27 de jan. de 2015
A auxiliar de enfermagem espanhola que sobreviveu ao ébola, Teresa Romero, e o marido, Javier Limón, adotaram este sábado uma cadela no canil municipal de Alcorcón, o município madrileno onde vivem.
Alma, como foi batizada, é do mesmo biotipo de Excalibur, que em outubro foi eutanasiado pelas autoridades madrilenas, para prevenir eventuais riscos de contágio.
O autarca de Alcorcón, David Pérez, entregou Alma ao casal, esperando que muitos sigam o exemplo de Teresa e Javier. E também Teresa Romero, e disse esperar que esta adoção “sirva de exemplo para que estes animais possam ter, como Alma, uma família e serem felizes”, de acordo com um comunicado do município.
A auxiliar de enfermagem que esteve internada com ébola no Hospital Carlos III, em Madrid, após ter contraído ébola enquanto tratava um missionário espanhol infetado, acabou por se curar e teve alta em 5 de novembro. Teresa Romero continua a se recuperar do vírus, e já doou sangue para investigação e para ajudar outros doentes.
"Viemos para CIPA adotar Alma, pois a sociedade precisa se conscientizar e perceber que existem muitos animais abandonados que precisam de lares", disse Javier Limón. Teresa Romero afirmou, entretanto, que gostaria de servir de "exemplo" para os animais abandonados como Alma. " Que possam ter uma família e ser feliz."
O vereador agradeceu-lhes tanto por este gesto, e encorajou todos a "frequentar o e adotar alguns dos animais" que estão no local. "Há muitos, muitos agradáveis e muito bons, e todo mundo precisa de uma família ", disse ele.
Conforme explicado pela Câmara Municipal, o Centro de Integrado de Proteção Animal Alcorcón (CIPA), é um pioneiro recinto, com instalações de "alta qualidade", e que coloca em Alcorcón "na vanguarda de todos os tipos de animais de estimação" onde, além disso, não são feitas eutanásias. Assim, o centro tornou-se uma "referência" na Comunidade de Madrid.
No período em que esteve internada, as autoridades madrilenas acabaram por eutanasiar seu cão Excalibur, por temerem risco de contágio. E nem o do marido de Teresa Romero, Javier Limón, nem a petição com mais de 200 mil assinaturas e a vigília de cerca de 50 pessoas à porta da casa do casal conseguiram demover as autoridades.