.

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Somente a CPI dos maus-tratos aos animais, tem o poder para interpelar e apresentar aos Brasileiros quem são as pessoas e quais são seus conhecimentos científicos, e quais são as entidades ambientalistas que corroboram e que determinam e aprovam essas normativas que não atendem nem de longe as especificações mundiais para o mínimo de bem-estar dos animais.

Isso sem contar que pouca gente sabe que também dentro dos zoológicos e aquários brasileiros os animais silvestres e exóticos, são submetidos a experiências cientifícas com o respaldo de universidades e de seus professores. Veja por exemplo o caso dos pinguins cativos que são obrigados a sobreviver no piso de concreto, o que ocasiona bolhas em seus pés, e que mesmo sendo um espécie que vive na água salgada, é obrigado a viver na água doce como parte do experimento científico.

Leia também: Pinguins o sofrimento e a morte no cativeiro de concreto 

O fato do IBAMA esquecer que o ‘ursus maritimus’ é um animal marinho, e que deveria estar listado nas normativas correspondentes, e de definir apenas 150mts2 de área terrestre para um casal de ursos polares, em um recinto fechado, sem uma área externa com direito a ar fresco e luz solar, além de causar uma ‘vergonha nacional’ se comparada a legislação internacional, é praticamente um atestado de crueldade legislativa.

Alguns dos requisitos para os cuidados de ursos polares em cativeiros, contidos no manual da ASA, citam;

- que o recinto deve promover o comportamentos apropriado a espécie: e que para isso a  paisagem deve ser naturalista (por exemplo, plantada com grama, arbustos e árvores para sombra) e funcional, incluindo: piscina, folhagem, pedregulhos, árvores, troncos, e covas abertas / e com um piso  "macio", em vez de duro e áspero como o cimento ou concreto.

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Isso se deve ao fato de que os ursos polares podem desenvolver pododermatites em suas patas.

O manual também cita que os ursos polares criam ninhos (camas) tanto durante o dia e /ou noite. E que a Lei de Proteção ao Urso Polar de Manitoba-Canadá, afirmam que as áreas de exposição devem incluir uma área de terra,  coberto por "solo, palha, aparas de madeira ou outro substrato adequadamente suave". E que os materiais de nidificação apropriados incluem feno, palha, lã de madeira, etc. E que as piscinas devem conter água salgada fria, com peixes vivos, paredes lisas e bordas lisas.

Como já foi dito acima em relação ao Leão do Zoo de Brasília, que a cada ano informava que a medida do recinto estava dentro da normativa do IBAMA, sendo que nenhum órgão efetuou a medição, podemos esperar o mesmo resultado lastimável no recinto dos ursos polares.

Para aqueles que acham difícil acreditar em uma importação ilegal de animais vivos, veja o caso divulgado durante a CPI do Tráfico Ilegal de Animais, onde constou a correspondência encaminhada ao Ministério Público Federal, com a denúncia de que o IBAMA havia autorizado a importação de animais do Equador. No entanto em contato com a Embaixada daquele país, apurou-se que o Equador não permite a exportação de animais silvestres, sendo, portanto, aquela importação ilegal.

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O animal em questão era o ‘mustela putorius furo’ ou ferret, cuja importação é permitida pelo IBAMA pela Portaria 163, de 8 de dezembro de 1998, que rege que a importação tem finalidade comercial para a manutenção em cativeiro como animal de estimação. O produtor dos ferrets que chegam ao Brasil é a Marshall Farms, que é a holding controladora da Green Hill na Itália; de onde foram resgatados 2500 beagles e ferrets. Click aqui para assistir o vídeo da PETA sobre como são criados os ferrets da Marshall que são importados pelo Brasil que ao permitir essa importação contribui diretamente para a continuidade dessa crueldade.

Para a viagem rumo ao Brasil, os animais são desmamados em torno dos 15 dias de vida, quando então são castrados e tem suas glândulas adenais removidas.  Dezenas de ferrets são colocados em caixas de madeira amontoados uns sobre os outros para que as caixas possam ser lacradas. Os que conseguem sobreviver a viagem até o Brasil, tem ainda um destino bem mais cruel; são usados como cobaias em laboratórios e em universidades.

Chama a atenção o fato de que o IBAMA autoriza a importação da espécie ‘mustela putorius furo’ ao mesmo tempo que o Ministério da Agricultura proíbe toda e qualquer  importação de ração, dos suplementos e de medicamentos para a espécie em questão, que não seja os fabricados única e exclusivamente pela própria Marshall Farms, o que sugere uma certa exclusividade ao importador brasileiro, que envia os animais excedentes ou doentes para os PetShops para serem vendidos como animais de estimação. 

Da procedência dos Ferrets; e os métodos crueis de criação, e os problemas genéticos e congênitos, mais a viagem para o Brasil, e a falta de medicamentos, vacinas, e de rações de qualidade, culminam na morte precoce dos animais. Enquanto que na Europa a média de vida dos ferrets comercializados como animais de estimação é entre 8 e 12 anos, no Brasil a média é entre 4 e 6 anos de idade.

Do relatório da COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO criada em 10.09.2002, destinada a “INVESTIGAR O TRÁFICO ILEGAL DE ANIMAIS E PLANTAS SILVESTRES DA FAUNA E DA FLORA BRASILEIRAS” – CPITRAFI, cito abaixo alguns trechos, os quais passados 13 anos da CPI,  ainda aguardam uma solução;

- Que o tráfico de animais silvestres é hoje a terceira maior atividade ilícita do mundo, perdendo apenas para o tráfico de armas e drogas.

