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16 de out. de 2015

Lobo-Guará em estado crítico é salvo por caminhoneiro

“É assim que se age com a natureza - é ajudando - não estragando, e nem matando os bichinhos igual vocês fizeram por ai não!”
lobo-guara
As palavras são de Milton Rodrigues, um caminhoneiro de coração, que essa semana salvou uma fêmea de lobo-guará da morte certa.
 
No vídeo postado em seu perfil no facebook, o caminhoneiro conta que o animal atravessou a estrada  enquanto ele trafegava e deitou exausto no acostamento. O caminhoneiro então  parou para tirar uma foto, quando então a fêmea de lobo-guará se arrastou para aproveitar a sombra que havia embaixo do caminhão.
 
Milton então percebeu que o animal estava morrendo de sede em meio a seca que assola o cerrado do Mato Grosso no qual a temperatura ele estima em 42 graus Celsius.
 
Com muita habilidade Milton colocou o animal para dentro do caminhão, molhou o animal e voltou a dirigir até encontrar um local mais fresco onde poderia tentar reanimar a fêmea.
 
Depois de percorrer 4 Km, Milton parou seu caminhão ao lado de uma mata na esperança de a sombra, o cheiro e a umidade oferecida pelas árvores, pudessem dar ao lobo-guará um motivo para viver.
 
E enquanto hidratava o animal dando-lhe pequenos goles de água, Milton além da lição de solidariedade sem a qual esse lobo-guará não teria sobrevivido, deu um recado a todos os covardes que maltratam animais, ao lembrar do caso da rara onça preta que foi morta a pauladas por homens de dentro do barco em um rio. (click aqui)
 
No vídeo Milton diz que não tem nada para dar de comer ao lobo-guará, mas depois de vários goles de água, os esforços do caminhoneiro são recompensados. A fêmea de lobo-guará se levanta, se estabiliza e entra mata adentro.
 
O que Milton Rodrigues e o Sebastião que filmou toda a ação não sabiam, é que eles não estavam salvando só uma fêmea de lobo-guará, eles salvaram toda uma região do cerrado, que também morreria se esse animal não tivesse sido salvo.
 
Apesar do nome, o lobo-guará assemelha-se mais a um cachorro tímido do que um lobo selvagem ou bravio. Apesar de comerem de tudo, o que eles mais gostam é de comer frutas, tanto que são chamados de “semeadores do cerrado”, porque suas fezes espalham as sementes e garantem que o cerrado continue vivo.
 
Sendo um animal de hábitos noturnos, mais ágil ao entardecer e ao amanhecer, os lobos-guarás preferem comer pequenos animais como roedores, como ratos, preá, e cobras
 
A preferida deles é a fruta da lobeira, uma planta nativa da América do Sul. As lobeiras e os lobos-guarás participam de uma relação chamada mutualismo, onde as duas espécies se ajudam: as lobeiras fornecem frutos que são consumidos pelos lobos, e os lobos liberam em suas fezes as sementes das plantas, ajudando para que germinem novas lobeiras por onde passam.
 
Entre suas frutas preferidas estão a fruta-do-lobo ou lobeira, o pêssego, maracujá, goiaba, etc. Além disso, é atraído por cheiros fortes, assim o avanço das cidades em seu território, faz com que o lobo-guará seja atraído para as lixeiras das pessoas.
 
Quando um macho encontra uma fêmea, eles se tornam um casal por toda a vida, e precisam de pelo menos 2.500 hectares de terra para sobreviver (equivalente a 2.500 campos de futebol).
 
Ao herói Milton Rodrigues, o caminhoneiro amigo dos animais e do meio-ambiente, nossos agradecimentos por ter salvado esse animal que está em risco de extinção mesmo que as autoridades não admitam.

20 de jul. de 2014

Lobo-guará Morre Após Maus-Tratos

A fêmea de lobo-guará estava com a orelha direita e a cauda decepa­das. O animal foi encontrado em um sítio, no município de Nuporanga-SP. Socorrida pelo Corpo de Bombeiros e levada ao Bosque e Zoológico Mu­nicipal Doutor Fábio Barreto em Ribeirão Preto, ela não resistiu aos ferimentos e morreu pouco tem­po depois de chegar ao zoo.

lobo-guara
O animal, cuja espécie está na lista de espécies ameaçadas de extinção, foi analisado pelo ve­terinário do Bosque Municipal, que identificou os maus-tratos. De acordo com Alexandre Gouvêa, chefe do zoo, a Polícia Militar Ambiental (PMA) será acionada. “Maus-tratos a animais não podem ser aceitos.

Levando isso em consideração, também de­nunciaremos o caso à Polícia Ambiental”, ressalta. O lobo­-guará é uma espécie de caní­deo endêmico da América do Sul e único integrante do gênero “Chrysocyon brachyurus”.

O caso aconteceu sexta-feira, 18 de julho, e foi noticiada pela Tribuna de Ribeirão, a foto é de Alfredo Risk.

A espécie não está direta­mente ligada a nenhum outro gênero de canídeos e aparente­mente é uma relíquia da fauna pleistocênica (era compreendida entre 2,588 milhões e 11,5 mil anos atrás, aproximadamente), da América do Sul, que desapareceu, na maioria, após a formação do Istmo do Panamá.

No Brasil o lobo-guará é considerado pelo Instituto Chi­co Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) uma espécie ameaçada de extinção. De uma população total estimada em 23,6 mil indivíduos, cerca de 21.746 encontram-se no Brasil, 880 no Paraguai e 660 na Argen­tina e provavelmente não mais de mil animais na Bolívia.

De acordo com a União Inter­nacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), o estado de conservação da espécie é pouco preocupante, mas no Brasil o lobo-guará é con­siderado em extinção, com estado de conservação vulnerável.identificação.