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3 de nov. de 2015

A triste história de Laika o primeiro ser vivo lançado ao espaço

(Vídeo) No dia 3 de novembro de 1957, a cadela Laika, foi lançada ao espaço, e se tornou o primeiro ser vivo a orbitar a Terra a bordo do foguete soviético Sputnik 2.
A triste história de Laika
A cachorrinha Laika era uma andarilha, foi capturada nas ruas de Moscou pelas autoridades soviéticas e promovida a cosmonauta. Dos 38 cães de porte pequeno capturados , Laika foi escolhida por seu temperamento calmo, sua obediencia e por sua inteligência durante o treinamento.

De todos os outros cães que também foram capturados, somente três foram escolhidos para passar por treinamentos mais intensos e estressantes de resistência a vibrações (simulador de voo), acelerações, cargas G em máquinas centrífugas, altos ruídos e permanência em compartimentos cada vez menores; Albina, Laika e Mukha. Elas foram colocadas em ambientes fechados e apertados por períodos de 15 a 20 dias. Os soviéticos tiveram bastante trabalho para adaptar o grupo de cães à apertada cabine do foguete.

A escolha de fêmeas se deu, entre outros fatores, pelo fato de que, ao contrário dos machos, elas não tinham a necessidade de ficar em pé e erguer uma perna para urinar, o que era impossível de ser realizado na pequena cabine pressurizada destinada ao cão dentro da nave. Dentre as três, Laika foi escolhida por sua personalidade tranquila e paciente.

Laika, recebia comidas em forma gelatinosa e foi acorrentada para que não se mexesse durante o lançamento. Havia um sistema de sucção de gás carbônico a bordo, com o objetivo de evitar o acúmulo do gás - assim como um gerador de oxigênio. Um ventilador era automaticamente acionado para deixar a cadela mais confortável. 

Moscou afirmava ao mundo que em poucos dias Laika retornaria numa cápsula espacial ou em um para-quedas. Mas apesar do que era divulgado, Moscou sabia, desde o início, que Laika não retornaria com vida de sua missão, pois o Sputnik 2 não possuía tecnologia para regressar à Terra.
Era uma viagem só de ida. Laika.  A cadela russa sofreu com o seu pioneirismo.

Fixada ao chão da nave com uma espécie de cadeira que a impedia de se movimentar e equipada com um recipiente para armazenar seus excrementos, Laika começa a uivar apavoradamente devido ao barulho ensurdecedor e às vibrações do lançamento. Seu ritmo cardíaco dispara e chega a três vezes acima do normal. As autoridades soviéticas contaram na época que Laika morreu sem sofrer nenhum trauma, cerca de uma semana após o lançamento do foguete.

Mas informações divulgadas recentemente garantem que a cadela morreu de calor e pânico, apenas algumas horas depois do início da missão. As novas evidências foram reveladas no recente Congresso Mundial Espacial, que aconteceu nos Estados Unidos, por Dimitri Malashenkov, do Instituto para Problemas Biológicos de Moscou.Sensores médicos inseridos no corpo de Laika mostraram que os seus batimentos cardíacos chegaram ao triplo do normal. A temperatura e a umidade da cápsula do Sputnik aumentaram muito após o lançamento do foguete.

Submetida a um cenário de pânico, um calor extremo e desespero, Laika finalmente morreu, entre cinco e sete horas depois do lançamento. A causa de sua morte, que só foi revelada décadas depois do voo, foi, provavelmente, uma combinação de estresse sofrido e o superaquecimento. 

Depois de algumas horas do lançamento, os soviéticos não receberam mais nenhum sinal de vida de Laika. Todos os outros 36 cães que os soviéticos enviaram ao espaço – tinham as mesmas caracteristicas que Laika.

O Sputnik 2 deu 2.570 voltas ao redor da Terra, carregando os restos mortais de Laika, até consumir-se na atmosfera no dia 14 de abril de 1958.

A deliberada morte de Laika, que foi o primeiro animal enviado ao espaço sem esperanças de ser recuperado desencadeou protestos e um debate mundial na época sobre o maltrato aos animais, e os avanços científicos à custa de testes com animais. Vários grupos protetores dos direitos animais protestaram em frente das embaixadas soviéticas.

Somente em 1988, após o colapso do regime soviético, que Oleg Gazenko, um dos cientistas responsáveis por mandar Laika ao espaço, expressou remorso por permitir a morte dela: "Quanto mais tempo passa, mais lamento o sucedido. Não deveríamos ter feito isso.... nem sequer aprendemos o suficiente desta missão, para justificar a perda do animal"..

O Dr. Vladimir Yazdovsky, um médico que trabalhou com cães espaciais da Rússia, descreveu Laika como "tranquila e encantadora." Ele a levou para casa para brincar com seus filhos na noite anterior, que ela foi colocada na cápsula.

"Eu queria fazer algo de bom para ela: ela tinha tão pouco tempo de vida."
 

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19 de fev. de 2015

A Teoria de Tudo e a Consciência dos Animais

Stephen Hawking uma das mentes mais brilhantes do nosso tempo, além de concordar que os animais tem consciência, também pode ser usado como modelo, com o que acontece aos animais quando a consciência destes é infeliz. 

O físico que ficou mundialmente conhecido no meio científico por seu pioneirismo no estudo dos buracos negros e do Big Bang e fez fama em todo o mundo por seus populares livros sobre ciência para leigos e por sua história de vida devido a doença que lhe tirou os movimentos do corpo, é um dos cientistas que assinou o manifesto  conhecido como a ‘Declaração de Cambridge’, que mostrou  as evidências que os seres animais apresentam estados mentais, sentimentos, ações intencionais e inteligência".

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O tema da consciência animal ficou envolvido em uma série de dificuldades, simplesmente pelo fato de não expressarem a linguagem humana, e que não poderiam nos contar sobre as suas experiências.  Além disso, a negação por parte de grande parte da comunidade cientifica de que um animal não tem consciência é interpretado como que ele não se sente, e que sua vida não tem valor, e que prejudicá-lo não é moralmente errado.

Entretanto  além de ser uma das mentes que mais fascinam o mundo atual, Stephen Hawking, é também um mistério para a medicina, aos 21 anos, foi diagnosticado com uma agressiva doença neurodegenerativa. E as pessoas diagnosticadas com esta doença, uma forma atípica de esclerose lateral amiotrófica, morrem em média 14 meses após o diagnóstico, enquanto que o físico continua vivo há mais de 70 anos.

Em 1985, ele perdeu a fala devido a uma traqueostomia. Um especialista em computadores criou então um método, que fez com que ele conseguisse escolher letras em uma tela simplesmente piscando um olho, e um sintetizador de voz reproduzia a fala do físico. Mas a progressão da doença fez com que pouco a pouco ele perdesse a capacidade de movimentar os poucos músculos da face que ainda comandava, mas que foi salva graças ao iBrain, um aparelho, que lê as ondas cerebrais sem a necessidade de eletrodos ou cabos.

iBrain, foi criado por Philip Low e e com a ajuda de Hawking desenvolveu o scanner cerebral.  Hawking e Low descreveram a forma como o físico aprendeu a criar padrões de impulsos imaginando que estava a mexer as mãos e os membros. A tecnologia reconhece a atividade cerebral e a transforma em palavras. Além de permitir que o físico continue a falar, poderia também permitir que as pessoas em coma, pudessem ser melhor interpretadas dependendo das suas respostas neuronais.

E foi durante a primeira conferência em memoria de Francis Crick,  dedicada ao tema "A consciência em humanos e animais não-humanos",  que Stephen Hawking, Philip Low, e outros neurocientistas cognitivos , neurofarmacologistas , neurofisiologistas , neuroanatomistas e neurocientistas computacionais, assinaram um manifesto afirmando os animais, como pássaros, macacos, elefantes, golfinhos, polvos, cães e gatos, e outros, possuem consciência, assim como os seres humanos. Foi a primeira vez que um grupo de especialistas da área se reuniu para emitir um comunicado formal admitindo que os seres humanos não são os únicos a gozarem de consciência.

Em humanos, a consciência tem sido definida como: sensibilidade , consciência , subjetividade , a capacidade de experimentar ou sentir , a vigília , ter um senso de individualidade , e do sistema de controle executivo da mente. Apesar da dificuldade de definição, ser consciente tem várias interpretações e outras tantas implicações. Se reconhecer diante de um espelho é uma delas. Atingir a fase REM durante o sono também é um pressuposto de consciência: é nesse período que nossos sonhos ficam mais vívidos e fáceis de lembrar. Essas tantas definições  já foram observadas em inúmeras espécies de animais.