- A necessidade de formulação e implementação de uma política nacional para combater o tráfico de animais silvestres, que inclua ações específicas em relação ao tráfico realizado como atividade de subsistência da população de baixa renda (tráfico famélico).

- Problemas da legislação em vigor as seguintes situações: o art. 29 da Lei de Crimes Ambientais (LCA), que traz um tipo penal múltiplo, não prevê tratamento diferenciado, com penas mais severas, para o tráfico interestadual ou internacional, razão pela qual grandes traficantes de animais, de forma inaceitável, têm hoje os benefícios aplicáveis às condutas consideradas de menor potencial ofensivo, como a transação penal e a suspensão condicional do processo; o valor da fiança para libertação dos infratores presos é muito baixo; e não há tipo penal específico para a biopirataria. Destacou que não há locais adequados (centros de triagem e manejo) para destinação dos animais apreendidos pelas autoridades de fiscalização. 

- Que o Estado do Rio de Janeiro é o principal pólo de tráfico de animais silvestres do País. Nessa Unidade da Federação, haveria mais de cem feiras livres que comercializam irregularmente animais silvestres e muitos criadouros de animais funcionando sem registro.

- O tráfico de animais silvestres, de acordo com a finalidade com que o espécime é retirado de seu hábitat natural, apresenta-se nas seguintes modalidades: o tráfico para colecionadores e para zoológicos particulares ilegais; o tráfico dirigido para pet shops que atuam no País sem licença do IBAMA e para pet shops de outros países; e o tráfico para fins científicos (biopirataria).  Em pesquisa feita num prazo de três meses, foram localizados 4.892 anúncios de venda de animais silvestres pela Internet. No caso de animais raros, afirmou que é comum a prática da “lavagem” dos animais, mediante a obtenção de documentação para respaldar o comércio ilegal.

- O Tráfico de peixes ornamentais retirados ilegalmente da Amazônia, principalmente para abastecer lojas de aquariofilia, também é pouco lembrado como uma crueldade animal; peixes que tem em média quatro centímetros, são colocados dentro de sacos plásticos com água, e acondicionados em malas de viagem com destino ao exterior. Segundo o relatório da Polícia Federal, um único espécime de Acari Zebra pode atingir o valor de US$ 1,5 mil na Ásia ou na Europa.

- Problemas da legislação em vigor o baixo valor da fiança e as penas brandas em demasia para os traficantes.

- Também falou da importância de definição das competências para tratar a questão ambiental.

- Considera dois problemas na Lei de Crimes Ambientais: o crime é tipificado como um crime de baixo poder ofensivo, o que leva os juízes a terem dificuldade em punir, porque consideram que o crime ambiental é de menor importância; as multas administrativas são extremamente elevadas, há um descompasso entre o que é administrativo e o que é penal.

- Critica a criação de animais exóticos.

- A seguir, comentou os principais diplomas legais que norteiam a importação e a exportação de animais da fauna silvestre. Vigora, atualmente, a Portaria n° 93, de 7 de julho de 1998, que estabelece os requisitos e procedimentos relativos à importação e exportação de animais silvestres para todas as finalidades — científica, comercial, animais de estimação, artesanatos indígenas, confeccionados com partes de animais da fauna brasileira. Por essa Portaria, é proibida a importação de animais vivos, capturados na natureza, em razão da possível introdução de zoonoses não ocorrentes em território brasileiro, bem como a possibilidade de haver fuga e a consequente introdução na natureza (é proibida a importação de espécimes vivos dos grupos: invertebrados, anfíbios, répteis, aves, e alguns mamíferos, como elefantes, sirênias e pennipedia). A exportação de espécimes vivos, produtos e subprodutos da fauna silvestre brasileira somente será autorizada quando for objeto de intercâmbio técnico-científico com instituições afins do exterior. Os exemplares devem estar marcados. Por fim, ressalta a necessidade do IBAMA contar com técnicos nos principais portos e aeroportos para inspecionar o conteúdo dos volumes de todas as transações com animais.

- Investigação e proposta ação civil pública visando a paralisar as atividades de uma entidade que atuava ilegalmente. A entidade divulgava trabalhar na região em ações de assistência às comunidades locais e de proteção ambiental, mas as investigações feitas à época demonstraram que isso não era verdade. Essa ação civil pública não foi julgada até hoje.

  • Nota do Blog: Em julho desse ano o Sea World Parks & Entertainment reuniu a imprensa em São Paulo, para anunciar que vai dar apoio ao Projeto Biopesca, que também recebe apoio do Aquário de São Paulo.

- Que licença CITES somente é emitida com a prova de que o animal nasceu em cativeiro. Propõe que o IBAMA implante em cada Estado do País um centro de triagem, reabilitação e reintrodução de animais silvestres confiscados pelos órgãos federais e estaduais.

- Que para o funcionamento do Zoo Chaparral, a documentação necessária para a regularização do zoo havia sido encaminhada ao IBAMA, faltando apenas um convênio com a Universidade Rural de Pernambuco. Disse que recebeu declaração da universidade em que esta afirma sua disponibilidade para dar o apoio técnico necessário ao funcionamento do zôo. Afirmou que não agiu com má fé ao dar início ao funcionamento do zôo. A presidência da comissão informou que o Zoo Chaparral foi interditado pelo IBAMA.

