4 de jun. de 2011

 

naoamatancachinchilasNa semana do meio-ambiente, o Diário de São Paulo, publicou uma matéria sobre a cruel indústria de extração de peles de chinchila, que acontece na cidade de Itapecerica da Serra/SP.

No final da matéria podemos ler a vergonhosa atuação das autoridades brasileiras;

A criação e o abate de chinchilas não são fiscalizados.

 

 

O DIÁRIO procurou o Ibama, o Ministério da Agricultura e a Secretaria Estadual da Agricultura. Todos informaram não fiscalizar as criações.
O Ibama disse que apenas cabe a ele o controle de criação de animais silvestres ? embora não mantenha um banco com informações sobre a quantidade de criadores e peles produzidas por criadores de jacarés no Pantanal, por exemplo. O Ministério da Agricultura, por sua vez, afirmou que é responsável apenas pela inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal comestível.
Já a Secretaria Estadual da Agricultura informou que  apenas as criações de coelhos são fiscalizadas pelo Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA). Com relação aos coelhos, há duas ações que cabem à coordenadoria: fiscalização de trânsito (transporte) e fiscalização sanitária em frigoríficos.

Esses órgãos que ‘fingem’ desconhecer os efeitos colaterais dessa cruel indústria, onde todo o meio-ambiente é contaminado e poluído pelos resíduos tóxicos do processo, sem contar o sofrimento das chinchilas, e a formação de indivíduos que se capacitam a matar com suas próprias mãos, no trabalho um animal indefeso e fora dele somente o tempo poderá dizer, a quem mais ele fará mal.

Ao contrário da propaganda de indústria de peles, a produção de pele destrói o meio-ambiente. A quantia de energia elétrica utilizada para produzir um verdadeiro casaco de pele de peles animais é de aproximadamente 20 vezes mais do que precisariam utilizar para fabricar um casaco de peles sintéticas.

Devido ao tratamento químico a que as peles de animais são submetidas para não apodreçam os casacos de pele criados não são biodegradáveis na natureza. Durante este processo as substâncias químicas utilizadas são descartadas nas tubulações de esgoto, contaminando todos os afluentes de água da região próximos as fazendas que se instalam  para o curtume das peles.

 

O Desastre

Em outubro de 2006, ocorreu no rio dos Sinos um desastre ambiental de proporções inimagináveis para o ecossistema, que causou a morte de no mínimo um milhão de peixes, em plena época de desova e reprodução. Este desastre foi considerado pelos ecologistas como a maior tragédia ambiental dos últimos 40 anos no Rio Grande do Sul.De lá foram retirados do rio 30 toneladas de peixes mortos, os quais foram dali transportados para um aterro sanitário da cidade.O motivo causador de tal acidente veio por intermédio de resíduos tóxicos lançados ao rio por diversas empresas coureiro-calçadistas e curtumes de criação e extração de peles de chinchilas, causando a tragédia aonde que morreram 1 milhão de peixes.

Cada animal esfolado produz aproximadamente 44 libras de fezes, tamanha a dor e o stress de seus últimos momentos de vida. Baseado no número total de visons esfolados nos EUA em 2004 que eram 2.56 milhões nas Granjas de visom, estes geraram milhares de toneladas de adubo anualmente, tendo um resultado de quase 1,000 toneladas de fezes que contém fósforo que é a fonte de contaminação para os ecossistemas de água.

O descarte das carcaças de animais é feito em valas comuns, normalmente próximas a plantações e mananciais. A indústria de pele recusa-se descaradamente a condenar os métodos mortais cruéis, pois consideram que assim conseguem preservar a pele.  

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Estrangeiros querem transformam o Brasil no maior produtor de peles de chinchilas.

Por omissão e prevaricação de nossas autoridades, a indústria de extração de peles de chinchilas, tem se expandido no Brasil, por conta de sua proibição em quase toda Europa, e que está sendo combatida para ser abolida nos que ainda a mantém.

Mas aqui á uma associação brasileira de criadores a ACHILA, em seu site escrevem –… “Colaboração com os Poderes Públicos na solução dos problemas de criação de desenvolvimento”.

E assessoria na matança, esfolamento, estaquiamento e curtimento de peles.

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Na reportagem do Diário de São Paulo, Carlos Perez, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Chinchila Lanígera e dono de uma criação com 7 mil animais, diz que a Chinchila recebe uma injeção intramuscular, de 0,5 ml de anestésico, antes de ser estrangulada e que depois de retirada a pele, as sobras do animal são enterrados.

Em outra reportagem para a Revista Dinheiro Rural em 2008, ele disse;

-…”que abate 4,5 mil animais/ ano, lembra ainda que os custos de manutenção dos animais são relativamente baixos. "Não temos muitas despesas. Cada chinchila custa US$ 1,5 por mês. Fora que não é preciso ter fazenda para começar uma criação. Com 400 m2 você consegue criar até três mil chinchilas", garante. O mais caro, segundo ele, é o tratamento da pele, feito exclusivamente por um curtume no Rio Grande do Sul, que custa em média US$ 4 por animal, mas é fundamental para agregar valor ao produto.

E como já citado na matéria, o poder público não fiscaliza, porque se fiscaliza-se, veria na contabilidade do Sr. Carlos Perez, a quantidade de peles que ele vendeu e a quantidade de anestésico que ele comprou, bem como fiscalizaria qual a extensão da propriedade que uma empresa desse porte teria que ter, para enterrar todos os corpos dos animais que matou, e o quanto essas terras e os resíduos tóxicos de sua empresa estariam contaminando toda a região.

Prática legal?

Nos termos da portaria IBAMA 93/98, as chinchilas são consideradas animais domésticos, e, portanto, eximem-se de qualquer responsabilidade sobre fiscalização e regulamentação específica sobre estes animais.

Porém, independentemente da interferência ou não de nosso órgão ambiental em relação às chinchilas e mais especificamente sobre o comércio de sua pele, envolvendo aqui abate e esfola, não podemos nos olvidar que o tratamento dado a estes animais deve seguir rigorosamente aos termos de toda a legislação ambiental pátria já existente.

Assim, se pensarmos em confinamento e métodos de abate que, segundo os próprios criadores de chinchilas para abate, o método de abate mais utilizado tem sido a quebra de pescoço, pela praticidade de rapidez (sic), parece-nos notório que há descumprimento flagrante à lei de crimes ambientais, ao decreto de 34 e à nossa Constituição Federal, tratando-se, portanto, de prática inconstitucional e ilegal e devendo ser banida dentro do Brasil.

Nesse vídeo a verdadeira face da indústria de extração de peles de chinchilas; as gaiolas, a sujeira, a crueldade do abate, e a personificação de um individuo totalmente sádico com o ato de matar.

 

Enquanto as autoridades se omitem de fiscalizar todos os atos praticados pela indústria de peles no nosso país, temos em contra-partida um projeto de lei em andamento, desde 2009, que PROIBIRIA DE VEZ O ABATE DE CHINCHILAS NO BRASIL ( PL-5956/2009  Autor: Ricardo Trípoli - PSDB /SP ) e que pode ser acompanhada aqui

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4 de jun. de 2011
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