"Está na hora de tirarmos novas conclusões usando os novos dados a que a ciência tem acesso." Para Philip Low, a Declaração de Cambridge foi apontada diretamente contra o preconceito sobre os não-humanos. "O termo 'animal' é simplesmente uma desculpa para não olhar para algo", argumenta Low, citando a eugenia, a frenologia e o racismo "científico", como subprodutos da tendência a elevar os seres humanos - especialmente certos humanos - em relação a outros seres. Alguns cientistas criticaram Low por não consultar com mais colegas antes de emitir a declaração. "E Descartes consultou alguém antes de fazer sua declaração?" (René Descartes, era um filósofo francês do século 17, o pai de uma cruel teoria. Alegou que só os humanos são conscientes – e deixou uma duradoura má-influência com a sua opinião de que os animais eram "máquinas" sem alma).

O "Cientificismo", assume que tudo o que há, deve ser compreensível pelo emprego de teorias científicas como as que temos desenvolvido até agora - física e biologia evolutiva são os paradigmas atuais – devemos aceitar que os animais são seres auto-conscientes e têm emoções ", afirmou Philip Low.

A noção de que os animais pensam e sentem pode ser comum entre os defensores dos animais, mas é um assunto desconfortável no meio científico. "Se você perguntar a meus colegas se os animais têm emoções e pensamentos", diz Philip Low, muitos vão rir ou simplesmente mudar de assunto. Eles não querem pensar nisso. "Jaak Panksepp, professor da Universidade do Estado de Washington, que estudou as respostas emocionais de ratos, disse "você não podia nem falar sobre essas coisas com os colegas".

Isso pode estar mudando. A profusão de estudos recentes tem mostrado que os animais estão muito mais perto de nós do que se acreditava anteriormente - golfinhos e elefantes se reconhecem em espelhos , chimpanzés são altruístas pois apoiam outros chimpanzés sem esperar favores em troca e cães realmente se sentem eufóricos quando seus tutores aparecem depois de um dia de trabalho.

Ele afirmou que os mamíferos, aves e outras criaturas, possuem consciência e emoções e auto-consciência. Os cientistas, como regra, não emitem declarações. Mas Low afirma que a nova pesquisa, aliada ao mau-humor que gerou entre outros cientistas , exigiu um gesto enfático. "Depois disso, uma neuroanatomista eminente veio até mim e disse: 'Nós estávamos todos a pensar nisso, mas tínhamos medo de dizer isso", " lembrou Low.

E o que poucos leigos souberam foi o fato da Declaração de Cambridge ter sido proclamada durante a 1a. conferencia em memória de Francis Crick - que foi o co-descobridor da molécula de DNA e abriu caminho para uma revolução na biologia e na medicina. Mas dez anos antes de sua morte, ele estava obcecado por uma ideia que lhe parecia ainda mais extraordinária do que a transmissão bioquímica dos caracteres hereditários, seu livro ‘A Hipótese Espantosa: a Ciência em Busca da Alma’, ele colocou a hipótese de que o cérebro humano não é apenas a sede da alma, do intelecto e dos sentidos, como já sugerira o grego Hipócrates 400 anos antes do nascimento de Cristo. O cérebro é a alma. E a alma é um ser vivo, dotado de razão e livre-arbítrio.

A medicina tradicional não conseguiu explicar porque Stephen , ultrapassou em muito a expectativa de vida de seu corpo com a doença degenerativa – o fato dele conseguir se expressar, de se comunicar e de ser feliz mesmo estando com um corpo paralisado não foi levado em consideração da mesma forma que  não levado em consideração que os animais que são confinados em jaulas, e que não conseguem expressar seus instintos, não conseguem se comunicar com outros de sua espécie, e não são felizes, e desenvolvem comportamentos estereotipados que jamais são observados na natureza. "Um animal na natureza não pode dar ao luxo de ficar deprimido. Ele vai simplesmente ser morto ou morrer de fome, uma vez que seu ambiente requer vigilância constante. "

A Declaração de Cambridge sobre a ‘Consciência em Animais Não Humanos’ foi proclamada publicamente em 7 de julho de 2012, em Cambridge, Reino Unido.

No entanto, devemos aplaudir os cientistas pelo manifesto a favor dos animais, mesmo que a declaração não seja aceita por outros cientistas. Antes de emitir a declaração, Low disse: "Chegamos a um consenso de que agora talvez fosse a hora de fazer uma declaração para o público ... Pode ser óbvio para toda as pessoas nesta sala que os animais têm consciência, mas isso não é óbvio para o resto do mundo ".

A Declaração de Cambridge deverá ser usada para proteger os animais, para que sejam tratados de forma menos abusiva e desumana.

Mas ainda há céticos científicos sobre a consciência animal. Um dos mais cruéis cientistas da atualidade que por um acaso é brasileiro, e que já abriu, dissecou e matou milhares de animais com suas pesquisas no estudo das neuropróteses, e interfaces cérebro-máquina,  já conseguiu que um macaco movesse remotamente um braço robótico usando apenas comandos neuronais, um prova cruel de que os animais falam, mas nem todos conseguem ouvir.

Agora que os cientistas tardiamente declararam que os mamíferos, aves e muitos outros animais são conscientes e sencientes, é o momento para a sociedade a agir (Senciência é a "capacidade de sofrer ou sentir prazer ou felicidade").

15 de fev. de 2015

Orangotangos Fêmeas Usadas como Prostitutas na Indonésia

(vídeo) Duas fêmeas de orangotango teriam morrido em 2015 devido a abusos sexuais. A notícia foi veiculada em um site de Macau na Ásia.


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A matéria intitulada ‘Orangotangos Fêmeas usadas como prostitutas na Indonésia’, descreve que as fêmeas estão a ser capturadas, amarradas em camas onde ficam preparadas para serem violadas repetidamente. Os orangotangos são uma espécie  que está em vias de extinção, e em 2015 já morreram duas fêmeas devido a abusos sexuais.

Recorde-se que nas últimas duas décadas morreram mais de 50 mil orangotangos pela destruição massiva do seu habitat natural, devido ao crescimento das plantações de óleo de palma no país.

A Delegada do Proyecto Gran Símio/ GAP Espanha, Elisa García Gómez, escreveu um artigo, a partir de uma notícia do resgate de uma fêmea orangotango na Ásia, que estava a ser explorada como uma prostituta em um bordel.

“Como defensores desses animais nos sentimos consternados pela situação em que algumas fêmeas desta espécie vivem”, escreveu a delegada

A prostituição de fêmeas de orangotangos é uma prática comum em alguns países asiáticos. Um dos casos foi relatado pela veterinária espanhola Karmele Llano, dedicada a cuidar desses grandes símios em Bornéu.

Muitos destes animais são acorrentados e são abusadas sexualmente pelos seres humanos. A veterinária espanhola disse que ela está na posse de várias provas que confirmam que esta é uma prática generalizada na Tailândia.

Esta era a situação de Pony, uma fêmea orangotango encontrada em um bordel em uma aldeia no centro de Bornéu, Indonésia. Completamente raspada, lavada, perfumado e com os lábios pintados, e que estava acorrentada a uma cama para facilitar que os clientes pudessem abusar dela de modo impune.

Note-se que os clientes que frequentam estas bordeis, são os trabalhadores das empresas madeireiras e nas plantações de óleo de palma.

A liberação de Pony foi muito complicado, Karmele narra que houve uma revolta, e ela foi ameaçada com machetes e facas e teve de recorrer à polícia estadual, que enviou trinta oficiais para permitir a liberação do orangotango.

Pony foi transferida para um centro de reabilitação em Nyaru Menteng, onde estão outros orangotangos que necessitam de cuidados, porque eles têm sido usados ​​como animais de estimação. Dentro do Centro de Resgate do Borneo Orangutan Survival (BOS) vivem cerca de 400 primatas, a maioria filhotes. No local além da fazenda, há uma escola para bebês e grandes gaiolas onde os adultos reiniciam para terem uma existência normal. Só em 2012, Pony finalmente pode ser transferida para uma ilha no rio Bangamat, e vive com seis outros orangotangos. Bangamat é uma das três ilhas dedicadas à reabilitação dos grandes macacos que esperam ser reintroduzidos em uma área protegida, onde atualmente vivem cerca de mais setenta orangotangos.

A exportação de orangotangos pela Tailândia para o resto da Ásia, especialmente a China, para serem usados como animais de estimação, e o tráfico das fêmeas feito por traficantes, que não hesitam em matar suas mães, a fim de torná-las escravas sexuais em bordéis, aliada a destruição de seu habitat natural pela indústria de óleo de palma, é o conjunto que leva esta espécie à extinção.

De acordo com a associação americana Orangutan Conservancy, orangotangos vivem apenas na Ásia, Sumatra e Bornéu. Estima-se que há apenas  20 mil orangotangos vivos no mundo, o que significa que, se esta situação se sustentar ao longo do tempo, os orangotangos poderão se extinguir em apenas 10 anos.

Este caso constitui uma flagrante violação dos direitos dos grande símios. Pony e outras fêmeas de orangotangos estão sendo arrancadas de seu habitat natural e privadas de sua liberdade, e somado ao fato, ainda há a exploração sexual pelos donos de bordéis sem escrúpulos e aqueles que são capazes de ter sexo com um animal que vive em uma situação de escravidão. Eles é que são responsáveis ​​pelo ataque contra a natureza e contra os direitos desta espécie.

