14 de jan. de 2011

 

18/01/2011

Canis com mais de 700 cachorros ilhados sofrem com falta de comida e medicamento em Nova Friburgo

Fabiana Uchinaka e Rodrigo Bertolotto
Enviados do UOL Notícias
Em Nova Friburgo (RJ)

18.jan.2011 - Pipoca, Suzy, Estrelinha do Mato, Geralda, Chiquinha e Orelhinha são alguns dos mais de 300 sobreviventes caninos da maior calamidade pública do Brasil Fabiana Uchinaka/ UOL

Pipoca, Suzy, Estrelinha do Mato, Geralda, Chiquinha e Orelhinha e mais de 300 sobreviventes caninos fazem parte da maior calamidade pública do Brasil.

Eles vivem na estrada da Fazenda da Laje, área de difícil acesso no distrito de Conselheiro Paulino, em Nova Friburgo (RJ). Ali, a quase 20 quilômetros do centro da cidade, em uma comunidade pobre no alto da encosta, não chega comida, água ou luz há uma semana. Os moradores contaram ao UOL Notícias que depois de um desmoronamento que durou mais de 10 minutos durante a madrugada de terça-feira a estrada foi coberta de terra.

  • Canil em encosta de RJ escapa de tragédia e emociona dona; veja

No canil, mantido pela emprega doméstica Cristina Pacheco, 40, e por sua mãe, a aposentada Angelina Pacheco, 63, é possível chegar de carro, mas as condições são extremamente precárias no sítio de 150 m². A comida que Cristina conseguiu durante uma viagem ao centro da cidade é suficiente para alimentar seus 300 cachorros por apenas três dias.


“O rio encheu e as casas de ração estão fechadas. Teve gente que perdeu tudo, teve a loja destruída... isso quando não morreu a família inteira.

Além disso, o fornecimento era feito por Teresópolis, Petrópolis e Rio Bonito [que também sofrem com os efeitos dos deslizamentos e das enxurradas]”, explicou.

Ela não perdeu nenhum dos cães de rua que abriga, apenas aqueles que estavam doentes e não puderam receber tratamento médico por conta do bloqueio, mas pede urgentemente doações. Segundo a moradora, são necessários 75 quilos de ração por dia para os adultos e 25 quilos de ração para filhotes por semana, além de água, casinhas e remédios para epilepsia e problemas cardíacos.

    Cristina acredita que em breve começará a receber animais de pessoas desabrigadas ou que morreram durante a tragédia, o que deve aumentar ainda mais o consumo. “Só não vieram ainda porque o abrigo é longe.

    A gente faz com amor, mas está complicado, viu. Não tenho mais condições de cuidar de tantos, mal tenho casa”, ressaltou.

    Ela explicou que mesmo assim os animais são abandonados na porta da casa dela. E, cada um chega com uma história mais traumática.

    Tem cão que foi achado no mato depois de ficar 15 dias uivando, ao lado do irmão e da mãe mortos.

    Tem cão cheio de tumor. Tem cão velho que o dono jogou na rua porque comprou um novo.

    Tem cão que levou paulada e pontapé de moradores. Tem cão que foi jogado no bueiro.

    “As histórias dos cachorros são emocionantes”, afirmou, com lágrimas nos olhos.

    O drama de Cristina também chama a atenção.

    Sua paixão pelos animais ganhou força depois que ela viu sua mãe ter um derrame e seu cachorro Lique ficar gravemente doente há 19 anos.

    Na época, fez uma promessa. Nunca mais colocaria um gole de bebida na boca e cuidaria dos animais, caso os dois ficassem bem.

    Deu certo. Hoje, dona Angelina é o braço direito da filha, Lique acompanhou as duas por 17 anos e ela largou o vício.

    De lá para cá, o número de bichinhos adotados só cresceu. Mesmo assim, Cristina segue obstinada em sua promessa.

    Desempregada há cinco meses, ela parcela “em mil vezes” as casinhas de madeira, vai até os mercados “pegar os restos” que ela cozinha em 200 litros de água com fubá para alimentar os animais, faz feirinha de doação e aprendeu na marra a cuidar da saúde da “família”.

    Do quintal, tira a banana que os cães adoram. “Mas só dá para plantar isso, porque as formigas matam tudo aqui”, contou.

