6 de nov. de 2014
Doença da Raiva ressurge no Estado São Paulo por Falta de Proteção a Fauna e Flora
A morte de um felino em decorrência da doença de raiva foi confirmada pela Secretária de Saúde do Município de Campinas/SP.
Em Mococa não era registrado casos de raiva em cães e gatos desde 1989. Mas, neste ano, seis bois e um cavalo já morreram em consequência da doença. No ano passado, a raiva matou 24 animais na região.
O gato foi encontrado no dia 30 de setembro, em uma rua da cidade, na divisa com a cidade de Sumaré, bastante debilitado e foi encaminhado para atendimento veterinário, onde veio a falecer. "Por rotina foi coletado material do animal e encaminhado para exame no Instituto Pasteur, que levou mais de um mês para ficar pronto e deu positivo", explica a médica veterinária da Vigilância em Saúde, Andrea Von Zuben ao G1.
A degradação do habitat com o desmatamento e as queimadas, faz com que os morcegos percam seu habitat e invadam as cidades, juntando isso à falta de políticas públicas para o controle de natalidade de cães e gatos e a falta de abrigos municipais para os mesmos; uma vez que os animais abandonados nas ruas acabam sempre debilitados e propensos a se tornarem hospedeiros da doença, e os atrasos cada vez maiores nas campanhas de vacinação no combate a raiva – cães, gatos e outros animais estão desprotegidos da doença que é 100% fatal, também para os humanos se não for tratada a tempo.
A raiva é uma doença viral transmitida principalmente por morcegos infectados. Os animais que podem ser hospedeiros da doença se alimentam de frutas e insetos, não são hematófagos como as espécies encontradas em zonas rurais. Por isso, o vírus não é transmitido pela mordida, mas pelo contato.
Os gatos podem apresentar a forma paralítica da doença. Nos cães, o latido fica diferente, mais rouco do que o normal. Os animais também podem ter dificuldade para engolir, salivação excessiva, entre outros sintomas.
Em 2012, após dois anos sem vacinação contra a raiva, um cão na cidade de Ribeirão Preto, teve o primeiro registro da doença no ano. Em 2011, a capital teve só um registro de raiva em gato. Em 2010, foram dois registros da doença em todo o Estado.
"A população está sob risco", disse o epidemiologista e professor da USP em São Paulo Ricardo Dias, referindo-se à indefinição das campanhas nessas cidades.
A imunização contra a raiva havia sido suspensa em setembro de 2010 após reações à vacina levarem à morte alguns animais no país. Neste período, só a rede privada fazia a imunização. Com a baixa cobertura, a população de cães e gatos ficou mais exposta aos riscos
Em 2012, um menino foi mordido por um morcego, dentro de um bufê de alto padrão em Campinas. Em Agosto desse ano cartazes instruíam moradores de Campinas como proceder se avistassem Morcegos. Em 2014, foram encontrados quatro morcegos com raiva na cidade, no bairro Cambuí, Chapadão e em Sousas.
Se uma pessoa entrar em contato com o animal por acidente, deve ir até uma unidade de pronto atendimento para receber o soro antirrábico, além de cumprir o programa de cinco doses de vacina.
O desequilíbrio na conservação do meio ambiente traz o aumento de roedores, morcegos, baratas, mosquitos e moscas, e de doenças como a leishmanioses, leptospirose, e raiva que estão associados a este desequilíbrio. Chamados de fauna sinantrópica nociva, e podem causar transtornos significativos de ordem econômica e social.
Retirados de seu nicho ecológico os morcegos, roedores e outros animais se tornam vetores, e são vítimas de preconceito, já que desempenham importantes funções reguladoras para a manutenção do equilíbrio, disseminando sementes, polinizando, e predando outros animais.
Embora os morcegos possam transmitir raiva e outras doenças, pesquisadores defendem que sua presença pode ser benéfica.