Tenha em mente que esta prática constitui uma das causas do grave perigo da extinção em que esta espécie se encontra. Então, isso não só é inaceitável do ponto de vista moral, mas é abominável já que corrobora para o desaparecimento de um membro da família Hominidae.

O PGS/GAP Espanha recorda que os orangotangos não são objetos, mas ainda não são definidos como as pessoas humanas que possuem direitos, e que denunciou publicamente estes fatos, como o caso de Pony e qualquer outro orangotango que está na mesma situação seja resolvida imediatamente, para que sejam libertados dos explorados e tratados para a recuperação. Não podemos consentir que essa espécie esteja sujeita a essas indignidades e devemos permanecer atentos a este e outros possíveis casos de abuso, escravidão e exploração sexual.

Leia também: Orangotango Obrigada a se Prostituir demorou 10 anos para se recuperar dos Abusos Sexuais

As fêmeas de orangotango estão sofrendo com intenso tráfico de animais pela Ásia, vendidas para proporcionar prazer sexual. Infelizmente, a história de Pony não é um caso a parte. Presa por uma corrente de aço a uma parede e deitada num colchão manchado, Pony além de ter seu pêlo raspado diariamente, estava  cheia de picadas de mosquitos infecionadas, numa casa que fazia dos prazeres sexuais uma forma de ganhar dinheiro.

A prostituição de orangotangos é um problema generalizado não só em Bornéu, mas também na Tailândia, e em outras partes da Ásia. Na maioria das vezes os traficantes matam as mães para pegar os filhotes quando eles são ainda muito jovens.

Os orangotangos vivem em média 40 anos a 60 anos. Os filhotes ficam em média 8 anos com a mãe, mesma idade em que podem se reproduzir, o que faz com que as mães orangotangos, sejam os primatas que cuidam por mais tempo dos seus filhos. Pony tinha entre 6 e 7 anos quando foi resgatada, o que significa que era estuprada desde que era uma bebê.

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Já há algum tempo que investigações e tentativas de salvar a orangotango fêmea decorriam, mas, dado o fato de o animal ser visto como a "galinha dos ovos de ouro" da população, sempre que alguém tentava intervir, era ameaçado com armas pelos populares.

Fechada na casa de uma meretriz, onde se dizia que Pony era adorada e a eleita por todos os homens que frequentavam o espaço, foi resgatada pela  após um ano intenso de tentativas frustradas de salvamento.

A associação conseguiu angariar dinheiro suficiente para pedir ajuda a 35 polícias bem como contratar mercenários armados com Ak 47, para a "dona" de Pony e os homens da vila cederem e deixarem a orangotango ir embora.

Os moradores da vila, responsáveis por esta atrocidade, estavam indiferentes a possibilidade de os orangotangos poderem estar extintos, devido à destruição massiva do seu habitat natural, causada pelo crescimento desenfreado de plantações de óleo de palma e de isso ter sido a causa de morte de 50 mil orangotangos em apenas duas décadas.

Não é nada incomum encontrar fêmeas da espécie acorrentadas ou amarradas com cordas em vários países da Ásia. O motivo de tamanha crueldade é o fato de que elas estão sendo usadas como prostitutas, e sofrem abusos severos, às vezes diariamente.

A veterinária da ONG BOS, Karmele Llano, afirmou que em alguns países asiáticos, especialmente em localidades pequenas, a prática de usar orangotangos fêmeas como prostitutas é bastante comum.

Nos últimos 60 anos, estima-se que a população de orangotangos no mundo foi reduzida à 50%.

Os relatórios que eles nos enviam são realmente assustadores, e com a expansão das plantações de palmeiras de azeite, a situação de orangotangos é ainda pior: os adultos são mortos com paus ou queimados vivos, e os filhotes são vendidos; eles acabam amontoados em gaiolas e utilizados em shows de boxe, sendo algemados a uma cama de bordel onde são enfeitados, maquiados e estuprados.

Várias ONG’s de defesa dos orangotangos organizam protestos para que se extingam as práticas devastadoras contra os símios, como a prostituição e o boxe com orangotangos.

As mães de orangotangos são mortas para que suas crianças possam ser vendidas como animais de estimação, e muitos desses bebês morrem sem a ajuda de sua mãe. Os orangotangos vivem em média 40 anos a 60 anos. Os filhotes ficam em média 8 anos com a mãe, mesma idade em que podem se reproduzir, o que faz com que as mães orangotangos, sejam os primatas que cuidam por mais tempo dos seus filhos.

Desde 2004, vários orangotangos de estimação foram confiscados pelas autoridades locais e enviados para centros de reabilitação.

Durante o início da década de 2000, o habitat do orangotango tem diminuído rapidamente devido ao desmatamento e incêndios florestais, bem como a fragmentação por estradas, devido a conversão de vastas áreas de floresta tropical em plantações de óleo de palma em resposta à demanda internacional. O óleo de palma é usado para cozinhar, cosméticos, mecânica e biodiesel.

Há também um grande problema com a caça e o ilegal comércio de animais. Os orangotangos podem ser mortos para o comércio de carne de animais silvestres, proteção das culturas ou para o uso da medicina tradicional. Os ossos de orangotango são secretamente negociados em lojas de souvenires em várias cidades de Kalimantan, na Indonésia.

O óleo de palma, bem como a madeira tropical, é o produto que os europeus consomem e assim, na África e na Indonésia, além de apoiar os projetos de resgate e proteção, cabe ainda informar os consumidores dos países desenvolvidos sobre o verdadeiro custo da compra desses produtos.

As pessoas tendem a pensar que o sofrimento e desaparecimento dos grandes símios nada têm a ver com eles. Mas seguramente tem ajudado na destruição das florestas comprando objetos fabricados com madeiras tropicais. Provavelmente usam também sabonetes, cosméticos, produtos de limpeza e comem os salgadinhos e chocolates feitos com o óleo de palma, e também usam celulares, notebooks, computadores, que contêm Coltan. Chamado de  "ouro azul", as maiores reservas estão próximas e algumas dentro dos  parques nacionais dedicados aos Gorilas, o que ligado a outros fatores acelera a extinção destes.

Um número de organizações estão trabalhando para o resgate, reabilitação e reintrodução dos orangotangos no seu habitat. A maior delas é a fundação Borneo Orangutan Survival, fundada pelo conservacionista Willie Smits, que viabiliza uma série de projetos como o Programa de Reabilitação Nyaru Menteng, fundada pela conservacionista Lone Drøscher Nielsen.

Outros centros de conservação importantes na Indonésia incluem o Parque Nacional Tanjung Puting e o Parque Nacional Sabangau, em Kalimantan Central, Kutai em Kalimantan Oriental, o Parque Nacional Gunung Palung em Kalimantan Ocidental e Bukit Lawang no Parque Nacional de Gunung Leuser na fronteira entre Achém e Sumatra do Norte. Na Malásia as áreas de conservação incluem o Centro Semenggoh Wildlife e o Centro Matang Wildlife, em Sarawak, e o Santuário Sepilok Orang Utan perto de Sandakan em Sabah. Os principais centros de conservação que estão sediados em outros países que não a Indonésia e a Malásia incluem a Fundação Internacional do Orangotango, que foi fundada por Birutė Galdikas, e o Projeto Australiano do Orangotango.

Organizações de conservação, tais como Orangutan Land Trust, trabalham com a indústria do óleo de palma para melhorar a sustentabilidade e incentiva a estabelecer a área de conservação dos orangotangos.

 

13 de fev. de 2015

A Velha Louca dos Gatos Rejuvenesce e ganha novas versões

Estamos todos conscientes do estereótipo pelo qual todas as mulheres com mais de um gato é ‘classificada’, mas porque ter mais ‘alguns’ gatos é tão frequentemente chamada de louca? 

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O suave adjetivo remonta algumas décadas onde as mulheres começaram a ficar independentes de seus pais e dogmas da sociedades. Solteiras ou separadas e tendo como companhia um ou alguns felinos – a louca dos gatos - era o assunto preferido nos portões da vizinhança, já que a internet não existia.

Mas em Abril de 1988, o desenho animado “Os Simpsons”, apresentou ao mundo Eleanor Abernathy ou a ‘louca dos gatos’, uma mulher com a aparência e comportamento de uma pessoa doente mentalmente e estereotipada. 

Entretanto quando era criança, Eleanor Abernathy queria ser advogada e médica. Formou-se aos 24 anos na Harvard Medical School e na Yale Law School, em medicina e direito, respectivamente. Mais tarde, ainda solteira aos 32 anos, e sem amigos, começou a apresentar sinais de alcoolismo e se apegou demais ao seu gato de estimação.  Depois aos 40, assumiu um comportamento de acumuladora de objetos e também de gatos.

Em 2007, a ‘louca dos gatos’ se tornou real ao mostrar Nina Kotova, a mulher que vivia com 130 gatos em um pequeno apartamento.