- Quem em 2002 o IBAMA desenvolveu, em conjunto com a Sociedade de Zoológicos do Brasil, a operação Zoo Legal, com o objetivo de fiscalizar a situação dos 135 zoológicos brasileiros. Até a época, foram vistoriados 57 zoológicos, dos quais apenas quatro apresentaram deficiências ou irregularidades que obrigaram o IBAMA a sugerir o fechamento e a retirada dos animais que lá se encontravam.

- Criadouros de animais silvestres com atividades irregulares Foram investigados uma série de criadouros comerciais e científicos, com vistas a localizar casos de que comercialização irregular de animais silvestres, ou problemas nas condições em que são mantidos os animais. Para isso, foram utilizadas informações obtidas junto ao IBAMA, dados reunidos por meio da Internet, depoimentos reservados prestados à CPI e variados tipos de documentos. A CPI, junto com o IBAMA, apreendeu quase quinhentos animais no Rio Grande do Sul num criadouro científico que comercializava irregularmente os animais, mantido pelo Sr. () .Além da comercialização de animais em afronta às normas que regulam os criadouros científicos, apurou-se nesse caso tratamento cruel dos animais.

- Entende-se que o procedimento adotado pela CPI no Paraná, em conjunto com o IBAMA, deve ser estendido a todo o Brasil. Ou seja, as autoridades competentes devem efetuar um levantamento regional de todos os criadouros existentes, fiscalizá-los e, encontrando irregularidades relativas à manutenção de animais em desacordo com o autorizado (espécies diversas das autorizadas, excesso de plantel, etc.), autuar e encaminhar os responsáveis para que prestem depoimento, de imediato, às autoridades policiais sobre a origem dos seus animais.

- As maiores polêmicas surgem nos crimes que têm a fauna silvestre como bem jurídico tutelado. O STJ cancelou, no ano de 2000, súmula que explicitava que os crimes contra a fauna competiam à Justiça Federal. Há que se ponderar, frente a essa decisão, sobre a vigência do art. 1º, caput, da Lei nº 5.197, de 1967 (Lei de Proteção à Fauna), que dispõe, in verbis: “Art. 1º Os animais de quaisquer espécies, em qualquer fase de seu desenvolvimento e que vivem naturalmente fora do cativeiro, constituindo a fauna silvestre, bem como seus ninhos, abrigos e criadouros naturais são propriedade do Estado, sendo proibida a sua utilização, perseguição, destruição, caça ou apanha.”

- No que se refere à legislação federal, constata-se a necessidade de uma série de ajustes nas normas em vigor. A Lei 5.197/67 (Lei de Proteção à Fauna) apresenta problemas de desorganização dos comandos normativos originada nas sucessivas alterações ocorridas em seu texto, bem como omissão na regulação do tema criadouros.

- Os trabalhos conduzidos pela CPI indicam especificamente a necessidade de revisão nas normas referentes aos criadouros (hoje restritas a atos normativos do IBAMA), inclusive mediante inserção de seus preceitos básicos na Lei de Proteção à Fauna.

- A Lei 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais) também carece de aperfeiçoamento: os seus dispositivos que têm a fauna como bem jurídico tutelado não preveem sanções com o rigor adequado para os grandes traficantes de animais, ou para aqueles que comercializam animais de alto valor, situação que acaba estimulando as atividades ilícitas.

- Deve-se mencionar que as sanções leves atualmente em vigor estariam levando alguns magistrados a apoiarem-se no chamado “princípio da insignificância” para proferir decisões nas questões que envolvem delitos praticados contra a fauna.

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28 de jul. de 2015

Cecil o leão foi morto por dentista viciado em assassinar animais raros

“A morte do leão Cecil é uma tragédia, não só porque era um símbolo do Zimbábue, mas porque agora podemos dar seus seis filhos como perdidos também. O novo chefe do bando não vai permitir que vivam, vai matar todos eles”, diz o diretor da Equipe de Preservação do Zimbábue, Johnny Rodrigues.

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O assassinato do leão Cecil chocou a comunidade, e o homem que ordenou a morte de Cecil é um dentista americano que pagou 49 mil euros aos guias que o levaram até o animal raro. Cecil foi encontrado sem cabeça nem pele, em 1 de julho.

Com um arco, uma flecha —e um pagamento antecipado de 50.000 euros— o dentista matou o leão de 13 anos de idade.

“A caça foi ilegal”, sentencia taxativo o representante do Governo do Zimbábue. “Os três agressores não tinham licença e perseguiram o felino por dois dias depois de feri-lo”, acrescenta. Segundo seu relato, depois de mais de 40 horas de caça, acabaram com a vida de Cecil com um disparo nos arredores da reserva em que vivia, dentro dos limites da concessão de Gwaai, até onde foi conduzido com uma isca de carne e um rastro de sangue. O ataque aconteceu de noite, pelo que apenas na manhã seguinte foram encontrar o animal decapitado e sem pele. Ficaram com a cabeça como troféu.

“Sem dúvida, foi horrível. Tudo que fizeram foi ilegal”, assegura Rodrigues, consternado. “Tentaram destruir a coleira de GPS que estava no leão e que lhe permitia andar com liberdade pelo parque, mas não conseguiram”, acrescenta.