    Mesmo assim, lá pelas 5h da manhã eles choram de fome.

    Para fazer doações:

    Cristina Pacheco – Tel. (22) 2527-3644 e (22) 9931-2009.

    Outra opção é deixar a ração paga em nome do Canil da Cristina nas seguintes lojas de Nova Friburgo: Rio Mex (av. Governador Roberto Silveira, 3404), Amor Correspondido (av. Júlio Antônio Thurler, 110 / loja 02), Pró - Campo (av. Governador Jeremias de Mattos Fontes, 16), Peixes e Aquários (rua Monsenhor Miranda, 23), Dog show (rua Joaquim Pereira Bispo, 452, São Jorge), Rações da Serra (Olaria), Casa Sabiá (av. Euterpe Friburguense), Allcateia X Pet Shop (rua Jacira dos Santos Borges, 14 - Riograndina)

     

     

    Apaixonada por animais, há 19 anos Cristina realiza um exemplar trabalho voluntário na cidade recolhendo cachorros e gatos abandonados e doentes que estão pelas ruas. Atualmente, cerca de 180 animais das mais diversas raças e idades estão sob seus cuidados, em um canil anexo a sua residência. “Muitos estão velhos, cegos e cancerosos ou foram vítimas de maus-tratos”, diz Cristina, que trabalha como doméstica e precisa se desdobrar para custear a alimentação e os cuidados veterinários de tantos bichos. Para isso ela conta com a ajuda de alguns veterinários, que não cobram por seus serviços, e de pessoas da comunidade, que colaboram doando ração.

    “Ainda bem que nenhum animal ficou ferido mas estou desesperada. Tive que retirar os cães às pressas e acomodá-los de forma improvisada”,  explica Cristina que pede ajuda da comunidade para reconstruir o local

    As chuvas contínuas que vêm caindo em Nova Friburgo este mês estão provocando estragos em áreas públicas e particulares de vários pontos do município. No último fim de semana, por exemplo, o muro de um canil na Fazenda da Laje desabou, devido ao excesso de chuvas e quase soterrou três cachorros. “Ainda bem que nenhum animal ficou ferido, mas estou desesperada. Tive que retirar os cães às pressas e acomodá-los de forma improvisada. Alguns até foram para minha casa, que está um caos”, explica a proprietária, Maria Cristina Pacheco.

    O desabamento do muro do canil trouxe uma preocupação a mais para Cristina. Ela agora está em busca de recursos para reconstruir o local e voltar a abrigar os animais com segurança. “Ganho apenas um salário e não tenho como arcar com mais essa despesa. Por isso estou pedindo a ajuda da comunidade para realizar essa obra”, apela a doméstica. Além de tijolos e cimento, ela também necessita de mão de obra voluntária.

    Quem quiser colaborar com Cristina pode entrar em contato com ela pelo telefone (22)2527-3644. Outra opção é ir à banca de jornal em frente ao prédio do antigo fórum, onde é possível obter mais detalhes de como ajudá-la. Vale destacar que a doméstica é um exemplo de cidadã que realiza um importante trabalho na cidade em prol do bem-estar dos animais.

    Localizado na Fazenda da Laje, o canil particular abriga dezenas de animais recolhidos nas ruas

    Fonte: http://www.avozdaserra.com.br

    Caixinha para o melhor amigo deu tão certo que agora é permanente

    Publicado em 24/02/2010

    Uma inovação que deu certo e foi muito bem recebida pelos amantes dos animais. Trata-se da tradicional caixinha de Natal lançada no fim do ano passado em benefício de cães e gatos recolhidos nas ruas. A novidade foi colocada em meados de dezembro na banca de jornal em frente ao antigo fórum e superou todas as expectativas. “As doações arrecadadas foram além do esperado e decidimos deixar a caixinha ao longo do ano. Afinal, os animais de rua precisam de recursos permanentes”, explica a proprietária da banca, Emilene Diniz.
    Toda a renda da caixinha vem sendo revertida para o canil particular de Maria Cristina Pacheco, na Fazenda da Laje. Apaixonada por animais, há 19 anos ela realiza um exemplar trabalho voluntário na cidade, recolhendo cachorros e gatos abandonados e doentes pelas ruas. Atualmente cerca de 180 animais das mais diversas raças e idades estão sob seus cuidados. “Muitos estão velhos, cegos e cancerosos ou foram vítimas de maus-tratos”, diz Cristina, que trabalha como doméstica e precisa se desdobrar para custear a alimentação e os cuidados veterinários de tantos bichos. Para isso ela conta com a ajuda de alguns veterinários, que não cobram por seus serviços, e com pessoas da comunidade, que doam ração.
    As doações para a caixinha também passaram a ser outra importante fonte de recursos para o canil. “Gostaria de agradecer a todos que estão colaborando com a caixinha. As doações têm me ajudado muito na compra de ração e de remédios. Espero que as pessoas continuem contribuindo”, afirmou Cristina. Sem dúvida, a doméstica Cristina é um exemplo de cidadã que realiza um importante trabalho na cidade em prol do bem-estar dos animais.