Espécies como o Molossus molossus e Tadarida brasiliensis agem como dedetizadores naturais: elas se alimentam principalmente de baratas, mosquitos e cupins.
“Dos problemas da saúde pública, os morcegos são um dos menores”, diz Susi Pacheco, doutora em zoologia especialista nesses mamíferos, do Instituto Sauver.
Em alta desde 2012, a raiva bovina, atingiu 83 animais em menos de quatro meses no Estado. As notificações feitas neste ano representam um crescimento de 159,3%.
Referências
· Desmatamento região Campinas agrava crise da água em São Paulo. (Folha)
· O ano de 2014 já é o mais seco dos últimos 25 anos em Campinas. (RAC)
· Queimadas aumentam quase 260% em Campinas. (CBN)
· Cartazes alertam sobre presença de morcego no Centro de Campinas. (RAC)
· Força-tarefa contra desmatamento em Mata de Campinas. (RAC)
· Após 15 anos, Saúde confirma novo caso de raiva em gato em Campinas. (G1)
· Caderno de Educação Ambiental – Governo Estado de São Paulo (PDF)
· Campanha de vacinação contra raiva é adiada e gera preocupação na região (G1)
· Vacinação contra raiva começa com dois meses de atraso. (G1)
· Secretaria de Saúde e Higiene adia campanha contra raiva animal (JM)
· Casos-de-raiva-bovina-no-estado-de-sao-paulo-crescem-159-neste-ano. (Folha)
· Estado registra o primeiro caso de raiva em cão no ano (Folha)
9 de jan. de 2014
100.000 Morcegos Morrem na Austrália
Os morcegos são mamíferos voadores que possuem os membros anteriores transformados em asas. Como todos os mamíferos, esses animais possuem o corpo coberto por pelos e alimentam seus filhotes com leite produzido nas glândulas mamárias das fêmeas.
Das várias espécies de morcegos que existem, 97% são benéficas e aliadas dos seres humanos.
Enquanto os EUA sofrem com o vórtex polar, uma onda de calor está matando os morcegos que literalmente estão sendo cozidos vivos e caem mortos do céu.
As mortes em massa, dizimaram pelo menos 25 colônias neste final de semana,
O porta-voz da RSPCA Michael Beatty diz que a onda de calor foi um sucesso significativo para a população de morcegos em todo o estado, informa a estação de notícias ABC.
"A onda de calor é basicamente uma catástrofe para todas as colônias de morcegos no sudeste de Queensland, disse ele.
"Isso, obviamente, vai ter um impacto muito perturbador nessas colônias e essas colônias são vitais para o nosso ecossistema."
O morcego frugívoro somente se alimenta de frutas; e com esses hábitos alimentares ele consegue espalhar as sementes das árvores, que, quando caem no chão, germinam e se tornam uma árvore. Dessa forma, esse morcego ajuda no reflorestamento, recuperando matas e florestas destruídas pelo homem. Há inúmeras espécies de plantas que dependem exclusivamente do morcego para espalhar suas sementes.
O morcego insetívoro se alimenta de insetos como besouros, grilos, baratas, gafanhotos, entre tantos outros, inclusive os que destroem lavouras. Dessa forma, ele consegue manter a população de insetos controlada.
Há também os morcegos que têm sua dieta baseada no pólen e no néctar das flores, e colaboram na polinização das flores, favorecendo a geração de frutos e, consequentemente, de descendentes.
De todas as espécies de morcegos conhecidas, apenas três espécies são de morcego-vampiro, sendo que todas elas podem ser encontradas na América do Sul.
No Brasil o Projeto Morcegos Brasileiros visa aumentar os conhecimentos sobre a biodiversidade brasileira e fornecer subsídios para políticas bem fundamentadas de conservação ambiental.
Visite o site ou á página do Projeto Morcegos Brasileiros para saber mais
Fonte: Mural Animal/ Daily Mail
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