O caçador pertence à Associação de guias e caçadores profissionais local (ZPHGA, na sigla em inglês), que, em um comunicado oficial, confirmou que um de seus membros liderou a caça e garante que os fatos estão sendo investigados. Membros da ZPHGA afirmam que era um safári privado, mas o Governo insiste que o leão vivia na reserva e que era protegido. A Associação dos caçadores, que não quis fazer comentários sobre questões legais, suspendeu o caçador indefinidamente por desrespeitar as normas de comportamento do clube.

Por ser o maior felino da região, Cecil era uma atração turística do país. Os vizinhos do país africano recorreram à mídia para expressar seu horror, apenas alguns dias depois que 23 elefantes bebês foram capturados e exportados para a China, no mesmo parque Hwange.

Além de sua beleza, Cecil parecia apreciar o contato com humanos, posando para todos que quisessem lhe fotografar. O leão terá sido atraído para fora do parque (comum presa morta) e só então foi atingido com a flecha. “Ele nunca chateou ninguém, era um dos animais mais bonitos para se olhar”, descreve Rodrigues.

Já o caçador suspeito de ter feito o disparo é Theo Bronkhorst, um profissional que trabalha para a Bushman Safaris que esta a ser acusado pela “Gwayi Conservancy”, uma organização sem fins lucrativos que protege a vida animal no distrito de Hwange

O americano o responsável pela morte de Cecil, chama-se Walter James Palmer, um dentista de Minnesota/EUA,  que teria pago 49 mil euros para disparar com arco e flecha contra o leão Cecil.

O dentista se tornou um viciado em assassinar animais raros; como alces, ursos negros, ursos polares, pumas, leopardos, rinoceronte branco e leões.

A caça com arco e flecha é legalizada em todos os países africanos.

14 de jun. de 2015

Centenas de Animais morrem em Zoo Alagado

Às fortes chuvas que caíram em Tbilisi capital da Geórgia, matou centenas de animais que estavam confinados dentro das jaulas no zoológico da cidade, os poucos animais que conseguiram se salvar agora estão sendo mortos a tiros por serem considerados perigosos.
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O rio da cidade transbordou danificando  tudo o que encontrava a sua frente causando um cenário devastador.


O diretor do zoológico de Tbilisi, Zurab Gurielidze, informou que a maioria dos animais do zoológico morreram nas inundações.
"Quase todos os nossos leões e tigres estão mortos. Nós também não conseguimos salvar nenhum dos nossos macacos. Todos eles se afogaram, incapazes de escapar de suas gaiolas".
Os cadáveres de um leão e um pônei estavam na estrada perto do zoo. Dos 17 pinguins confinados no zoo, apenas 3 se salvaram.

O chefe da Igreja Ortodoxa da Geórgia disse que a culpa das inundações era dos comunistas, devido  ao "pecado" de destruir as igrejas, os quais os sinos foram derretidos para construir as grades das gaiolas do zoológico.

Ele acrescentou que “o zoológico não pode ser reconstruído nesse lugar. Um pecado jamais fica sem punição."
Dentre os animais que conseguiram se salvar de morrerem afogados estão lobos, leões, tigres, ursos, onças e um hipopótamo, que escaparam de suas gaiolas depois que elas foram destruídas pela força da água.

Um filhote de urso e um  hipopótamo foram recapturados  com o uso de dardos tranquilizantes.
Mas com a destruição das gaiolas, sem ter onde alojar os animais considerados mais perigosos, as autoridades optaram por matá-los com diversas justificativas.

Seis lobos que sobreviveram e que estavam próximos de um hospital infantil, foram baleados e mortos pela polícia georgiana.

Há relatos que também um leão, um urso, um tigre e uma hiena também já haviam sido mortos a tiros.

Um grande dispositivo das forças de segurança está em busca dos poucos animais sobreviventes, com o apoio de helicópteros, por todos os bairros próximos do zoológico.
O zoológico  também informou que entre os funcionários que morreram na enchente estava Guliko Chitadze, a tratadora que havia perdido um braço, depois de brincar com um tigre no mês passado.

Também um abrigo de cães da cidade teria sido inundado, causando a morte dos animais.

Fotos da destruição da cidade mostram que as equipes de resgate para os humanos, estão ao mesmo tempo salvando vários cães enlameados que estão sendo puxados para dentro dos barcos de resgate.

A Geórgia é um país situado entre a Europa e a Ásia e faz fronteira com a Rússia, Azerbaijão, Arménia e Turquia. Tbilisi é sua maior cidade, e também sua capital.

15 de mai. de 2015

As pegadas deixadas por Gulliet o Leão rebatizado de Ravi

O leão Ravi já chegou ao Santuário do Rancho dos Gnomos, onde agora ele irá viver, vindo do Mato Grosso até São Paulo, mas antes que a história do leão Ravi comece, vamos voltar no tempo e ver as pegadas deixadas por Gulliet seu antigo nome de circo.

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Desde 2002 já consta na internet que os animais do Circo Zanchettini - um tigre, dois leões, três cavalos, três pôneis, dois avestruzes, uma lhama e um cão, se apresentavam regularmente no festival promovido pela Universidade Federal do Paraná - do qual muitos universitários reclamaram a reitoria a exploração dos animais pelo circo.

O leão era chamado Gulliet, a Leoa de Laila, o tigre siberiano era chamado de Simbá, e o avestruz de Shrek, e um dos cavalos o Champa ficou conhecido como cavalo bêbado.