O vídeo em russo não vinha acompanhado de tradução e as imagens da mulher atirando ração para as dezenas de felinos aparentemente autenticava a definição. Dessa forma as pessoas ficaram sem saber o diálogo no vídeo.

Ficaram sem saber, que ela havia castrado todos os gatos machos, porque era mais barato, e que os gatos brigavam quando a ração era colocada em grandes potes. Ela disse que há quinze anos vinha resgatando gatos das ruas da Sibéria.

Também Lynea Lattanzio foi chamada de ‘louca dos gatos’. Em 1992 ela fundou o The Cat House on the Kings, na Califórnia, que na metade do ano passado estava com 700 gatos e foi considerado o maior santuário de gatos do mundo por ter ajudado mais de de 24.000 animais desde sua fundação.

Um diferencial entre o santuário de Lynea é que ela troca gatos com outras ONG’s. Como em qualquer lugar do mundo lá também são abandonados caixas com filhotes e gatas prenhas. Lynea então dá preferência para outros protetores ou entidades que tenham gatos idosos ou doentes ou que não conseguem encontrar adotantes, para que tragam esses animais para viverem no santuário, desde que levem os filhotes e outros gatos que são facilmente adotados. Dessa forma ela consegue se concentrar mais em cuidar e manter os animais que vivem no santuário.

Nos EUA a ‘louca dos gatos’ se tornou mais do que uma personagem das festas do dia das bruxas. A tribo da ‘louca dos gatos’, inspira muitos segmentos além das fantasias para crianças e para mulheres.

Para agradar a tribo das loucas de todas as idades, já existe além de um jogo (tipo banco-imobiliário) e uma boneca. Dentro da caixa da ‘Crazy Cat Lady’, além da boneca, há também seis gatinhos de brinquedo e um questionário para ajudar a determinar se você já é, ou pode vir a ser considerada uma senhora ‘louca dos gatos’.

No site da Amazon, ambos estão em torno de 15 dólares, além do que comprando lá, você pode optar que 0,5% do valor de suas compras seja doado para o Santuário Cat House On The Kings, sempre que você comprar em AmazonSmile.

crazycatladygame Crazy Cat Lady Action Figure

Mas o rejuvenescimento da ‘louca dos gatos’, aconteceu através de um comercial, onde a estrela-pop Taylor Swift, ganhadora de 4 Grammy’s, conhecida por ter adotado vários felinos aparece com um gato, e mais e mais gatos vão aparecendo.

 

"Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes" (Coríntios 1 27).

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Brasileira amamenta filhotes de cachorro nos próprios seios

Para salvar a vida de quatro filhotes de cachorros, uma dona de casa não pensou duas vezes e resolveu amamentá-los: nos próprios seios.

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A mulher é moradora de Jesuítas, no Oeste do Paraná, e tem uma história de amor com a cachorra, mãe dos cachorrinhos.

Tudo começou em 2010. A mulher que prefere não ser identificada, conta que morava nos Estados Unidos e há quatro anos foi comprar um cachorro da raça maltês para o casal de filhos. No pet shop ela ficou sabendo que a fêmea seria sacrificada por ser deficiente.

“Ela tinha problema nas patas. Eu comprei o macho, dei para os meus filhos, mas não me conformava que a fêmea logo seria morta. Voltei e pedi para que me dessem, mas eles não aceitaram. Então paguei 500 dólares por ela e a levei para casa”.

A fêmea deficiente recebeu o nome de “Belinha” e virou o xodó da família, que em 2013 voltou para o Brasil. Os cachorros vieram juntos, mas logo o macho morreu e ficou apenas a cachorra. A mulher conta que não quis castrar o animal, que sempre fica dentro do pátio. No entanto, para a surpresa de todos, no fim do ano passado, um cachorro entrou no terreno e a cadela pegou cria.

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Da gestação nasceram quatro cachorrinhos, mas “Belinha” não tinha condições de amamentar. A mulher tentou dar papinha, leite em potinho, fez de tudo para os filhotes, mas eles não comiam e estavam fracos, foi aí que ela tomou uma atitude.

“Eu amamento minha filha de três anos e tenho leite. Não sabia mais o que fazer e não queria que eles morressem, então pensei em colocá-los no meu peito, mas pensei que eles não iam mamar.

Quando vi eles mamaram e depois me reconheciam pelo cheiro”, conta. Os bichinhos foram amamentados nas primeiras semanas de vida, porque estavam fracos. Agora com um mês eles já comem papinha.Os quatro filhotes ficarão com a família.

Pode parecer curioso, mas no mundo inteiro, o ser humano amamentar animais é uma coisa relativamente comum. Os índios da América do Sul alimentam seus animais de estimação assim. Pacas, macacos, catetos, uma série de animais mamam em seres humanos.

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Nada mais justo, na medida em que muitos se acham no direito de beber o leite da vaca e da cabra.

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A força da maternidade é maior do que as leis da natureza. Qualquer ser independente da espécie, pode exercer seu dom maternal.

https://www.facebook.com/PensamentoAnimal

 

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9 de fev. de 2015

Elefantes são salvos por Angelina Jolie mas são Explorados em Apologia aos Circos

A luta para salvar os elefantes e os rinocerontes da mira dos violentos caçadores, travada pelo Dr. Richard Leakey, que além de ser um militante da preservação ambiental, é um renomado paleontólogo e arqueólogo, será contada por Angelina Jolie. Em setembro do ano passado,  Jolie assinou o contrato para dirigir o filme intitulado África.

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“Eu senti uma profunda conexão com a África e com a cultura africana durante grande parte da minha vida, e o roteiro, escrito de forma magnífica por Eric, conta a história de um homem que decidiu entrar em um violento conflito com os caçadores de elefantes, e que possuía uma profunda compreensão sobre o homem e sua responsabilidade com o mundo em sua volta”, disse Jolie.

Eric Roth,  o roteirista é vencedor do Oscar por seu trabalho no texto de ‘Forrest Gump - O Contador de Histórias’, e também responsável pelos roteiros de ‘O Curioso Caso de Benjamin Button’, e outros filmes.

As ameaças aos elefantes são muitas; os bebês são separados de suas mães e vendidos para os circos e zoológicos do mundo. O restante da família segue em perigo da perda de habitat e da matança pelos caçadores – alguns pelo marfim outros por uma foto junto a sua arma como um troféu.

Já o diretor Cacá Diegues, optou por fazer elefantes que foram filmados sendo surrados em um circo em Portugal - trabalharem em seu novo filme, para saber mais click aqui.

Recentemente, uma elefante foi resgatada – depois de ter sido cegada dentro de um circo, mais uma entre tantas provas que já existem sobre a crueldade sobre os circos. Click para saber mais.

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De acordo com informações divulgadas pelo site “The Hollywood Reporter”, o ator Brad Pitt estaria em negociação para estrelar o filme “África”, que será dirigido por Angelina Jolie. Ainda de acordo com o site, se a negociação for bem sucedida, Pitt deve interpretar o papel de Richard Leakey, que iniciou sua renomada carreira como um caçador de fósseis, e que ajudou a encontrar os ossos do homem primitivo, mas que, depois, voltou sua atenção para a luta contra a caça ilegal de elefantes e rinocerontes. Pitt deve interpretar parte da vida de Leakey, quando o paleontólogo perdeu as pernas após sofrer um acidente de avião – possivelmente causado pelos caçadores – em 1993.

Filho de um famoso casal de paleontólogos, efetuou o seu primeiro achado arqueológico aos seis anos de idade. Dentre suas descobertas destacam-se os crânios de um Australopithecus Boisei (1969), de um Homo Habilis, (1972) e de um Homo Erectus (1975). Com base nestes achados, Richard Leakey desenvolveria interpretações controversas sobre a origem do homem, colocando em questão muitas das certezas científicas da época sobre o assunto.

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Leakey defende que há cerca de três milhões de anos terão coexistido três diferentes tipos de hominídeos, o Australopitecus Boisei, o Australopithecus Africanus e o Homo Habilis, sendo que apenas este último terá sobrevivido, dando mais tarde origem ao Homo Sapiens e ao homem atual. Esta teoria seria depois desenvolvida na obra The Making of Humankind (1981), que tomaria também a forma de série televisiva apresentada por Richard Leakey, na BBC. Ele também é co-fundador da Wildlife Direct, uma ONG criada para preservar os animais no Quênia.

4 de fev. de 2015

Ignorando Sofrimento dos Animais Cineasta Insiste em Filme que Prestigia Circos

‘O Grande Circo Místico’ do cineasta brasileiro Cacá Diegues já está sendo rodado em um ‘conhecido’ circo em Lisboa/Portugal.

A história que deveria ser de amor vivida dentro do circo Knieps – parece ter sido adaptada para contar a história do real Circo Knie, que foi quem inspirou Jorge de Lima, a escrever o poema contido no livro ‘A Túnica Inconsútil’.

