20 de nov. de 2014
(Vídeo) O animal que morava nas ruas, sentou-se na beira da estrada no litoral de São Paulo, e aguardou até que pudesse mostrar a alguém o caminho de difícil acesso que levaria a polícia a desvendar um crime.
De acordo com moradores locais e policiais que investigam o caso, o cão vira-lata ficou dias sentado na beira da estrada. Quem passava pelo trecho achava curiosa a postura do animal. Quando um munícipe resolveu chegar mais perto do cachorro, ele o levou até uma vala, onde estavam os dois corpos carbonizados, que podem ser de mãe e filho desaparecidos há seis dias na cidade vizinha, Praia Grande.
Depois de ajudar a polícia, o vira-lata foi resgatado por um repórter cinematográfico. Apesar de estar morando na rua, o cão não aparentava estar passando fome ou sendo mau tratado. Havia a hipótese do cachorro pertencer à família dos desaparecidos, mas essa possibilidade foi descartada.
Na casa do repórter, o cãozinho recebeu banho e comida. Mas como o profissional não pôde ficar com o animal, ele foi levado para o Departamento de Zoonoses da Prefeitura de São Vicente, onde receberá os cuidados necessários e, depois, ficará disponível para ser adotado ou para reencontrar o antigo dono.
O Departamento de Controle Zoonoses de São Vicente fica na Rua Catalão, 530 – Vila Voturuá, próximo ao Parque Ecológico Voturuá
Para adotar é necessário: Ser maior de 18 anos, munido de RG e comprovante de residência. No local será necessário assinar um termo de responsabilidade, onde o novo dono se compromete a cuidar do animal e a não abandoná-lo. Todos os animais são vacinados contra a raiva. Para os filhotes menores de 5 meses é dado ao novo dono um vale castração. Os animais adultos já são castrados.
Mais informações na página Amigos da Zoonoses de São Vicente no facebook
Entenda o Caso
Eugênia Patrícia Ferreira de Souza, de 39 anos, foi vista com o filho de dois anos, pela última vez, na tarde de quarta-feira (12) em Praia Grande. A polícia encontrou marcas de sangue em um colchão, na porta de entrada e em parte da cortina do imóvel onde eles moravam, no bairro Samambaia.
O marido da desaparecida, de 42 anos, trabalha em Cubatão e contou que chegou em casa, por volta das 16h, e não encontrou a esposa e o filho. Vizinhos disseram que viram Eugênia chegar em casa em uma bicicleta junto com o filho por volta das 15h.
O marido da desaparecida teve prisão temporária decretada à pedido da polícia. A delegada titular da Delegacia da Mulher da cidade, Rosemar Cardoso Fernandes, questiona o fato de o rapaz ter dormido no colchão revirado com a mancha de sangue e só ter avisado a polícia um dia depois.