A reportagens antigas citam que o leão e a leoa, tinham nascido no circo e que eram um casal, enquanto que as reportagens recentes dizem que a leoa era mãe do leão Gulliet.

No entanto nenhuma das duas alternativas parece ser a correta, já que o leão  Gulliet ficava na mesma jaula que o tigre siberiano Simbá, e nunca teria se apresentado no picadeiro junto da leoa.

Em abril de 2009, durante uma Audiência Pública Contra Uso de Animais em Circos na Assembleia Legislativa do Espírito Santo, a representante do Conselho Nacional de Circos Itinerantes do Brasil, era Edlamar Maria Cabral Zanchettini,  do Circo Zanchettini, que rechaçou as denúncias de maus tratos aos animais. Admitiu que as denúncias são muitas, mas sustentou que não têm fundamento, “que os vídeos mostrados por essas entidades são montagem, e as fotos irreais. “Um leão custa 200 mil reais. Acham que vamos judiar de 200 mil reais?”, questionou.

No entanto quando enfim o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), atendeu as denúncias feitas pela população de Morrinhos/GO, por ocasião da instalação do circo na cidade, e constatou que os grandes felinos estavam no circo, que não comprovou a origem dos animais e nem tinha licença para mante-los ou exibi-los, os Zanchettini’s  recorreram à Justiça para impedir que o órgão ambiental apreendesse os animais, alegando que não cometeu maus tratos contra eles tendo sido, inclusive, arquivado procedimento criminal sobre isso.

Enquanto o processo corria, Simbá o tigre siberiano sumiu, dizem que morreu em dezembro de 2012, mas ninguém diz onde está enterrado.

Também Laila a Leoa, que supostamente seria a mãe de Gulliet morreu depois, e também não se sabe onde ela foi enterrada, se é que esse era o procedimento – uma vez que é dessa forma que se pode ‘desaparecer’ com esse ou aquele animal de um circo ou de um mantenedouro, deveria haver uma lei que o obrigasse que quando um animal licenciado morresse, houvesse um laudo de veterinário determinado a causa, o estado do animal e a destinação do corpo, a ser encaminhado aos órgãos competentes para averiguação.

As pessoas parecem não atentar ao fato de que quando os circos dizem que os animais morrem, as carretas que os conduziam misteriosamente desaparecem, quando poderiam ser utilizadas pelos animais sobreviventes que ganhariam um espaço a mais, o que demonstra claramente que a morte de um animal em um circo pode muito bem ser o reaparecimento do mesmo animal com outro nome em outro circo.

Em Junho de 2013, a Advocacia-Geral da União (AGU) assegurou, na Justiça, atuação de maus tratos por utilizar animais exóticos, sem autorização ambiental contra o Circo Zanchettini Ltda. De acordo com os procuradores federais, a autuação do Ibama se deu pela utilização sem a autorização do órgão, conforme prevê o Decreto nº 6.514/2008. Além disso, ressaltaram que a empresa tentou alegar que os grandes felinos seriam de idade avançada e nascidos em cativeiro, mas não comprovou a origem dos animais.

Acolhendo os argumentos das procuradorias da AGU, o Juízo Federal da 7ª Vara de Goiás negou o pedido do circo. Na decisão, o magistrado destacou, ainda, que o fato de ter sido arquivado procedimento criminal para apuração da conduta de maus tratos não afeta o processo administrativo instaurado pelo Ibama pois "como as esferas de apuração de crimes e ilícitos administrativos são distintas e autônomas, não é necessário que se verifique a ocorrência de prática de crimes para que se prossiga com as apurações no âmbito administrativo".

Por melhor que seja a intenção dos artistas e administradores de circos, de se considerar humanitário o tratamento dispensado a animais que passam toda a vida confinados em cativeiro impróprio, sem o necessário enriquecimento ambiental, e que se submetem ao estresse do adestramento, das apresentações e das viagens constantes. Para realizar tarefas como dançar, andar de bicicleta, tocar instrumentos, pular em argolas (com ou sem fogo), cumprimentar a plateia, entre outras proezas, os animais são submetidos a treinamento que, regularmente, envolve chicotadas, choques elétricos, chapas quentes, correntes e outros meios que os violentam, e que os privam de seus hábitos e de seus instintos.

Curiosamente o Zanchettini, como muitos outros circos itinerantes, tem em comum que sua sede seria no Paraná, estado que por muitos anos abrigou na cidade de Maringá, um conhecido criadouro de leões e tigres, suspeito de abastecer os circos brasileiros e da América do Sul, com os filhotes nascidos no local.

E o mais preocupante ainda é o fato de que os grandes felinos circularam pelo Brasil durante quase 20 anos, em um circo que recebia verbas federais, estaduais e municipais para se apresentar sem que nenhuma autoridade tivesse verificado a documentação e a procedência dos animais?

O circo Zanchettini disse que estava doando o leão, porque com a morte da leoa não tinha como apresentar o show – no entanto não consta nenhum registro de que o Gulliet fazia algum número junto de Laila.

Na época das denúncias, os frequentadores do circo diziam que as fotos e vídeos postados eram falsas ou manipuladas, mas quando o Sr. Mario Zanchettini resolveu ao invés de entregar o leão ao IBAMA, foi pessoalmente levar o animal e doa-lo a Associação Amigo dos Animais de Barra do Garças/MT - os admiradores do circo se calaram frente ao verdadeiro tamanho da carreta cheia de fezes, em que Gulliet vivia.