“Eu bati no elefante porque ele não queria fazer o exercício, e isso não nego. Não podemos deixar que um animal faça aquilo que quer, ou então não há respeito, e o domador não está ali a fazer nada”. Disse Victor Hugo Cardinali, dono do circo onde será rodado o filme ‘O Grande Circo Místico’ do cineasta brasileiro Cacá Diegues.

 

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DA HISTÓRIA DO POEMA A VERDADEIRA HISTÓRIA DO CIRCO KNIE

O circo com animais da dinastia Knie, começou em 1803 como uma companhia equestre ambulante, exibição de dança e acrobacias na corda bamba.

Inserindo cada vez mais animais exóticos em seu picadeiro, ao mesmo tempo que tentava se diferenciar dos outros circos com animais que se utilizavam de cavalos, elefantes, camelos leões e tigres – apresentou girafas, leões-marinhos, hipopótamos e até um urso polar.

A utilização de animais no circo Knie continua existir até hoje, em sua sede, às margens do Lago de Zurique, na Suíça, e é hoje uma empresa com capital na bolsa de valores.

Histórias de amor entre humanos não faltaram ao circo desde então; uma das que mais se tornou celebre foi quando a Princesa Sthephanie de Mônaco se apaixonou por Franco Knie, dono da sexta geração do Circo Knie, e levou seus filhos para morar em um dos trailers, e inclusive colocou sua filha para atuar em cima dos elefantes.

Mas as histórias dos animais retirados da natureza, enjaulados, escravizados e torturados até que executassem o ‘espetáculo’ com perfeição, ninguém quer contar.

Além do circo com animais, a família Knie também mantém um Zoo, no qual os elefantes carregam de 5 a 7 pessoas em passeios, e onde um vagão de trem lotado de turistas é puxado por um único cavalo.

Defensores e entidades tentaram dissuadir o co-autor, produtor e diretor Cacá Diegues de utilizar animais no filme que está sendo rodado em um dos circos mais conhecidos pelo abuso e morte de animais em Portugal, país que não possuí nenhuma legislação que coíbe maus-tratos a animais exóticos ou silvestres.

Portugal é o único país do mundo a permitir que em pleno século 21, um leão fosse levado a um estádio de futebol lotado de torcedores, para que seu domador fosse ovacionado, em detrimento do bem-estar animal e da segurança de seus cidadãos.

O dono do Circo Victor Hugo Cardinali, diz se considerar ‘Rei’ em Portugal, no qual ele parece ter o respaldo das autoridades, dos empresários, e da TV Portuguesa. Mesmo tendo sido filmado agredindo um de seus elefantes durante o espetáculo – do qual sua justificativa acima relatada, o fez se transformar em um confesso abusador de animais, também fez dele protagonista do ‘Circo das Celebridades’. O ‘Big Brother Circense’, que pretendia faturar alto pelo mundo – cultivando a ideia da exploração dos animais em circo - só teve fim graças a ação dos ativistas junto aos patrocinadores que eram empresas privadas, bem diferente do novo filme de Cacá Diegues, que recebeu incentivos do Governo Brasileiro e Português.

Em Portugal, a portaria n.º 1226, que proíbe a aquisição de novos animais, como elefantes, leões, macacos ou  tigres, entre outros, e a reprodução dos que já existem nos circos, existe desde 2009 – mas Victor Hugo Cardinali, se recusa a castrar os animais, e diz que entre as idas e vindas de Portugal a Espanha - eles se reproduzem.

 

Só recentemente é que Funchal se tornou a primeira cidade portuguesa a proibir animais em espetáculos, graças a recomendação feita pelo PAN – Pessoas Animais Natureza, um partido político de Portugal, de inspiração ambientalista e fortemente voltado para a defesa dos direitos dos animais.

A mesma recomendação foi feita a Câmara de Lisboa, que curiosamente ao divulgar a notícia ‘FILME BRASILEIRO RODADO EM LISBOA’, omitiu que o mesmo seria filmado utilizando-se de animais, bem como o circo como local das filmagens.

O Grande Circo Místico tem tudo para ser o paradoxo de ‘Blackfish’. Durante a produção do filme ninguém pareceu se importar, mas ao receber a mensagem o mundo despertou, e hoje várias pessoas se mobilizam contra o SeaWorld e outros parques marinhos.

O movimento mundial que luta pelo fim dos espetáculos circenses que utilizam animais mantendo-os em cativeiro forçado, e obrigando-os a se transformarem em marionetes com suas apresentações que contrariam a natureza de suas espécies, sofrerá um duro golpe com um filme que ‘invoca’ a ‘ilusão da subserviência dos animais nos circos’.

Saiba mais em : Fumaça e Fogo no Circo com Animais de Cacá Diegues em Portugal

 

 

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3 de fev. de 2015

Fumaça e Fogo no Circo com Animais de Cacá Diegues em Portugal

“Eu bati no elefante porque ele não queria fazer o exercício, e isso não nego. Não podemos deixar que um animal faça aquilo que quer, ou então não há respeito, e o domador não está ali a fazer nada”. Disse Victor Hugo Cardinali, dono do circo onde será rodado o filme ‘O Grande Circo Místico’ do cineasta brasileiro Cacá Diegues.


O incêndio que foi primeiramente percebido pelos defensores dos animais, não para de se alastrar em virtude das informações divulgadas em torno do filme a luz da realidade dos fatos.

O Grande Circo Místico tem tudo para ser o paradoxo de ‘Blackfish’. Durante a produção do filme ninguém pareceu se importar, mas ao receber a mensagem o mundo despertou, e hoje vários pessoas se mobilizam contra o SeaWorld e outros parques marinhos. O movimento mundial que luta pelo fim dos espetáculos circenses que utilizem animais mantendo-os em cativeiro forçado, sofrerá um duro golpe com um filme que ‘invoca’ a ‘ilusão dos animais nos circos’.

Cacá Diegues disse a Revista Época - “Vou filmar em Lisboa porque quando estava montando a produção descobri que no Brasil é proibido ter animais em circos. Como vou fazer um filme de circo sem um elefante, um macaco? Daí descobri que em Portugal existem ótimos circos”

Tentando dissipar a fumaça nas palavras do cineasta, fumaça essa que tentou encobrir a realidade, já que o Projeto de Lei que ‘Proíbe Animais em Circo no Brasil’, está há nove anos aguardando para ser aprovado. O PL 7291/2006, na forma de seu substitutivo, é a atual esperança para que os animais fiquem livres das torturas nos circos.
Onde Há Fumaça, Há Fogo

Curiosamente a ‘Proibição de Animais em Circo em todo o Brasil’, foi por várias vezes citada pelo cineasta a diversos outros veículos de comunicação junto da divulgação do filme ‘O Grande Circo Místico’, sem que nenhum desses fizesse qualquer questionamento ou observação sobre as primeiras das várias informações inverídicas que permeiam a produção do mesmo.


Tanto no Brasil como em Portugal, os defensores de animais se mobilizaram para dissuadir a produção de utilizar animais nas filmagens, em vão, já que o cineasta se declarou um fascinado por circos em sua coluna no Jornal O Globo, onde escreveu;
‘Sempre desconfiei da piedade escandalizada em relação aos animais de um circo. Eles têm casa, comida e roupa lavada, não precisam sair pela floresta correndo perigo e provocando a extinção dos outros, em busca de alimento. E, se por caso não se sentem satisfeitos, podem facilmente acabar com o domador e seus frágeis parceiros de espetáculo. A sobrevida dos circenses é a celebração dos animais.’ Slide29

Em outra matéria do Globo, Cacá Diegues diz - “Os fiscais não liberam nem para a gravação”. “Se ficarem sabendo, eles podem acabar interditando as filmagens”. E todas as cenas circenses — ou seja, boa parte do filme vai ser filmado em Portugal. “Não dá para fazer, sem bichos, um longa que se passa num circo, no início do século vinte”.

É um filme difícil de ser produzido e realizado, mas nunca estive tão excitado, relata o site do IG.


A produtora do filme Renata de Almeida Magalhães, que é também é esposa do cineasta, em comunicado enviado à Lusa, rejeitou, qualquer ideia de maltrato de animais e que estes serão utilizados em situações de um quotidiano de circo: "Não há nenhum motivo para que sejamos tratados como 'monstros-­que-maltratam-animais'". "A história do Circo Victor Hugo Cardinali assegura-nos que estamos trabalhando com uma das pessoas mais sérias do universo circense".

Os defensores dos animais em Portugal, tem uma definição bem diferente da produtora brasileira, e costumam se referir ao mesmo como o ‘confesso abusador de animais’. Depois de ter sido filmado espancando um elefante com o aguilhão, durante uma apresentação do circo que leva seu nome, Victor Hugo Cardinali tentou justificar seu ato a imprensa portuguesa. A confissão foi transmitida pela Rádio Clube Português.

As investigações sobre os maus-tratos ocorreram em vários circos portugueses, foram conduzidas pela Animal Defense Internacional – AID e pela ANIMAL ONG Portuguesa de Defesa dos Direitos dos Animais, que emitiu o relatório “Basta de Sofrimento nos Circos”, onde consta;

Durante a investigação da ADI-ANIMAL, haviam sete elefantes africanos no Circo Victor Hugo Cardinali, que eram mantidos acorrentados pelas pernas com correntes grandes e pesadas, sem serem almofadadas, durante todo o dia, até à hora do espetáculo, às 17 horas.

