26 de dez. de 2014

O bichano que tem por hábito esperar a chegada do Presidente Jardim à mansão; com quem depois, partilha o café da manhã. Entrando e saindo dos gabinetes, e por vezes participando das audiências oficiais do Governo, o 'aristogato' irá embora com o seu tutor, que já anunciou que renunciará ao cargo de presidente da Região Autónoma da Madeira (arquipélago da Madeira), uma das regiões autónomas de Portugal.

aristogato

Alberto João Jardim contou à Lusa que, há 13 anos, a neta Carlota "viu uma ninhada de gatos pequenitos que estavam todos mortos menos este e ficou com pena e pediu ao pai para trazer Dama", o gato que tem o dorso preto e o peito branco e um nome feminino foi atribuído pela neta do presidente, com base numa figura de uma história infantil.

Várias circunstâncias ditaram que o animal tenha ficado depois algum tempo na casa da mãe do presidente.  

"Era a companhia da minha mãe", contou Jardim, recordando que o gato se sentava com ela e a empregada a ver televisão e tinha por hábito ficar na cama da mãe quando esta descansava à tarde.  

O presidente  relatou ainda que Dama também acompanhava a sua mãe quando ia à missa à capelinha de São Paulo, no Funchal, indo atrás dela "como se fosse um cãozinho" e que depois a aguardava no adro para fazer o caminho de regresso a casa.  

E foi quando a mãe de Jardim morreu, que decidiu trazer Dama para morar no palácio, mas logo "no primeiro dia" o gato fugiu e só passados uns dias, o ouviu miar, foi atrás do som e encontrou-o.  

"Estava magro que nem um espeto, trouxe-o para aqui e o Dama comeu meio frango. Estava com uma fome!", lembrou.  

"Desde esse dia, está sempre aqui [dentro do casarão da Quinta Vigia], anda pelos gabinetes. Ao fim do dia, se eu for aos jardins, quando eu volto, ele está aqui ao pé da porta à minha espera", afirmou.  

Jardim disse que quando entra no gabinete pela manhã, o gato "normalmente já está" e até "gosta de café".

"Às vezes fico um pouco embaraçado porque estou a receber pessoas e Dama chega, senta-se à frente das pessoas e põe-se, espantado, a olhar para elas como se fosse também parte da conversa", relatou.

Segundo Jardim, Dama entra na sala das sessões dos conselhos do executivo, mas "como estão muitos e, às vezes se discute, como ele não gosta de ouvir discussões, afasta-se. Se for uma conversa serena, ele fica", afirmou, gracejando: "É um gato conciliador".

Quando deixar a Presidência, Jardim vai levá-lo para sua casa ou para a de um dos seus filhos: "não vou deixar esta herança por aí".

26 de dez. de 2014
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