1 de out. de 2014
A cachorra agredida por um adolescente na pista de skate em Tubarão/SC, ganhou nova vida ao ser acolhida por dois amigos que sequer sabiam da história que ganhou repercussão nacional durante o final de semana. Batizada de Meg, a pequena vira-lata ganhou um lar temporário, onde tem um cantinho para descansar, água, comida e, principalmente, bastante amor e carinho.
“Vamos ficar algum tempo com ela até que apareça alguém responsável disposto a adotá-la em definitivo. Hoje ela já tem duas casas para ficar provisoriamente”, comenta o DJ Ericlys.
O destino de Meg e dos amigos Ericlys Machado e Vinícius Souza, ambos de 18 anos, se cruzou por volta das 2h da madrugada de domingo, quando eles conversavam na varada da residência de Vinícius, no Centro, distante cerca de dois quilômetros do local onde as agressões ocorreram.
“Ela apareceu no portão querendo entrar. Como eu e o Ericlys já temos cães e gostamos muito deles, a acolhemos. Ela não queria comer ou beber água, apenas descansar, pois estava exausta. Só no dia seguinte é que constatamos que se tratava da mesma cachorra que sofreu maus-tratos na pista de skate”, comenta Vinícius, que cursa Engenharia Civil na Unisul e trabalha como representante comercial.
Ericlys, que é DJ, e o amigo, deram banho no animal, cuidaram da ferida na pata traseira, que foi aberta pelos golpes do agressor, e deram o nome de Meg.
Apesar de ser vítima de maus-tratos, que costumam deixar os cães com muito medo das pessoas, Meg é extremamente receptiva. Faz bem o estilo de cachorra manhosa, que adora ser acariciada.
Quem quiser adotar Meg, doar ração ou ajudar a custear um tratamento veterinário pode entrar em contato com Ericlys no telefone (48) 9676-0292, as informações são do Crisciúma News.
O blog Mural Animal chegou a publicar que Meg a cachorra que foi agredida na pista skate é Adotada, baseada nas informações do Jornal Notisul, e que inclusive também o G1 informou que a cachorra havia sido adotada, e que inclusiva cita que Vinicius Souza, disse: “Se alguém tivesse visto um cachorro desse e tivesse tomado conta antes, provavelmente não teria acontecido isso”, mas parece que eles não souberam interpretar que a diferença entre abrigar – dar lar temporário a um animal carente e uma real adoção.
Monitora que mandou parar as agressões é parabenizada nas ruas
Os maus-tratos sofridos por Meg só chegaram ao fim por conta da intervenção da monitora de estacionamento rotativo Priyanca Yamanda, de 18 anos. Ela trabalhava ao longo da avenida Rodovalho quando uma algazarra na pista de skate lhe chamou a atenção.
A cena observada deixou Priyanca revoltada e angustiada. A vira-lata estava dentro da pista e tentava escapar da agressão, mas por causa da inclinação das rampas e do piso liso, acabava escorregando e voltando para ser atingida por mais golpes da muleta que estava com um adolescente.
“Gritei com eles e mandei parar, senão iria chamar a polícia. Pouco depois vi que a cachorra reuniu mais forças e conseguiu escapar. Depois não a vi mais”, recorda.
Nos dias seguintes após esse episódio, Priyanca recebeu o carinho de várias pessoas que a reconheceram através de entrevistas na televisão. Pelo menos duas palavras ela ouviu dezenas de vezes: “Parabéns e muito obrigado”.
“As pessoas vinham me agradecer pelo que fiz. Fiquei contente com o reconhecimento, mas fiquei mais feliz por ter ajudado a cachorra. Gosto muito de cães e achei um absurdo tudo aquilo”, explica.
Nota do Blog: Andam aparecendo comentários nas redes sociais, de que a cachorra resgatada não seria o mesmo animal que aparecesse no vídeo. Curiosamente estes comentários são de pessoas que não moram em Tubarão e nem em Santa Catarina, e portanto nem estariam na pista de skate para dizer se é ou não é. Faço votos que seja, e se não for – pela grande manifestação feita na cidade em repúdio ao ato covarde do espancamento, sabemos que poderemos contar com mais anjos para abrigar esse e outros seres indefesos.