Tenho amigos em todo o lado disse Victor Hugo Cardinali em entrevista ao “i” . Conheço jornalistas, jogadores, treinadores, gente do teatro e do cinema, presidentes, advogados, engraxadores de sapatos, ladrões, prostitutas.

A última citação da imprensa portuguesa sobre o Circo Victor Hugo Cardinali, foi a da apreensão de nove leões pelo Comando Territorial de Lisboa no âmbito de uma ação de fiscalização feita em conjunto com o ICNF.

Tal como ocorre no Brasil a ‘apreensão’ foi reformulada. Os leões "ficaram confiados ao dono do circo, que é fiel depositário dos mesmos", mas que "não poderá utilizar os animais [nos espetáculos] enquanto decorre o processo no Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
Em Portugal, a portaria Portaria n.º 1226/2009, proíbe a aquisição de novos animais, como elefantes, leões, macacos ou tigres, entre outros, e a reprodução dos que já existem nos circos. Por esta lógica, a lei apenas permite a exibição dos determinados animais existentes nos circos enquanto estes forem vivos, e sendo a reprodução proibida os animais deveriam ser esterilizados para que não gerem crias.

Cinco anos depois a Lusa foi perguntar aos dois principais circos que pelo Natal “desceram à cidade” como se estão a adaptar aos novos tempos. Apenas um deles, Miguel Chen, do circo com o mesmo nome, aceitou falar sobre o assunto. “Já mandei castrar todos os meus animais”, disse. O silêncio de Victor Hugo Cardinali não é de se estranhar – ele novamente teria que confessar o abuso, já que não castrou seus leões que continuam a exibir uma farta juba. (Após a castração os leões perdem a juba, já que esses ‘cabelos’ param de crescer).

Aqui sou rei, lá fora ninguém me conhece" disse Victor Hugo Cardinali recentemente ao Diário de Notícias.E é quase incontestável o ‘poder’ dele em Portugal – oriundo da conivência de políticos e de empresários que visam lucros independente da segurança das pessoas e do bem-estar dos animais. Apadrinhado pela TV e pela imprensa Portuguesa, que tenta conectar o circo a todo e qualquer tipo de espetáculo como o futebol – levou um leão a atravessar o estádio lotado de torcedores antes da partida.
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As investigações da ADI em diversos países levaram à conclusão de que o uso de violência no treino e condicionamento dos animais é uma ocorrência regular e faz parte da cultura do circo.

Envolto em labaredas de inverdades, a produção do filme ‘O Grande Circo Místico’ de Cacá Diegues, já deram início a vários capítulos enigmáticos, listados abaixo, de uma trama que pode se estender muito além do eixo Brasil-Portugal, e que irá prejudicar diversos animais pelo mundo com sua exibição que pretende enaltecer os circos com animais.

Em novembro do ano passado à Câmara Municipal de Lisboa, em votação aprovada por maioria, deliberou que não emitiria mais licenças a espetáculos circenses que incluam a exibição ou utilização de animais. A recomendação foi feita pelo PAN – Pessoas Animais Natureza, um partido político de Portugal, de inspiração ambientalista e fortemente voltado para a defesa dos direitos dos animais.

Se o filme ‘O Grande Circo Místico’, já tinha obtido uma licença para as filmagens com os animais no circo, essa informação foi omitida da notícia divulgada pela própria Câmara de Lisboa. O documento sobre as informações do ‘Filme Brasileiro filmado em Lisboa’, consta os locais das filmagens que ocorreram entre Janeiro e Março de 2015, e neste documento não aparece o nome do Circo Victor Hugo Cardinali e nem seu endereço. O documento também cita que haverá um apoio estimado da isenção de 9.957,41€, para o orçamento total de 4.500.000,00€, enquanto que no Brasil consta que o custo da produção seria de R$ 13.000.000,00.

Cita que no Brasil, a produção está em negociações com a Sony Pictures, que a TV Globo é parceira de mídia o que poderá proporcionar uma entrada forte no mercado. e que por último, preveem que este filme possa ser lançado no Festival Internacional de Cinema de Cannes em 2016 (festival onde o realizador exibiu grande parte dos seus filmes alguns em competição, para além de ter sido júri em todas as suas categorias).

O Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal (FNPDA), que é uma das maiores ONGs de proteção animal no Brasil, e que conta com mais de 100 afiliadas, em todas as regiões do país, enviou ofício para a equipe produtora do filme e recebeu uma resposta, que sugere que o cineasta e seus produtores não acreditam que estão cometendo um erro moral ao ilustrar o uso de animais em circo de forma positiva e que não irão ilustrar o sofrimento animal intrínseco ao uso de animais em circos.

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"Não estamos fazendo nada ilegal. E vou explicar porque também não estamos fazendo nada imoral", afirmou a equipe de produção do filme em resposta enviada ao FNPDA. As justificativas foram de que apenas cavalos, leões, elefantes e pôneis serão usados, e os animais foram adestrados e são atualmente usados nas apresentações do dito "renomado" circense português Victor Hugo Cardinali.


"Não posso entender no que isso implica em maltrato aos animais. Seria como considerar que um documentário sobre um circo que tenha animais configure em cumplicidade com suposto maltrato o que, definitivamente não é o caso", adicionou a equipe de produção de Diegues.
Com base na resposta da produção do filme, a alegação ‘não estamos fazendo nada ilegal’, não parece uma resposta apropriada para um filme que conforme divulgado por Cacá Diegues foi ‘proibido de ser filmado no Brasil’, enquanto que ao mesmo tempo é permitido que seja financiado por incentivos fiscais federais, já que é produzido com recursos ofertados pela Lei Brasileira do Audiovisual (LEI Nº 8685/93).

No Brasil a informação divulgada era que o custo de produção era de R$ 13.000.000,00, e que o filme será uma co-produção Brasil-França-Portugal. Em Portugal consta que apoio do Governo Português foi dado através do Instituto do Cinema e Audiovisual (cerca de 110.000 euros), e com isso também irritou os defensores dos animais.

A Associação Vida Animal de Portugal disse em um comunicado, que continuará a tentar chamar a atenção para a legislação desadequada e impedir que Portugal se torne o destino preferencial para quem pretenda explorar animais para entretenimento e não o possa fazer no seu país de origem".

Na sequência da petição pela retirada do apoio financeiro do governo português ao filme “O Grande Circo Místico”, a Associação Vida Animal, recebeu do Instituto do Cinema e do Audiovisual a seguinte resposta; ‘A entidade considera que não há fundamento para retirar o financiamento de 110.521,66 euros concedido ao projeto no âmbito do Protocolo Luso-Brasileiro e atribuiu-lhe entretanto outros 200.000 euros de apoio no âmbito do programa Coproduções Minoritárias’.

Assim, um projeto que não avançou no Brasil devido à ‘falsa-alegação’ de proibição de utilização de animais na produção, recebe agora 310.521,66 euros (dos quais 195.260,83 já foram pagos) dos cofres públicos portugueses, bem como a anuência das autoridades perante a exploração animal praticada nas filmagens e promovida e romantizada no filme.

- O Poema e suas Adaptações.
“O Grande Circo Místico”, poema de Jorge de Lima, está presente no livro ‘A túnica inconsútil’ foi escrito em 1938. Esse poema, originou diversas interpretações ao longo dos anos, como o balé, musicais, e até enredo de escola de samba, que foram adaptadas para a os espetáculos de mesmo nome, e que retrata a saga da ‘real’ família austríaca proprietária do Circo Knie.


Além de se dedicar ao desenho, à pintura e à escultura, foi o primeiro artista brasileiro a produzir fotomontagens. Em entrevistas, o autor declarou sua admiração pelo trabalho de Max Ernst, que lhe serviu de inspiração. O artista alemão alcançou a fama no período da Alemanha nazista.

- O Circo Knie foi fundado em 1803 pela família Knie e tem existido em sua forma atual desde 1919, quando se mudou de uma arena aberta para uma tenda coberta. O circo é famoso por apresentar números com diversos animais como; ursos polares, leões-marinhos, girafas, rinocerontes, camelos, avestruzes, orangotangos e pinguins – como também elefantes, leões, tigres, macacos, cavalos, lhamas e outros seus animais, e também há algum tempo agora opera um zoológico (Kinderzoo de Knie) e um museu em Rapperswil. Em 1999, Franco Knie foi nomeado Melhor Domador de Animais no Festival Internacional de Circo de Monte-Carlo . Atualmente o circo é uma empresa de capital aberto na bolsa de valores, operados por Fredy e Franco Knie em parceria com a companhia de seguros Swiss Life.

