16 de jun. de 2014
(Vídeo) O Governo Federal já investiu 33 milhões no cruel projeto de Miguel Nicolelis. O Cientista há mais de 20 anos abre os cérebros de ratos e macacos vivos e implanta eletrodos e fios e faz com os animais participem de suas pesquisas até a morte.
A crueldade para com os animais é tanta quanto a ignorância de certas pessoas, que acham que pesquisas com animais podem trazer algum avanço para elas mesmas. De acordo com o Dr. Albert Sabin, o inventor da vacina contra a pólio, pesquisas com animais, prejudicaram e atrasaram o desenvolvimento da vacina.
Em entrevista a revista Galileu o Dr. Dr. John Pippin, diretor da associação americana PCRM (Sigla em inglês para Comitê Médico Pela Medicina Responsável), que tem mais de 150 mil médicos associados disse o porque os testes em animais ainda são largamente usados por pesquisadores?
- Há três grandes razões pelas quais isso continua e elas são dinheiro, dinheiro e dinheiro. E Por que o governo continua a colocar dinheiro em algo que não funciona?
-.. é que as pessoas que tomam essas decisões são, eles mesmos, pesquisadores que usam animais nos testes...
Re-Walk e eLegs são alguns dos exoesqueletos já vendidos no mundo desde 2010 que custam o preço de uma cadeira de rodas motorizada, e foram desenvolvidos sem os CRÚEIS TESTES EM ANIMAIS.
Leia também:
Experiências com Animais e o Exoesqueleto da Copa do Mundo
Luiz Portinho, advogado e presidente da Rio Grande do Sul Paradesporto
“O exoesqueleto é mais uma das tantas promessas de milagre que não resolverá a vida das pessoas com deficiência. Seu único efeito prático será causar falsas expectativas para cadeirantes que hoje aguardam um milagre para voltar a viver.”
Ronald Andrade, publicitário sergipano
“Qualquer iniciativa que possa melhorar a qualidade de vida dos quebradinhos é válida. No caso do exoesqueleto, especificamente, me pergunto se será economicamente viável e até do ponto de vista prático. Para ser bastante realista, acho que o conhecimento que está sendo produzido com o desenvolvimento desse bicho (especialmente o mapeamento dos estímulos nervosos) pode e vai ser aplicado de outras formas. Mas não acho que o exoesqueleto será uma revolução tão grande na vida dos ‘malacabados’.Outras iniciativas pelo mundo afora me parecem mais animadoras do que me tornar um homem biônico, até porque o robocop só resolveria um dos aspectos que complicam a minha vida de lesado medular (a mobilidade), mas e os outros probleminhas que vêm no kit tragédia?”
Danielle Nobile, esportista e professora. Edita o blog Por uma vida saudável sobre rodas
“O exoesqueleto foi uma grande gastação de dinheiro (que poderia ter sido usado em alguma pesquisa pra cura da lesão medular) e uma forma de iludir e enganar leigos. Nenhum cadeirante vai voltar a andar com aquilo. É pesado, é gigantesco. Não cabe no carro, não entra no banheiro. E aí? Depois do chute da Copa, isso vai servir pra que?”
Tabata Contri, consultora em acessibilidade e atriz
“Exoesqueleto não faz a gente voltar a andar, não existe milagre. É uma máquina que cria uma ilusão e me dá a impressão de que somos um “robocop”. É estranho. Não é meu músculo, não é minha perda. Com todo respeito à pesquisa, mas, para mim, como cadeirante, não é funcional…”
Mara Gabrilli – é cadeirante, publicitária, psicóloga, e deputada federal, e fundou uma OSCIP que apóia atletas com deficiência, promove o Desenho Universal, fomenta pesquisas científicas e projetos culturais. O chute mais caro do Brasil
Muita gente não viu, mas ontem na abertura da Copa do Mundo, o primeiro chute na Arena Corinthians foi dado por um paraplégico. Juliano Pinto, de 29 anos, usava o exoesqueleto desenvolvido pelo neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, que prometeu fazer um jovem andar no campo e chutar a bola. O movimento, que passou quase despercebido, já que o jovem não andou, foi uma demonstração do Projeto Andar de Novo, que recebeu um investimento de 33 milhões de reais do governo federal.
Longe de mim, que sempre defendi a promoção da ciência, ir contra a qualquer estudo cujo objetivo é alcançar formas de movimentar o corpo humano. Contudo, a viabilidade e o investimento colocado no projeto, diga-se de passagem, com dinheiro público, não podem deixar de ser questionados.Com 33 milhões de reais, poderíamos realizar diversas pesquisas em prol da cura de paralisias e a reversão de doenças paralisantes e lesões medulares. Com uma pequena parte desse dinheiro, faríamos pesquisas voltadas para a ELA (esclerose lateral amiotrófica), doença degenerativa e progressiva que atinge cerca de cinco mil brasileiros por ano. Enquanto se investe seis vezes mais para demonstrar ao mundo o chute de um paraplégico, pacientes da ELA vivem (ou sobrevivem) sem perspectivas de um futuro.
Com 10% do investimento grandioso do exoesqueleto, poderíamos investir em outras pesquisas úteis voltadas para o estudo da diabetes, esquizofrenia, Alzheimer, Parkinson, entre outras doenças cujo tratamento e a cura são alvo de cientistas de todo o mundo, inclusive dos profissionais brasileiros, que hoje trabalham com recursos públicos vergonhosos.Ainda, com os 33 milhões investidos no projeto de Nicolelis, cerca de 6.600 brasileiros receberiam uma cadeira de rodas motorizada. É mais que o dobro fornecido pelo SUS no ano passado, quando distribuiu aproximadamente 2.900 cadeiras, segundo a Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS).
Pensando em robótica, com o mesmo valor investido no Projeto Andar de Novo, o Brasil conseguiria adquirir 27 aparelhos da Lokomat, que ao invés de um chute, consegue fazer tetraplégicos de fato andar em uma esteira ultramoderna com um robô encaixado na perna que faz o movimento da marcha.E se pensarmos em reabilitação, área miserável em nosso país, conseguiríamos construir, equipar e custear, por um ano, cinco centros de reabilitação no Brasil, utilizando como base de cálculo a própria portaria 835/2012 do Ministério da Saúde que institui incentivos financeiros nessa área.
Por isso, o exoesqueleto, mesmo sendo um avanço científico, não é um projeto promissor ao brasileiro com deficiência, que por mais vontade que tenha em voltar a andar, ainda carece do básico.
Além de todos esses motivos e tantos outros que estenderiam a discussão por horas, o exoesqueleto não é funcional: pesa 70 quilos. Já imaginou o que seria andar carregando esse peso com você? Também não podemos deixar de falar que houve falta de publicação de trabalhos científicos mostrando os resultados da pesquisa, já que Nicolelis publicou artigos detalhando os testes só em macacos ou ratos.
Dado o chute inicial da Copa, espera-se, ao menos, que seja mantido o laboratório de robótica construído na AACD e que o projeto fique de legado para a população que de fato carece de atendimento em reabilitação.