15 de ago. de 2014

O animal foi avistada na manhã da quinta-feira (14) e estava doente. Segundo Instituto, ela foi colocada no mar, mas voltou para a praia.

A orca que encalhou na praia da Boca da Baleia, em Anchieta, no Sul do Espírito Santo, morreu na manhã desta sexta-feira (15). Segundo o gerente do Projeto de Monitoramento de Praias (PMP-BC/ES), Bruno Berger, ainda nesta quinta-feira (14) o mamífero chegou a ser colocado no mar novamente, mas voltou por conta própria para a praia. A orca foi monitorada durante toda a madrugada, mas não resisitiu. Agora, o animal será levado para a base do Instituo Orca, em Guarapari, onde será realizada a necrópsia para investigar a causa da morte.

FALECE orca

Segundo o diretor do Instituto Orca, Lupércio Barbosa, o animal, que é da espécie dos golfinhos, piorou de madrugada.  Nesta quinta-feira (14), a orca foi examinada por uma equipe do instituto e chegou a ser deslocada para o mar, mas retornou. “Foi feita uma tentativa de colocá-la na água, mas ela não nadou e voltou por conta própria para a praia. A partir daí, as chances dela voltar se reduziram muito, porque não estava mais com forças”, disse o gerente do PMP-BC/ES, Bruno Berger ao G1.

Durante toda a madrugada, equipes de revezaram para monitorar o estado de saúde do mamífero. “Por volta de 1h da manhã chegou uma equipe da Bahia, do Instituto Baleia Jubarte. Eles assumiram o controle da operação e o animal estava bem, mantendo os sinais vitais. Mas nesta sexta-feira (15), por volta das 6h30, ela se movimentou muito e depois parou. Não estava mais reagindo”, disse Bruno.

De acordo com o Ipram, apesar de pesar quase duas toneladas, a orca estava magra, com diarréia, vômito e muitos ferimentos externos. “Uma coisa que chamou a atenção é que ela estava expelindo secreção pelo opérculo, aquela abertura em cima da cabeça, por onde ela respira”, disse Bruno.

Foram colhidos materiais para investigar o que pode ter causado a doença. O animal será levado para a base do Instituto Orca, em Guarapari, onde será feita a necrópsia.

*** As informações abaixo foram obtidas junto ao Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos - IPRAM/ES e disponibilizadas da página do Sea Shepherd Brasil - Guardiões do Mar – Oficial

"O Projeto de Monitoramento de Praias (PMP-BC/ES), responsável pelo atendimento à orca, fez tudo o que estava ao alcance para devolvê-la ao mar. Infelizmente após a soltura ela voltou a encalhar na praia, sendo sacudida pela rebentação e tombando várias vezes.
Apesar de pesar quase 2 toneladas, a orca estava magra, com diarréia, vômito e muitos ferimentos externos.

Não existe estrutura física que comporte um animal desse porte em cativeiro, no Espírito Santo. Infelizmente a orca não demonstrava mais chances de viver com qualidade, e optou-se pela eutanásia de forma a abreviar o seu sofrimento e agonia.

Durante a tarde o IPRAM e o Projeto Tamar ajudaram a manter a população informada e contida atrás do perímetro de segurança, de forma a facilitar o trabalho do PMP-BC/ES e proteger as pessoas de acidentes, mas essas duas instituições NÃO SÃO RESPONSÁVEIS pelo atendimento à orca. Somos instituições parceiras que rotineiramente recebem pinguins e tartarugas marinhas resgatadas pelo PMP-BC/ES."

Lamentamos profundamente a morte deste belo e incrível animal, mas a opção pela eutanásia foi acertada. Não há porque estender o sofrimento, quando se constata não haver mais condições de voltar a ter uma vida normal.

15 de ago. de 2014
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