21 de nov. de 2013
A cadela foi abençoada por Deus. Fazer a viagem que ela fez e só ter uma fratura no osso da pata foi uma bênção de Deus. Estou muito satisfeita por poder ter ajudado no salvamento deste animal", relatou a médica veterinária que salvou o animal, Lorena de Oliveira Figueira, de 33 anos, informou que a cadela está bem e que precisa reforçar a saúde do animal antes dele ser submetido à cirurgia. "Ela passa bem. Precisamos estabilizar o quadro dela, para assim verificarmos o que é melhor para o animal antes da cirurgia. A decisão será tomada agora pela tarde e a cirurgia vai ser feita hoje", em entrevista.
A cadela batizada de Vitória que "viajou" 90 km de Itapetinga até Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, pendurada no para-choque de um veículo.
De acordo com a veterinária, a irmã mais nova que a acompanhou, Mêlânia de Oliveira Figueira, de 30 anos, esteve no local junto com a médica e batizou a cadela com o nome de Vitória. A família está à procura de pessoas interessadas em adotar o animal, mas, caso isso não aconteça, a própria veterinária irá adotar.
"Estamos em busca de pessoas interessadas em adotar a cadela, mas, se não conseguirmos, nós vamos adotar, eu e minha família.
Acidente e resgate
Após ser atropelado por um carro, um cachorro sobreviveu a uma "viagem" pendurado no para-choque. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, um estudante atropelou o cachorro e não percebeu que o animal havia ficado preso no veículo e seguiu viagem. O cachorro foi resgatado pelos bombeiros e atendido por uma médica veterinária da região.
Condutor do veículo, o estudante de direito Júlio César Siqueira, de 35 anos, conta que saiu de casa, no município de Itapetinga, por volta das 19h30, acompanhado da mãe e de mais dois colegas em direção à faculdade, que fica em Vitória da Conquista. Na saída da cidade, ele atropelou o cachorro e, sem perceber, o animal ficou pendurado no para-choque durante todo o percurso.
"Estava saindo de Itapetinga, e vi o cachorro que estava no meio da estrada, então fui pela contramão para não atropelar. Eu joguei o carro, mas o cachorro voltou e percebi uma pancada, mas segui. O local é bastante perigoso. Pensei que havia batido no cachorro e que ele havia morrido no local e por isso segui", disse o estudante.
Júlio César informou que foi sinalizado por um outro condutor em Vitória da Conquista sobre o animal. "Era até complicado parar no local por conta de várias curvas fechadas e acostamento muito curto. Então, segui até a Avenida Luis Eduardo Magalhães, em Vitória da Conquista, quando fui sinalizado por um condutor de um outro veículo que estava passando, que me avisou do cachorro que estava preso na grade de proteção", contou.
Animal foi atendido por uma veterinária da região
(Foto: Anderson Oliveira/Blog do Anderson)
Segundo o estudante, o animal rompeu a grade e ficou deitado na estrutura do carro. "Quando o rapaz me avisou, parei o carro na frente da faculdade para verificar se o cachorro estava morto, mas eu e meu colega verificamos que ela, a cadela, ainda estava viva", disse.
Logo em seguida, um colega do rapaz ligou para o Corpo de Bombeiros da cidade e alguns estudantes se mobilizaram na tentativa de conseguir um veterinário para auxiliar o animal. "As pessoas que estavam no local ficaram ligando para veterinários e, em uma das tentativas, uma veterinária foi até a faculdade. Então, foram prestados os primeiros socorros e a cadela foi levada leva para a clínica", relatou Júlio César.
De acordo o Corpo de Bombeiros, o animal teve uma fratura exposta na perna esquerda dianteira, que foi imobilizada com o apoio da médica veterinária que chegou no local.
Cachorro ficou preso em grade de proteção do
veículo (Foto: Anderson Oliveira/Blog do Anderson)
Ainda segundo os bombeiros que resgataram o animal, a veterinária conduziu a cadela no próprio veículo até uma clínica em Vitória Conquista, e o estudante se responsabilizou em arcar com as despesas.
Segundo Júlio César, ele entrou em contato com a veterinária nesta quarta-feira (20) para saber do estado de saúde da cadela. A especialista informou que o animal vai passar por alguns exames antes de ser liberado.
Fonte: G1