A Elefante Patma, nascida em 1961 é um dos animais mais idosos a continuar viva e trabalhando em espetáculos circenses. O Knie Zoo é famoso por oferecer aos visitantes contato direto com os animais. Elefantes, carregam de 4 a 6 pessoas em suas costas, Também é possível montar nos camelos, ou conhecer o Zoo, sentado em um vagão de trem que é puxado por um único cavalo! E no Zoo Knie os animais comem toda vez que alguém paga para alimenta-los. E consta que na Europa eles são considerados como um ‘exemplo’ de ‘bem-estar’ aos animais.
Slide16 - Os Animais e o Circo
- "Como fazer para conseguir a atenção de um elefante de 5 toneladas? Surre-o. Eis como". (Saul Kitchener, diretor do San Francisco Zoological Gardens)
Os “tratadores” dos animais de circo usam o método de Pavlov, ou seja, treinam-os usando o reflexo condicionado, através da dor e da privação de alimentos.

Os leões são chicoteados nas pontas dos dedos e no lombo até executarem a tarefa pretendida pelo domador. Durante o circo, o domador não chicoteia o leão, apenas usa o barulho do chicote, que animal reconhece e por condicionamento (através da dor) intimida-se e cede à vontade do domador.
Os macacos, por exemplo, são pontapeados e apanham estalos enquanto são treinados.
Os ursos são obrigados a pisar chapas de metal quentes ao som de determinada música. Durante o “espetáculo” os ursos ouvem a música que foi usada enquanto foram torturados e por reflexo movimentam-se, levantando as patas.
Não há muito tempo, nos Estados Unidos, a PETA levou a cabo uma investigação secreta nos bastidores do circo Ringling Brothers, um dos mais antigos do mundo, onde filmaram elefantes vitimas de maus tratos brutais. Os animais eram, e possivelmente ainda são, acorrentados e agredidos com aparelhos de eletrochoque e com ganchos de metal nas trombas, pernas e orelhas.

O posicionamento das pessoas contra a exibição dos animais no circo, advém principalmente das inúmeras denúncias e comprovações de que os animais são torturados, explorados e sobrevivem engaiolados, contrariando seus instintos e sua própria natureza.

O pensamento que os animais nasceram no circo, e apreciam executar ‘truques’ totalmente em desacordo de como viveriam na natureza – advém da forma deturpada como a mídia divulga a questão.
Cada animal utilizado em circo significa um emprego a menos, um artista desempregado, um malabarista no farol das grandes cidades, e um animal escravizado e condenado a viver pelo resto da vida enjaulado e sendo obrigado a desempenhar um papel completamente incompatível com sua natureza.

Ao proibir o uso de animais em circos, mais oportunidades de empregos para artistas humanos de talento inquestionável serão criadas. A diversão continua garantida e a sociedade será mais justa, visto que o exemplo dado às crianças será de esforço e superação humana, e não mais de exploração e dominação pela força.

Substituir animais por arte é uma tendência mundial e irreversível. Demonstra claramente a existência de civilidade que deve ser institucionalizada e valorizada.

Animais silvestres, nativos ou exóticos não foram concebidos para viverem em celas, jaulas, correntes, mas para harmonizarem-se com a natureza da qual fazem parte essencial; nem mesmo para viverem cativos no meio antrópico, nas cidades, fazendas, sítios, ou qualquer outro reduto que não o natural.

Muitos foram capturados na natureza e para isso, seus pais foram mortos.

Circos e similares que mantém animais em suas apresentações, utilizam-se de animais sofridos, maltratados, doentes, subnutridos, causando com isso posturas depressivas e até agressivas. Muitos tornam-se neuróticos, enlouquecem.
f6ca60b057a5b936a171f7f1e990ba47_jpg_290x478_upscale_q90 - O Big Brother Circense na TV de Portugal e o Circo Victor Hugo Cardinali

O ‘Big Brother Circense’, foi transmitido na televisão pela rede portuguesa TVI, no qual o Circo de Victor Hugo Cardinali foi convidado para integrar a produção do Reality Show. Foi criado pela Endemol a mesma produtora de televisão, que inventou inúmeros outros reality shows, que hoje se repetem pelo mundo. O “Circo das Celebridades”, levou um grupo de caras conhecidas da televisão portuguesa a viver e a participar nos espetáculos do circo com animais.

A verdadeira intenção do reality que pretendia manter a ilusão do circo com animais, através de sua mensagem subliminar, o qual poderia ter sido ‘vendido' nas joint ventures, nos 23 países, mantidos pela rede de entretenimento ano após ano, foi ‘suspenso’ após a divulgação do vídeo que mostrou Victor Hugo Cardinali a espancar repetidamente um de seus elefantes durante um espetáculo com o aguilhão. O que a maioria das pessoas desconhece é que apesar de ser um pequeno espeto de ferro - em relação ao tamanho do elefante, as espetadas abrem feridas na pele, que se transformam em doloridos abscessos.

Sem ter como negar a crueldade, e pressionado pela imprensa Victor Hugo Cardinali confessou no programa de rádio bater nos animais do circo como forma de obter respeito subjugando os animais pela dor. Os patrocinadores do Circo das Celebridades receberam milhares de e-mails dos portugueses contra o reality-show e contra o abusador confesso de animais.

A Associação Animal emitiu um comunicado onde citou; “A TVI está a tentar subestimar a inteligência do público, o que é de uma arrogância extrema. A verdade é que as empresas já não estão disponíveis para se associar a este formato”.

Em Portugal a lei que criminaliza os maus tratos aos animais, e que prevê multas e até penas de prisão para quem maltrate ou abandone é restrita aos ‘animais de companhia’, ou seja os animais maltratados nas touradas e nos circos não possuem nenhuma lei que os proteja, e seus agressores jamais são punidos.

A criminalização dos maus-tratos "não abrange os animais utilizados em exploração agrícola, pecuária ou agro-industrial, assim como os utilizados para fins de espetáculo comercial ou outros fins legalmente previstos". A lei limita o crime aos "animais de companhia". Significa que quem quiser matar um elefante à paulada no circo, ou espetar bandarilhas até a morte do touro, não pagará multa e nem será preso. Slide63

Tanto a TV como os jornais portugueses há muito apadrinharam os circos do país tanto que chegam a omitir o ‘nome’ do circo quando a notícia depõe contra esses. Quando 2 tigres fugiram após uma distração do tratador ao lavar a jaula e um deles foi para o rio nadar acompanhado por um cachorro era uma atração – o nome do circo que estava na cidade de Régua nunca foi mencionado.

Durante a investigação da ADI-ANIMAL, haviam sete elefantes africanos no Circo Victor Hugo Cardinali, que eram mantidos acorrentados pelas pernas com correntes grandes e pesadas, sem serem almofadadas, durante todo o dia, até à hora do espetáculo, às 17 horas.
A violência documentada vai desde os elefantes serem agredidos com ganchos e aguilhões de metal, e a serem espancados e agredidos na zona da cabeça; aos póneis serem chicoteados em todo o seu corpo e na face durante o treino, entre outros abusos que fazem com que vários animais reproduzam comportamentos perturbados e repetitivos.

Os elefantes eram vítimas de abuso físico perpetrado com um “gancho-aguilhão de elefantes”, sendo constantemente agredidos, assim forçados a formarem uma linha. Depois destas atuações, eles tinham direito a um exercício mínimo num espaço com cerca de 39 metros por 26.5 metros. Os elefantes não tinham acesso livre à água; em vez disso, era-lhes dada água em certos momentos.

Todos os elefantes do Circo Victor Hugo Cardinali reproduziam algum tipo de comportamento estereotípico. Em alguns momentos, todos os sete elefantes exibiam ao mesmo tempo este comportamento anormal. Mais uma vez, destacamos que estes movimentos repetitivos e sem sentido não são observados na natureza, de modo que, se sete elefantes num mesmo circo estão tão psicologicamente assustados e emocionalmente afetados de uma forma tão profunda, fica claro quão inapropriado é o ambiente dos circos para estes animais.

E era exatamente assim com os animais de todas as outras espécies que observámos. E ainda pior é o fato de que muitos animais nos circos nunca chegam a sair das suas jaulas e vagões de transporte para atuarem. Vários circos viajaram com animais que não atuaram. Foi o caso de dois macacos, um urso, um leão da montanha, um tigre e dois leões do Circo Roberto Cardinali e de seis tigres do Circo Victor Hugo Cardinali. Estes animais vivem em zoos móveis e completamente abaixo dos padrões mínimos aceitáveis.

Os tigres brancos do Circo Victor Hugo Cardinali desfilavam em espetáculos de circo sem qualquer grade a separá-los do público. No Circo Roberto Cardinali, as crianças podiam dar aos macacos garrafas de plástico, pão e pedaços de cartão. No Circo Victor Hugo Cardinali, não havia quaisquer sinais de aviso e o portão estava sempre aberto. Era possível a qualquer pessoa aproximar-se dos setes elefantes africanos, que estavam sem qualquer supervisão, cita o relatório, que pode ser lido na íntegra aqui.