Sem estrutura para recebê-lo, o ambientalista e presidente da ONG, Francisco Cândido da Silva (Garrincha), iniciou uma campanha para a construção de um local para acomodá-lo e com a ajuda de amigos e voluntários iniciaram as obras, que resultaram em um recinto de 450m², graças a colaboração e doações a entidade, que mantém um trabalho em conjunto com Corpo de Bombeiros, para auxiliar no resgate de animais silvestres, atingidos por incêndios e outras ocorrências na região.

Quando aos outros animais exóticos como a lhama e as avestruzes, não consta nenhuma notícia se o circo tinha a documentação, se morreram ou se foram apreendidos.

No Brasil, somente onze estados já aprovaram leis que proíbem os circos de se apresentarem com animais, são eles: Alagoas, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, e São Paulo.

O Projeto de Lei 7291/06, que proíbe o uso de qualquer tipo de animal em circos no Brasil, apesar de já ter sido aprovado em todas as comissões da Câmara dos Deputados, está pronto para ser votado, mas para que o PL seja votado pelo Plenário da Câmara, é necessário que os líderes dos partidos o coloquem na pauta.

Isso quase aconteceu em 03/03/2015, quando a discussão foi adiada em face do encerramento da sessão. Após essa etapa, segue para apreciação do Senado e, depois, para a sanção presidencial para virar lei.

Assine a petição criada pelo Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal (FNPDA), para pressionar que os parlamentares parem de adiar essa importante decisão e comprometam-se a votar e aprovar esse PL.(click aqui)

O novo nome  do leão, simboliza o início de uma nova vida e é uma forma do animal não se identificar mais com as experiências do passado (neste caso, com a vida que teve no circo).

No santuário do Rancho dos Gnomos, ele será minuciosamente examinado para que todas as sequelas deixadas pelos anos em que esteve enjaulado dentro do Circo da família Zanchettini, possam ser curadas ou aliviadas, com os métodos tradicionais e com os alternativos como acupuntura, florais, quiropraxia e massagem.

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Referências:

http://agu.gov.br/page/content/detail/id_conteudo/242950

http://www.folhamt.com.br/artigo/17596/Leao-Gulliet-e-transferido-mesmo-com-pedidos-de-fica

http://www.araguaianoticia.com.br/noticia/7893

http://institutocahon.blogspot.com.br/2012/03/polemica-por-tras-do-espetaculo.html

https://www.youtube.com/watch?v=BtBccb6ij6g

http://lancenoar.com.br/site/index.php/noticias-do-lance/884-passeio-ciclistico-em-barra-do-garcas-em-prol-a-ong-amigo-dos-animais

http://doresdoindaia.blogspot.com.br/2009/02/o-circo-chegou.html

http://www.proec.ufpr.br/festival2003/links/imagens.htm

http://m.noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2012/05/25/mp-go-investiga-maus-tratos-a-animais-de-circo-de-goiania-artistas-dizem-que-bichos-sao-da-familia.htm

http://alvonoticias.blogspot.com.br/2007/11/blog-post_15.html

http://guinnessbrasil.blogspot.com.br/2007/02/mrcia-zanchettini-bate-recorde-na.html

http://www.proec.ufpr.br/festival2003/links/imagens.htm

http://araguaianoticia.com.br/noticia/7957

http://ubiranews.blogspot.com.br/2011_01_01_archive.html

http://sopaes.blogspot.com.br/2009/04/leia-o-que-aconteceu-na-audiencia.html

http://www.midiaindependente.org/pt/red/2002/08/34799.shtml

21 de abr. de 2015

Performances de animais exóticos está prestes a ser proibida na capital mundial do cinema

São Francisco está prestes a proibir performances usando ursos, leões, elefantes e outros animais selvagens e se juntar a dezenas de outros lugares que têm algum tipo de proibição de utilização de animais exóticos para o entretenimento.

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O decreto-lei, ainda aguarda a aprovação final do Conselho de Supervisores da cidade, e se aplicaria aos circos, eventos e filmagens de filmes e programas de televisão.

Gatos, cães e outros animais domesticados são isentos, como são animais utilizados para fins educacionais.

Defensores e adversários concordam que San Francisco seria a maior cidade os EUA a aprovar uma proibição tão abrangente que vai além do circo, por exemplo, e aplica-se a filmagem.

Outras localidades com a proibição de performances de animais exóticos incluem West Hollywood e Huntington Beach, no sul da Califórnia ; Plymouth, Massachusetts , e Greenburgh, New York.

"A primeira coisa a ser notada sobre a legislação é que ela está tentando proteger os animais contra o abuso", disse Katy Tang, a principal legisladora da portaria e uma ávida defensora dos animais - que anos atrás desistiu de comer carne por amor aos animais. A proposta incluiria várias espécies de animais silvestres e exóticos, como macacos, elefantes, leões, tigres, ursos, chimpanzés, cangurus, golfinhos, focas e lontras

"Um papagaio em um ombro, de modo geral, não está sendo forçado a falar", disse Tang. "Contanto que não haja uso de força ou abuso, as pessoas não devem se preocupar."

Tang disse que não é natural para um urso ou elefante se equilibrar em uma bola. E o mais provável, acrescentou, é que ao urso foi negado a comida; com medo e atormentado pelo treinador a se equilibrar em uma bola, os animais executam os atos, o que não é da natureza deles.

