21 de abr. de 2015
São Francisco está prestes a proibir performances usando ursos, leões, elefantes e outros animais selvagens e se juntar a dezenas de outros lugares que têm algum tipo de proibição de utilização de animais exóticos para o entretenimento.
O decreto-lei, ainda aguarda a aprovação final do Conselho de Supervisores da cidade, e se aplicaria aos circos, eventos e filmagens de filmes e programas de televisão.
Gatos, cães e outros animais domesticados são isentos, como são animais utilizados para fins educacionais.
Defensores e adversários concordam que San Francisco seria a maior cidade os EUA a aprovar uma proibição tão abrangente que vai além do circo, por exemplo, e aplica-se a filmagem.
Outras localidades com a proibição de performances de animais exóticos incluem West Hollywood e Huntington Beach, no sul da Califórnia ; Plymouth, Massachusetts , e Greenburgh, New York.
"A primeira coisa a ser notada sobre a legislação é que ela está tentando proteger os animais contra o abuso", disse Katy Tang, a principal legisladora da portaria e uma ávida defensora dos animais - que anos atrás desistiu de comer carne por amor aos animais. A proposta incluiria várias espécies de animais silvestres e exóticos, como macacos, elefantes, leões, tigres, ursos, chimpanzés, cangurus, golfinhos, focas e lontras
"Um papagaio em um ombro, de modo geral, não está sendo forçado a falar", disse Tang. "Contanto que não haja uso de força ou abuso, as pessoas não devem se preocupar."
Tang disse que não é natural para um urso ou elefante se equilibrar em uma bola. E o mais provável, acrescentou, é que ao urso foi negado a comida; com medo e atormentado pelo treinador a se equilibrar em uma bola, os animais executam os atos, o que não é da natureza deles.
Desde 1984, a Sociedade Animais Selvagens Performances (PAWS), tem estado na vanguarda dos esforços para resgatar do uso humano e aposentar em um santuário, os animais que foram vítimas do show-business. A PAWS investiga os relatos enviados de abuso de animais exóticos; a crueldade documentada auxilia na investigação para aliviar o sofrimento de animais selvagens em cativeiro.
A medida vem depois que outras propostas de proteção de animais foram aprovadas em cidades como Los Angeles e Oakland, que proibiu o uso do ‘bullhook’, um espeto de metal, usado para cutucar e infringir dor para poder domar os elefantes. Além disso, Los Angeles e Oakland. Um senador do estado da Califórnia quer que a medida seja aprovada em todo o estado.
Em março desse ano, a Feld Entertainment, a empresa-mãe do circo Ringling Bros e Barnum & Bailey Circus, anunciou em março que iria ‘aposentar’ seus elefantes em 2018. A divulgação da ‘aposentadoria dos elefantes’ rendeu ao circo uma tremenda publicidade, e com isso a revelação da verdade – os elefantes estão doentes com tuberculose. Assim a cada elefante que não mais se apresentasse no circo – por ter morrido – seria considerado pelo público como aposentado.
Leia também: Tuberculose é a verdadeira causa da aposentadoria dos elefantes do circo Ringling Bros
Quando aprovada a portaria de São Francisco, começaria a valer em cerca de 30 dias , proíbe animais como os guaxinins de serem obrigados a fazer truques, e de serem treinados para fazerem exibições.
Susannah Greason Robbins, diretora executivo da Comissão de Filmes de São Francisco, disse que não viu quaisquer produções na cidade utilizarem animais exóticos nos quase cinco anos ela dirigiu o escritório.
"Eu entendo a necessidade de o decreto-lei para proteger esses animais, aqui em San Francisco", disse ela.
30 países e centenas de estados e cidades pelo mundo já proíbem animais em circos
Áustria, Holanda, Suécia, Índia, Finlândia, Suíça, Dinamarca, Argentina e vários outros países da Europa e alguns estados dos Estados Unidos proíbem shows com animais. “Lamentavelmente, quando o espetáculo termina, nem todos voltam pra casa. Alguns estão obrigados a voltar para trás das grades. Qual o motivo de sua condenação?”, questiona a organização defensora dos direitos dos animais AnimaNaturalis.
“O uso de animais em circos é cruel, ultrapassado, e agora é reconhecido na legislação em 30 países”, disse Jan Creamer, presidente da ADI, a Animal Defender International, que durante anos liderou várias investigações da crueldade as quais os animais de circos eram submetidos para se apresentar nos picadeiros.
Durante uma série de investigações da ADI em Portugal, Victor Hugo Cardinal foi filmado espancando um elefante durante a apresentação ao público no circo que leva seu nome. Depois de muita perseguição pela imprensa portuguesa sobre o incidente, ele declarou em um programa de rádio:
“Eu bati no elefante porque ele não queria fazer o exercício, e isso não nego. Não podemos deixar que um animal faça aquilo que quer, ou então não há respeito, e o domador não está ali a fazer nada”
As inúmeras evidências de que os animais não apresentam comportamentos naturais nos circos – e que todos os circos sem excesão, usam de metódos crueis e dolorosos para dominar os animais, que ao longo dos anos tem tanto pavor de voltarem a sofrer – que passam a executar os ‘truques’ quase que automaticamentes, fez crescer a pressão mundial contra os circos que utilizam animais.
Leia também: Fumaça e Fogo no Circo com Animais de Cacá Diegues em Portugal
Uma vez que o tráfico e a apresentação com animais rende milhões – os ‘gigolos’ de animais tendem a usar de vários artificios para continuar a iludir o grande público. Para tanto atores em fim de carreira, e um diretor brasileiro que nunca chegará a Hollywood, foram financiados tanto por interesses brasileiros como portugueses para produzir um filme intitulado ‘O Grande Circo Místico’, nos quais os elefantes e o circo são os mesmos que foram filmados pela ADI, sendo espancados no circo Victor Hugo Cardinalli.
Junte-se a campanha da Comunidade Cidadãos Pelos Circos Sem Animais - CCCA, a campanha de BOICOTE ao filme "O Grande Circo Místico – Eu NÃO vou assistir, e tu?
Vamos mostrar a eles nossa cara de descontentamento e criar um álbum de fotografias com o maior numero possível de pessoas que vão boicotar o filme.
Como participar:
1 - Imprimir numa folha o cartaz com a frase aqui: http://goo.gl/QEzjf2
2 - Tirar uma fotografia com a folha;
3 - Enviar a fotografia por favor para o mail circossemanimaisportugal@gmail.com ou por mensagem privada na pagina do CCSA;
4 - O CCSA irá publicar as fotografias no álbum criado para esta campanha. Depois podem identificar-se e partilhar o mais possível.