Em outra ocasião, nove leões do circo Victor Hugo Cardinali, foram apreendidos pela Guarda Nacional Republicana - GNR, em Lisboa, por estes não terem registo ao abrigo da convenção sobre comércio internacional de animais selvagens – CITES.
images (10) - A Europa e os Circos

O lobby circense é tão forte na Europa, que o Parlamento Europeu fez uma proposta de resolução que reconheceria o circo como parte integrante da cultura da Europa. Ao mesmo tempo que a Diretiva 2010/63/UE do Parlamento Europeu, estabeleceu uma total proibição para a utilização de primatas superiores, como chimpanzés, gorilas e orangotangos, para fins científicos.

A Federação Mundial do Circo, tem como presidente honorária a Princesa de Mônaco – que há anos largou a realeza – pegou os filhos pequenos e foi viver no circo – o caso de amor coincidentemente foi com o dono do Circo Knie, que era domador de elefantes, e que colocou a filha da Princesa Stéphanie de Mônaco - Pauline aos 7 anos de idade, para atuar ao lado e em cima dos elefantes.

O Governo Português que tentou dar um passo para o fim dos circos com animais em Portugal, foi processado pela Associação Europeia de Circos, depois de a Comissão Europeia ter esclarecido que o uso de animais em circos era uma questão nacional.

As companhias de circo portuguesas que usam animais e a Associação Europeia de Circos – o lobby europeu dos circos com animais – anunciaram que iriam avançar com uma ação judicial, contra o Estado Português pelo fato do Governo ter decidido implementar legislação contra o uso de animais selvagens em circos.

A Associação Europeia de Circos alegou que a proibição implementada pelo Governo Português, assim como a proibição do uso de animais selvagens em circos implementada, em 2005, pelo Estado Austríaco, violam o artigo 49 do Tratado Europeu, no sentido em que, supostamente, estas normas violariam as regras do mercado livre e comum.

O único aparente avanço em Portugal foi a portaria publicada em Outubro de 2009, que proíbe a aquisição de novos animais, como elefantes, leões, macacos ou tigres, entre outros, e a reprodução dos que já existem nos circos. Por esta lógica, a lei apenas permite a exibição dos determinados animais existentes nos circos enquanto estes forem vivos.

A portaria 1226/2009, que “proíbe a detenção de espécimes vivos da família dos felídeos e não permite que se utilizem nestes espetáculos animais que tenham sido adquiridos ou reproduzidos após 90 dias da sua entrada em vigor em outubro de 2009”, parecia não ter validade no Circo Chen, que em 2011 foi denunciado pela venda das selfies entre criança e filhotes de tigres “com apenas alguns meses”, ilegalmente adquiridos e\ou reproduzidos.
Slide12 - O Circo no Brasil

A utilização de animais em circos já é proibida em onze estados brasileiros por constatações de maus-tratos, mas o Projeto de Lei para que a proibição seja ampliada para todo o país está há nove anos aguardando para ser aprovado. O PL 7291/2006, na forma de seu substitutivo (leia aqui), é a atual esperança para que os animais fiquem livres das torturas nos circos.

Os circenses hoje têm se organizado em algumas cooperativas, especialmente na região Sudeste. A maioria defende o uso de animais e de crianças trabalhando no picadeiro. A União Brasileira do Circo estima a existência de 2.500 circos e 30 mil artistas em todo o Brasil.

A Rede de Apoio ao Circo, tem sua base em Minas Gerais, e a Associação Brasileira de Circo (Abracirco), entidade nacional, foi fundada em 1977. Atualmente a Abracirco está empenhada em aprovar no Congresso a Lei do Circo para que a atividade circense seja regulamentada como um dos bens do patrimônio cultural brasileiro.

- O Tráfico de Animais iniciou-se nos Circos

Escondida por sob a lona dos circos, mora também o tráfico de animais que movimenta rios de dinheiro. Um dinheiro ‘livre’ de impostos em todo o mundo, usado para corromper governantes e legislações. “Agora também se tornou público que os responsáveis por este circo estão envolvidos com o tráfico de espécies exóticas e protegidas, o que demonstra mais uma vez a falta de sensibilidade que seus trabalhadores demonstram com os animais”.
O fato dos circos se locomoverem de uma cidade para outra cidade, de cruzarem estados e países, sem uma efetiva fiscalização - já que os animais não possuem um passaporte clínico interligado a um microchip, faz do circo a maior rota para o tráfico de animais que são além de serem obrigados a aprenderem truques para as apresentações, são também obrigados a procriarem entre membros da mesma família.
A Endogamia e a  Onicectomia (Ablação das Unhas), é prática comum nos animais utilizados para servirem ao entretenimento como o Leão Ariel.
Sem um passaporte clínico, a pouca legislação existente confere aos fiscais o poder de verificar papeis, sem levar em conta os indícios de que um animal, passa fome, sente dores, ou se teve filhotes recentemente e qual o paradeiro de filhotes que podem ser vendidos facilmente por milhões no mercado negro de animais.
Se até mesmo crianças humanas são traficadas pelos circos, como ignorar o tráfico de animais pelos mesmos.
Agua-para-Elefantes-12 - As Segundas Intenções e as Mensagens Subliminares
O site filmeb, descreve a produtora Renata Almeida Magalhães (esposa de Cacá Diegues), como sendo graduada em Direito e especializada em legislação de incentivo fiscal para cultura. Já a outra produtora Paula Lavigne, disse a revista Veja: "Virei uma prostituta cultural para fazer filme. Eu ofereço sociedade às empresas, mostro as possibilidades de retorno. É troca de interesses".


Cacá Diegues também protagonizou a maior polêmica sobre a concessão de patrocínio por empresas estatais, como a Petrobrás que financiou vários de seus filmes.

O verdadeiro conceito sobre mensagens subliminares têm sido muito mal interpretado pela maioria da população, as mensagens subliminares possuem um poder muito mais poderoso de influência pelo fato de fazer isso de maneira sutil, pela conivência como determinada coisa por mais absurda que seja, passa a ser normal e então passa a ser mais fácil aceitar tal coisa ou situação. Inserida em histórias e nos filmes, preenchendo o cenário sem destacar sua presença, mas para sempre perpetuada pelo cérebro.

O roteiro foi escrito em 2009 por Cacá Diegues com George Moura , é citado pelo cineasta como um "velho sonho". Sob o título de ‘O Grande Circo Místico’, apresenta uma resenha tão inocente quanto a história infantil da Cinderela – um mocinho rico e uma mocinha pobre que se apaixonam mas que não podem viver esse amor em decorrência de tudo e de todos que estão a sua volta. Uma história contada e recontada pelo cinema em clássicos que vão de ‘Casablanca’ de 1942, ao sucesso da trilogia ‘Crepúsculo’. E o motivo das pessoas não perceberem que estão assistindo sempre a mesma ‘história’, é a mensagem que é inserida por trás da ‘história’.

O melodrama revivido entre mocinhos e mocinhas, torna-se ínfimo no filme ‘Água para Elefantes’, no qual é impossível ficar indiferente a crueldade na qual os animais são submetidos. A mensagem subliminar repassada ao mundo, é a de que todos os circos com animais deveriam deixar de existir. Mensagem essa reforçada, após a comprovação documentada em vídeo de que - os elefantes usados no filme “Água para Elefantes”, foram verdadeiramente espancados e eletrocutados durante seu treinamento conforme divulgado pela ANDA.

Com o título ‘Hoje tem espetáculo’, Cacá Diegues, em sua coluna se declara ‘fascinado’ por circos - “O fascínio que eles exerciam sobre mim se reflete em meus filmes, nas referências de “Quando o carnaval chegar”, “Chuvas de verão” e “Tieta do Agreste”, além da homenagem de “Bye Bye Brasil” a uma daquelas caravanas nordestinas”. E acrescenta; ‘Sempre desconfiei da piedade escandalizada em relação aos animais de um circo. Eles têm casa, comida e roupa lavada, não precisam sair pela floresta correndo perigo e provocando a extinção dos outros, em busca de alimento. E, se por caso não se sentem satisfeitos, podem facilmente acabar com o domador e seus frágeis parceiros de espetáculo. A sobrevida dos circenses é a celebração dos animais.’

Mário de Andrade fez o seguinte comentário sobre o autor de ‘O Grande Circo Místico, "Jorge de Lima é um mundo de contradições por explicar e de dificuldades a resolver", e contradições não faltam na produção do novo filme de Cacá Diegues.

Em 1938 o poeta Jorge de Lima já denunciava a ineficácia das organizações mundiais na resolução dos conflitos: E nem o Sinédrio, nem os Conselhos, nem a Liga das Nações nada fizeram, nada resolveram, nada adiantaram. Diante de um mundo caduco, o poeta exclama: Estrangeiro, amigo, escrevamos para os nossos bisnetos fictícios, a história eterna do homem decaído e do mundo sem jeito.


“O circo ensina as crianças a rir da dignidade perdida dos animais”, a frase é Olegario Schmitt , Brasileiro, Poeta, Escritor, Fotógrafo, Editor e Web-Designer.