    Lançada no Natal, a caixinha superou todas as expectativas e se tornou permanente. A novidade está na banca de jornal em frente ao antigo fórum, na Praça Getúlio Vargas 89

    A renda arrecadada com a caixinha está sendo revertida para o canil de Maria Cristina Pacheco, que abriga cães e gatos abandonados nas ruas

    Casos de maus-tratos e abandono de cães continuam ocorrendo em Nova Friburgo

    Publicado em 02/09/2009

     Maria Cristina Pacheco, que há 18 anos recolhe animais nas ruas, encontra frequentemente cães abandonados por doença, velhice ou porque tiveram filhotes

    Apesar do grande número de pessoas e entidades que lutam pelo bem-estar dos animais em Nova Friburgo, continuam sendo frequentes os casos de maus-tratos e abandono de cães na cidade. O problema vem sendo alvo de uma série de denúncias relatadas à redação de A VOZ DA SERRA através de cartas, telefonemas e e-mails, como a publicada na edição de 11 de agosto sobre um filhote de cão atingido por tiros de chumbinho, que corria o risco de ter a pata amputada. O fato deixou muita gente indignada, a exemplo do que ocorreu com outra matéria publicada há alguns meses pelo jornal, sobre uma cadela abandonada na Ponte da Saudade, com seis filhotes recém-nascidos.
    Outros casos recentes de desrespeito aos animais são relatados pela doméstica Maria Cristina Pacheco, dona de um canil na Fazenda da Laje. Apaixonada por cães e gatos, ela realiza um exemplar trabalho na cidade, recolhendo e cuidando de animais doentes e abandonados, como a pequinês encontrada desidratada no mato, com as patas amarradas e cheias de cortes. “Quem me ajudou a cuidar do bichinho foi a Mariana, da loja de ração do São Jorge. Ela ficou com tanta pena da pequinês, que chegou a chorar enquanto fazia a tosa”, lembra.
    Há algumas semanas, Cristina também encontrou em um buraco próximo a um campo de futebol, na Fazenda da Laje, um filhote de vira-lata amarrado pelo pescoço, quase sufocado. “Sem falar na basset abandonada prenha e supermagra em frente ao Cemitério Trilha do Céu. Infelizmente, muitos destes seres indefesos ainda não são tratados com o devido amor e respeito que merecem”, desabafa ela, que há 18 anos recolhe animais deixados nas ruas.
    Atualmente cerca de 200 cachorros ocupam o canil mantido por Cristina num espaço anexo a sua residência. Ganhando apenas um salário mínimo, ela prossegue com a campanha “Alimente um focinho carente: doe ração!” para poder continuar alimentando os bichinhos. “Agradeço a todos que têm me ajudado com as rações. Sem essas pessoas não conseguiria continuar o meu trabalho. Também sou muito grata à Milena, da banca de jornal ao lado dos Correios, pelo apoio dado à causa dos animais. Além do espaço para colocação de cartazes, ela está sempre arrecadando recursos para ajudar em cirurgias e na compra de remédios para os bichinhos”, destaca Cristina.
    Quem quiser colaborar com o trabalho de Cristina pode aderir à campanha para alimentar os bichinhos. Para isso, basta adquirir um saco de ração nas seguintes lojas parceiras: Rio Mex (Avenida Governador Roberto Silveira 3.404), Amor Correspondido (Avenida Júlio Antônio Thurler 110/loja 2), Pró-Campo (Avenida Governador Geremias de Mattos Fontes 16, Centro), Peixes e Aquários (Rua Monsenhor Miranda 23, Centro), Dog Show (Rua Joaquim Pereira Bispo 452, São Jorge) e Rações da Serra (Rua São Roque 133, Olaria).