Desde 1984, a Sociedade Animais Selvagens Performances (PAWS),  tem estado na vanguarda dos esforços para resgatar do uso humano e aposentar em um santuário, os animais que foram vítimas do show-business. A PAWS investiga os relatos enviados de abuso de animais exóticos; a crueldade documentada auxilia na investigação para aliviar o sofrimento de animais selvagens em cativeiro.

A medida vem depois que outras propostas de proteção de animais foram aprovadas em cidades como Los Angeles e Oakland, que proibiu o uso do ‘bullhook’, um espeto de metal, usado para cutucar e infringir dor para poder domar os elefantes. Além disso, Los Angeles e Oakland. Um senador do estado da Califórnia quer que a medida seja aprovada em todo o estado.

Em março desse ano, a Feld Entertainment, a empresa-mãe do circo Ringling Bros e Barnum & Bailey Circus, anunciou em março que iria ‘aposentar’ seus elefantes em 2018.  A divulgação da ‘aposentadoria dos elefantes’ rendeu ao circo uma tremenda publicidade, e com isso a revelação da verdade – os elefantes estão doentes com tuberculose. Assim a cada elefante que não mais se apresentasse no circo – por ter morrido – seria considerado pelo público como aposentado.

Leia também: Tuberculose é a verdadeira causa da aposentadoria dos elefantes do circo Ringling Bros

Quando aprovada a portaria de São Francisco, começaria a valer em cerca de 30 dias , proíbe animais como os guaxinins de serem obrigados a fazer truques, e de serem treinados para fazerem exibições.

Susannah Greason Robbins, diretora executivo da Comissão de Filmes de São Francisco, disse que não viu quaisquer produções na cidade utilizarem animais exóticos nos quase cinco anos ela dirigiu o escritório.

"Eu entendo a necessidade de o decreto-lei para proteger esses animais, aqui em San Francisco", disse ela.

30 países e centenas de estados e cidades pelo mundo já proíbem animais em circos

Áustria, Holanda, Suécia, Índia, Finlândia, Suíça, Dinamarca, Argentina e vários outros países da Europa e alguns estados dos Estados Unidos proíbem shows com animais. “Lamentavelmente, quando o espetáculo termina, nem todos voltam pra casa. Alguns estão obrigados a voltar para trás das grades. Qual o motivo de sua condenação?”, questiona a organização defensora dos direitos dos animais AnimaNaturalis.

“O uso de animais em circos é cruel, ultrapassado, e agora é reconhecido na legislação em 30 países”, disse Jan Creamer, presidente da ADI, a Animal Defender International, que durante anos liderou várias investigações da crueldade as quais os animais de circos eram submetidos para se apresentar nos picadeiros. 

Durante uma série de investigações da ADI em Portugal, Victor Hugo Cardinal foi filmado espancando um elefante durante a apresentação ao público no circo que leva seu nome. Depois de muita perseguição pela imprensa portuguesa sobre o incidente, ele declarou em um programa de rádio:

“Eu bati no elefante porque ele não queria fazer o exercício, e isso não nego. Não podemos deixar que um animal faça aquilo que quer, ou então não há respeito, e o domador não está ali a fazer nada”

As inúmeras evidências de que os animais não apresentam comportamentos naturais nos circos – e que todos os circos sem excesão, usam de metódos crueis e dolorosos para dominar os animais, que ao longo dos anos tem tanto pavor de voltarem a sofrer – que passam a executar os ‘truques’ quase que automaticamentes, fez crescer a pressão mundial contra os circos que utilizam animais.

Leia também: Fumaça e Fogo no Circo com Animais de Cacá Diegues em Portugal

Uma vez que o tráfico e a apresentação com animais rende milhões – os ‘gigolos’ de animais tendem a usar de vários artificios para continuar a iludir o grande público. Para tanto atores em fim de carreira, e um diretor brasileiro que nunca chegará a Hollywood, foram financiados tanto por interesses brasileiros como portugueses para produzir um filme intitulado ‘O Grande Circo Místico’, nos quais os elefantes e o circo são os mesmos que foram filmados pela ADI, sendo espancados no circo Victor Hugo Cardinalli.

Junte-se a campanha da Comunidade Cidadãos Pelos Circos Sem Animais  - CCCA,  a campanha de BOICOTE ao filme "O Grande Circo Místico – Eu NÃO vou assistir, e tu?
Vamos mostrar a eles nossa cara de descontentamento e criar um álbum de fotografias com o maior numero possível de pessoas que vão boicotar o filme.

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Como participar:
1 - Imprimir numa folha o cartaz com a frase aqui: http://goo.gl/QEzjf2
2 - Tirar uma fotografia com a folha;
3 - Enviar a fotografia por favor para o mail circossemanimaisportugal@gmail.com ou por mensagem privada na pagina do CCSA;
4 - O CCSA irá publicar as fotografias no álbum criado para esta campanha. Depois podem identificar-se e partilhar o mais possível.

17 de fev. de 2015

Leão de dois anos que fugiu de fome de Zoo Argentino é morto e ridicularizado

A degradante situação em que vivem e morrem os animais nos zoológicos da argentina, piora a cada dia. A polêmica morte do leão Zupay, de apenas dois anos de idade, que por duas vezes fugiu do zoo, depois de ter sido separado de sua mãe, ganha mais um trágico capítulo a esta triste história.