    Esta basset foi abandonada prenha e muito magra em frente ao Cemitério Trilha do Céu

    “Infelizmente muitos destes seres indefesos ainda não são tratados com o devido amor e respeito que merecem”, diz Cristina

    14 de jan. de 2011
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    Comentário(s)

    6 comentários:

    1. Adorei a reportagem e espero que Deus de abençoe

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    2. Sei o quanto está trágedia foi desfastadoura, espero que Deus ilumine cada um de vocéis e de muita força e paz para refazer suas vidas!!E você com está força de vida ajudando os animais que maravilha!! que seja abenção de Deus esteja sempre e sempre ao seu lado.........

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    3. Quem puder ajudar os animais do Canil da Dna Cristina, mostrado na matéria http://www.anda.jor.br/2011/01/18/canis-com-mais-de-700-cachorros-ilhados-sofrem-com-falta-de-comida-e-medicamento-em-nova-friburgo/
      Segue dados para ajuda:
      Nome: PARADA DOS BICHOS RACOES LTDA
      Agência: 8736
      Conta corrente: 08598-9
      CNPJ: 09267773/0001-03
      Esta conta foi cedida a ela pela loja de ração, pois não estava sendo usada, o cartão está com ela, de forma que a ajuda vai direto a ela.
      Telefones:(22) 2527-3644 e (22) 9931-2009

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    4. PARA AJUDAR:
      ONG Estimação - http://ogritodobicho.blogspot.com/search?q=bebete
      Banco ITAU - Agencia 6103 - CC 19918-5
      CNPJ 08996430/0001-17

      Protetora Cristina - http://www.anda.jor.br/2011/01/18/canis-com-mais-de-700-cachorros-ilhados-sofrem-com-falta-de-comida-e-medicamento-em-nova-friburgo/
      Nome: PARADA DOS BICHOS RACOES LTDA
      Agência: 8736
      Conta corrente: 08598-9
      CNPJ: 09267773/0001-03
      Esta conta foi cedida a ela pela loja de ração, pois não estava sendo usada, o cartão está com ela, de forma que a ajuda vai direto a ela.
      Telefones:(22) 2527-3644 e (22) 9931-2009

      Protetora Valéria - http://ogritodobicho.blogspot.com/search?q=val%C3%A9ria
      DADOS DA VALÉRIA LIMA CORREIA DE SOUZA
      CPF 701712207-06
      BANCO DO BRASIL
      AGÊNCIA: 0335-2 - CONTA POUPANÇA: 47345-6 - variável 1 (depósito feito em caixas eletrônicas pedem a variável. Então a dela é o numero 1)
      TEL.: (22) 9885-6146
      TEL. DA VIZINHA QUE A ESTÁ ACOLHENDO: (22)9968-8357 - Nancy

      ABRIGO DA SERRA
      Presidente Eliane TM Leão
      BANCO DO BRASIL - Agência 0741-2 - CC 39911-6
      CPF 256156967-53

      ONG Combina (Nova Friburgo) - http://ogritodobicho.blogspot.com/2011/01/enchente-na-regiao-serrana-do-rj-ong.html, recebeu alguma ajuda da SUIPA, tem comida por alguns dias.
      Banco do Brasil - agência 0335-2 - Conta Poupança 15565-9 / Juliana Maria B. da Matta - CPF 038845347-85 . O tel. da Juliana é (22) 2523-9295

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      1. Revoltante ver uma pessoa se elocupletar do dor alhei. O abrigo da Cristina não sofreu NADA com a enchente, enquanto à COMBINA ficou ilhada e teve mais de 62 cães soterrados. Nenhuma matéria foi feita com a responsável da Combina, e às ajudas em sua maioria, foram desviadas para o abrigo que nada sofreu. Nojo do ser humano.

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    5. eu cristina paxeco em nome de todos os focinhos carentes agradeço a todos que me ajudaram na epoca mas dificil de nova friburgo,obrigada deus abençoe a todos!!!!

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