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Zupay, nasceu no cativeiro do Zoo La Rioja,  dentro do chamado "Park Yacampis' , em Rioja/Argentina.

Em Agosto de 2011, ele fugiu do recinto onde foi colocado, depois de ter sido separado de sua mãe mesmo estando com apenas dois anos de idade. Como de praxe nos zoos argentinos, estava sem água e sem comida. Sem conseguir entrar na jaula da mãe, ficou perambulando pelo zoológico até sair pela cidade, onde atacou e matou um cachorro  

Moradores ao ouvirem os rugidos e os latidos, chamaram a polícia, que chamou pelos funcionários do zoológico, que em apenas uma hora conseguiram recapturar o animal, apenas chamando pelo seu nome, e conduzindo novamente para sua jaula.

Mas uma semana depois Zupay, novamente fugiu do recinto – provavelmente devido a fome já que atacou e matou uma égua e duas lhamas no caminho até a cidade, e depois ficou descansando dentro do quintal de uma residência, o qual a moradora chamou a polícia, que novamente chamou os funcionários do zoo.

Entretanto, os funcionários que conheciam Zupay não apareceram para socorrer o leão pela segunda vez. Segundo relatos, o gerente do zoo, que tinha as chaves do armário onde o fuzil de dardos tranquilizantes ficava trancado,  demorou quase uma hora para chegar e quando o fez, errou o primeiro tiro, deixando o animal muito nervoso.

"O leão estava com muito medo. Cercado por quase cinquenta policiais, que davam tiros para o ar e atiravam as luzes da lanterna sobre o animal, disse Antonella, a proprietária da casa onde eles mataram o animal com dez tiros, após duas horas de perseguição.

Há anos que a imprensa internacional deu destaque ao caso de Arturo – O Urso Polar mais triste do mundo, que sobrevive em temperaturas de mais de 40 graus no Zoo de Mendoza, e cujo translado para um santuário no Canadá foi negado há um ano, sem que nenhuma melhoria que os próprios ‘especialistas’ que negaram a transferência, recomendaram fosse implantada até a presente.

O caso tem um antecedente em 2012. Nesse ano, gerou-se uma polêmica após a morte do urso polar Winner no Zoológico de Buenos Aires. Em meio a uma onda de calor e como consequência dos ruídos dos fogos de artifício da noite de Natal, o urso morreu por hipertermia, agravada pelas altas temperaturas. Winner tinha 16 anos e que havia chegado apenas quatro anos antes, vindo do chile.

Sandra, a orangotango de Sumatra que vive há 20 anos no Zoo de Buenos Aires, e que ganhou as manchetes mundiais ao receber o ‘habeas corpus’, que foi solicitado pela Associação de Funcionários e Advogados pelo Direito dos Animais (Afada), e ela foi considerada como “sujeito não humano”, tendo com isso conseguido em Dezembro de 2014, o direito de ser enviada a um santuário, ainda se encontra aprisionada na Argentina. Somente daqui a alguns meses é que ela deve ir para o Santuário Center for Great Apes, em Wauchula, Flórida. Conforme consta no site do GAP, o trâmite burocrático, que implica nas permissões da Fauna Argentina e da Norte-Americana, é demorado.

Também foi pedido a liberdade dos chimpanzés Toti no zoo de Bubalcó (Río Negro), e de Monti de 45 anos de idade, que estava em Santiago Del Estero, onde o zoológico foi fechado e retro escaveiras entraram e destruíram tudo ao redor com os animais dentro. Monti entrou em pânico. Se escondeu em seu cubículo, e depois de alguns dias, morreu, sem nunca conhecer a liberdade.

Outra morte é a do chimpanzé chamado Xuxa que nasceu em 16 de fevereiro de 1991, em cativeiro e morreu exatamente em 16 de Janeiro de 2015. O grupo Ecológicos Unidos,  que foi quem primeiro denunciou a situação do urso polar Arturo, divulgou um vídeo dos três chimpanzés no Zoológico de Mendoza em maio de 2014. Os primatas não tinham nada na gaiola a não ser o cimento ao redor deles. A denúncia era de que o cárcere estava afetando as mentes dos animais, nunca foi ouvida. Agora só há um chimpanzé, pois dois já morreram.

A Fundação Cullunche organizou um protesto para exigir a renúncia do diretor do zoológico, Gustavo Pronotto. "Basta de mortes no Zoo de Mendoza Zoo" é o slogan do protesto, para  lembrar de todos os espécimes que morreram no local recentemente.

Passados mais de três anos da morte do Leão Zupay, uma nova polêmica ultrajante chega as redes sociais. Uma foto onde alguém segura um artefato sexual (pênis de borracha), próximo a boca do animal morto dentro da pick-up policial. O autor da foto não contava com a memória dos defensores de animais, que reconheceram o animal – bem como a crueldade que envolveu seu assassinato.

Muitos outros animais se encontram doentes, desnutridos e até animais mortos em estado de putrefação ficam expostos no Zoo de Rioja. A Fundação Kambra começou um movimento para recolher assinaturas pedindo o fechamento do zoo.

No facebook tanto a comunidade ‘No al Zoo Yastay’ como a ‘Oso Polar Arturo’, expõem as crueldades e os maus-tratos que os animais nesses zoológicos são submetidos, bem como organizam ações e petições contra o descaso das autoridades argentinas. 

No twitter os protestos seguem as hastags; #SinZooArgentina – #Arturo – #EcoparqueMza

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